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<p>HISTÓRIA</p><p>23 PROVAS DO ENEM</p><p>ORGANIZADAS POR DISCIPLINA</p><p>PROVAS 2009 a 2018</p><p>330 QUESTÕES</p><p>COM GABARITO</p><p>CADERNO ENEM</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>Sobre o Caderno Enem</p><p>Desde a mudança no formato da prova, em 2009, já ocorrerão 23 edições do ENEM,</p><p>considerando provas oficiais, anuladas e aplicadas em Unidades Prisionais.</p><p>Este material reúne todas estas provas, organizando suas questões segundo a respecti-</p><p>va disciplina abordada. No total, temos 12 cadernos: Matemática, Biologia, Física, Quí-</p><p>mica, História, Geografia, Filosofia/Sociologia, Inglês, Espanhol, Português, Redação e</p><p>Literatura.</p><p>Na sequência apresentamos a relação das provas presentes no Caderno Enem. A sigla</p><p>no início de cada questão é uma referência do ano e da ordem de aplicação da prova.</p><p>Por exemplo, uma questão com a sigla ENEM 2014.2 foi aplicada nas Unidades Prisio-</p><p>nais no ano de 2014, conforme explicamos:</p><p>ENEM 2009.1 - Prova Anulada 2009</p><p>ENEM 2009.2 - Prova Oficial 2009</p><p>ENEM 2009.3 - Prova Unidades Prisionais 2009</p><p>ENEM 2010.1 - Prova Oficial 2010</p><p>ENEM 2010.2 - Prova Unidades Prisionais 2010</p><p>ENEM 2011.1 - Prova Oficial 2011</p><p>ENEM 2011.2 - Prova Unidades Prisionais 2011</p><p>ENEM 2012.1 - Prova Oficial 2012</p><p>ENEM 2012.2 - Prova Unidades Prisionais 2012</p><p>ENEM 2013.1 - Prova Oficial 2013</p><p>ENEM 2013.2 - Prova Unidades Prisionais 2013</p><p>ENEM 2014.1 - Prova Oficial 2014 (1ª Aplicação)</p><p>ENEM 2014.2 - Prova Unidades Prisionais 2014</p><p>ENEM 2014.3 - Prova Oficial 2014 (2ª Aplicação)</p><p>ENEM 2015.1 - Prova Oficial 2015</p><p>ENEM 2015.2 - Prova Unidades Prisionais 2015</p><p>ENEM 2016.1 - Prova Oficial 2016 (1ª Aplicação)</p><p>ENEM 2016.2 - Prova Oficial 2016 (2ª Aplicação)</p><p>ENEM 2016.3 - Prova Unidades Prisionais 2016</p><p>ENEM 2017.1 - Prova Oficial 2017</p><p>ENEM 2017.2 - Prova Unidades Prisionais 2017</p><p>ENEM 2018.1 - Prova Oficial 2018</p><p>ENEM 2018.2 - Prova Unidades Prisionais 2018</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>1 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 01 (2009.1)</p><p>As imagens reproduzem quadros de D. João VI e de seu filho D. Pedro I nos respectivos papéis de mo-</p><p>narcas. A arte do retrato foi amplamente utilizada pela nobreza ocidental, com objetivos de representa-</p><p>ção política e de promoção social. No caso dos reis, essa era uma forma de se fazer presente em várias</p><p>partes do reino e, sobretudo, de se mostrar em majestade.</p><p>A comparação das imagens permite concluir que;</p><p>A) as obras apresentam substantivas diferenças no que diz respeito à representação do poder.</p><p>B) o quadro de D. João VI é mais suntuoso, porque retrata um monarca europeu típico do século XIX.</p><p>C) os quadros dos monarcas têm baixo impacto promocional, uma vez que não estão usando a coroa,</p><p>nem ocupam o trono.</p><p>D) a arte dos retratos, no Brasil do século XIX, era monopólio de pintores franceses, como Debret.</p><p>E) o fato de pai e filho aparecerem pintados de forma semelhante sublinha o caráter de continuidade</p><p>dinástica, aspecto político essencial ao exercício do poder régio.</p><p>Questão 02 (2009.1)</p><p>“Boicote ao militarismo”, propôs o deputado</p><p>federal Márcio Moreira Alves, do Movimento</p><p>Democrático Brasileiro (MDB), em 2 de setem-</p><p>bro de 1968, conclamando o povo a reagir con-</p><p>tra a ditadura.</p><p>O clima vinha tenso desde o ano anterior, com</p><p>forte repressão ao movimento estudantil e à</p><p>primeira greve operária do regime militar.</p><p>O discurso do deputado foi a ‘gota d’água’. A</p><p>resposta veio no dia 13 de dezembro com a</p><p>promulgação do Ato Institucional n° 5 (AI 5).</p><p>(Ditadura descarada. In: Revista de História de</p><p>Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro, ano 4,</p><p>n. 39, dez. 2008 - adaptado)</p><p>Considerando o contexto histórico e político</p><p>descrito acima, o AI 5 significou:</p><p>A) a restauração da democracia no Brasil na</p><p>década de 60.</p><p>B) o fortalecimento do regime parlamentarista</p><p>brasileiro durante o ano de 1968.</p><p>C) o enfraquecimento do poder central, ao con-</p><p>vocar eleições no ano de 1970.</p><p>D) o desrespeito à Constituição vigente e aos</p><p>direitos civis do país a partir de 1968.</p><p>E) a responsabilização jurídica dos deputados</p><p>por seus pronunciamentos a partir de 1968.</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>2 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 03 (2009.1)</p><p>A figura de coronel era muito comum durante os</p><p>anos iniciais da República, principalmente nas</p><p>regiões do interior do Brasil. Normalmente, tra-</p><p>tava-se de grandes fazendeiros que utilizavam</p><p>seu poder para formar uma rede de clientes</p><p>políticos e garantir resultados de eleições. Era</p><p>usado o voto de cabresto, por meio do qual o</p><p>coronel obrigava os eleitores de seu “curral elei-</p><p>toral” a votarem nos candidatos apoiados por</p><p>ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram</p><p>pressionados e fiscalizados por capangas, para</p><p>que votassem de acordo com os interesses do</p><p>coronel. Mas recorria-se também a outras estra-</p><p>tégias, como compra de votos, eleitores-</p><p>fantasma, troca de favores, fraudes na apuração</p><p>dos escrutínios e violência.</p><p>(Disponível em: http://www.historiadobrasil.net.</p><p>Acesso em: 12 dez. 2008 - adaptado)</p><p>Com relação ao processo democrático do perí-</p><p>odo registrado no texto, é possível afirmar que:</p><p>A) o coronel se servia de todo tipo de recursos</p><p>para atingir seus objetivos políticos.</p><p>B) o eleitor não podia eleger o presidente da</p><p>República.</p><p>C) o coronel aprimorou o processo democrático</p><p>ao instituir o voto secreto.</p><p>D) o eleitor era soberano em sua relação com o</p><p>coronel.</p><p>E) os coronéis tinham influência maior nos cen-</p><p>tros urbanos.</p><p>Questão 04 (2009.1)</p><p>A Revolução Cubana veio demonstrar que os</p><p>negros estão muito mais preparados do que se</p><p>pode supor para ascender socialmente. Com</p><p>efeito, alguns anos de escolaridade francamente</p><p>aberta e de estímulo à autossuperação aumen-</p><p>taram, rapidamente, o contingente de negros</p><p>que alçaram aos postos mais altos do governo,</p><p>da sociedade e da cultura cubana. Simultanea-</p><p>mente, toda a parcela negra da população, libe-</p><p>rada da discriminação e do racismo, confraterni-</p><p>zou com os outros componentes da sociedade,</p><p>aprofundando o grau de solidariedade.</p><p>Tudo isso demonstra, claramente, que a demo-</p><p>cracia racial é possível, mas só é praticável</p><p>conjuntamente com a democracia social. Ou</p><p>bem há democracia para todos, ou não há de-</p><p>mocracia para ninguém, porque à opressão do</p><p>negro condenado à dignidade de lutador da</p><p>liberdade corresponde o opróbrio do branco</p><p>posto no papel de opressor dentro de sua pró-</p><p>pria sociedade.</p><p>(RIBEIRO, D. O povo brasileiro: A formação e o sen-</p><p>tido. São Paulo: companhia das Letras, 1999)</p><p>Segundo Darcy Ribeiro, a ascensão social dos</p><p>negros cubanos, resultado de uma educação</p><p>inclusiva, com estímulos à autossuperação,</p><p>demonstra que:</p><p>A) a democracia racial está desvinculada da</p><p>democracia social.</p><p>B) o acesso ao ensino pode ser entendido como</p><p>um fator de pouca importância na estruturação</p><p>de uma sociedade.</p><p>C) a questão racial mostra-se irrelevante no</p><p>caso das políticas educacionais do governo</p><p>cubano.</p><p>D) as políticas educacionais da Revolução Cu-</p><p>bana adotaram uma perspectiva racial antidis-</p><p>criminatória.</p><p>E) os quadros governamentais em Cuba estive-</p><p>ram fechados aos processos de inclusão social</p><p>da população negra.</p><p>Questão 05 (2009.1)</p><p>Desgraçado progresso que escamoteia as tradi-</p><p>ções saudáveis e repousantes. O ‘café’ de anti-</p><p>gamente era uma pausa revigorante na alucina-</p><p>ção da vida cotidiana. Alguém dirá que nem</p><p>tudo era paz nos cafés de antanho, que havia</p><p>muita briga e confusão neles. E daí? Não será</p><p>por isso que lamento seu desaparecimento do</p><p>Rio de Janeiro. Hoje, se houver desaforo, a</p><p>gente o engole calado e humilhado. Já não se</p><p>pode nem brigar. Não há clima nem espaço.</p><p>(ALENCAR, E. Os cafés do Rio. Antigos cafés do</p><p>Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Kosmos, 1989)</p><p>O autor lamenta o desaparecimento dos antigos</p><p>cafés pelo fato de estarem relacionados</p><p>Acesso em: 4 nov. 2008 - adaptado)</p><p>A partir das informações apresentadas, é possí-</p><p>vel concluir que:</p><p>A) o “choque do petróleo”, como ficou conhecida</p><p>a crise, teve implicações sociais, derivadas da</p><p>instabilidade econômica.</p><p>B) a autonomia energética e o isolamento do</p><p>Brasil em relação aos demais países do mundo</p><p>o livrariam de crises dessa natureza.</p><p>C) a solução pela rede ferroviária era inviável</p><p>devido ao alto consumo de diesel pelas locomo-</p><p>tivas e à poluição ambiental.</p><p>D) a crise provocou desequilíbrio no balanço de</p><p>pagamentos porque o Brasil exportava mais</p><p>petróleo do que importava.</p><p>E) a deflagração dos conflitos do Oriente Médio</p><p>foi motivada pela ganância dos países produto-</p><p>res de petróleo.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>18 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 54 (2009.3)</p><p>No Brasil, na complexidade de seu território,</p><p>com muitas diferenças regionais, ocorreu um</p><p>fato marcante o cenário político nacional, capaz</p><p>de mobilizar e aglutinar todos os segmentos da</p><p>sociedade.</p><p>Esse fato, relacionado ao processo de redemo-</p><p>cratização, foi o movimento por eleições diretas,</p><p>que ficou conhecido como “Diretas Já”.</p><p>Esse processo representava, na época, os an-</p><p>seios de uma sociedade marcada por anos de</p><p>regime militar.</p><p>O movimento mencionado foi desencadeado:</p><p>A) pela mobilização suprapartidária oriunda da</p><p>região Sul do Brasil.</p><p>B) a partir da articulação dos movimentos soci-</p><p>ais e sindicais com base sólida na região Su-</p><p>deste do país.</p><p>C) de acordo com os arranjos sociais e as lutas</p><p>de classe dos trabalhadores vinculados ao setor</p><p>petroleiro.</p><p>D) pelos trabalhadores sem-terra do Nordeste,</p><p>com base nos movimentos sociais oriundos do</p><p>campo.</p><p>E) pela união de diferentes segmentos sociais</p><p>liderados pelos sindicatos da região Centro-</p><p>Oeste.</p><p>Questão 55 (2009.3)</p><p>Leia o fragmento sobre as manifestações musi-</p><p>cais da sociedade brasileira no início da Repú-</p><p>blica apresentado a seguir.</p><p>O carteiro Joaquim dos Anjos não era homem</p><p>de serestas e serenatas, mas gostava de violão</p><p>e de modinhas. Ele mesmo tocava flauta, ins-</p><p>trumento que já foi muito estimado, não o sendo</p><p>atualmente como outrora. Acreditava-se até</p><p>músico, pois compunha valsas, tangos e acom-</p><p>panhamentos para modinhas. Aprendera a “arti-</p><p>nha” musical na terra do seu nascimento, nos</p><p>arredores de Diamantina, e a sabia de cor e</p><p>salteado; mas não saíra daí.</p><p>(BARRETO, Lima. Clara dos Anjos. Aquarelas do</p><p>Brasil: contos. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006, p.59)</p><p>A expressão “artinha” revela:</p><p>A) a absorção de manifestações culturais influ-</p><p>enciadas pela alta burguesia.</p><p>B) o gosto do brasileiro por músicas clássicas,</p><p>cuja origem remonta ao interior do Brasil.</p><p>C) o reconhecimento da música ao lado de ma-</p><p>nifestações culturais, como serenatas e seres-</p><p>tas.</p><p>D) o preconceito que existia em relação às ma-</p><p>nifestações musicais de origem popular.</p><p>E) o lugar de destaque que as modinhas sem-</p><p>pre ocuparam na vida do brasileiro.</p><p>Questão 56 (2009.3)</p><p>Entre os séculos XIX e XX, a razão principal para incentivar a vinda de imigrantes para o Brasil, uma</p><p>iniciativa do Estado e de particulares (principalmente fazendeiros), foi a necessidade de conseguir mão</p><p>de obra para a expansão da lavoura cafeeira. O gráfico a seguir representa as quantidades, em milhares,</p><p>de imigrantes que entraram no Brasil, nos séculos XIX e XX.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>19 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Correlacionando a imigração para o Brasil com os outros eventos históricos registrados no gráfico, con-</p><p>clui-se que:</p><p>A) as políticas de incentivo à migração, no século XIX, não conseguiram incrementar a migração que</p><p>ocorreu no século XX.</p><p>B) o período estável de ocorrência do fluxo migratório para o Brasil coincide com a expansão da lavoura</p><p>cafeeira.</p><p>C) o Governo Vargas, percebendo que o número de empregos era insuficiente para a mão de obra no</p><p>país, criou, em 1934, a Lei de Cotas de Imigração, o que resultou em um decréscimo na imigração.</p><p>D) a imigração para o Brasil, entre 1850 e 1930, foi estimulada pela Primeira Guerra Mundial, quando a</p><p>população europeia fugia do conflito.</p><p>E) o país passou por um período de significativo crescimento econômico, desde o fim da Segunda Guer-</p><p>ra até a década de 1970, mas deixou de atrair grandes fluxos migratórios.</p><p>Questão 57 (2009.3)</p><p>A crise de 1929 e, 10 anos mais tarde, a Se-</p><p>gunda Guerra Mundial aceleraram muito o pro-</p><p>cesso de substituição de importações, iniciado</p><p>durante a Primeira Guerra. O Brasil teve que</p><p>produzir os bens industrializados que antes</p><p>sempre importara. O processo não mais se in-</p><p>terrompeu, expandindo-se na década de 50, via</p><p>implantação da indústria automobilística, e apro-</p><p>fundando-se na década de 70, graças à produ-</p><p>ção de máquinas e equipamentos.</p><p>(CARVALHO, José Murilo de. Política brasileira no</p><p>século XX. Brasil-Argentina: soberania e cultura</p><p>política. Brasília: IPRIFUNAG, 2003, p. 200)</p><p>Considerando-se o período histórico descrito no</p><p>texto e as transformações ocorridas, é correto</p><p>afirmar que:</p><p>A) a Segunda Guerra Mundial anulou os ganhos</p><p>da atividade industrial brasileira relativa aos</p><p>anos anteriores.</p><p>B) a produção de máquinas e equipamentos,</p><p>nos anos de 1970, viabilizou a implantação da</p><p>indústria automobilística brasileira.</p><p>C) o Brasil, a partir da década de 1930, paulati-</p><p>namente, deixou de ser um país essencialmente</p><p>agrícola.</p><p>D) a indústria automobilística implantou o mode-</p><p>lo de substituição de importações no Brasil.</p><p>E) a crise econômica mundial de 1929 foi preju-</p><p>dicial para a industrialização brasileira.</p><p>Questão 58 (2009.3)</p><p>O fato é que a transição do Império para a Re-</p><p>pública, proclamada em 1889, constituiu a pri-</p><p>meira grande mudança de regime político ocor-</p><p>rida desde a Independência. Republicanistas</p><p>“puros”, como Silva Jardim, defendiam uma</p><p>mudança de regime que tivesse como resultado</p><p>maior participação da população na vida política</p><p>nacional. Mas, vitoriosos, os republicanos con-</p><p>servadores, como Campos Sales, mantiveram o</p><p>modelo de exclusão política e sociocultural sob</p><p>nova fachada. Ao “parlamentarismo sem povo”</p><p>do Segundo Reinado sucedeu uma República</p><p>praticamente “sem povo”, ou seja, sem cidada-</p><p>nia democrática.</p><p>(LOPEZ, Adriana, MOTA, Carlos Guilherme. História</p><p>do Brasil: interpretação. São Paulo: SENAC, 2008)</p><p>Tendo o texto anterior como referência inicial e</p><p>considerando o processo histórico de implanta-</p><p>ção e de consolidação da República no Brasil, é</p><p>correto inferir que:</p><p>A) a História do Brasil, em geral, se faz por mu-</p><p>danças bruscas e radicais, que transformam</p><p>integralmente a fisionomia social e política do</p><p>país.</p><p>B) a facilidade para a derrubada do regime mo-</p><p>nárquico explica-se pelo vigoroso apoio popular</p><p>às teses republicanas e pelo desprestígio pes-</p><p>soal de D. Pedro II.</p><p>C) o presidencialismo republicano assegurou a</p><p>expansão da democracia brasileira ampliando o</p><p>nível de participação política da sociedade na</p><p>Primeira República (até 1930).</p><p>D) o movimento republicano apresentava divi-</p><p>sões ideológicas e defendia distintos projetos de</p><p>República com a intenção de implantá-los no</p><p>Brasil.</p><p>E) o republicano Silva Jardim lutava por um</p><p>regime político essencialmente oligárquico, que</p><p>foi adotado no Brasil ao longo da Primeira Re-</p><p>pública (até 1930).</p><p>Questão 59 (2009.3)</p><p>A Guerra do Vietnã, polêmico e violento conflito</p><p>armado da segunda metade do século XX, en-</p><p>volveu as guerrilhas do Vietnã do Sul e o gover-</p><p>no comunista do Vietnã do Norte. O conflito</p><p>atingiu maiores proporções com a participação</p><p>dos Estados Unidos da América (EUA) ao lado</p><p>das tropas do Vietnã do Sul. Entretanto, foi tam-</p><p>bém uma guerra com imagens, que divulgavam,</p><p>amplamente e de forma crua, o sofrimento da</p><p>população civil — crianças com os corpos</p><p>queimados por napalm, mulheres violentadas,</p><p>velhos feridos — e de jovens soldados america-</p><p>nos mutilados ou mortos e ensacados.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>20 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Considerando-se</p><p>o fato histórico descrito, é</p><p>correto afirmar que:</p><p>A) os civis, por serem ativos colaboradores dos</p><p>comunistas do Vietnã do Norte, foram conside-</p><p>rados alvos legítimos.</p><p>B) o Vietnã do Sul usava, na guerra, os mesmos</p><p>métodos de combate dos comunistas do Vietnã</p><p>do Norte.</p><p>C) a imprensa, ao divulgar os fatos ocorridos,</p><p>colocou a opinião pública dos EUA contra a</p><p>guerra, o que pressionou ativamente o seu fim.</p><p>D) a violência contra a população civil e o em-</p><p>prego de armas químicas são recursos de guer-</p><p>ra aos quais se deve recorrer com moderação.</p><p>E) os EUA tinham interesse direto na guerra,</p><p>por sua aliança estratégica com o governo co-</p><p>munista do Vietnã do Norte.</p><p>Questão 60 (2009.3)</p><p>Ao contrário do que se acredita, o "discurso</p><p>secreto" de Kruschev não significou a primeira</p><p>manifestação de discordância dos novos gover-</p><p>nantes da URSS, ao acusar Stalin de genocídio.</p><p>Antes disso, haviam sido dados os primeiros</p><p>passos para o fim da estrutura repressiva que</p><p>reinava no país. Na verdade, o discurso se ba-</p><p>seia, em parte, nas conclusões obtidas pelo</p><p>grupo chamado Comissão Shvernik, comissão</p><p>especial que logrou reunir suficiente evidência</p><p>para denunciar que, nos anos de 1930, mais de</p><p>um milhão e meio de membros do partido havi-</p><p>am sido acusados de realizar atividades antis-</p><p>soviéticas, dos quais tendo sido executados</p><p>mais de 680.000 deles.</p><p>O processo que desencadeou o término da es-</p><p>trutura repressiva que reinava na União Soviéti-</p><p>ca ocorreu porque:</p><p>A) as chamadas atividades antissoviéticas fo-</p><p>ram oficialmente descriminalizadas pela Comis-</p><p>são Shvernik.</p><p>B) o processo de libertação dos milhares de</p><p>presos políticos nos campos de trabalho foi</p><p>concluído antes do discurso de Kruschev.</p><p>C) a Comissão Shvernik pretendia pôr fim ao</p><p>regime socialista.</p><p>D) as vítimas da desestalinização foram reabili-</p><p>tadas politicamente, como parte da reavaliação</p><p>dos documentos da Comissão Shvernik.</p><p>E) os próprios membros do partido que haviam</p><p>apoiado Stalin a consolidar a Revolução Russa</p><p>foram, em grande número, mortos ou presos.</p><p>Questão 61 (2009.3)</p><p>A liderança política do processo de independên-</p><p>cia das colônias foi decisiva para os rumos que</p><p>as novas nações tomaram, pois as elites evita-</p><p>ram que as reivindicações mais radicais fossem</p><p>atendidas, marginalizando, assim, política e</p><p>socialmente, a maioria. A ruptura dos laços co-</p><p>loniais não significou o surgimento de uma soci-</p><p>edade democrática e autônoma.</p><p>A respeito da formação do Estado Nacional na</p><p>América Latina, é correto associar ao texto aci-</p><p>ma:</p><p>A) a falta de líderes para os movimentos nacio-</p><p>nalistas contra o domínio português, em oposi-</p><p>ção à América Espanhola.</p><p>B) o ordenamento jurídico-político e as diretrizes</p><p>econômicas no início do século XIX beneficia-</p><p>ram os segmentos sociais não proprietários,</p><p>devido ao incremento na produção manufaturei-</p><p>ra.</p><p>C) a unidade administrativa do império portu-</p><p>guês, por haver características comuns entre as</p><p>regiões colonizadas e homogeneidade na ocu-</p><p>pação.</p><p>D) o governo de D. Pedro I no Brasil, que pro-</p><p>vocou adesões daqueles que queriam mais</p><p>garantias constitucionais, o que conferiu ao</p><p>imperador reconhecimento e apoio da elite lati-</p><p>fundiária.</p><p>E) os partidos políticos que se formaram no final</p><p>do século XVIII e assumiram os controles políti-</p><p>co e administrativo dos Estados se ergueram</p><p>contra os grandes proprietários de terra e reba-</p><p>nhos.</p><p>Questão 62 (2009.3)</p><p>A foto acima foi realizada por Sebastião Salga-</p><p>do, em 1989, no garimpo de Serra Pelada. Do</p><p>ponto de vista social, ambiental e econômico, o</p><p>fenômeno retratado:</p><p>A) abriu uma nova frente de trabalho e de pro-</p><p>dução de riqueza no estado do Pará, que se</p><p>mantém até hoje, graças a um planejamento</p><p>sustentável.</p><p>B) permitiu a extração de ouro, o que elevou</p><p>socialmente grande contingente populacional e</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>21 novocadernoenem@gmail.com</p><p>contribuiu para melhor distribuição da riqueza</p><p>na região.</p><p>C) é indício da sobrevivência, no Brasil, das</p><p>velhas práticas de mutirão, que, por serem tra-</p><p>dicionais, agridem menos a natureza.</p><p>D) mostra como, no início da revolução informá-</p><p>tica, ainda se recorria ao trabalho manual em</p><p>condições desumanas, sem racionalidade pro-</p><p>dutiva.</p><p>E) reuniu milhares de homens em busca de</p><p>fortuna, o que resultou na criação, na região, de</p><p>várias cidades na região com economia diversi-</p><p>ficada.</p><p>Questão 63 (2009.3)</p><p>Na América espanhola colonial, a primeira prio-</p><p>ridade dos invasores foi extrair riquezas dos</p><p>conquistados. Essa extração foi realizada medi-</p><p>ante a apreensão direta de excedentes previa-</p><p>mente acumulados de metais ou pedras precio-</p><p>sas. Isso tomou a forma de saques e pilhagens,</p><p>uma maneira oficialmente aceita de pagar sol-</p><p>dados ou expedicionários voluntários.</p><p>(MACLEOD, Murdo J. Aspectos da economia interna</p><p>da América espanhola colonial. São Paulo: Edusp;</p><p>Brasília: Funag, 1999, v. II, p. 219-220)</p><p>Tendo em vista as características citadas, con-</p><p>clui-se que a América espanhola colonial come-</p><p>çou como uma sociedade:</p><p>A) voltada para o cultivo da cana-de-açúcar,</p><p>produto bastante valorizado, tal como se verifi-</p><p>cou nas colônias portuguesas.</p><p>B) centrada na extração e beneficiamento mine-</p><p>ral de recursos como ouro, prata e pedras pre-</p><p>ciosas, ali encontrados.</p><p>C) escolhida para representar o espírito da mo-</p><p>dernidade europeia na América.</p><p>D) fundada na lógica da conquista, ao se fazer</p><p>uso da violência contra a população indígena</p><p>para a apropriação de riquezas.</p><p>E) engajada no comércio do qual provinham</p><p>especiarias para serem distribuídas na Europa.</p><p>Questão 64 (2009.3)</p><p>As transformações técnicas e tecnológicas</p><p>apresentam impactos importantes nos proces-</p><p>sos produtivos, no avanço do conhecimento e</p><p>na vida cotidiana das sociedades. Estão presen-</p><p>tes nos mais variados aspectos da sociedade e</p><p>influenciaram, de forma variada, a história das</p><p>civilizações, inclusive nas relações de poder</p><p>entre os povos e na supremacia bélica.</p><p>O aparato bélico foi um fator determinante para</p><p>o sucesso em diferentes combates. Isso fica</p><p>evidente, ao se tomar como exemplo o caso:</p><p>A) do primeiro combate aéreo da história, que</p><p>ocorreu no início da Segunda Guerra Mundial,</p><p>quando os franceses abateram um avião ale-</p><p>mão a tiros de metralhadora.</p><p>B) dos soldados da infantaria romana, que dis-</p><p>punham de armaduras e escudos mais resisten-</p><p>tes, o que fazia que, em diferentes batalhas</p><p>contra os persas, obtivessem resultados superi-</p><p>ores em combates a curta distância.</p><p>C) acelerado desenvolvimento bélico do final do</p><p>século XIX e início do século XX, decorrente da</p><p>fabricação de armas, como, por exemplo, metra-</p><p>lhadora e cartuchos metálicos, como forma de</p><p>se resolverem conflitos alimentados pela corrida</p><p>imperialista.</p><p>D) dos povos germânicos, que, no início da</p><p>Idade Média, invadiram a Península Ibérica,</p><p>com uma força naval organizada, cujos barcos,</p><p>com quilhas e velas, percorriam rapidamente</p><p>longas distâncias, o que impossibilitava a defe-</p><p>sa da península.</p><p>E) dos espartanos, que desenvolveram armas</p><p>pesadas imbatíveis nos ataques a fortalezas e</p><p>muralhas e organizaram seu exército era de</p><p>acordo com o equipamento e a experiência dos</p><p>soldados.</p><p>Questão 65 (2009.3)</p><p>A análise histórica dos problemas que envolvem</p><p>a cidadania no Brasil possibilita considerar-se</p><p>que a herança colonial pesou mais na área dos</p><p>direitos civis. O novo país herdou a escravidão,</p><p>que negava a condição humana do escravo,</p><p>herdou a grande propriedade rural, fechada à</p><p>ação da lei, e herdou um Estado comprometido</p><p>com o poder privado. Esses três empecilhos ao</p><p>exercício da cidadania civil revelaram-se persis-</p><p>tentes.</p><p>(CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O</p><p>longo caminho. Rio de Janeiro: Brasileira, 2004)</p><p>Com base na herança colonial, tratada no texto</p><p>acima, deve-se considerar que:</p><p>A) Abolição da Escravatura permitiu que os ex-</p><p>escravos alcançassem direitos políticos, civis e</p><p>sociais, sendo estes reforçados, posteriormente,</p><p>na Constituição de 1891.</p><p>B) direitos civis, aqueles que dizem respeito às</p><p>liberdades e garantias individuais, foram estabe-</p><p>lecidos no Brasil, pela primeira vez, na Consti-</p><p>tuição de 1988.</p><p>C) a prevalência dos latifúndios alimentou a</p><p>migração e propiciou a criação do Movimento</p><p>dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).</p><p>D) exemplo de “Estado comprometido com o</p><p>poder privado” é a República Velha, período em</p><p>que os coronéis dominavam o poder público, ao</p><p>adotarem uma política patrimonialista, a qual</p><p>Getúlio Vargas conseguiu eliminar do país após</p><p>1930.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>22 novocadernoenem@gmail.com</p><p>E) Antônio Conselheiro, líder do movimento</p><p>messiânico de Canudos, pode ser identificado</p><p>como precursor na luta pelos direitos civis no</p><p>Brasil, uma vez que defendia o direito de seus</p><p>liderados se expressarem livremente.</p><p>Questão 66 (2009.3)</p><p>Na primeira República, uma grande parcela da</p><p>população brasileira vivia na mais extrema mi-</p><p>séria, ou seja, convivia com os baixos salários,</p><p>sem terras, devido à concentração fundiária, e</p><p>explorada pelos coronéis.</p><p>Uma forma de reação era a organização da</p><p>população por meio de movimentos sociais,</p><p>tendo alguns caráter messiânico, e outros sendo</p><p>caracterizados como banditismo social. Os mo-</p><p>vimentos messiânicos misturavam misticismo,</p><p>revolta e política.</p><p>Entre os fatos importantes que marcaram os</p><p>movimentos messiânicos, inclui-se:</p><p>A) a Guerra do Contestado, liderada pelo beato</p><p>José Maria, ocorrida após a conclusão da ferro-</p><p>via São Paulo-Rio Grande do Sul, quando cerca</p><p>de oito mil operários ficaram desempregados e,</p><p>então, se juntaram ao beato para fundarem uma</p><p>aldeia milenarista e republicana.</p><p>B) a conclamação à população sertaneja feita</p><p>por José Virgulino, conhecido por Lampião, para</p><p>pegassem as armas e impedissem a assinatura</p><p>do Pacto dos Coronéis, pelo qual vários chefes</p><p>políticos cearenses pretendiam unir-se para</p><p>sustentar a oligarquia Acciolly.</p><p>C) a liderança político-religiosa do Padre Cícero,</p><p>que propunha a necessidade de se criar a soci-</p><p>edade justa pregada por Jesus Cristo, para cor-</p><p>rigir e punir as injustiças, e, por causa disso, foi</p><p>perseguido pelos coronéis.</p><p>D) a extrema violência da quarta e última expe-</p><p>dição contra o arraial de Canudos, durante a</p><p>qual as casas foram saqueadas e incendiadas,</p><p>os conselheiristas, mortos e degolados, e ape-</p><p>nas as crianças foram poupadas.</p><p>E) o combate do governo brasileiro ao movi-</p><p>mento de Antônio Conselheiro e seus seguido-</p><p>res, os quais pregavam a abolição da proprie-</p><p>dade privada, recusavam-se a pagar os impos-</p><p>tos e manifestavam sua aspiração monarquista.</p><p>Questão 67 (2009.3)</p><p>Em seu discurso em honra dos primeiros mortos</p><p>na Guerra do Peloponeso (séc. V a.C.), o ateni-</p><p>ense Péricles fez um longo elogio fúnebre, ex-</p><p>posto na obra do historiador Tucídides. Ao enfa-</p><p>tizar o respeito dos atenienses à lei e seu amor</p><p>ao belo, o estadista ateniense tinha em mente</p><p>um outro tipo de organização de Estado e soci-</p><p>edade, contra o qual os gregos se haviam bati-</p><p>do 50 anos antes e que se caracterizava por</p><p>uma administração eficiente que concedia auto-</p><p>nomia aos diferentes povos e era marcada pela</p><p>construção de grandes obras e conquistas.</p><p>(PRADO, A. L. A.,Tucídides, História da Guerra do</p><p>Peloponeso, Livro I, São Paulo, Martins Fontes)</p><p>O “outro tipo de organização de Estado e socie-</p><p>dade” ao qual Péricles se refere era:</p><p>A) o mundo dos impérios orientais, que rivaliza-</p><p>va comercialmente com a Atenas de Péricles.</p><p>B) o universo dos demais gregos, que não vivi-</p><p>am sob uma democracia, já que esta era exclu-</p><p>sividade de Atenas.</p><p>C) o Alto Império Romano, que, se destacava</p><p>pela supremacia militar e pelo intenso desenvol-</p><p>vimento econômico.</p><p>D) o mundo dos espartanos, que, desconhe-</p><p>cendo a escrita e a lei, eram guiados pelo auto-</p><p>ritarismo teocrático de seus líderes.</p><p>E) o Império Persa, que, apesar de possuir um</p><p>vasto território, tentou, em vão, conquistar a</p><p>Grécia.</p><p>Questão 68 (2010.1)</p><p>A serraria construía ramais ferroviários que</p><p>adentravam as grandes matas, onde grandes</p><p>locomotivas com guindastes e correntes gigan-</p><p>tescas de mais de 100 metros arrastavam, para</p><p>as composições de trem toras que jaziam abati-</p><p>das por equipes de trabalhadores que anterior-</p><p>mente passavam pelo local. Quando o guindas-</p><p>te arrastava as grandes toras em direção à</p><p>composição de trem, os ervais nativos que exis-</p><p>tiam em meio às matas eram destruídos por</p><p>este deslocamento.</p><p>(MACHADO, P. P. Lideranças do Contestado.</p><p>Campinas: Unicamp, 2004 - adaptado)</p><p>No início do século XX, uma série de empreen-</p><p>dimentos capitalistas chegou à região do meio</p><p>oeste de Santa Catarina — ferrovias, serrarias e</p><p>projetos de colonização. Os impactos sociais</p><p>gerados por esse processo estão na origem da</p><p>chamada Guerra do Contestado. Entre tais im-</p><p>pactos, encontrava-se:</p><p>A) a absorção dos trabalhadores rurais com</p><p>trabalhadores da serraria, resultando em um</p><p>processo de êxodo rural.</p><p>B) o desemprego gerado pela introdução das</p><p>novas máquinas, que diminuíam a necessidade</p><p>de mão de obra.</p><p>C) a desorganização da economia tradicional,</p><p>que sustentava os posseiros e os trabalhadores</p><p>rurais da região.</p><p>D) a diminuição do poder dos grandes coronéis</p><p>da região, que passavam disputar o poder polí-</p><p>tico com os novos agentes.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>23 novocadernoenem@gmail.com</p><p>E) o crescimento dos conflitos entre emprega-</p><p>dos nesses empreendimentos e os seus pro-</p><p>prietários, ligados ao capital internacional.</p><p>Questão 69 (2010.1)</p><p>As secas e o apelo econômico da borracha —</p><p>produto que no final do século XIX alcançava</p><p>preços altos mercados internacionais — motiva-</p><p>ram a movimentação humanas oriundas do</p><p>Nordeste do Brasil para o Acre. Entretanto, até</p><p>o início do século XX, essa região pertencia à</p><p>Bolívia, embora a maioria da sua população</p><p>fosse brasileira e não obedecesse à autoridade</p><p>boliviana. Para reagir à presença de brasileiros,</p><p>o governo de La Paz negociou o arrendamento</p><p>da região a uma entidade internacional, o Boli-</p><p>vian Syndicate, iniciando violentas disputas dos</p><p>dois lados da fronteira. O conflito só terminou</p><p>em 1903, com a assinatura do Tratado de Pe-</p><p>trópolis, pelo qual o Brasil comprou o território</p><p>por 2 milhões de libras esterlinas.</p><p>(Disponível em: www.mre.gov.br.</p><p>Acesso em: 03 nov.2008 - adaptado)</p><p>Compreendendo o contexto em que ocorreram</p><p>os fatos apresentados, o Acre tornou-se parte</p><p>do território nacional brasileiro:</p><p>A) pela formalização do Tratado de Petrópolis,</p><p>que indenizava o Brasil pela sua anexação.</p><p>B) por meio do auxílio do Bolivian Syndicate aos</p><p>emigrantes brasileiros na região.</p><p>C) devido à crescente emigração de brasileiros</p><p>que exploravam os seringais.</p><p>D) em função da presença de inúmeros imigran-</p><p>tes estrangeiros na região.</p><p>E) pela indenização que os emigrantes brasilei-</p><p>ros pagaram à Bolívia.</p><p>Questão 70 (2010.1)</p><p>O Império Inca, que corresponde principalmente</p><p>aos territórios da Bolívia e do Peru, chegou a</p><p>englobar enorme contingente populacional.</p><p>Cuzco, a cidade sagrada, era o centro adminis-</p><p>trativo, com uma sociedade fortemente estratifi-</p><p>cada e composta por imperadores nobres, sa-</p><p>cerdotes, funcionários do governo, artesãos,</p><p>camponeses, escravos e soldados. A religião</p><p>contava com vários deuses, e a base da eco-</p><p>nomia era a agricultura, principalmente o cultivo</p><p>da batata e do milho.</p><p>A principal característica da sociedade Inca era:</p><p>A) a ditadura teocrática, que igualava a todos.</p><p>B) existência da igualdade social e da coletivi-</p><p>zação da terra.</p><p>C) estrutura social desigual compensada pela</p><p>coletivização de todos os bens.</p><p>D) existência de mobilidade social, o que levou</p><p>à composição da elite pelo mérito.</p><p>E) impossibilidade de se mudar de extrato social</p><p>e a existência de uma aristocracia hereditária.</p><p>Questão 71 (2010.1)</p><p>Os vestígios dos povos Tupi-guarani encontram-</p><p>se desde as Missões do Rio da Prata, ao Sul,</p><p>até o Nordeste com algumas ocorrências ainda</p><p>mal conhecidas no sul da Amazônia. A leste</p><p>ocupavam toda a faixa litorânea, desde o Rio</p><p>Grande do Sul até o Maranhão. A oeste apare-</p><p>cem (no rio da Prata) no Paraguai e nas terras</p><p>baixas da Bolívia. Evitam as terras inundáveis</p><p>do Pantanal e marcam sua presença discreta-</p><p>mente nos cerrados do Brasil central. De fato,</p><p>ocuparam de preferências as regiões de floresta</p><p>tropical e subtropical.</p><p>(PROUS, A. O Brasil antes dos brasileiros. Rio de</p><p>Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005)</p><p>Os povos indígenas citados possuíam tradições</p><p>culturais especificas que os distinguiam de ou-</p><p>tras sociedades indígenas e dos colonizadores</p><p>europeus. Entre as tradições tupi-guarani desta-</p><p>cavam-se:</p><p>A) a organização em aldeias politicamente inde-</p><p>pendentes, dirigidas por um chefe, eleito pelos</p><p>indivíduos mais velhos da tribo.</p><p>B) a ritualização da guerra entre as tribos e o</p><p>caráter semissedentário de sua organização</p><p>social.</p><p>C) a conquista de terras mediante operações</p><p>militares, o que permitiu seu domínio sobre vas-</p><p>to território.</p><p>D) o caráter pastoril de sua economia, que</p><p>prescindia da agricultura para investir na criação</p><p>de animais.</p><p>E) o desprezo pelos rituais antropofágicos prati-</p><p>cados em outras sociedades indígenas.</p><p>Questão 72 (2010.1)</p><p>Os tropeiros foram figuras decisivas na forma-</p><p>ção de vilarejos e cidades do Brasil colonial. A</p><p>palavra tropeiro vem de “tropa” que, no passa-</p><p>do, se referia ao conjunto de homens que trans-</p><p>portava gado e mercadoria. Por volta do século</p><p>XVIII, muita coisa era levada de um lugar a ou-</p><p>tro no lombo de mulas.</p><p>O tropeirismo acabou associado à atividade</p><p>mineradora, cujo auge foi a exploração de ouro</p><p>em Minas Gerais e, mais tarde, em Goiás. A</p><p>extração de pedras preciosas também atraiu</p><p>grandes contingentes populacionais para as</p><p>novas áreas e, por isso, era cada vez mais ne-</p><p>cessário dispor de alimentos e produtos bási-</p><p>cos. A alimentação dos tropeiros era constituída</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>24 novocadernoenem@gmail.com</p><p>por toucinho, feijão preto, farinha, pimenta do</p><p>reino, café, fubá e coité (um molho de vinagre</p><p>com fruto cáustico espremido). Nos pousos, os</p><p>tropeiros comiam feijão quase sem molho com</p><p>pedaços de carne de sol e toucinho, que era</p><p>servido com farofa e couve picada. O feijão</p><p>tropeiro é um dos pratos típicos da cozinha mi-</p><p>neira e recebe esse nome porque era preparado</p><p>pelos cozinheiros das tropas que conduziam o</p><p>gado.</p><p>(Disponível em: http://www.tribunadoplanalto.com.br.</p><p>Acesso em: 27 de novembro 2008)</p><p>A criação do feijão tropeiro na culinária brasilei-</p><p>ra está relacionada:</p><p>A) à atividade comercial exercida pelos homens</p><p>que trabalhavam nas minas.</p><p>B) atividade culinária exercida pelos moradores</p><p>cozinheiros que viviam nas regiões das minas.</p><p>C) atividade mercantil exercida pelos homens</p><p>que transportavam gado e mercadoria.</p><p>D) atividade agropecuária exercida pelos tropei-</p><p>ros que necessitavam dispor de alimentos.</p><p>E) atividade mineradora exercida pelos tropeiros</p><p>no auge da exploração do ouro.</p><p>Questão 73 (2010.1)</p><p>Negro filho de escrava e fidalgo Português, o</p><p>baiano Luiz Gama fez da lei e das letras suas</p><p>armas na luta pela liberdade. Foi vendido ile-</p><p>galmente como escravo pelo seu pai para cobrir</p><p>dívidas de jogo.</p><p>Sabendo ler e escrever, aos 18 anos de idade</p><p>conseguiu provas de que havia nascido livre.</p><p>Autodidata, advogado sem diploma, fez do direi-</p><p>to seu oficio e transformando-se em pouco tem-</p><p>po proeminente advogado da causa abolicionis-</p><p>ta.</p><p>(AZEVEDO, E. O Orfeu de carapinha.</p><p>In: Revista de História. Ano1, no 3. Rio de Janeiro:</p><p>Biblioteca Nacional, jan. 2004 - adaptado)</p><p>A conquista da liberdade pelos afro-brasileiros</p><p>na segunda metade do séc. XIX foi resultado de</p><p>importantes lutas sociais condicionadas histori-</p><p>camente. A biografia de Luiz Gama exemplifica</p><p>a:</p><p>A) impossibilidade de ascensão social do negro</p><p>forro em uma sociedade escravocrata, mesmo</p><p>sendo alfabetizado.</p><p>B) extrema dificuldade de projeção de intelectu-</p><p>ais negros nesse contexto e a utilização do Di-</p><p>reito como canal de luta pela liberdade.</p><p>C) rigidez de uma sociedade, assentada na</p><p>escravidão, que inviabilizava os mecanismos de</p><p>ascensão social.</p><p>D) possibilidade de ascensão social, viabilizada</p><p>pelo apoio das elites dominantes, a um mestiço</p><p>filho de pai português.</p><p>E) troca de favores entre um representante ne-</p><p>gro e a elite agrária escravista que outorgara o</p><p>direito advocatício ao mesmo.</p><p>Questão 74 (2010.1)</p><p>Eu, o Príncipe Regente, faço saber aos que o</p><p>presente Alvará virem: que desejando promover</p><p>e adiantar a riqueza nacional, e sendo um dos</p><p>mananciais dela as manufaturas e a indústria,</p><p>sou servido abolir e revogar toda e qualquer</p><p>proibição que haja a este respeito no Estado do</p><p>Brasil.</p><p>(Alvará de liberdade para as indústrias - 1º de Abril de</p><p>1808. Textos políticos da História do Brasil. Vol. 1.</p><p>Brasília: Senado Federal, 2002 - adaptado)</p><p>O projeto industrializante de D. João, conforme</p><p>expresso no alvará, não se concretizou. Que</p><p>características desse período explicam esse</p><p>fato?</p><p>A) A ocupação de Portugal pelas tropas france-</p><p>sas e o fechamento das manufaturas portugue-</p><p>sas.</p><p>B) A dependência portuguesa da Inglaterra e o</p><p>predomínio industrial inglês sobre suas redes de</p><p>comércio.</p><p>C) a desconfiança da burguesia industrial colo-</p><p>nial diante da chegada da família real portugue-</p><p>sa.</p><p>D) O confronto entre a França e a Inglaterra e</p><p>aposição dúbia assumida por Portugal no co-</p><p>mércio internacional.</p><p>E) O atraso industrial da colônia provocado pela</p><p>perda de mercados para as indústrias portugue-</p><p>sas.</p><p>Questão 75 (2010.1)</p><p>Em 2008 foram comemorados os 200 anos da</p><p>mudança da família real portuguesa para o Bra-</p><p>sil, onde foi instalada a sede do reino. Uma se-</p><p>quência de eventos importantes ocorreu no</p><p>período 1808-1821, durante os13 anos em que</p><p>D. João VI e a família real portuguesa permane-</p><p>ceram no Brasil.</p><p>Entre esses eventos, destacam-se os seguintes:</p><p> Bahia - 1808: parada do navio que trazia a</p><p>família real portuguesa para o Brasil, sob a</p><p>proteção da marinha britânica, fugindo de</p><p>um possível ataque de Napoleão.</p><p> Rio de Janeiro - 1808: desembarque da</p><p>família real portuguesa na cidade onde re-</p><p>sidiriam durante sua permanência no Bra-</p><p>sil.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>25 novocadernoenem@gmail.com</p><p> Salvador - 1810: D. João VI assina a carta</p><p>regia de abertura dos portos ao comercio</p><p>de todas as nações amigas, ato antecipa-</p><p>damente negociado com a Inglaterra em</p><p>troca da escolta dada à esquadra portu-</p><p>guesa.</p><p> Rio de Janeiro - 1816: D. João VI torna-se</p><p>rei do Brasil e de Portugal, devido à morte</p><p>de sua mãe, D. Maria I.</p><p> Pernambuco – 1817: as tropas de João VI</p><p>sufocam a revolução republicana.</p><p>(GOMES, L. 1808: como uma rainha louca, um prín-</p><p>cipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napo-</p><p>leão e mudaram a história de Portugal e do Brasil.</p><p>São Paulo: Editora Planeta, 2007 - adaptado)</p><p>Uma das consequências desses eventos foi:</p><p>A) a decadência do império britânico, em razão</p><p>do contrabando de produtos ingleses através</p><p>dos portos brasileiros.</p><p>B) o fim do comercio de escravos no Brasil, por</p><p>que a Inglaterra decretava, em 1806, a proibição</p><p>de escravos em seus domínios.</p><p>C) a conquista da região do rio da Prata em</p><p>represália à aliança entre a Espanha e a França</p><p>de Napoleão.</p><p>D) a abertura de estradas, que permitiu o rom-</p><p>pimento do isolamento que vigorava entre as</p><p>províncias do país, o que dificultava a comuni-</p><p>cação antes de 1808.</p><p>E) O grande desenvolvimento econômico de</p><p>Portugal após a vinda de D. João VI para o Bra-</p><p>sil, uma vez que cessaram as despesas de ma-</p><p>nutenção do rei e de sua família.</p><p>Questão 76 (2010.1)</p><p>I - Para consolidar-se como governo, a Repúbli-</p><p>ca precisava eliminar as arestas, conciliar-se</p><p>com o passado monarquista, incorporar distintas</p><p>vertentes do republicanismo. Tiradentes não</p><p>deveria ser visto como herói republicano radical,</p><p>mas sim como herói cívico religioso, como már-</p><p>tir,</p><p>integrador, portador da imagem do povo</p><p>inteiro.</p><p>(CARVALHO, J. M. C. A formação das almas:</p><p>O imaginário da República no Brasil.</p><p>São Paulo: Companhia das Letras, 1990)</p><p>I – Ei-lo, o gigante da praça,/ O Cristo da multi-</p><p>dão!/ É Tiradentes quem passa / Deixem passar</p><p>o Titão.</p><p>(ALVES, C. Gonzaga ou a revolução de Minas.</p><p>A formação das almas: O imaginário da República no</p><p>Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990)</p><p>A 1ª República brasileira, nos seus primórdios,</p><p>precisava construir uma figura heroica capaz</p><p>congregar diferenças e sustentar simbolicamen-</p><p>te o novo regime. Optando pela figura de Tira-</p><p>dentes deixou de lados figuras como Frei Cane-</p><p>ca ou Bento Gonçalves.</p><p>A transformação do inconfidente em herói naci-</p><p>onal evidencia que o esforço de construção de</p><p>um simbolismo por parte da República estava</p><p>relacionado:</p><p>A) ao caráter nacionalista e republicano da in-</p><p>confidência, evidenciado nas ideias e na atua-</p><p>ção de Tiradentes.</p><p>B) à identificação da conjuração Mineira com o</p><p>movimento precursor do positivismo brasileiro.</p><p>C) ao fato de a proclamação da República ter</p><p>sido um movimento de poucas raízes populares,</p><p>que precisava de legitimação.</p><p>D) à semelhança física entre Tiradentes e Je-</p><p>sus, que proporcionaria, a um povo católico</p><p>como o brasileiro, uma fácil identificação.</p><p>E) ao fato de Frei Caneca e Bento Gonçalves</p><p>terem liderado movimentos separatistas no Nor-</p><p>deste e no Sul do país.</p><p>Questão 77 (2010.1)</p><p>Em nosso país queremos substituir o egoísmo</p><p>pela moral, a honra pela probidade, os usos</p><p>pelos princípios, as conveniências pelos deve-</p><p>res, a tirania da moda pelo império da razão, o</p><p>desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a</p><p>insolência pelo orgulho, a vaidade pela grande-</p><p>za de alma, o amor ao dinheiro pelo amor à</p><p>glória, a boa companhia pelas boas pessoas, a</p><p>intriga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio, o</p><p>brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo en-</p><p>canto da felicidade, a mesquinharia dos grandes</p><p>pela grandeza do homem.</p><p>(HUNT, L. Revolução Francesa e Vida Privada. Histó-</p><p>ria da Vida Privada: da Revolução Francesa à Primei-</p><p>ra Guerra. São Paulo: Companhia das Letras,1991)</p><p>O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de</p><p>1794, do qual o trecho transcrito é parte, relaci-</p><p>ona-se a qual dos grupos político-sociais envol-</p><p>vidos na Revolução Francesa?</p><p>A) À alta burguesia, que desejava participar do</p><p>poder legislativo francês como força política</p><p>dominante.</p><p>B) Ao clero francês, que desejava justiça social</p><p>e era ligado à alta burguesia.</p><p>C) A militares oriundos da pequena e média</p><p>burguesia, que derrotaram as potências rivais e</p><p>queriam reorganizar a França internamente.</p><p>D) À nobreza esclarecida, que, em função do</p><p>seu contato com os intelectuais iluministas, de-</p><p>sejava extinguir o absolutismo francês.</p><p>E) Aos representantes da pequena e média</p><p>burguesia e das camadas populares, que dese-</p><p>javam justiça social e direitos políticos.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>26 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 78 (2010.1)</p><p>Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atra-</p><p>vessou um período marcado por inúmeras cri-</p><p>ses: as diversas forças políticas lutavam pelo</p><p>poder e as reivindicações populares eram por</p><p>melhores condições de vida e pelo direito de</p><p>participação na vida politica do país. Os confli-</p><p>tos representavam também o protesto contra a</p><p>centralização do governo. Nesse período, ocor-</p><p>reu também a expansão da cultura cafeeira e o</p><p>surgimento do poderoso grupo dos barões do</p><p>café, para o qual era fundamental a manutenção</p><p>da escravidão e do trafico negreiro.</p><p>O contexto do Período Regencial foi marcado:</p><p>A) por revoltas populares que reclamavam a</p><p>voltada monarquia.</p><p>B) por várias crises e pela submissão das forças</p><p>políticas ao poder central.</p><p>C) pela luta entre os principais grupos políticos</p><p>que reivindicavam melhores condições de vida.</p><p>D) pelo governo dos chamados regentes, que</p><p>promoveram a ascensão social dos “barões do</p><p>café”.</p><p>E) pela convulsão política e por novas realida-</p><p>des econômicas que exigiam o reforço de ve-</p><p>lhas realidades sociais.</p><p>Questão 79 (2010.1)</p><p>De março de 1931 a fevereiro de 1940, foram</p><p>decretadas mais de 150 leis novas de proteção</p><p>social e de regulamentação do trabalho em to-</p><p>dos os seus setores. Todas elas têm sido sim-</p><p>plesmente uma dádiva do governo. Desde aí, o</p><p>trabalhador brasileiro encontra nos quadros</p><p>gerais do regime o seu verdadeiro lugar.</p><p>(DANTAS, M. A força nacionalizadora do Estado</p><p>Novo. Rio de Janeiro: DIP, 1942. Apud BERCITO,</p><p>S.R. São Paulo: Atual, 1990)</p><p>A adoção de novas políticas públicas e as mu-</p><p>danças jurídico-institucionais ocorridas no Bra-</p><p>sil, com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder,</p><p>evidenciam o papel histórico de certas lideran-</p><p>ças e a importância das lutas sociais na con-</p><p>quista da cidadania. Desse processo resultou a:</p><p>A) criação do Ministério do Trabalho, Indústria e</p><p>Comércio, que garantiu ao operariado autono-</p><p>mia para o exercício de atividades sindicais.</p><p>B) legislação previdenciária, que proibiu migran-</p><p>tes de ocuparem cargos de direção nos sindica-</p><p>tos.</p><p>C) criação da Justiça do Trabalho, para coibir</p><p>ideologias consideradas perturbadoras da “har-</p><p>monia social”.</p><p>D) legislação trabalhista que atendeu reivindica-</p><p>ções dos operários, garantindo-lhes vários direi-</p><p>tos e formas de proteção.</p><p>E) decretação da Consolidação das Leis do</p><p>Trabalho (CLT), que impediu o controle estatal</p><p>sobre as atividades políticas da classe operária.</p><p>Questão 80 (2010.1)</p><p>Não é difícil entender o que ocorreu no Brasil</p><p>nos anos imediatamente anteriores ao golpe</p><p>militar de 1964. A diminuição da oferta de em-</p><p>pregos e a desvalorização dos salários provo-</p><p>cados pela inflação levaram a uma intensa mo-</p><p>bilização política popular, marcada por sucessi-</p><p>vas grevistas de varias categorias profissionais,</p><p>o que aprofundou as tensões sociais. Dessa</p><p>vez, as classes trabalhadoras se recusaram a</p><p>pagar o pato pelas “sobras” do modelo econô-</p><p>mico juscelinista.</p><p>(MENDONÇA, S. R.A Industrialização Brasileira.</p><p>São Paulo: Moderna, 2002 - adaptado)</p><p>Segundo o texto os conflitos sociais ocorridos</p><p>no inicio dos anos 1960 decorreram principal-</p><p>mente:</p><p>A) da manipulação política empreendida pelo</p><p>governo João Goulart.</p><p>B) das contradições econômicas do modelo</p><p>desenvolvimentista.</p><p>C) do poder político adquirido pelos sindicatos</p><p>populistas.</p><p>D) da desmobilização das classes dominantes</p><p>frente ao avanço das greves.</p><p>E) da recusa dos sindicatos em aceitar mudan-</p><p>ças na legislação trabalhista.</p><p>Questão 81 (2010.1)</p><p>Judiciário contribuiu com ditadura no Chile,</p><p>diz Juiz Guzmán Tapia</p><p>As cortes de apelação rejeitaram mais de 10 mil</p><p>habeas corpus nos casos das pessoas desapa-</p><p>recidas. Nos tribunais militares, todas as causas</p><p>foram concluídas com suspensões temporárias</p><p>ou definitivas e os desaparecimentos políticos</p><p>tiveram apenas trâmite formal na Justiça. Assim,</p><p>o Poder Judiciário contribuiu para que os agen-</p><p>tes estatais ficassem impunes.</p><p>(Disponível em: http://www.cartamaior.com.br.</p><p>Acesso em: 20 jul. 2010 - adaptado)</p><p>Segundo o texto, durante a ditadura chilena na</p><p>década de1970, a relação entre os poderes</p><p>Executivo e Judiciário caracterizava-se pela:</p><p>A) preservação da autonomia institucional entre</p><p>os poderes.</p><p>B) valorização da atuação independente de</p><p>alguns juízes.</p><p>C) manutenção da interferência jurídica nos atos</p><p>executivos.</p><p>D) transferência das funções dos juízes para o</p><p>chefe Estado.</p><p>E) subordinação do poder judiciário aos interes-</p><p>ses políticos dominantes.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>27 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 82 (2010.2)</p><p>O movimento operário ofereceu uma nova res-</p><p>posta ao grito do homem miserável no princípio</p><p>do século XIX. A resposta foi a consciência de</p><p>classe e a ambição de classe. Os pobres então</p><p>se organizavam em uma classe específica, a</p><p>classe operária, diferente da classe dos patrões</p><p>(ou capitalistas). A revolução Francesa lhes deu</p><p>confiança; a Revolução Industrial trouxe a ne-</p><p>cessidade da mobilização permanente.</p><p>(HOBSBAWM, E. J. A era das revoluções.</p><p>São Paulo: Paz e Terra, 1977)</p><p>No texto, analisa-se o impacto das Revoluções</p><p>Francesa e Industrial para a organização da</p><p>classe operária. Enquanto a "confiança" dada</p><p>pela Revolução Francesa era originária do signi-</p><p>ficado da vitória revolucionária sobre as classes</p><p>dominantes, a “necessidade da mobilização</p><p>permanente”, trazida pela Revolução Industrial,</p><p>decorria da compreensão de que:</p><p>A) a competitividade do trabalho industrial exigia</p><p>um permanente esforço de qualificação para o</p><p>enfrentamento do desemprego.</p><p>B) a completa transformação da economia capi-</p><p>talista seria fundamental para a emancipação</p><p>dos operários.</p><p>C) a introdução das máquinas no processo pro-</p><p>dutivo diminuía as possibilidades de ganho ma-</p><p>terial para os operários.</p><p>D) o progresso tecnológico geraria a distribuição</p><p>de riquezas para aqueles que estivessem adap-</p><p>tados aos novos tempos industriais.</p><p>E) a melhoria das condições de vida dos operá-</p><p>rios seria conquistada com as manifestações</p><p>coletivas em favor dos direitos trabalhistas.</p><p>Questão 83 (2010.2)</p><p>Gregório de Matos definiu, no século XVII, o</p><p>amor e a sensualidade carnal.</p><p>O Amor é finalmente um embaraço de pernas,</p><p>união de barrigas, um breve tremor de artérias.</p><p>Uma confusão de bocas, uma batalha de veias,</p><p>um rebuliço de ancas, quem diz outra coisa é</p><p>besta.</p><p>(VAINFAS, R. Brasil de todos os pecados.</p><p>Revista de História. Ano1. n°1. Rio de Janeiro:</p><p>Biblioteca Nacional. nov. 2003)</p><p>Vilhena descreveu ao seu amigo Filopono,</p><p>no século XVIII, a sensualidade nas ruas de</p><p>Salvador.</p><p>Causa essencial de muitas moléstias nesta ci-</p><p>dade é a desordenada paixão sensual que atro-</p><p>pela e relaxa o rigor da Justiça, as leis divinas,</p><p>eclesiásticas, civis e criminais. Logo que anoite-</p><p>ce, entulham as ruas libidinosos, vadios e ocio-</p><p>sos de um e outro sexo. Vagam pelas ruas e,</p><p>sem pejo, fazem gala da sua torpeza.</p><p>(VILHENA. L.S. A Bahia no século XVIII. Coleção</p><p>Baiana. v.1. Salvador: Itapuã, 1969 - adaptado)</p><p>A sensualidade foi assunto recorrente no Brasil</p><p>colonial. Opiniões se dividiam quando o tema</p><p>afrontava diretamente os “bons costumes”. Nes-</p><p>se contexto, contribuía para explicar essas di-</p><p>vergências:</p><p>A) a busca do controle do corpo por meio de</p><p>discurso ambíguo que associava sexo, prazer,</p><p>libertinagem e pecado.</p><p>B) o posicionamento liberal da sociedade oito-</p><p>centista, que reivindicava mudanças de compor-</p><p>tamento na sociedade.</p><p>C) a política pública higienista, que atrelava a</p><p>sexualidade a grupos socialmente marginais.</p><p>D) a associação da sensualidade às parcelas</p><p>mais abastadas da sociedade.</p><p>E) a existência de associações religiosas que</p><p>defendiam a pureza sexual da população bran-</p><p>ca.</p><p>Questão 84 (2010.2)</p><p>(DEBRET, J. B.; SOUZA, L. M. (Org) História da Vida</p><p>Privada no Brasil: São Paulo: Companhia Letras, 97)</p><p>A imagem retrata uma cena da vida cotidiana</p><p>dos escravos urbanos no início do século XIX.</p><p>Lembrando que as atividades desempenhadas</p><p>por esses trabalhadores eram diversas, os es-</p><p>cravos de aluguel representados na pintura:</p><p>A) vendiam a produção da lavoura cafeeira para</p><p>os moradores das cidades.</p><p>B) trabalhavam nas casas de seus senhores e</p><p>acompanhavam as donzelas na rua.</p><p>C) realizavam trabalhos temporários em troca</p><p>de pagamento para os seus senhores.</p><p>D) eram autônomos, sendo contratados por</p><p>outros senhores para realizarem atividades co-</p><p>merciais.</p><p>E) aguardavam a sua própria venda após de-</p><p>sembarcarem no porto.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>28 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 85 (2010.2)</p><p>Chegança</p><p>Sou Pataxó,</p><p>Sou Xavante e Carriri,</p><p>Ianomâmi, sou Tupi</p><p>Guarani, sou Carajá.</p><p>Sou Pancaruru,</p><p>Carijó, Tupinajé,</p><p>Sou Potiguar, sou Caeté,</p><p>Ful-ni-ô, Tupinambá</p><p>Eu atraquei num porto muito seguro,</p><p>Céu azul, paz e ar puro...</p><p>Botei as pernas pro ar.</p><p>Logo sonhei que estava no paraíso,</p><p>Onde nem era preciso dormir para sonhar.</p><p>Mas de repente me acordei com a surpre-</p><p>sa:</p><p>Uma esquadra portuguesa veio na praia</p><p>atracar.</p><p>Da grande-nau</p><p>Um branco de barba escura,</p><p>Vestindo uma armadura me apontou pra</p><p>me pegar.</p><p>E assustado dei um pulo da rede,</p><p>Pressenti a fome, a sede,</p><p>Eu pensei: “vão me acabar”.</p><p>Levantei-me de Borduna já na mão.</p><p>Aí, senti no coração,</p><p>O Brasil vai começar.</p><p>(NÓBREGA, A.; FREIRE, W. CD</p><p>Pernambuco falando para o mundo, 1998)</p><p>A letra da canção apresenta um tema recorrente</p><p>na história da colonização brasileira, as relações</p><p>de poder entre portugueses e povos nativos, e</p><p>representa uma crítica à ideia presente no cha-</p><p>mado mito:</p><p>A) da democracia racial, originado das relações</p><p>cordiais estabelecidas entre portugueses e nati-</p><p>vos no período anterior ao início da colonização</p><p>brasileira.</p><p>B) da cordialidade brasileira, advinda da forma</p><p>como os povos nativos se associaram economi-</p><p>camente aos portugueses, participando dos</p><p>negócios coloniais açucareiros.</p><p>C) do brasileiro receptivo, oriundo da facilidade</p><p>com que os nativos brasileiros aceitaram as</p><p>regras impostas pelo colonizador, o que garan-</p><p>tiu o sucesso da colonização.</p><p>D) da natural miscigenação, resultante da forma</p><p>como a metrópole incentivou a união entre colo-</p><p>nos, ex-escravas e nativas para acelerar o po-</p><p>voamento da colônia.</p><p>E) do encontro, que identifica a colonização</p><p>portuguesa como pacífica em função das rela-</p><p>ções de troca estabelecidas nos primeiros con-</p><p>tatos entre portugueses e nativos.</p><p>Questão 86 (2010.2)</p><p>Ó sublime pergaminho</p><p>Libertação geral</p><p>A princesa chorou ao receber</p><p>A rosa de ouro papal</p><p>Uma chuva de flores cobriu o salão</p><p>E o negro jornalista</p><p>De joelhos beijou a sua mão</p><p>Uma voz na varanda do paço ecoou:</p><p>“Meu Deus, meu Deus</p><p>Está extinta a escravidão”.</p><p>(MELODIA, Z.; RUSSO. N.;</p><p>MADRUGADA. C. Sublime Pergaminho)</p><p>O samba-enredo de 1968 reflete e reforça uma</p><p>concepção acerca do fim da escravidão ainda</p><p>viva em nossa memória, mas que não encontra</p><p>respaldo nos estudos históricos mais recentes.</p><p>Nessa concepção ultrapassada, a abolição é</p><p>apresentada como:</p><p>A) forma de inclusão social, uma vez que a abo-</p><p>lição possibilitaria a concretização de direitos</p><p>civis e sociais para os negros.</p><p>B) conquista dos trabalhadores urbanos livres,</p><p>que demandavam a redução da jornada de tra-</p><p>balho.</p><p>C) ruptura na estrutura socioeconômica do país,</p><p>sendo responsável pela otimização da inclusão</p><p>social dos libertos.</p><p>D) concessão do governo, que ofereceu benefí-</p><p>cios aos negros, sem consideração pelas lutas</p><p>de escravos e abolicionistas.</p><p>E) fruto de um pacto social, uma vez que agra-</p><p>daria os agentes históricos envolvidos na ques-</p><p>tão: fazendeiros, governo e escravos.</p><p>Questão 87 (2010.2)</p><p>A dependência regional maior ou menor da mão</p><p>de obra escrava teve reflexos políticos importan-</p><p>tes no encaminhamento da extinção da escrava-</p><p>tura. Mas a possibilidade e a habilidade de lo-</p><p>grar uma solução alternativa − caso típico de</p><p>São Paulo − desempenham, ao mesmo tempo,</p><p>papel relevante.</p><p>(FAUSTO, B. História do Brasil. SP: EDUSP, 2000)</p><p>A crise do escravismo expressava a difícil ques-</p><p>tão em torno da substituição da mão de obra,</p><p>que resultou:</p><p>A) na adoção de formas disfarçadas de trabalho</p><p>compulsório com emprego dos libertos nos ca-</p><p>fezais paulistas, uma vez que os imigrantes</p><p>foram trabalhar em outras regiões do país.</p><p>B) no confronto entre a aristocracia tradicional,</p><p>que defendia a escravidão e os privilégios políti-</p><p>cos, e os cafeicultores, que lutavam pela mo-</p><p>dernização econômica com a doação do traba-</p><p>lho livre.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>29 novocadernoenem@gmail.com</p><p>C) no "branqueamento" da população, para</p><p>afastar o predomínio das raças consideradas</p><p>inferiores e concretizar a ideia do Brasil como</p><p>modelo de civilização dos trópicos.</p><p>D) no tráfico interprovincial dos escravos das</p><p>áreas decadentes do Nordeste para o Vale do</p><p>Paraíba, para a garantia da rentabilidade do</p><p>café.</p><p>E) na constituição de um mercado interno de</p><p>mão de obra</p><p>livre, constituído pelos libertos,</p><p>uma vez que a maioria dos imigrantes se rebe-</p><p>lou contra a superexploração do trabalho.</p><p>Questão 88 (2010.2)</p><p>O alfaiate pardo João de Deus, que, na altura</p><p>em que foi preso, não tinha mais do que 80 réis</p><p>e oito filhos, declarava que "Todos os brasileiros</p><p>se fizessem franceses, para viverem em igual-</p><p>dade e abundância".</p><p>(MAXWELL, K. Condicionalismos da independência</p><p>do Brasil. SILVA, M. N. (Org.) O Império luso-</p><p>brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986)</p><p>O texto faz referência à Conjuração Baiana. No</p><p>contexto da crise do sistema colonial, esse mo-</p><p>vimento se diferenciou dos demais movimentos</p><p>libertários ocorridos no Brasil por:</p><p>A) apresentar um caráter elitista burguês, uma</p><p>vez que sofrera influência direta da Revolução</p><p>Francesa, propondo o sistema censitário de</p><p>votação.</p><p>B) defender a igualdade econômica, extinguindo</p><p>a propriedade, conforme proposto nos movi-</p><p>mentos liberais da França napoleônica.</p><p>C) defender um governo democrático que ga-</p><p>rantisse a participação política das camadas</p><p>populares, influenciado pelo ideário da Revolu-</p><p>ção Francesa,</p><p>D) propor a instalação de um regime nos mol-</p><p>des da república dos Estados Unidos, sem alte-</p><p>rar a ordem socioeconômica escravista e lati-</p><p>fundiária.</p><p>E) introduzir no Brasil o pensamento e o ideário</p><p>liberal que moveram os revolucionários ingleses</p><p>na luta contra o absolutismo monárquico.</p><p>Questão 89 (2010.2)</p><p>Para os amigos pão, para os inimigos pau; aos</p><p>amigos se faz justiça, aos inimigos aplica-se a</p><p>lei.</p><p>(LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto.</p><p>São Paulo: Alfa Omega)</p><p>Esse discurso, típico do contexto histórico da</p><p>República Velha e usado por chefes políticos,</p><p>expressa uma realidade caracterizada:</p><p>A) pela força política dos burocratas do nascen-</p><p>te Estado republicano, que utilizam de suas</p><p>prerrogativas para controlar e dominar o poder</p><p>nos municípios.</p><p>B) pelo domínio político de grupos ligados às</p><p>velhas instituições monárquicas e que não en-</p><p>contraram espaço de ascensão política na nas-</p><p>cente república.</p><p>C) pela aliança política firmada entre as oligar-</p><p>quias do Norte e Nordeste do Brasil, que garan-</p><p>tiria uma alternância no poder federal de presi-</p><p>dentes originários dessas regiões.</p><p>D) pelo mandonismo das oligarquias no interior</p><p>do Brasil, que utilizavam diferentes mecanismos</p><p>assistencialistas e de favorecimento para garan-</p><p>tir o controle dos votos.</p><p>E) pelo controle político dos proprietários no</p><p>interior do país, que buscavam, por meio dos</p><p>seus currais eleitorais, enfraquecer a nascente</p><p>burguesia brasileira.</p><p>Questão 90 (2010.2)</p><p>Dali avistamos homens que andavam pela</p><p>praia, obra de sete ou oito. Eram pardos, todos</p><p>nus. Nas mãos traziam arcos com suas setas.</p><p>Não fazem o menos caso de encobrir ou de</p><p>mostrar o rosto.</p><p>Ambos traziam os beiços de baixo furados e</p><p>metidos neles seus ossos brancos e verdadei-</p><p>ros. Os cabelos seus são corredios.</p><p>(CAMINHA, P. V. Carta. RIBEIRO, D. et al Viagem</p><p>pela história do Brasil: documentos. São Paulo:</p><p>Companhia das Letras, 1997 - adaptado).</p><p>O texto é parte da famosa Carta de Pero Vaz de</p><p>Caminha, documento fundamental para a for-</p><p>mação de identidade brasileira. Tratando da</p><p>relação que, desde esse primeiro contato, se</p><p>estabeleceu entre portugueses e indígenas,</p><p>esse trecho da carta revela a:</p><p>A) oposição de interesses entre portugueses e</p><p>índios, que dificultava o trabalho catequético e</p><p>exigia amplos recursos para a defesa da posse</p><p>da nova terra.</p><p>B) postura etnocêntrica do europeu diante das</p><p>características físicas e práticas culturais do</p><p>indígena.</p><p>C) preocupação em garantir a integridade do</p><p>colonizador diante da resistência dos índios à</p><p>ocupação da terra.</p><p>D) abundância da terra descoberta, o que pos-</p><p>sibilitou a sua incorporação aos interesses mer-</p><p>cantis portugueses, por meio da exploração</p><p>econômica dos índios.</p><p>E) orientação da política da Coroa Portuguesa</p><p>quanto à utilização dos nativos como mão de</p><p>obra para colonizar a nova terra.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>30 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 91 (2010.2)</p><p>Para o Paraguai, portanto, essa foi uma guerra</p><p>pela sobrevivência. De modo, uma guerra con-</p><p>tra dois gigantes estava fardada a ser um teste</p><p>debilitante e severo para uma economia de ba-</p><p>se tão estreita. Lopez precisava de uma vitória</p><p>rápida e, se não conseguisse vencer rapida-</p><p>mente, provavelmente ao venceria nunca.</p><p>(LYNCH, J. As repúblicas do Prata: da Independência</p><p>à Guerra do Paraguai. História da América Latina)</p><p>A Guerra do Paraguai teve consequências polí-</p><p>ticas importantes para o Brasil, pois:</p><p>A) representou a afirmação do Exército Brasilei-</p><p>ro como um ator político de primeira ordem.</p><p>B) confirmou a conquista da hegemonia brasilei-</p><p>ra sobre a Bacia Platina.</p><p>C) solucionou a crise financeira, em razão das</p><p>indenizações recebidas.</p><p>D) incentivou a adoção de um regime constitu-</p><p>cional monárquico.</p><p>E) concretizou a emancipação dos escravos</p><p>negros.</p><p>Questão 92 (2010.2)</p><p>A solução militar da crise política gerada pela</p><p>sucessão do presidente Washington Luis em</p><p>1929-1930 provoca profunda ruptura institucio-</p><p>nal no país. Deposto o presidente, o Governo</p><p>Provisório (1930-1934) precisa administrar as</p><p>diferenças entre as correntes políticas integran-</p><p>tes da composição vitoriosa, herdeira da Aliança</p><p>Liberal.</p><p>(LEMOS, R. A revolução constitucionalista de 1932)</p><p>No contexto histórico da crise da Primeira Re-</p><p>pública, verifica-se uma divisão no movimento</p><p>tenentista. A atuação dos integrantes do movi-</p><p>mento liderados por Juarez Távora, os chama-</p><p>dos "liberais" nos anos de 1930, deve ser en-</p><p>tendida como:</p><p>A) a aliança com os cafeicultores paulistas em</p><p>defesa de novas eleições.</p><p>B) o compromisso político-institucional com o</p><p>governo provisório de Vargas.</p><p>C) o retorno aos quartéis diante da desilusão</p><p>política com a "Revolução de 30".</p><p>D) o apoio ao governo provisório em defesa da</p><p>descentralização do poder político.</p><p>E) a adesão ao socialismo, reforçada pelo</p><p>exemplo do ex-tenente Luís Carlos Prestes.</p><p>Questão 93 (2010.2)</p><p>O mestre-sala dos mares</p><p>Há muito tempo nas águas da Guanabara</p><p>O dragão do mar reapareceu</p><p>Na figura de um bravo marinheiro</p><p>A quem a história não esqueceu</p><p>Conhecido como o almirante negro</p><p>Tinha a dignidade de um mestre-sala</p><p>E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas</p><p>Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas</p><p>Jovens polacas e por batalhões de mulatas</p><p>Rubras cascatas jorravam nas costas</p><p>dos negros pelas pontas das chibatas...</p><p>(BLANC, A.; BOSCO, J. O mestre-sala dos mares.</p><p>Disponível em: www.usinadeletras.com.br -</p><p>Acesso em: 19 jan. 2009)</p><p>Na história brasileira, a chamada Revolta da</p><p>Chibata, liderada por João Cândido, e descrita</p><p>na música, foi:</p><p>A) a revolta, no porto de Salvador, em 1860, de</p><p>marinheiros dos navios que faziam o tráfico</p><p>negreiro.</p><p>B) o protesto popular contra o aumento do custo</p><p>de vida no Rio de Janeiro, em 1917, dissolvido,</p><p>a chibatadas pela polícia.</p><p>C) o protesto, ocorrido no Exército, em 1865,</p><p>contra o castigo de chibatadas em soldados</p><p>desertores na Guerra do Paraguai.</p><p>D) a rebelião de escravos contra os castigos</p><p>físicos, ocorrida na Bahia, em 1848, e repetida</p><p>no Rio de Janeiro.</p><p>E) a rebelião dos marinheiros, negros e mulatos,</p><p>em 1910, contra os castigos e as condições de</p><p>trabalho na Marinha de Guerra.</p><p>Questão 94 (2010.2)</p><p>Os cercamentos do século XVIII podem ser</p><p>considerados como sínteses das transforma-</p><p>ções que levaram à consolidação do capitalismo</p><p>na Inglaterra. Em primeiro lugar, porque sua</p><p>especialização exigiu uma articulação funda-</p><p>mental com o mercado. Como se concentravam</p><p>na atividade de produção de lã, a realização da</p><p>renda dependeu dos mercados, de novas tecno-</p><p>logias de beneficiamento do produto e do em-</p><p>prego de novos tipos de ovelhas. Em segundo</p><p>lugar, concentrou-se na inter-relação do campo</p><p>com a cidade e, num primeiro momento, tam-</p><p>bém se vinculou à liberação de mão de obra.</p><p>(RODRIGUES, A. E. M. Revoluções</p><p>burguesas. IN:</p><p>REIS FILHO, D. A. et al(Orgs.) O Século XX, v. I. Rio</p><p>de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000 - adaptado)</p><p>Outra consequência dos cercamentos que teria</p><p>contribuído para a Revolução Industrial na Ingla-</p><p>terra foi o:</p><p>A) congelamento do salário mínimo.</p><p>B) enfraquecimento da burguesia industrial.</p><p>C) fortalecimento dos sindicatos proletários.</p><p>D) desmembramento das propriedades impro-</p><p>dutivas.</p><p>E) aumento do consumo interno.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>31 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 95 (2010.2)</p><p>Os generais abaixo-assinados, de pleno acordo</p><p>com o Ministro da Guerra, declaram-se dispos-</p><p>tos a promover uma ação enérgica junto ao</p><p>governo no sentido de contrapor medidas deci-</p><p>sivas aos planos comunistas e seus pregadores</p><p>e adeptos, independentemente da esfera social</p><p>a que pertençam. Assim procedem no exclusivo</p><p>propósito de salvarem o Brasil e suas institui-</p><p>ções políticas e sociais do hecatombe que se</p><p>mostra prestes a explodir.</p><p>(Ata de reunião no Ministério da Guerra, 28/09/1937.</p><p>BONAVIDES, P.; AMARAL, R. Textos políticos da</p><p>história do Brasil, v. 5. DF: Senado Federal, 02 - adp)</p><p>Levando em conta o contexto político-</p><p>institucional dos anos 1930 no Brasil, pode-se</p><p>considerar o texto como uma tentativa de justifi-</p><p>car a ação militar que iria:</p><p>A) instituir a ditadura do Estado Novo, cance-</p><p>lando as eleições de 1938 e reescrevendo a</p><p>Constituição do país.</p><p>B) reprimir a Aliança Nacional Libertadora, fe-</p><p>chando todos os seus núcleos e prendendo os</p><p>seus líderes.</p><p>C) combater a Revolução Constitucionalista,</p><p>evitando que os fazendeiros paulistas retomas-</p><p>sem o poder perdido em 1930.</p><p>D) debelar a chamada Intentona Comunista,</p><p>acabando com a possibilidade da tomada do</p><p>poder pelo PCB.</p><p>E) desafiar a Ação Integralista Brasileira, afas-</p><p>tando o perigo de uma guinada autoritária para</p><p>o fascismo.</p><p>Questão 96 (2010.2)</p><p>Eu tenho hoje em dia muito orgulho do Tropica-</p><p>lismo. Foi sem dúvida um modo de arrombar a</p><p>festa, mas arrombar a festa no Brasil é fácil. O</p><p>Brasil é uma pequena sociedade colonial, muito</p><p>mesquinha, muito fraca.</p><p>(VELOSO, C. In: HOLLANDA, H. B.; GONÇALVES,</p><p>M. A. Cultura e participação nos anos 60.</p><p>São Paulo: Brasiliense, 1995 - adaptado)</p><p>O movimento tropicalista, consagrador de diver-</p><p>sos músicos brasileiros, está relacionado histo-</p><p>ricamente:</p><p>A) ao advento da indústria cultural em associa-</p><p>ção com um conjunto de reivindicações estéti-</p><p>cas e políticas durante os anos 1960.</p><p>B) à expansão de novas tecnologias de infor-</p><p>mação, entre as quais, a Internet, o que facilitou</p><p>imensamente a sua divulgação mundo afora.</p><p>C) à parceria com a Jovem Guarda, também</p><p>considerada um movimento nacionalista e de</p><p>crítica política ao regime militar brasileiro.</p><p>D) ao crescimento do movimento estudantil nos</p><p>anos 1970, do qual os tropicalistas foram alia-</p><p>dos na crítica ao tradicionalismo dos costumes</p><p>da sociedade brasileira.</p><p>E) à identificação estética com a Bossa Nova,</p><p>pois ambos os movimentos tinham raízes na</p><p>incorporação de ritmos norte-americanos, como</p><p>o blues.</p><p>Questão 97 (2010.2)</p><p>A América se tornara a maior força política e</p><p>financeira do mundo capitalista. Havia se trans-</p><p>formado de país devedor em país que empres-</p><p>tava dinheiro. Era agora uma nação credora.</p><p>(HUBERMAN, L. História da riqueza do homem.</p><p>Rio de Janeiro: Zahar, 1962.)</p><p>Em 1948, os EUA lançavam o Plano Marshall,</p><p>que consistiu no empréstimo de 17 bilhões de</p><p>dólares para que os países europeus reconstru-</p><p>íssem suas economias. Um dos resultados des-</p><p>se plano, para os EUA, foi:</p><p>A) o aumento dos investimentos europeus em</p><p>indústrias sediadas nos EUA.</p><p>B) o crescimento da compra de máquinas e</p><p>veículos estadunidenses pelos europeus.</p><p>C) a criação de organismos que visavam regu-</p><p>lamentar todas as operações de crédito.</p><p>D) o declínio dos empréstimos estadunidenses</p><p>aos países da América Latina e da Ásia.</p><p>E) a redução da demanda dos países europeus</p><p>por produtos e insumos agrícolas.</p><p>Questão 98 (2010.2)</p><p>Ato Institucional n° 5 de</p><p>13 de dezembro de 1968</p><p>Art. 10 − Fica suspensa a garantia de habeas</p><p>corpus, nos casos de crimes políticos, contra a</p><p>segurança nacional, a ordem econômica e soci-</p><p>al e a economia popular.</p><p>Art. 11 − Excluem-se de qualquer apreciação</p><p>judicial todos os atos praticados de acordo com</p><p>este Ato Institucional e seus Atos Complementa-</p><p>res, bem como os respectivos efeitos.</p><p>(Disponível em: http://www.senado.gov.br.</p><p>Acesso em: 29 de jul. 2010)</p><p>O Ato Institucional n° 5 é considerado por mui-</p><p>tos autores um "golpe dentro do golpe". Nos</p><p>artigos do AI-5 selecionado, o governo militar</p><p>procurou limitar a atuação do Poder Judiciário,</p><p>porque isso significava:</p><p>A) a revogação dos instrumentos jurídicos im-</p><p>plantados durante o golpe de 1964.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>32 novocadernoenem@gmail.com</p><p>B) o início do processo de distensão política.</p><p>C) a substituição da Constituição de 1967.</p><p>D) a garantia legal para o autoritarismo dos</p><p>juízes.</p><p>E) a ampliação dos poderes nas mãos do Exe-</p><p>cutivo.</p><p>Questão 99 (2010.2)</p><p>A charge remete ao contexto do movimento que</p><p>ficou conhecido como Diretas Já, ocorrido entre</p><p>os anos de 1983 e 1984. O elemento histórico</p><p>evidenciado na imagem é:</p><p>A) a insatisfação popular diante da atuação dos</p><p>partidos políticos de oposição ao regime militar</p><p>criados no início dos anos 80.</p><p>B) a insistência dos grupos políticos de esquer-</p><p>da em realizar atos políticos ilegais e com pou-</p><p>cas chances de serem vitoriosos.</p><p>C) a mobilização em torno da luta pela demo-</p><p>cracia frente ao regime militar, cada vez mais</p><p>desacreditado.</p><p>D) a capacidade do regime militar em impedir</p><p>que as manifestações políticas acontecessem.</p><p>E) o diálogo dos movimentos sociais e dos par-</p><p>tidos políticos, então existentes, com os setores</p><p>do governo interessados em negociar a abertu-</p><p>ra.</p><p>Questão 100 (2010.2)</p><p>A gente não sabemos escolher presidente</p><p>A gente não sabemos tomar conta da gente</p><p>A gente não sabemos nem escovar os dentes</p><p>Tem gringo pensando que nóis é indigente</p><p>Inútil</p><p>A gente sonos inútil</p><p>(MOREIRA, R. Inútil. 1983 - fragmento)</p><p>O fragmento integra a letra de uma canção gra-</p><p>vada em momento de intensa mobilização polí-</p><p>tica. A canção foi censurada por estar associa-</p><p>da:</p><p>A) ao rock nacional, que sofreu limitações desde</p><p>o início da ditadura militar.</p><p>B) à dominação cultural dos Estados Unidos da</p><p>Américas sobre a sociedade brasileira, que o</p><p>regime militar pretendia esconder.</p><p>C) à alusão à baixa escolaridade e à falta de</p><p>consciência política do povo brasileiro.</p><p>D) à falta de conteúdo relevante, pois o Estado</p><p>buscava, naquele contexto, a conscientização</p><p>da sociedade por meio da música.</p><p>E) a uma crítica ao regime ditatorial que, mesmo</p><p>em sua fase final, impedia a escolha popular do</p><p>presidente.</p><p>Questão 101 (2010.1)</p><p>Alexandria começou a ser construída em 332</p><p>a.C., por Alexandre, o Grande, e, em poucos</p><p>anos, tornou-se um polo de estudos sobre ma-</p><p>temática, filosofia e ciência gregas. Meio século</p><p>mais tarde, Ptolomeu II ergueu uma enorme</p><p>biblioteca e um museu − que funcionou como</p><p>centro de pesquisa. A biblioteca reuniu entre</p><p>200 mil e 500 mil papiros e, com o museu,</p><p>transformou a cidade no maior núcleo intelectual</p><p>da época, especialmente entre os anos 290 e</p><p>88 a.C. A partir de então, sofreu sucessivos</p><p>ataques de romanos, cristãos e árabes, o que</p><p>resultou na destruição ou perda de quase todo o</p><p>seu acervo.</p><p>(RIBEIRO, F. FIlósofa e mártir. Aventuras na história.</p><p>São Paulo: Abril. ed. 81, abr. 2010 - adaptado)</p><p>A biblioteca de Alexandria exerceu durante certo</p><p>tempo um papel fundamental para a produção</p><p>do conhecimento e memória das civilizações</p><p>antigas, porque:</p><p>A) transformou a cidade de Alexandria no centro</p><p>urbano mais importante da Antiguidade.</p><p>B) funcionou como um centro de pesquisa aca-</p><p>dêmica e deu origem às universidades moder-</p><p>nas.</p><p>C) reuniu os principais registros arqueológicos</p><p>até então existentes e fez</p><p>avançar a museologia</p><p>antiga.</p><p>D) preservou o legado da cultura grega em dife-</p><p>rentes áreas do conhecimento e permitiu sua</p><p>transmissão a outros povos.</p><p>E) eternizou o nome de Alexandre, o Grande, e</p><p>zelou pelas narrativas dos seus grandes feitos.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>33 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 102 (2011.1)</p><p>Movimento dos Caras-Pintadas</p><p>O movimento representado na imagem, do iní-</p><p>cio dos anos de 1990, arrebatou milhares de</p><p>jovens no Brasil.</p><p>Nesse contexto, a juventude, movida por um</p><p>forte sentimento cívico,</p><p>A) aliou-se aos partidos de oposição e organi-</p><p>zou a campanha Diretas Já.</p><p>B) manifestou-se contra a corrupção e pressio-</p><p>nou pela aprovação da Lei da Ficha Limpa.</p><p>C) engajou-se nos protestos relâmpago e utili-</p><p>zou a internet para agendar suas manifesta-</p><p>ções.</p><p>D) espelhou-se no movimento estudantil de</p><p>1968 e protagonizou ações revolucionárias ar-</p><p>madas.</p><p>E) tornou-se porta-voz da sociedade e influenci-</p><p>ou no processo de impeachment do então pre-</p><p>sidente Collor.</p><p>Questão 103 (2011.1)</p><p>Completamente analfabeto, ou quase, sem as-</p><p>sistência médica, não lendo jornais, nem revis-</p><p>tas, nas quais se limita a ver as figuras, o traba-</p><p>lhador rural, a não ser em casos esporádicos,</p><p>tem o patrão na conta de benfeitor. No plano</p><p>político, ele luta com o "coronel" e pelo "coro-</p><p>nel". Aí estão os votos de cabresto, que resul-</p><p>tam, em grande parte, da nossa organização</p><p>econômica rural.</p><p>(LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto.</p><p>São Paulo: Alfa-Ômega, 1978 - adaptado)</p><p>O coronelismo, fenômeno político da Primeira</p><p>República (1889-1930), tinha como uma de</p><p>suas principais características o controle do</p><p>voto, o que limitava, portanto, o exercício da</p><p>cidadania. Nesse período, esta prática estava</p><p>vinculada a uma estrutura social:</p><p>A) igualitária, com um nível satisfatório de distri-</p><p>buição da renda.</p><p>B) estagnada, com uma relativa harmonia entre</p><p>as classes.</p><p>C) tradicional, com a manutenção da escravidão</p><p>nos engenhos como forma produtiva típica.</p><p>D) ditatorial, perturbada por um constante clima</p><p>de opressão mantido pelo exército e polícia.</p><p>E) agrária, marcada pela concentração da terra</p><p>e do poder político local e regional.</p><p>Questão 104 (2011.1)</p><p>Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias</p><p>Paroquiais:</p><p>I. Os menores de vinte e cinco anos, nos</p><p>quais não se compreendam os casados, e</p><p>Oficiais Militares, que forem maiores de vinte</p><p>e um anos, os Bacharéis Formados e Cléri-</p><p>gos de Ordens Sacras.</p><p>IV. Os Religiosos, e quaisquer que vivam em</p><p>Comunidade claustral.</p><p>V. Os que não tiverem de renda líquida anual</p><p>cem mil réis por bens de raiz, indústria, co-</p><p>mércio ou empregos.</p><p>(Constituição Política do Império do Brasil - 1824)</p><p>A legislação espelha os conflitos políticos e</p><p>sociais do contexto histórico de sua formulação.</p><p>A Constituição de 1824 regulamentou o direito</p><p>de voto dos “cidadãos brasileiros“ com o objeti-</p><p>vo de garantir:</p><p>A) o fim da inspiração liberal sobre a estrutura</p><p>política brasileira</p><p>B) a ampliação do direito de voto para maioria</p><p>dos brasileiros nascidos livres.</p><p>C) a concentração de poderes na região produ-</p><p>tora de café, o Sudeste brasileiro.</p><p>D) o controle do poder político nas mãos dos</p><p>grandes proprietários e comerciantes.</p><p>E) a diminuição da interferência da Igreja Católi-</p><p>ca nas decisões político-administrativas.</p><p>Questão 105 (2011.1)</p><p>Até que ponto, a partir de posturas e interesses</p><p>diversos, as oligarquias paulista e mineira domi-</p><p>naram a cena política nacional na Primeira Re-</p><p>pública? A união de ambas foi um traço funda-</p><p>mental, mas que não conta toda a história do</p><p>período. A união foi feita com a preponderância</p><p>de uma ou de outra das duas frações. Com o</p><p>tempo, surgiram as discussões e um grande</p><p>desacerto final.</p><p>Para a caracterização do processo político du-</p><p>rante a Primeira República, utiliza-se com fre-</p><p>quência a expressão Política do Café com Leite.</p><p>No entanto, os textos apresentam a seguinte</p><p>ressalva a sua utilização:</p><p>A) A riqueza gerada pelo café dava à oligarquia</p><p>paulista a prerrogativa de indicar os candidatos</p><p>à presidência, sem necessidade de alianças.</p><p>B) As divisões políticas internas de cada estado</p><p>da federação invalidavam o uso do conceito de</p><p>aliança entre estados para este período.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>34 novocadernoenem@gmail.com</p><p>C) As disputas políticas do período contradiziam</p><p>a suposta estabilidade da aliança entre mineiros</p><p>e paulistas.</p><p>D) A centralização do poder no executivo fede-</p><p>ral impedia a formação de uma aliança duradou-</p><p>ra entre as oligarquias.</p><p>E) A diversificação da produção e a preocupa-</p><p>ção com o mercado interno unificavam os inte-</p><p>resses das oligarquias.</p><p>Questão 106 (2011.1)</p><p>É difícil encontrar um texto sobre a Proclamação</p><p>da República no Brasil que não cite a afirmação</p><p>de Aristides Lobo, no Diário Popular de São</p><p>Paulo, de que “o povo assistiu àquilo bestializa-</p><p>do”.</p><p>Essa versão foi relida pelos enaltecedores da</p><p>Revolução de 1930, que não descuidaram da</p><p>forma republicana, mas realçaram a exclusão</p><p>social, o militarismo e o estrangeirismo da fór-</p><p>mula implantada em 1889. Isto porque o Brasil</p><p>brasileiro teria nascido em 1930</p><p>(MELLO, M. T. C. A república consentida: cultura</p><p>democrática e científica no final do Império.</p><p>Rio de Janeiro: FGV, 2007 - adaptado)</p><p>O texto defende que a consolidação de uma determinada memória sobre a Proclamação da República</p><p>no Brasil teve, na Revolução de 1930, um de seus momentos mais importantes. Os defensores da Revo-</p><p>lução de 1930 procuraram construir uma visão negativa para os eventos de 1889, porque esta era uma</p><p>maneira de:</p><p>A) valorizar as propostas políticas democráticas e liberais vitoriosas.</p><p>B) resgatar simbolicamente as figuras políticas ligadas à Monarquia.</p><p>C) criticar a política educacional adotada durante a República Velha.</p><p>D) legitimar a ordem política inaugurada com a chegada desse grupo ao poder.</p><p>E) destacar a ampla participação popular obtida no processo da Proclamação.</p><p>Questão 107 (2011.1)</p><p>A análise da tabela permite identificar um intervalo de:</p><p>A) (1950-1960) fim do voto secreto. D) (1940-1950) direito de voto para os ex-escravos.</p><p>B) (1970-1980) fim do voto obrigatório. E) (1980-1996) direito de voto para os analfabetos.</p><p>C) (1960-1970) direito de voto para as mulheres.</p><p>Questão 108 (2011.1)</p><p>Os três tipos de poder representam três diver-</p><p>sos tipos de motivações: no poder tradicional, o</p><p>motivo da obediência é a crença na sacralidade</p><p>da pessoa do soberano; no poder racional, o</p><p>motivo da obediência deriva da crença na racio-</p><p>nalidade do comportamento conforme a lei; no</p><p>poder carismático, deriva da crença nos dotes</p><p>extraordinários do chefe.</p><p>(BOBBIO, N. Estado, Governo, Sociedade: para uma</p><p>teoria geral da política. São Paulo: Paz e Terra, 1999)</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>35 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Identifique o período em que a obediência este-</p><p>ve associada predominantemente ao poder</p><p>carismático:</p><p>A) República Federalista Norte-Americana.</p><p>B) República Fascista Italiana no século XX.</p><p>C) Monarquia Teocrática do Egito Antigo.</p><p>D) Monarquia Absoluta Francesa no século</p><p>XVII.</p><p>E) Monarquia Constitucional Brasileira no século</p><p>XIX.</p><p>Questão 109 (2011.1)</p><p>Foto de Militão, São Paulo, 1879</p><p>Que aspecto histórico da escravidão no Brasil</p><p>do séc. XIX pode ser identificado a partir da</p><p>análise do vestuário do casal retratado acima?</p><p>A) O uso de trajes simples indica a rápida incor-</p><p>poração dos ex-escravos ao mundo do trabalho</p><p>urbano.</p><p>B) A presença de acessórios como chapéu e</p><p>sombrinha aponta para a manutenção de ele-</p><p>mentos culturais de origem africana.</p><p>C) O uso de sapatos é um importante elemento</p><p>de diferenciação social entre negros libertos ou</p><p>em melhores condições na ordem escravocrata.</p><p>D) A utilização do paletó e do vestido demonstra</p><p>a tentativa de assimilação de um estilo europeu</p><p>como forma de distinção em relação aos</p><p>brasi-</p><p>leiros.</p><p>E) A adoção de roupas próprias para o trabalho</p><p>doméstico tinha como finalidade demarcar as</p><p>fronteiras da exclusão social naquele contexto.</p><p>Questão 110 (2011.1)</p><p>O açúcar e suas técnicas de produção foram</p><p>levados à Europa pelos árabes no século VIII,</p><p>durante a Idade Média, mas foi principalmente a</p><p>partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua</p><p>procura foi aumentando. Nessa época passou a</p><p>ser importado do Oriente Médio e produzido em</p><p>pequena escala no sul da Itália, mas continuou</p><p>a ser um produto de luxo, extremamente caro,</p><p>chegando a figurar nos dotes de princesas ca-</p><p>sadoiras.</p><p>(CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de</p><p>Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996)</p><p>Considerando o conceito do Antigo Sistema</p><p>Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por</p><p>Portugal para dar início à colonização brasileira,</p><p>em virtude de:</p><p>A) o lucro obtido com o seu comércio ser muito</p><p>vantajoso.</p><p>B) os árabes serem aliados históricos dos por-</p><p>tugueses</p><p>C) a mão de obra necessária para o cultivo ser</p><p>insuficiente.</p><p>D) as feitorias africanas facilitarem a comerciali-</p><p>zação desse produto.</p><p>E) os nativos da América dominarem uma técni-</p><p>ca de cultivo semelhante.</p><p>Questão 111 (2011.1)</p><p>No clima das ideias que se seguiram à revolta</p><p>de São Domingos, o descobrimento de planos</p><p>para um levante armado dos artífices mulatos</p><p>na Bahia, no ano de 1798, teve impacto muito</p><p>especial; esses planos demonstravam aquilo</p><p>que os brancos conscientes tinham já começa-</p><p>do a compreender: as ideias de igualdade social</p><p>estavam a propagar-se numa sociedade em que</p><p>só um terço da população era de brancos e</p><p>iriam inevitavelmente ser interpretados em ter-</p><p>mos raciais.</p><p>(MAXWELL, K. Condicionalismos da Independência</p><p>do Brasil. O Império luso. Lisboa: Estampa, 1966)</p><p>O temor do radicalismo da luta negra no Haiti e</p><p>das propostas das lideranças populares da Con-</p><p>juração Baiana (1798) levaram setores da elite</p><p>colonial brasileira a novas posturas diante das</p><p>reivindicações populares. No período da Inde-</p><p>pendência, parte da elite participou ativamente</p><p>do processo, no intuito de:</p><p>A) instalar um partido nacional, sob sua lideran-</p><p>ça, garantindo participação controlada dos afro-</p><p>brasileiros e inibindo novas rebeliões de negros.</p><p>B) atender aos clamores apresentados no mo-</p><p>vimento baiano, de modo a inviabilizar novas</p><p>rebeliões, garantindo o controle da situação.</p><p>C) firmar alianças com as lideranças escravas,</p><p>permitindo a promoção de mudanças exigidas</p><p>pelo povo sem a profundidade proposta inicial-</p><p>mente.</p><p>D) impedir que o povo conferisse ao movimento</p><p>um teor libertário, o que terminaria por prejudi-</p><p>car seus interesses e seu projeto de nação.</p><p>E) rebelar-se contra as representações metro-</p><p>politanas, isolando politicamente o Príncipe</p><p>Regente, instalando um governo conservador</p><p>para controlar o povo.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>36 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 112 (2011.1)</p><p>Uma explicação de caráter histórico para o per-</p><p>centual da religião com maior número de adep-</p><p>tos declarados no Brasil foi a existência, no</p><p>passado colonial e monárquico, da:</p><p>A) incapacidade do cristianismo de incorporar</p><p>aspectos de outras religiões.</p><p>B) incorporação da ideia de liberdade religiosa</p><p>na esfera pública.</p><p>C) permissão para o funcionamento de igrejas</p><p>não cristãs.</p><p>D) relação de integração entre Estado e Igreja.</p><p>E) influência das religiões de origem africana.</p><p>Questão 113 (2011.1)</p><p>Acompanhando a intenção da burguesia renas-</p><p>centista de ampliar seu domínio sobre a nature-</p><p>za e sobre o espaço geográfico, através da</p><p>pesquisa científica e da invenção tecnológica,</p><p>os cientistas também iriam se atirar nessa aven-</p><p>tura, tentando conquistar a forma, o movimento,</p><p>o espaço, a luz, a cor e mesmo a expressão e o</p><p>sentimento.</p><p>(SEVCENKO, N. O Renascimento,</p><p>Campinas, Unicamp, 1984)</p><p>O texto apresenta um espírito de época que</p><p>afetou também a produção artística, marcada</p><p>pela constante relação entre:</p><p>A) fé e misticismo.</p><p>B) ciência e arte.</p><p>C) cultura e comércio.</p><p>D) política e economia.</p><p>E) astronomia e religião.</p><p>Questão 114 (2011.1)</p><p>O café tem origem na região onde hoje se en-</p><p>contra a Etiópia, mas seu cultivo e consumo se</p><p>disseminaram a partir da Península Árabe.</p><p>Aportou à Europa por Constantinopla e, final-</p><p>mente, em 1615, ganhou a cidade de Veneza.</p><p>Quando o café chegou à região europeia, al-</p><p>guns clérigos sugeriram que o produto deveria</p><p>ser excomungado, por ser obra do diabo. O</p><p>papa Clemente VIII (1592-1605), contudo, re-</p><p>solveu provar a bebida. Tendo gostado do sa-</p><p>bor, decidiu que ela deveria ser batizada para</p><p>que se tornasse uma “bebida verdadeiramente</p><p>cristã”.</p><p>(THORN, J. Guia do café. Lisboa:</p><p>Livros e livros, 1998 - adaptado)</p><p>A postura dos clérigos e do papa Clemente VIII</p><p>diante da introdução do café na Europa Ociden-</p><p>tal pode ser explicada pela associação dessa</p><p>bebida ao:</p><p>A) ateísmo. D) islamismo.</p><p>B) judaísmo. E) protestantismo.</p><p>C) hinduísmo.</p><p>Questão 115 (2011.1)</p><p>A consolidação do regime democrático no Brasil</p><p>contra os extremismos da esquerda e da direita</p><p>exige ação enérgica e permanente no sentido</p><p>do aprimoramento das instituições políticas e da</p><p>realização de reformas corajosas no terreno</p><p>econômico, financeiro e social.</p><p>Mensagem programática da União</p><p>Democrática Nacional (UDN) — 1957.</p><p>Os trabalhadores deverão exigir a constituição</p><p>de um governo nacionalista e democrático, com</p><p>participação dos trabalhadores para a realiza-</p><p>ção das seguintes medidas: a) Reforma bancá-</p><p>ria progressista; b)Reforma agrária que extinga</p><p>o latifúndio; c) Regulamentação da Lei de Re-</p><p>messas de Lucros.</p><p>Manifesto do Comando Geral dos Trabalhadores</p><p>(CGT) — 1962. BONAVIDES, P; AMARAL, R.</p><p>Textos políticos da história do Brasil.</p><p>Brasília: Senado Federal, 2002.</p><p>Nos anos 1960 eram comuns as disputas pelo</p><p>significado de termos usados no debate político,</p><p>como democracia e reforma. Se, para os seto-</p><p>res aglutinados em torno da UDN, as reformas</p><p>deveriam assegurar o livre mercado, para aque-</p><p>les organizados no CGT, elas deveriam resultar</p><p>em:</p><p>A) fim da intervenção estatal na economia.</p><p>B) crescimento do setor de bens de consumo.</p><p>C) controle do desenvolvimento industrial.</p><p>D) atração de investimentos estrangeiros.</p><p>E) limitação da propriedade privada.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>37 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 116 (2011.1)</p><p>Em meio às turbulências vividas na primeira</p><p>metade dos anos 1960, tinha-se a impressão de</p><p>que as tendências de esquerda estavam se</p><p>fortalecendo na área cultural. O Centro Popular</p><p>de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estu-</p><p>dantes (UNE) encenava peças de teatro que</p><p>faziam agitação e propaganda em favor da luta</p><p>pelas reformas de base e satirizavam o “impe-</p><p>rialismo” e seus “aliados internos”.</p><p>(KONDER, L. História das Ideias Socialistas no Brasil.</p><p>São Paulo: Expressão Popular, 2003)</p><p>No início da década de 1960, enquanto vários</p><p>setores da esquerda brasileira consideravam</p><p>que o CPC da UNE era uma importante forma</p><p>de conscientização das classes trabalhadoras,</p><p>os setores conservadores e de direita (políticos</p><p>vinculados à União Democrática Nacional - UDN</p><p>-, Igreja Católica, grandes empresários etc.)</p><p>entendiam que esta organização:</p><p>A) constituía mais uma ameaça para a demo-</p><p>cracia brasileira, ao difundir a ideologia comu-</p><p>nista.</p><p>B) contribuía com a valorização da genuína</p><p>cultura nacional, ao encenar peças de cunho</p><p>popular.</p><p>C) realizava uma tarefa que deveria ser exclusi-</p><p>va do Estado, ao pretender educar o povo por</p><p>meio da cultura.</p><p>D) prestava um serviço importante à sociedade</p><p>brasileira, ao incentivar a participação política</p><p>dos mais pobres.</p><p>E) diminuía a força dos operários urbanos, ao</p><p>substituir os sindicatos como instituição de</p><p>pressão política sobre o governo.</p><p>Questão 117 (2011.1)</p><p>(Charge capa da revista “O Malho”, de 1904)</p><p>A imagem representa as manifestações nas</p><p>ruas da cidade do Rio de Janeiro,</p><p>com:</p><p>A) a economia da República Velha, baseada</p><p>essencialmente no cultivo do café.</p><p>B) o ócio (“pausa revigorante”) associado ao</p><p>escravismo que mantinha a lavoura cafeeira.</p><p>C) a especulação imobiliária, que diminuiu o</p><p>espaço disponível para esse tipo de estabeleci-</p><p>mento.</p><p>D) a aceleração da vida moderna, que tornou</p><p>incompatíveis com o cotidiano tanto o hábito de</p><p>“jogar conversa fora” quanto as brigas.</p><p>E) o aumento da violência urbana, já que as</p><p>brigas, cada vez mais frequentes, levaram os</p><p>cidadãos a abandonarem os cafés do Rio de</p><p>Janeiro.</p><p>Questão 06 (2009.1)</p><p>O Marquês de Pombal, ministro do rei Dom</p><p>José I, considerava os jesuítas como inimigos,</p><p>também porque, no Brasil, eles catequizavam</p><p>os índios em aldeamentos autônomos, empre-</p><p>gando a assim chamada língua geral. Em 1755,</p><p>Dom José I aboliu a escravidão do índio no Bra-</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>3 novocadernoenem@gmail.com</p><p>sil, o que modificou os aldeamentos e enfraque-</p><p>ceu os jesuítas.</p><p>Em 1863, Abraham Lincoln, o presidente dos</p><p>Estados Unidos, aboliu a escravidão em todas</p><p>as regiões do Sul daquele país que ainda esta-</p><p>vam militarmente rebeladas contra a União em</p><p>decorrência da Guerra de Secessão. Com esse</p><p>ato, ele enfraqueceu a causa do Sul, de base</p><p>agrária, favorável à manutenção da escravidão.</p><p>A abolição final da escravatura ocorreu em</p><p>1865, nos Estados Unidos, e em 1888 no Brasil.</p><p>Nos dois casos de abolição de escravatura,</p><p>observam-se motivações semelhantes, tais co-</p><p>mo:</p><p>A) razões estratégicas de chefes de Estado</p><p>interessados em prejudicar adversários, para</p><p>afirmar sua atuação política.</p><p>B) fatores culturais comuns aos jesuítas e aos</p><p>rebeldes do Sul, contrários ao estabelecimento</p><p>de um governo central.</p><p>C) cumprimento de promessas humanitárias de</p><p>liberdade e igualdade feitas pelos citados chefes</p><p>de Estado.</p><p>D) eliminação do uso de línguas diferentes do</p><p>idioma oficial reconhecido pelo Estado.</p><p>E) resistência à influência da religião católica,</p><p>comum aos jesuítas e aos rebeldes do sul.</p><p>Questão 07 (2009.1)</p><p>Um aspecto importante derivado da natureza</p><p>histórica da cidadania é que esta se desenvol-</p><p>veu dentro do fenômeno, também histórico, a</p><p>que se denomina Estado-nação. Nessa pers-</p><p>pectiva, a construção da cidadania na moderni-</p><p>dade tem a ver com a relação das pessoas com</p><p>o Estado e com a nação.</p><p>(CARVALHO, J.M. Cidadania no Brasil: o longo cami-</p><p>nho. In: Civilização Brasileira. Rio de Janeiro: 2004)</p><p>Considerando-se a reflexão acima, um exemplo</p><p>relacionado a essa perspectiva de construção</p><p>da cidadania é encontrado:</p><p>A) em D. Pedro I, que concedeu amplos direitos</p><p>sociais aos trabalhadores, posteriormente am-</p><p>pliados por Getúlio Vargas com a criação da</p><p>Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).</p><p>B) na Independência, que abriu caminho para a</p><p>democracia e a liberdade, ampliando o direito</p><p>político de votar aos cidadãos brasileiros, inclu-</p><p>sive às mulheres.</p><p>C) no fato de os direitos civis terem sido prejudi-</p><p>cados pela Constituição de 1988, que despre-</p><p>zou os grandes avanços que, nessa área, havia</p><p>estabelecido a Constituição anterior.</p><p>D) no Código de Defesa do Consumidor, ao</p><p>pretender reforçar uma tendência que se anun-</p><p>ciava na área dos direitos civis desde a primeira</p><p>constituição republicana.</p><p>E) na Constituição de 1988, que, pela primeira</p><p>vez na história do país, definiu o racismo como</p><p>crime inafiançável e imprescritível, alargando o</p><p>alcance dos direitos civis.</p><p>Questão 08 (2009.1)</p><p>A Confederação do Equador contou com a par-</p><p>ticipação de diversos segmentos sociais, inclu-</p><p>indo os proprietários rurais que, em grande par-</p><p>te, haviam apoiado o movimento de indepen-</p><p>dência e a ascensão de D. Pedro I ao trono. A</p><p>necessidade de lutar contra o poder central fez</p><p>com que a aristocracia rural mobilizasse as ca-</p><p>madas populares, que passaram então a ques-</p><p>tionar não apenas o autoritarismo do poder cen-</p><p>tral, mas o da própria aristocracia da província.</p><p>Os líderes mais democráticos defendiam a ex-</p><p>tinção do tráfico negreiro e mais igualdade soci-</p><p>al. Essas ideias assustaram os grandes proprie-</p><p>tários de terras que, temendo uma revolução</p><p>popular, decidiram se afastar do movimento.</p><p>Abandonado pelas elites, o movimento enfra-</p><p>queceu e não conseguiu resistir à violenta pres-</p><p>são organizada pelo governo imperial.</p><p>(FAUSTO, B. História do Brasil.</p><p>São Paulo: EDUSP, 1996 - adaptado)</p><p>Com base no texto, é possível concluir que a</p><p>composição da Confederação do Equador en-</p><p>volveu, a princípio,</p><p>A) os escravos e os latifundiários descontentes</p><p>com o poder centralizado.</p><p>B) diversas camadas, incluindo os grandes lati-</p><p>fundiários, na luta contra a centralização políti-</p><p>ca.</p><p>C) as camadas mais baixas da área rural, mobi-</p><p>lizadas pela aristocracia, que tencionava subju-</p><p>gar o Rio de Janeiro.</p><p>D) as camadas mais baixas da população, inclu-</p><p>indo os escravos, que desejavam o fim da he-</p><p>gemonia do Rio de Janeiro.</p><p>E) as camadas populares, mobilizadas pela</p><p>aristocracia rural, cujos objetivos incluíam a</p><p>ascensão de D. Pedro I ao trono.</p><p>Questão 09 (2009.1)</p><p>Distantes uma da outra quase 100 anos, as</p><p>duas telas seguintes, que integram o patrimônio</p><p>cultural brasileiro, valorizam a cena da primeira</p><p>missa no Brasil, relatada na carta de Pero Vaz</p><p>de Caminha. Enquanto a primeira retrata fiel-</p><p>mente a carta, a segunda — ao excluir a natu-</p><p>reza e os índios — critica a narrativa do escri-</p><p>vão da frota de Cabral. Além disso, na segunda,</p><p>não se vê a cruz fincada no altar.</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>4 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Primeira Missa no Brasil - Victor Meirelles (1861)</p><p>Primeira Missa no Brasil - Cândido Portinari (1948)</p><p>Ao comparar os quadros e levando-se em con-</p><p>sideração a explicação dada, observa-se que:</p><p>A) A influência da religião católica na catequiza-</p><p>ção do povo nativo é objeto das duas telas.</p><p>B) A ausência dos índios na segunda tela signi-</p><p>fica que Portinari quis enaltecer o feito dos por-</p><p>tugueses.</p><p>C) Ambas, apesar de diferentes, retratam um</p><p>mesmo momento e apresentam uma mesma</p><p>visão do fato histórico.</p><p>D) A segunda tela, ao diminuir o destaque da</p><p>cruz, nega a importância da religião no processo</p><p>dos descobrimentos.</p><p>E) A tela de Victor Meirelles contribuiu para uma</p><p>visão romantizada dos primeiros dias dos portu-</p><p>gueses no Brasil.</p><p>Questão 10 (2009.1)</p><p>Houve momentos de profunda crise na história</p><p>mundial contemporânea que representaram,</p><p>para o Brasil, oportunidades de transformação</p><p>no campo econômico. A Primeira Guerra Mun-</p><p>dial (1914-1918) e a quebra da Bolsa de Nova</p><p>Iorque (1929), por exemplo, levaram o Brasil a</p><p>modificar suas estratégias produtivas e a con-</p><p>tornar as dificuldades de importação de produ-</p><p>tos que demandava dos países industrializados.</p><p>Nas três primeiras décadas do século XX, o</p><p>Brasil:</p><p>A) impediu a entrada de capital estrangeiro, de</p><p>modo a garantir a primazia da indústria nacio-</p><p>nal.</p><p>B) priorizou o ensino técnico, no intuito de quali-</p><p>ficar a mão de obra nacional direcionada à in-</p><p>dústria.</p><p>C) experimentou grandes transformações tecno-</p><p>lógicas na indústria e mudanças compatíveis na</p><p>legislação trabalhista.</p><p>D) aproveitou a conjuntura de crise para fomen-</p><p>tar a industrialização pelo país, diminuindo as</p><p>desigualdades regionais.</p><p>na primeira</p><p>década do século XX, que integraram a Revolta</p><p>da Vacina. Considerando o contexto político-</p><p>social da época, essa revolta revela:</p><p>A) a insatisfação da população com os benefí-</p><p>cios de uma modernização urbana autoritária.</p><p>B) a consciência da população pobre sobre a</p><p>necessidade de vacinação para a erradicação</p><p>das epidemias.</p><p>C) a garantia do processo democrático instau-</p><p>rado com a República, através da defesa da</p><p>liberdade de expressão da população.</p><p>D) o planejamento do governo republicano na</p><p>área de saúde, que abrangia a população em</p><p>geral.</p><p>E) o apoio ao governo republicano pela atitude</p><p>de vacinar toda a população em vez de privile-</p><p>giar a elite.</p><p>Questão 118 (2011.2)</p><p>Podeis interrogar, talvez: quais são as aspira-</p><p>ções das massas obreiras, quais os seus inte-</p><p>resses? E eu vos responderei: ordem e traba-</p><p>lho! Em primeiro lugar, a ordem, porque na de-</p><p>sordem nada se constrói; porque num país co-</p><p>mo o nosso, onde há tanto trabalho a realizar,</p><p>onde há tantas iniciativas a adotar, onde há</p><p>tantas possibilidades a desenvolver, só a ordem</p><p>assegura a confiança e a estabilidade. O traba-</p><p>lho só se pode desenvolver em ambiente de</p><p>ordem.</p><p>Discurso de Getúlio Vargas, pronunciado no Palá-</p><p>cio da Guanabara, no dia do Trabalho (1º de Maio,</p><p>1938).</p><p>O discurso de Getúlio Vargas, proferido durante</p><p>o Estado Novo, envolve uma estratégia política</p><p>na qual se evidencia:</p><p>A) o disfarce das posições socialistas como</p><p>anseios populares.</p><p>B) o debate sobre as políticas do Estado, objeti-</p><p>vando o consenso entre os partidos.</p><p>C) a dissimulação do nazifascismo, para sua</p><p>aceitação pela elite política.</p><p>D) o estímulo à ação popular, que poderia tomar</p><p>para si o poder político.</p><p>E) a apresentação do projeto político do gover-</p><p>no como uma demanda popular.</p><p>Questão 119 (2011.2)</p><p>Após as três primeiras décadas, marcadas pelo</p><p>esforço de garantir a posse da nova terra, a</p><p>colonização começou a tomar forma. A política</p><p>da metrópole portuguesa consistirá no incentivo</p><p>à empresa comercial com base em uns poucos</p><p>produtos exportáveis em grande escala, assen-</p><p>tada na grande propriedade. Essa diretriz deve-</p><p>ria atender aos interesses de acumulação de</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>38 novocadernoenem@gmail.com</p><p>riqueza na metrópole lusa, em mãos dos gran-</p><p>des comerciantes, da Coroa e de seus afilhados</p><p>(FAUSTO, B. História Concisa do Brasil.</p><p>São Paulo: EdUSP, 2002 - adaptado)</p><p>Para concretizar as aspirações expansionistas e</p><p>mercantis estabelecidas pela Coroa Portuguesa</p><p>para a América, a estratégia lusa se constituiu</p><p>em:</p><p>A) intensificar a pecuária como a principal cultu-</p><p>ra capaz de forçar a penetração do homem</p><p>branco no interior do continente.</p><p>B) disseminar o modelo de colonização já utili-</p><p>zado com sucesso pela Grã-Bretanha nas suas</p><p>treze colônias na América do Norte.</p><p>C) desestimular a escravização do indígena e</p><p>incentivar sua integração na sociedade colonial</p><p>por meio da atividade comercial.</p><p>D) acelerar a desocupação da terra e transferi-la</p><p>para mãos familiarizadas ao trabalho agrícola</p><p>de culturas tropicais.</p><p>E) apostar na agricultura tropical em grandes</p><p>propriedades e no domínio da Colônia pelo mo-</p><p>nopólio comercial e pelo povoamento.</p><p>Questão 120 (2011.2)</p><p>Como tratar com os índios</p><p>A experiência de trezentos anos tem feito ver</p><p>que a aspereza é um meio errado para domesti-</p><p>car os índios; parece, pois, que brandura e afa-</p><p>go são os meios que nos restam. Perdoar-lhes</p><p>alguns excessos, de que sem dúvida seria cau-</p><p>sa a sua barbaridade e longo hábito com a falta</p><p>de leis. Os habitantes da América são menos</p><p>sanguinários do que os negros d’África, mais</p><p>mansos, tratáveis e hospitais.</p><p>(VILHENA, L. S. A Bahia no século XVIII.</p><p>Salvador: Itapuã, 1969 - adaptado)</p><p>O escritor português Luís Vilhena escreve, no</p><p>século XVIII, sobre um tema recorrente para os</p><p>homens da sua época. Seu posicionamento</p><p>emerge de um contexto em que:</p><p>A) o nativo indígena, estereotipado como um</p><p>papel em branco, deveria adequar-se ao mundo</p><p>do trabalho compulsório.</p><p>B) a escravidão do indígena apresentou-se co-</p><p>mo alternativa de mão de obra assalariada para</p><p>a lavoura açucareira.</p><p>C) a escravidão do negro passa a ser substituí-</p><p>da pela indígena, sob a alegação de os primei-</p><p>ros serem selvagens.</p><p>D) o índio, pela sua condição de ingenuidade,</p><p>representava uma possibilidade de mão de obra</p><p>nas indústrias.</p><p>E) a abolição da escravatura abriu uma lacuna</p><p>na cadeia produtiva, exigindo, dessa forma, o</p><p>trabalho do nativo.</p><p>Questão 121 (2011.2)</p><p>Poucos países têm uma história eleitoral tão rica</p><p>quanto a do Brasil. Durante o período colonial, a</p><p>população das vilas e cidades elegia os repre-</p><p>sentantes dos Conselhos Municipais.</p><p>As primeiras eleições gerais para escolha dos</p><p>representantes à Corte de Lisboa ocorreram em</p><p>1821. Desde 1824, quando aconteceu a primei-</p><p>ra eleição pós-independência, foram eleitas 52</p><p>legislaturas para a Câmara dos Deputados. E,</p><p>somente durante o Estado Novo (1937-1945),</p><p>as eleições para a Câmara foram suspensas.</p><p>(NICOLAU, J. História do voto no Brasil.</p><p>Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004 - adaptado)</p><p>Embora o Brasil tenha um longo histórico de</p><p>eleições para o Poder Legislativo, em diversas</p><p>oportunidades os pleitos ocorreram com sérias</p><p>restrições ao pleno exercício da cidadania.</p><p>Um período da história brasileira com eleições</p><p>legislativas e uma restrição à cidadania política</p><p>estão elencados, respectivamente, em:</p><p>A) República Liberal (1945-1964) – exigência de</p><p>curso superior.</p><p>B) II Reinado (1840-1889) – exigência de renda.</p><p>C) Nova República (após 1985) – exclusão das</p><p>mulheres.</p><p>D) I Reinado (1822-1831) – exclusão dos anal-</p><p>fabetos.</p><p>E) Primeira República (1889-1930) – exclusão</p><p>dos escravos.</p><p>Questão 122 (2011.2)</p><p>O Brasil oferece grandes lucros aos portugue-</p><p>ses. Em relação ao nosso país, verificar-se-á</p><p>que esses lucros e vantagens são maiores para</p><p>nós.</p><p>Os açúcares do Brasil, enviados diretamente ao</p><p>nosso país, custarão bem menos do que custam</p><p>agora, pois que serão libertados dos impostos</p><p>que sobre eles se cobram em Portugal, e, dessa</p><p>forma, destruiremos seu comércio de açúcar.</p><p>Os artigos europeus, tais como tecidos, pano</p><p>etc., poderão, pela mesma razão, ser fornecidos</p><p>por nós ao Brasil muito mais baratos; o mesmo</p><p>se dá com a madeira e o fumo.</p><p>(WALBEECK, J. Documentos Holandeses.</p><p>Disponível em: http://www.mc.unicamp.br)</p><p>O texto foi escrito por um conselheiro político</p><p>holandês no contexto das chamadas Invasões</p><p>Holandesas (1624-1654), no Nordeste da Amé-</p><p>rica Portuguesa, que resultaram na ocupação</p><p>militar da capitania de Pernambuco. O conflito</p><p>se inicia em um período em que Portugal e suas</p><p>colônias, entre elas o Brasil, se encontravam</p><p>sob domínio da Espanha (1580-1640).</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>39 novocadernoenem@gmail.com</p><p>A partir do texto, qual o objetivo dos holandeses</p><p>com essa medida?</p><p>A) Dominar uma região produtora de açúcar</p><p>mais próxima da Europa do que as Antilhas</p><p>Holandesas, facilitando o escoamento dessa</p><p>produção.</p><p>B) Romper o embargo espanhol imposto aos</p><p>holandeses depois da União Ibérica, ampliando</p><p>os lucros obtidos com o comércio açucareiro.</p><p>C) Incentivar a diversificação da produção do</p><p>Nordeste brasileiro, aumentando a inserção dos</p><p>holandeses no mercado de produtos manufatu-</p><p>rados.</p><p>D) Construir uma rede de refino e distribuição</p><p>do açúcar no Brasil, levando vantagens sobre</p><p>os concorrentes portugueses.</p><p>E) Garantir o abastecimento de açúcar no mer-</p><p>cado europeu e oriental, ampliando as áreas</p><p>produtoras de cana fora dos domínios lusos.</p><p>Questão 123 (2011.2)</p><p>Texto I</p><p>A escravidão não é algo que permaneça apesar</p><p>do sucesso das três revoluções liberais, a ingle-</p><p>sa, a norte-americana e a francesa; ao contrá-</p><p>rio, ela conhece o seu máximo desenvolvimento</p><p>em virtude desse sucesso. O que contribui de</p><p>forma decisiva para o crescimento dessa insti-</p><p>tuição, que é sinônimo de poder absoluto do</p><p>homem sobre o homem,</p><p>é o mundo liberal.</p><p>(Losurdo, D. Contra-história do liberalismo. Apareci-</p><p>da: Ideias & Letras, 2006 - adaptado)</p><p>Texto II</p><p>E, sendo uma economia de exploração do ho-</p><p>mem, o capitalismo tanto comercializou escra-</p><p>vos para o Brasil, o Caribe e o sul dos Estados</p><p>Unidos, nas décadas de 30, 40, 50 e 60 do sé-</p><p>culo XIX, como estabeleceu o comércio de tra-</p><p>balhadores chineses para Cuba e o fluxo de</p><p>emigrantes europeus para os Estados Unidos e</p><p>o Canadá. O tráfico negreiro se manteve para o</p><p>Brasil depois de sua proibição, pela lei de 1831,</p><p>porque ainda ofereceu respostas ao capitalismo.</p><p>(Tavares , L. H. D. Comércio proibido de escravos.</p><p>São Paulo: Ática, 1988 - adaptado)</p><p>Ambos os textos apontam para uma relação</p><p>entre escravidão e capitalismo no século XIX.</p><p>Que relação é essa?</p><p>A) A superação do ideário capitalista em razão</p><p>do regime escravocrata.</p><p>B) A contribuição da escravidão para o desen-</p><p>volvimento do sistema capitalista.</p><p>C) A imposição da escravidão à América pelo</p><p>capitalismo.</p><p>D) A fusão dos sistemas escravocrata e capita-</p><p>lista, originando um novo sistema.</p><p>E) A escravidão na América levou à superação</p><p>do capitalismo.</p><p>Questão 124 (2011.2)</p><p>O despotismo é o governo em que o chefe do</p><p>Estado executa arbitrariamente as leis que ele</p><p>dá a si mesmo e em que substitui a vontade</p><p>pública por sua vontade particular.</p><p>(KANT, I. Despotismo, D. Dicionário básico de</p><p>Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2006)</p><p>O conceito de despotismo elaborado pelo filóso-</p><p>fo Immanuel Kant pode ser aplicado na interpre-</p><p>tação do contexto político brasileiro posterior ao</p><p>AI-5, porque descreve:</p><p>A) a sociedade sem classes sociais.</p><p>B) as relações democráticas de poder.</p><p>C) o autoritarismo nas relações de poder.</p><p>D) a usurpação do poder pelo povo.</p><p>E) a divisão dos poderes de Estado.</p><p>Questão 125 (2011.2)</p><p>Os principais distúrbios começaram em Nottin-</p><p>gham, em 1811. Uma grande manifestação de</p><p>malharistas, gritando por trabalho e por um pre-</p><p>ço mais liberal, foi dissolvida pelo exército. Na-</p><p>quela noite, sessenta armações de malha foram</p><p>destruídas na grande vila de Arnold por amoti-</p><p>nados que não tomaram nenhuma precaução</p><p>em se disfarçar e foram aplaudidos pela multi-</p><p>dão.</p><p>(THOMPSON, E.P. A formação da classe operária</p><p>inglesa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987)</p><p>Esse texto diz respeito à nova realidade socioe-</p><p>conômica da Inglaterra implantada a partir da</p><p>Revolução Industrial. A principal consequência</p><p>para os trabalhadores nas primeiras décadas do</p><p>século XIX se manifestou por meio:</p><p>A) da destruição de máquinas que deterioravam</p><p>as condições de vida e de trabalho.</p><p>B) de petições enviadas ao Parlamento inglês</p><p>na defesa de direitos coletivos.</p><p>C) da vitória sobre a burguesia, com a redução</p><p>da jornada de trabalho para oito horas.</p><p>D) da conquista de direitos trabalhistas pela</p><p>atuação combativa dos sindicatos.</p><p>E) do descontentamento pelo aumento de pre-</p><p>ços dos alimentos básicos e moradia.</p><p>Questão 126 (2011.2)</p><p>É uma mudança profunda na estrutura social,</p><p>isto é, uma transformação que atinge todos os</p><p>níveis da realidade social: o econômico, o políti-</p><p>co, o social e o ideológico. Uma revolução é</p><p>uma luta entre forças de transformação e forças</p><p>de conservação de uma sociedade. Quando</p><p>ocorre uma revolução, a vida das pessoas sofre</p><p>uma mudança radical no próprio dia a dia.</p><p>(AQUINO, R. S.L. et al. História das Sociedades: das</p><p>modernas às atuais. Rio de Janeiro: Record, 1999 )</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>40 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Na França, em 1871, após a derrota de Napo-</p><p>leão III na guerra contra a Rússia e a presidên-</p><p>cia de Louis Adolphe Thiers, os trabalhadores</p><p>franceses organizaram uma rebelião que levou</p><p>à tomada de Paris e à organização de um go-</p><p>verno popular, denominado de Comuna de Pa-</p><p>ris. Este processo é considerado como uma</p><p>importante experiência política, porque:</p><p>A) definiu um Estado voltado para atender os</p><p>interesses de todas as classes sociais.</p><p>B) foi a mais duradoura experiência de governo</p><p>popular na História contemporânea.</p><p>C) substituiu o exército por milícias comandadas</p><p>pelos antigos generais, mas subordinadas ao</p><p>poder das comunas.</p><p>D) extinguiu definitivamente o voto censitário e</p><p>instituiu o voto por categoria profissional.</p><p>E) criou um Estado dos trabalhadores formado</p><p>por comunas livres e autônomas.</p><p>Questão 127 (2011.2)</p><p>Em Brasília, foram mais de cem mil pessoas</p><p>saudando os campeões. A seleção voou dire-</p><p>tamente da Cidade do México para Brasília. Na</p><p>festa da vitória, Médici presenteou os jogadores</p><p>com dinheiro e posou para os fotógrafos com a</p><p>taça Jules Rimet nas mãos. Até uma Assessoria</p><p>Especial de Relações Públicas (AERP) chegou</p><p>a ser criada para mudar a imagem do governo e</p><p>cristalizar, junto à opinião pública, a imagem de</p><p>um país vitorioso, alavancando campanhas que</p><p>criavam o mito do “Brasil grande” que “vai para</p><p>frente”. Todos os jogadores principais da Copa</p><p>de 70 foram usados como garotos-propaganda.</p><p>(Bahiana, A. M. Almanaque Anos 70.</p><p>Rio de Janeiro: Ediouro, 2006 - adaptado)</p><p>A visibilidade dos esportes, especialmente do</p><p>futebol, nos meios de comunicação de massa,</p><p>tornou-os uma questão de Estado para os go-</p><p>vernos militares no Brasil, que buscavam, as-</p><p>sim,</p><p>A) incentivar a expansão da propaganda e do</p><p>consumo de artigos esportivos.</p><p>B) mostrar que os governantes estavam entre</p><p>seus primeiros praticantes.</p><p>C) legitimar o Estado autoritário por meio de</p><p>vitórias esportivas nacionais.</p><p>D) valorizar os atletas, integrando-os como fun-</p><p>cionários ao aparelho de Estado.</p><p>E) controlar o uso de garotos-propaganda pelas</p><p>agências de publicidade.</p><p>Questão 128 (2011.2)</p><p>Escrevendo em jornais, entrando para a política,</p><p>fugindo para quilombos, montando pecúlios</p><p>para comprar alforrias...</p><p>Os negros brasileiros não esperaram passiva-</p><p>mente pela libertação. Em vez disso, lutaram</p><p>em diversas frentes contra a escravidão, a pon-</p><p>to de conseguir que, à época em que a Lei Áu-</p><p>rea foi assinada, apenas uma pequena minoria</p><p>continuasse formalmente a ser propriedade.</p><p>(Antes da Lei Áurea. Liberdade Conquistada. Revista</p><p>Nossa História. Ano 2, nº 19. Sp: Vera Cruz, 05)</p><p>No que diz respeito à Abolição, o texto apresen-</p><p>ta uma análise historiográfica realizada nas</p><p>últimas décadas por historiadores, brasileiros e</p><p>brasilianistas, que se diferencia das análises</p><p>mais tradicionais. Essa análise recente apresen-</p><p>ta a extinção do regime escravista, em grande</p><p>parte, como resultado:</p><p>A) da ação da imprensa engajada que, contro-</p><p>lada por intelectuais brancos sensíveis à causa</p><p>da liberdade, levantou a bandeira abolicionista.</p><p>B) das necessidades do capitalismo inglês de</p><p>substituir o trabalho escravo pelo assalariado,</p><p>visando ampliar o mercado consumidor no Bra-</p><p>sil.</p><p>C) da luta dos próprios negros, escravos ou</p><p>libertos, que empreenderam um conjunto de</p><p>ações que tornaram o regime escravista incapaz</p><p>de se sustentar.</p><p>D) do espírito humanitário de uma moderna</p><p>camada proprietária que, influenciada pelo libe-</p><p>ralismo, tomou atitudes individuais, libertando</p><p>seus escravos.</p><p>E) da ação benevolente da Princesa Isabel, que,</p><p>assessorada por intelectuais e políticos negros,</p><p>tomou a abolição como uma causa pessoal.</p><p>Questão 129 (2011.2)</p><p>Eleições, no Império, eram um acontecimento</p><p>muito especial. Nesses dias o mais modesto</p><p>cidadão vestia sua melhor roupa, ou a menos</p><p>surrada, e exibia até sapatos, peças do vestuá-</p><p>rio tão valorizadas entre aqueles que pouco</p><p>tinham. Em contraste com essa maioria, vesti-</p><p>mentas de gala de autoridades civis, militares e</p><p>eclesiásticas ― tudo do bom e do melhor com-</p><p>punha a indumentária de quem era mais que um</p><p>cidadão qualquer e queria exibir em público</p><p>essa sua privilegiada condição.</p><p>(CAVANI, S. Às urnas, cidadãos! In: Revista de Histó-</p><p>ria da Biblioteca Nacional. Ano 3, nº 26, nov. 2007)</p><p>No Brasil do século XIX, a noção de cidadania</p><p>estava vinculada à participação nos processos</p><p>eleitorais. As eleições revelavam um tipo de</p><p>cidadania carente da igualdade jurídica defendi-</p><p>da nesse mesmo período por muitos movimen-</p><p>tos europeus herdeiros do Iluminismo devido à:</p><p>A) exclusão dos analfabetos, que impedia a</p><p>maioria da população de participar das eleições.</p><p>B) raridade das eleições, que criava apenas a</p><p>ilusão de participação entre os cidadãos.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>41 novocadernoenem@gmail.com</p><p>C) presença do Poder Moderador, que significa-</p><p>va, na prática, a inutilidade das eleições legisla-</p><p>tivas.</p><p>D) existência do voto censitário, que reafirmava</p><p>as hierarquias sociais.</p><p>E) vigência da Constituição do Império, que</p><p>definia como cidadãos apenas aqueles que</p><p>eram eleitos.</p><p>Questão 130 (2011.2)</p><p>Antes de tomar posse no seu cargo, ainda na</p><p>Europa, Rio Branco agira no sentido de afastar</p><p>o perigo imediato do Bolivian Syndicate, empre-</p><p>sa estadunidense, e propusera a compra do</p><p>território do Acre. Recusada essa ideia, propôs</p><p>o Governo brasileiro a troca de territórios e ofe-</p><p>receu compensação, como a de favorecer, por</p><p>uma estrada de ferro, o tráfego comercial pelo</p><p>rio Madeira, entendendo-se diretamente com o</p><p>Bolivian Syndicate.</p><p>(RODRIGUES, J. H.; SEITENFUS, R. Uma História</p><p>Diplomática do Brasil: 1531-1945. Rio de Janeiro:</p><p>Civilização Brasileira, 1995 - adaptado)</p><p>O texto aborda uma das questões fronteiriças</p><p>enfrentadas no período em que José da Silva</p><p>Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, esteve</p><p>à frente do Ministério das Relações Exteriores</p><p>(1902-1912).</p><p>A estratégia de entendimento direto do Brasil</p><p>com a empresa Bolivian Syndicate, que havia</p><p>arrendado o Acre junto ao governo boliviano,</p><p>explica-se pela:</p><p>A) consolidação das guerras de conquista.</p><p>B) negociação com seringueiros organizados.</p><p>C) implementação da indústria de borracha.</p><p>D) proteção à população indígena.</p><p>E) preocupação com intervenção imperialista.</p><p>Questão 131 (2011.2)</p><p>De março de 1931 a fevereiro de 1940, foram</p><p>decretadas mais de 150 leis novas de proteção</p><p>social e de regulamentação do trabalho em to-</p><p>dos os setores. Todas elas têm sido simples-</p><p>mente uma dádiva do governo. Desde aí, o tra-</p><p>balhador brasileiro encontra nos quadros gerais</p><p>do regime o seu verdadeiro lugar.</p><p>(DANTAS, M. A força nacionalizadora do Estado</p><p>Novo. Rio de Janeiro: DIP, 1942)</p><p>De que maneira as políticas e as mudanças</p><p>jurídico institucionais implementadas pelo go-</p><p>verno de Getúlio Vargas nas décadas de 1930-</p><p>1940 responderam às lutas e às reivindicações</p><p>dos trabalhadores?</p><p>A) A Justiça do Trabalho passou a arbitrar os</p><p>conflitos entre capital e trabalho e, sistematica-</p><p>mente, a apurar e punir os casos de trabalho</p><p>escravo e infantil no interior do país.</p><p>B) A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)</p><p>suprimiu o arbítrio oficial dos empresários e</p><p>fazendeiros sobre as atividades políticas de</p><p>operários e camponeses.</p><p>C) A criação do Ministério do Trabalho garantiu</p><p>ao operariado urbano e aos trabalhadores rurais</p><p>liberdade e autonomia para organizar suas ati-</p><p>vidades sindicais.</p><p>D) A legislação e as instituições criadas atendi-</p><p>am às reivindicações dos trabalhadores urba-</p><p>nos, mas dentro de estruturas jurídicas e sindi-</p><p>cais tuteladas e corporativistas.</p><p>E) A legislação do trabalho e previdência pas-</p><p>sou a impedir que imigrantes substituíssem</p><p>brasileiros natos no serviço público, na indústria,</p><p>no comércio e na agricultura.</p><p>Questão 132 (2012.1)</p><p>Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fa-</p><p>bricada por um conjunto de estratégias que</p><p>visavam sedimentar uma determinada noção de</p><p>soberania. Neste sentido, a charge apresentada</p><p>demonstra:</p><p>A) a humanidade do rei, pois retrata um homem</p><p>comum, sem os adornos próprios à vestimenta</p><p>real.</p><p>B) a unidade entre o público e o privado, pois a</p><p>figura do rei com a vestimenta real representa o</p><p>público e sem a vestimenta real, o privado.</p><p>C) o vínculo entre monarquia e povo, pois leva</p><p>ao conhecimento do público a figura de um rei</p><p>despretensioso e distante do poder político.</p><p>D) o gosto estético refinado do rei, pois eviden-</p><p>cia a elegância dos trajes reais em relação aos</p><p>de outros membros da corte.</p><p>E) a importância da vestimenta para a constitui-</p><p>ção simbólica do rei, pois o corpo político ador-</p><p>nado esconde os defeitos do corpo pessoal.</p><p>Questão 133 (2012.1)</p><p>Com sua entrada no universo dos gibis, o Capi-</p><p>tão chegaria para apaziguar a agonia, o autori-</p><p>tarismo militar e combater a tirania. Claro que,</p><p>em tempos de guerra, um gibi de um herói com</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>42 novocadernoenem@gmail.com</p><p>uma bandeira americana no peito aplicando um</p><p>sopapo no Fürer só poderia ganhar destaque, e</p><p>o sucesso não demoraria muito a chegar.</p><p>(COSTA, C. Capitão América, o primeiro vingador:</p><p>crítica. Disponível em: www.revistastart.com.br.</p><p>Acesso em: 27 jan. 2012 - adaptado)</p><p>A capa da primeira edição norte-americana da</p><p>revista do Capitão América demonstra sua as-</p><p>sociação com a participação dos Estados Uni-</p><p>dos na luta contra:</p><p>A) a Tríplice Aliança, na Primeira Guerra Mundi-</p><p>al.</p><p>B) os regimes totalitários, na Segunda Guerra</p><p>Mundial.</p><p>C) o poder soviético, durante a Guerra Fria.</p><p>D) o movimento comunista, na Guerra do Viet-</p><p>nã.</p><p>E) o terrorismo internacional, após 11 de se-</p><p>tembro de 2001.</p><p>Questão 134 (2012.1)</p><p>Nós nos recusamos a acreditar que o banco da</p><p>justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar</p><p>que há capitais insuficientes de oportunidade</p><p>nesta nação. Assim nós viemos trocar este che-</p><p>que, um cheque que nos dará o direito de re-</p><p>clamar as riquezas de liberdade e a segurança</p><p>da justiça.</p><p>(KING Jr., M. L. Eu tenho um sonho, 28 ago. 1963.</p><p>Disponível em: www.palmares.gov.br.</p><p>Acesso em: 30 nov. 2011 - adaptado)</p><p>O cenário vivenciado pela população negra, no</p><p>sul dos Estados Unidos nos anos 1950, condu-</p><p>ziu à mobilização social. Nessa época, surgiram</p><p>reivindicações que tinham como expoente Mar-</p><p>tin Luther King e objetivavam:</p><p>A) a conquista de direitos civis para a população</p><p>negra.</p><p>B) o apoio aos atos violentos patrocinados pelos</p><p>negros em espaço urbano.</p><p>C) a supremacia das instituições religiosas em</p><p>meio à comunidade negra sulista.</p><p>D) a incorporação dos negros no mercado de</p><p>trabalho.</p><p>E) a aceitação da cultura negra como represen-</p><p>tante do modo de vida americano.</p><p>Questão 135 (2012.1)</p><p>O cartum, publicado em 1932, ironiza as conse-</p><p>quências sociais das constantes prisões de</p><p>Mahatma Gandhi pelas autoridades britânicas,</p><p>na Índia, demonstrando:</p><p>A) a ineficiência do sistema judiciário inglês no</p><p>território indiano.</p><p>B) o apoio da população hindu à prisão de Gan-</p><p>dhi.</p><p>C) o caráter violento das manifestações hindus</p><p>frente à ação inglesa.</p><p>D) a impossibilidade de deter o movimento lide-</p><p>rado por Gandhi.</p><p>E) a indiferença das autoridades britânicas fren-</p><p>te ao apelo popular hindu.</p><p>Questão 136 (2012.1)</p><p>Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos</p><p>testemunhos, e é que vi nesta terra de Veragua</p><p>[Panamá] maiores indícios de ouro nos dois</p><p>primeiros dias do que na Hispaniola em quatro</p><p>anos, e que as terras da região não podem ser</p><p>mais bonitas nem mais bem lavradas. Ali, se</p><p>quiserem podem mandar extrair à vontade.</p><p>Carta de Colombo aos reis da Espanha, julho/1503.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>43 novocadernoenem@gmail.com</p><p>O documento permite identificar um interesse</p><p>econômico espanhol na colonização da América</p><p>a partir do século XV. A implicação desse inte-</p><p>resse na ocupação do espaço americano está</p><p>indicada na:</p><p>A) expulsão dos indígenas para fortalecer o</p><p>clero católico.</p><p>B) promoção das guerras justas para conquistar</p><p>o território.</p><p>C) imposição da catequese para explorar o tra-</p><p>balho africano.</p><p>D) opção pela policultura para garantir o povo-</p><p>amento ibérico.</p><p>E) fundação de cidades para controlar a circula-</p><p>ção de riquezas.</p><p>Questão 137 (2012.1)</p><p>Que é ilegal a faculdade que se atribui à autori-</p><p>dade real para suspender as leis ou seu cum-</p><p>primento.</p><p>Que é ilegal toda cobrança de impostos para a</p><p>Coroa sem o concurso</p><p>do Parlamento, sob pre-</p><p>texto de prerrogativa, ou em época e modo dife-</p><p>rentes dos designados por ele próprio.</p><p>Que é indispensável convocar com frequência</p><p>os Parlamentos para satisfazer os agravos,</p><p>assim como para corrigir, afirmar e conservar</p><p>leis.</p><p>(Declaração de Direitos. Disponível em:</p><p>http://disciplinas.stoa.usp.br</p><p>Acesso em: 20 dez. 2011 - adaptado)</p><p>No documento de 1689, identifica-se uma parti-</p><p>cularidade da Inglaterra diante dos demais Es-</p><p>tados europeus na Época Moderna.</p><p>A peculiaridade inglesa e o regime político que</p><p>predominavam na Europa continental estão</p><p>indicados, respectivamente, em:</p><p>A) Redução da influência do papa – Teocracia.</p><p>B) Limitação do poder do soberano – Absolu-</p><p>tismo.</p><p>C) Ampliação da dominação da nobreza – Re-</p><p>pública.</p><p>D) Expansão da força do presidente – Parla-</p><p>mentarismo.</p><p>E) Restrição da competência do congresso –</p><p>Presidencialismo.</p><p>Questão 138 (2012.1)</p><p>Elaborado pelos partidários da Revolução Cons-</p><p>titucionalista de 1932, o cartaz apresentado</p><p>pretendia mobilizar a população paulista contra</p><p>o governo federal.</p><p>Essa mobilização utilizou-se de uma referência</p><p>histórica, associando o processo revolucionário:</p><p>A) à experiência francesa, expressa no chama-</p><p>do à luta contra a ditadura.</p><p>B) aos ideais republicanos, indicados no desta-</p><p>que à bandeira paulista.</p><p>C) ao protagonismo das Forças Armadas, re-</p><p>presentadas pelo militar que empunha a bandei-</p><p>ra.</p><p>D) ao bandeirantismo, símbolo paulista apresen-</p><p>tado em primeiro plano.</p><p>E) ao papel figurativo de Vargas na política,</p><p>enfatizado pela pequenez de sua figura no car-</p><p>taz.</p><p>Questão 139 (2012.1)</p><p>O que o projeto governamental tem em vista é</p><p>poupar à Nação o prejuízo irreparável do pere-</p><p>cimento e da evasão do que há de mais precio-</p><p>so no seu patrimônio. Grande parte das obras</p><p>de arte até mais valiosas e dos bens de maior</p><p>interesse histórico, de que a coletividade brasi-</p><p>leira era depositária, têm desaparecido ou se</p><p>arruinado irremediavelmente. As obras de arte</p><p>típicas e as relíquias da história de cada país</p><p>não constituem o seu patrimônio privado, e sim</p><p>um patrimônio comum de todos os povos.</p><p>(ANDRADE, R. M. F. Defesa do patrimônio artístico</p><p>e histórico. Brasil, 500 anos em documentos.</p><p>Rio de Janeiro: Mauad, 1999 - adaptado)</p><p>A criação no Brasil do Serviço do Patrimônio</p><p>Histórico Artístico Nacional (SPHAN), em 1937,</p><p>foi orientada por ideias como as descritas no</p><p>texto, que visavam:</p><p>A) submeter a memória e o patrimônio nacional</p><p>ao controle dos órgãos públicos, de acordo com</p><p>a tendência autoritária do Estado Novo.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>44 novocadernoenem@gmail.com</p><p>B) transferir para a iniciativa privada a respon-</p><p>sabilidade de preservação do patrimônio nacio-</p><p>nal, por meio de leis de incentivo fiscal.</p><p>C) definir os fatos e personagens históricos a</p><p>serem cultuados pela sociedade brasileira, de</p><p>acordo com o interesse público.</p><p>D) resguardar da destruição as obras represen-</p><p>tativas da cultura nacional, por meio de políticas</p><p>públicas preservacionistas.</p><p>E) determinar as responsabilidades pela des-</p><p>truição do patrimônio nacional, de acordo com a</p><p>legislação brasileira.</p><p>Questão 140 (2012.1)</p><p>Diante dessas inconsistências e de outras que</p><p>ainda preocupam a opinião pública, nós, jorna-</p><p>listas, estamos encaminhando este documento</p><p>ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais no</p><p>Estado de São Paulo, para que o entregue à</p><p>Justiça; e da Justiça esperamos a realização de</p><p>novas diligências capazes de levar à completa</p><p>elucidação desses fatos e de outros que porven-</p><p>tura vierem a ser levantados.</p><p>(Em nome da verdade. In: O Estado de São Paulo, 3</p><p>fev. 1976. Apud. FILHO, I. A. Brasil, 500 anos em</p><p>documentos. Rio de Janeiro: Mauad, 1999)</p><p>A morte do jornalista Vladimir Herzog, ocorrida</p><p>durante o regime militar, em 1975, levou a me-</p><p>didas como o abaixo-assinado feito por profissi-</p><p>onais da imprensa de São Paulo. A análise des-</p><p>sa medida tomada indica a:</p><p>A) certeza do cumprimento das leis.</p><p>B) superação do governo de exceção.</p><p>C) violência dos terroristas de esquerda.</p><p>D) punição dos torturadores da polícia.</p><p>E) expectativa da investigação dos culpados.</p><p>Questão 141 (2012.1)</p><p>A figura apresentada é de um mosaico, produzi-</p><p>do por volta do ano 300 d.C., encontrado na</p><p>cidade de Lod, atual Estado de Israel. Nela,</p><p>encontram-se elementos que representam uma</p><p>característica política dos romanos no período,</p><p>indicada em:</p><p>A) Cruzadismo – conquista da terra santa.</p><p>B) Patriotismo – exaltação da cultura local.</p><p>C) Helenismo – apropriação da estética grega.</p><p>D) Imperialismo – selvageria dos povos domi-</p><p>nados.</p><p>E) Expansionismo – diversidade dos territórios</p><p>conquistados.</p><p>Questão 142 (2012.1)</p><p>Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais,</p><p>onde Pedro I fora recebido com grande frieza,</p><p>seus partidários prepararam uma série de mani-</p><p>festações a favor do imperador no Rio de Janei-</p><p>ro, armando fogueiras e luminárias na cidade.</p><p>Contudo, na noite de 11 de março, tiveram início</p><p>os conflitos que ficaram conhecidos como a</p><p>Noite das Garrafadas, durante os quais os “bra-</p><p>sileiros” apagavam as fogueiras “portuguesas” e</p><p>atacavam as casas iluminadas, sendo respondi-</p><p>dos com cacos de garrafas jogadas das janelas.</p><p>(VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial.</p><p>Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 - adaptado)</p><p>Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se</p><p>caracterizaram pelo aumento da tensão política.</p><p>Nesse sentido, a análise dos episódios descritos</p><p>em Minas Gerais e no Rio de Janeiro revela:</p><p>A) estímulos ao racismo.</p><p>B) apoio ao xenofobismo.</p><p>C) críticas ao federalismo.</p><p>D) repúdio ao republicanismo.</p><p>E) questionamentos ao autoritarismo.</p><p>Questão 143 (2012.1)</p><p>Texto do Cartaz: “Amor e não guerra”</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>45 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Nos anos que se seguiram à Segunda Guerra,</p><p>movimentos como o Maio de 1968 ou a campa-</p><p>nha contra a Guerra do Vietnã culminaram no</p><p>estabelecimento de diferentes formas de partici-</p><p>pação política.</p><p>Seus slogans, tais como “Quando penso em</p><p>revolução quero fazer amor”, se tornaram sím-</p><p>bolos da agitação cultural nos anos 1960, cuja</p><p>inovação relacionava-se:</p><p>A) à contestação da crise econômica europeia,</p><p>que fora provocada pela manutenção das guer-</p><p>ras coloniais.</p><p>B) à organização partidária da juventude comu-</p><p>nista, visando o estabelecimento da ditadura do</p><p>proletariado.</p><p>C) à unificação das noções de libertação social</p><p>e libertação individual, fornecendo um significa-</p><p>do político ao uso do corpo.</p><p>D) à defesa do amor cristão e monogâmico,</p><p>com fins à reprodução, que era tomado como</p><p>solução para os conflitos sociais.</p><p>E) ao reconhecimento da cultura das gerações</p><p>passadas, que conviveram com a emergência</p><p>do rock e outras mudanças nos costumes.</p><p>Questão 144 (2012.1)</p><p>A experiência que tenho de lidar com aldeias de</p><p>diversas nações me tem feito ver, que nunca</p><p>índio fez grande confiança de branco e, se isto</p><p>sucede com os que estão já civilizados, como</p><p>não sucederá o mesmo com esses que estão</p><p>ainda brutos.</p><p>(NORONHA, M. Carta a J. Caldeira Brant. 2 jan.1751.</p><p>Apud CHAIM, M. M. Aldeamentos indígenas</p><p>São Paulo: Nobel, Brasília: INL, 1983 - adaptado)</p><p>Em 1749, ao separar-se de São Paulo, a capi-</p><p>tania de Goiás foi governada por D. Marcos de</p><p>Noronha, que atendeu às diretrizes da política</p><p>indigenista pombalina que incentivava a criação</p><p>de aldeamentos em função:</p><p>A) das constantes rebeliões indígenas contra os</p><p>brancos colonizadores, que ameaçavam a pro-</p><p>dução de ouro nas regiões mineradoras.</p><p>B) da propagação de doenças originadas do</p><p>contato com os colonizadores, que dizimaram</p><p>boa parte da população indígena.</p><p>C) do empenho das ordens religiosas em prote-</p><p>ger o indígena da exploração, o que garantiu a</p><p>sua supremacia na administração colonial.</p><p>D) da política racista da Coroa Portuguesa, con-</p><p>trária à miscigenação, que organizava a socie-</p><p>dade em uma hierarquia dominada pelos bran-</p><p>cos.</p><p>E) da necessidade de</p><p>controle dos brancos</p><p>sobre a população indígena, objetivando sua</p><p>adaptação às exigências do trabalho regular.</p><p>Questão 145 (2012.1)</p><p>Em um engenho sois imitadores de Cristo cruci-</p><p>ficado porque padeceis em um modo muito se-</p><p>melhante o que o mesmo Senhor padeceu na</p><p>sua cruz e em toda a sua paixão. A sua cruz foi</p><p>composta de dois madeiros, e a vossa em um</p><p>engenho é de três. Também ali não faltaram as</p><p>canas, porque duas vezes entraram na Paixão:</p><p>uma vez servindo para o cetro de escárnio, e</p><p>outra vez para a esponja em que lhe deram o</p><p>fel. A Paixão de Cristo parte foi de noite sem</p><p>dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais</p><p>são as vossas noites e os vossos dias. Cristo</p><p>despido, e vós despidos; Cristo sem comer, e</p><p>vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós</p><p>maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os</p><p>açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de</p><p>tudo isto se compõe a vossa imitação, que, se</p><p>for acompanhada de paciência, também terá</p><p>merecimento de martírio.</p><p>(VIEIRA, A. Sermões. Tomo XI. Porto:</p><p>Lello & Irmão, 1951 - adaptado)</p><p>O trecho do sermão do Padre Antônio Vieira</p><p>estabelece uma relação entre a Paixão de Cris-</p><p>to e:</p><p>A) a atividade dos comerciantes de açúcar nos</p><p>portos brasileiros.</p><p>B) a função dos mestres de açúcar durante a</p><p>safra de cana.</p><p>C) o sofrimento dos jesuítas na conversão dos</p><p>ameríndios.</p><p>D) o papel dos senhores na administração dos</p><p>engenhos.</p><p>E) o trabalho dos escravos na produção de açú-</p><p>car.</p><p>Questão 146 (2012.1)</p><p>Fugindo à luta de classes, a nossa organização</p><p>sindical tem sido um instrumento de harmonia e</p><p>de cooperação entre o capital e o trabalho. Não</p><p>se limitou a um sindicalismo puramente “operá-</p><p>rio”, que conduziria certamente a luta contra o</p><p>“patrão”, como aconteceu com outros povos.</p><p>(FALCÃO, W. Cartas sindicais. In: Boletim do</p><p>Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.</p><p>Rio de Janeiro, 10 (85), set. 1941 - adaptado)</p><p>Nesse documento oficial, à época do Estado</p><p>Novo (1937-1945), é apresentada uma concep-</p><p>ção de organização sindical que:</p><p>A) elimina os conflitos no ambiente das fábricas.</p><p>B) limita os direitos associativos do segmento</p><p>patronal.</p><p>C) orienta a busca do consenso entre trabalha-</p><p>dores e patrões.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>46 novocadernoenem@gmail.com</p><p>D) proíbe o registro de estrangeiros nas entida-</p><p>des profissionais do país.</p><p>E) desobriga o Estado quanto aos direitos e</p><p>deveres da classe trabalhadora.</p><p>Questão 147 (2012.1)</p><p>Próximo da Igreja dedicada a São Gonçalo nos</p><p>deparamos com uma impressionante multidão</p><p>que dançava ao som de suas violas. Tão logo</p><p>viram o Vice-Rei, cercaram-no e o obrigaram a</p><p>dançar e pular, exercício violento e pouco apro-</p><p>priado tanto para sua idade quanto posição.</p><p>Tivemos nós mesmos que entrar na dança, por</p><p>bem ou por mal, e não deixou de ser interessan-</p><p>te ver numa igreja padres, mulheres, frades,</p><p>cavalheiros e escravos a dançar e pular mistu-</p><p>rados, e a gritar a plenos pulmões “Viva São</p><p>Gonçalo do Amarante”.</p><p>(Barbinais, Le Gentil. Noveau Voyage autour</p><p>du monde. Apud: TINHORÃO, J. R. As festas no</p><p>Brasil Colonial. São Paulo: Ed. 34, 2000 - adaptado)</p><p>O viajante francês, ao descrever suas impres-</p><p>sões sobre uma festa ocorrida em Salvador, em</p><p>1717, demonstra dificuldade em entendê-la,</p><p>porque, como outras manifestações religiosas</p><p>do período colonial, ela:</p><p>A) seguia os preceitos advindos da hierarquia</p><p>católica romana.</p><p>B) demarcava a submissão do povo à autorida-</p><p>de constituída.</p><p>C) definia o pertencimento dos padres às cama-</p><p>das populares.</p><p>D) afirmava um sentido comunitário de partilha</p><p>da devoção.</p><p>E) harmonizava as relações sociais entre escra-</p><p>vos e senhores.</p><p>Questão 148 (2012.2)</p><p>Os aparelhos televisores se multiplicam nas</p><p>residências do Brasil a partir da década de</p><p>1960. A partir da charge, os programas televisi-</p><p>vos eram controlados para atender interesses</p><p>dos:</p><p>A) artistas críticos.</p><p>B) intelectuais esquerdistas.</p><p>C) grupos terroristas.</p><p>D) governos autoritários.</p><p>E) partidos oposicionistas.</p><p>Questão 149 (2012.2)</p><p>A primeira produção cinematográfica de propa-</p><p>ganda nitidamente antissemita foi Os Rotschilds</p><p>(1940), de Erich Waschneck. Ambientado na</p><p>Europa conturbada pelas guerras napoleônicas,</p><p>o filme mostrava como essa importante família</p><p>de banqueiros judeus beneficiou-se das discór-</p><p>dias entre as nações europeias, acumulando</p><p>fortuna à custa da guerra, do sofrimento e da</p><p>morte de milhões de pessoas. O judeu é retra-</p><p>tado como uma criatura perigosa, de mãos</p><p>aduncas, rosto encarniçado e olhar sádico e</p><p>maléfico.</p><p>(PEREIRA, W. Cinema e genocídio judaico: dimen-</p><p>sões da memória audiovisual do nazismo e do holo-</p><p>causto. Rio de Janeiro: SME; UERJ, jun. 2008)</p><p>Os Rotschilds foi produzido na Alemanha nazis-</p><p>ta. A partir do texto e naquela conjuntura políti-</p><p>ca, o principal objetivo do filme foi:</p><p>A) legitimar o expansionismo territorial.</p><p>B) contestar o nacionalismo autoritário.</p><p>C) aprofundar a intolerância étnica.</p><p>D) defender a liberdade religiosa.</p><p>E) controlar o genocídio racial.</p><p>Questão 150 (2012.2)</p><p>“É para abrir mesmo e quem quiser que eu não</p><p>abra eu prendo e arrebento.”</p><p>(Frase pronunciada pelo presidente João Baptista</p><p>Figueiredo. Aos trancos e barrancos e o Brasil</p><p>deu no que deu. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986)</p><p>A frase do último presidente do regime militar</p><p>indicava a ambiguidade da transição política no</p><p>país. Neste contexto, houve resistências inter-</p><p>nas ao processo de distensão planejado pela</p><p>alta cúpula militar, que se manifestaram com:</p><p>A) as articulações no Congresso pela convoca-</p><p>ção de uma nova Assembleia Nacional Consti-</p><p>tuinte.</p><p>B) os atos criminosos, como a explosão de</p><p>bombas, de militares inconformados com o fim</p><p>da ditadura.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>47 novocadernoenem@gmail.com</p><p>C) as articulações dos parlamentares do PDS,</p><p>PMDB e PT em prol da candidatura de Tancre-</p><p>do Neves à presidência.</p><p>D) as posições de prefeitos e governadores em</p><p>apoio à instalação de eleições diretas.</p><p>E) as campanhas no rádio, TV e jornais em</p><p>favor da lei de anistia.</p><p>Questão 151 (2012.2)</p><p>“Enquanto houver um só assassino pelas ruas,</p><p>nossos filhos viverão para condená-lo por nos-</p><p>sas bocas.”</p><p>(Hebe de Bonafini, líder das Mães</p><p>da Praça de Maio, apud SOSNOWLKI, A.</p><p>O Estado de São Paulo, 27 maio 2000)</p><p>O movimento das Mães da Praça de Maio foi</p><p>criado na Argentina durante o período da Dita-</p><p>dura Militar (1976-1983). A declaração resume o</p><p>objetivo do movimento, demonstrando que sua</p><p>causa foi:</p><p>A) a escalada das mortes, provocada pela guer-</p><p>rilha urbana.</p><p>B) a fuga dos artistas, provocada pela censura</p><p>estatal.</p><p>C) o aprofundamento da miséria, provocado</p><p>pela política econômica.</p><p>D) o aumento da violência, provocado pelo de-</p><p>semprego estrutural.</p><p>E) o desaparecimento de cidadãos, provocado</p><p>pela ação repressora.</p><p>Questão 152 (2012.2)</p><p>De um ponto de vista político, achávamos que a</p><p>ditadura militar era a antessala do socialismo e</p><p>a última forma de governo possível às classes</p><p>dominantes no Brasil. Diante de nossos olhos</p><p>apocalípticos, ditadura e sistema capitalista</p><p>cairiam juntos num único e harmonioso movi-</p><p>mento. A luta especificamente política estava</p><p>esgotada.</p><p>(GABEIRA, F. Carta sobre a anistia: a entrevista</p><p>do Pasquim. Conversação sobre 1968.</p><p>Rio de Janeiro: Ed. Codecri, 1980)</p><p>Compartilhando da avaliação presente no texto,</p><p>vários grupos de oposição ao Regime Militar,</p><p>nos anos 1960 e 1970, lançaram-se na luta</p><p>política seguindo a estratégia de:</p><p>A) conquista de votos para o Movimento Demo-</p><p>crático Brasileiro (MDB).</p><p>B) organização de guerrilhas no campo e na</p><p>cidade.</p><p>C) aliança com os sindicatos e incitação de gre-</p><p>ves.</p><p>D) apresentação de acusações junto à Anistia</p><p>Internacional.</p><p>E) mobilização da imprensa nacional a favor da</p><p>abertura do sistema partidário.</p><p>Questão 153 (2012.2)</p><p>Dos senhores dependem os lavradores que têm</p><p>partidos arrendados em terras do mesmo enge-</p><p>nho; e quanto os senhores</p><p>são mais possantes</p><p>e bem aparelhados de todo o necessário, afá-</p><p>veis e verdadeiros, tanto mais são procurados,</p><p>ainda dos que não têm a cana cativa, ou por</p><p>antiga obrigação, ou por preço que para isso</p><p>receberam.</p><p>(ANTONIL, J. A. Cultura e opulência do Brasil [1711].</p><p>São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1967)</p><p>Segundo o texto, a produção açucareira no Bra-</p><p>sil colonial era:</p><p>A) caracterizada pelo funcionamento da econo-</p><p>mia de livre mercado em relação à compra e</p><p>venda de cana.</p><p>B) baseada no arrendamento de terras para a</p><p>obtenção da cana a ser moída nos engenhos</p><p>centrais.</p><p>C) marcada pela interdependência econômica</p><p>entre os senhores de engenho e os lavradores</p><p>de cana.</p><p>D) sustentada no trabalho escravo desempe-</p><p>nhado pelos lavradores de cana em terras ar-</p><p>rendadas.</p><p>E) dependente de insumos importados da Euro-</p><p>pa nas frotas que chegavam aos portos em</p><p>busca do açúcar.</p><p>Questão 154 (2012.2)</p><p>Em teoria, as pessoas livres da Colônia foram</p><p>enquadradas em uma hierarquia característica</p><p>do Antigo Regime.</p><p>A transferência desse modelo, de sociedade de</p><p>privilégios, vigente em Portugal, teve pouco</p><p>efeito prático no Brasil. Os títulos de nobreza</p><p>eram ambicionados. Os fidalgos eram raros e</p><p>muita gente comum tinha pretensões à nobreza.</p><p>(FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp;</p><p>Fundação do Desenvolvimento da Educação, 1995)</p><p>Ao reelaborarem a lógica social vigente na me-</p><p>trópole, os sujeitos do mundo colonial construí-</p><p>ram uma distinção que ordenava a vida cotidia-</p><p>na a partir da:</p><p>A) concessão de títulos nobiliárquicos por parte</p><p>da Igreja Católica.</p><p>B) definição do trabalho como princípio ético da</p><p>vida em sociedade.</p><p>C) miscigenação associada a profissões de</p><p>elevada qualificação.</p><p>D) imagem do Rei e de sua Corte como modelo</p><p>a ser seguido.</p><p>E) afirmação de diferenças fundadas na posse</p><p>de terras e de escravos.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>48 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 155 (2012.2)</p><p>TEXTO I</p><p>Já existe, em nosso país, uma consciência na-</p><p>cional que vai introduzindo o elemento da digni-</p><p>dade humana em nossa legislação, e para qual</p><p>a escravidão é uma verdadeira mancha. Essa</p><p>consciência resulta da mistura de duas corren-</p><p>tes diversas: o arrependimento dos descenden-</p><p>tes de senhores e a afinidade de sofrimento dos</p><p>herdeiros de escravos.</p><p>(NABUCO, J. O abolicionismo. Disponível em:</p><p>www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 12 out 2011)</p><p>TEXTO II</p><p>Joaquim Nabuco era bom de marketing. Como</p><p>verdadeiro estrategista, soube trabalhar nos</p><p>bastidores para impulsionar a campanha aboli-</p><p>cionista, utilizando com maestria a imprensa de</p><p>sua época. Criou repercussão internacional para</p><p>a causa abolicionista, publicando em jornais</p><p>estrangeiros lidos e respeitados pelas elites</p><p>brasileiras. Com isso, a campanha ganhou vulto</p><p>e a escravidão se tornou um constrangimento,</p><p>uma vergonha nacional, caminhando assim para</p><p>o seu fim.</p><p>(COSTA e SILVA, P. Um abolicionista bom de marke-</p><p>ting. Disponível em: www.revistadehistoria.com.br.</p><p>Acesso em: 27 jan. 2012 - adaptado)</p><p>Segundo Joaquim Nabuco, a solução do pro-</p><p>blema escravista no Brasil ocorreria como resul-</p><p>tado da:</p><p>A) Evolução moral da sociedade.</p><p>B) Ineficácia econômica do trabalho escravo.</p><p>C) Vontade política do Imperador.</p><p>D) Atuação isenta da Igreja Católica.</p><p>E) Implantação nacional do movimento republi-</p><p>cano.</p><p>Questão 156 (2012.2)</p><p>(FREYRE, G. Casa-Grande & Senzala.</p><p>Rio de Janeiro: José Olympio, 1958)</p><p>O desenho retrata a fazenda de São Joaquim</p><p>da Grama com a casa-grande, a senzala e ou-</p><p>tros edifícios representativos de uma estrutura</p><p>arquitetônica característica do período escravo-</p><p>crata no Brasil. Esta organização do espaço</p><p>representa uma:</p><p>A) maneira de evitar o contato direto entre os</p><p>escravos e seus senhores.</p><p>B) tática preventiva para evitar roubos e agres-</p><p>sões por escravos fugidos.</p><p>C) forma de organização social que fomentou o</p><p>patriarcalismo e a miscigenação.</p><p>D) particularidade das fazendas de café das</p><p>regiões Sul e Sudeste do país.</p><p>E) estratégia econômica e espacial para manter</p><p>os escravos próximos do plantio.</p><p>Questão 157 (2012.2)</p><p>Mirem-se no exemplo</p><p>Daquelas mulheres de Atenas</p><p>Vivem pros seus maridos</p><p>Orgulho e raça de Atenas.</p><p>(BUARQUE, C.; BOAL, A. Mulheres de Atenas.</p><p>In: Meus caros Amigos, 1976. Disponível em:</p><p>http://letras.terra.com.br. Acesso em: 4 dez. 2011)</p><p>Os versos da composição remetem à condição</p><p>das mulheres na Grécia antiga, caracterizada,</p><p>naquela época, em razão de:</p><p>A) sua importância na consolidação da demo-</p><p>cracia, pelo casamento.</p><p>B) sua igualdade política em relação aos ho-</p><p>mens.</p><p>C) seu rebaixamento de status social frente aos</p><p>homens.</p><p>D) sua função pedagógica, exercida junto às</p><p>crianças atenienses.</p><p>E) seu afastamento das funções domésticas em</p><p>períodos de guerra.</p><p>Questão 158 (2012.2)</p><p>TEXTO I</p><p>O Estado sou eu.</p><p>(Frase atribuída a Luís XIV, Rei Sol, 1638-1715)</p><p>TEXTO II</p><p>A nação é anterior a tudo. Ela é a fonte de tudo.</p><p>Sua vontade é sempre legal; na verdade é a</p><p>própria lei.</p><p>(SIEYÈS, E-J. O que é o Terceiro Estado. Os ale-</p><p>mães: a luta pelo poder e a evolução do habitus nos</p><p>séculos XIX e XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997)</p><p>Os textos apresentados expressam alteração na</p><p>relação entre governantes e governados na</p><p>Europa. Da frase atribuída ao rei Luís XIV até o</p><p>pronunciamento de Sieyès, representante das</p><p>classes médias que integravam o Terceiro Es-</p><p>tado Francês, infere-se uma mudança decorren-</p><p>te da:</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>49 novocadernoenem@gmail.com</p><p>A) organização dos Estados centralizados,</p><p>acompanhados pelo aprofundamento da efici-</p><p>ência burocrática.</p><p>B) crítica ao movimento revolucionário, tido co-</p><p>mo ilegítimo em meio à ascensão popular con-</p><p>duzida pelo ideário nacionalista.</p><p>C) reforma aristocrática, marcada pela adequa-</p><p>ção dos nobres aos valores modernos, tais co-</p><p>mo o princípio do mérito.</p><p>D) associação entre vontade popular e nação,</p><p>composta por cidadãos que dividem uma mes-</p><p>ma cultura nacional.</p><p>E) ampliação dos poderes soberanos do rei,</p><p>considerado guardião da tradição e protetor de</p><p>seus súditos e do Império.</p><p>Questão 159 (2013.1)</p><p>De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã</p><p>e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista</p><p>do mar, muito grande, porque, a estender olhos,</p><p>não podíamos ver senão terra com arvoredos,</p><p>que nos parecia muito longa. Nela, até agora,</p><p>não pudemos saber que haja ouro, nem prata,</p><p>nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho</p><p>vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares</p><p>[...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar</p><p>me parece que será salvar esta gente.</p><p>(Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.;</p><p>BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através de</p><p>textos. São Paulo: Contexto, 2001)</p><p>A carta de Pero Vaz de Caminha permite enten-</p><p>der o projeto colonizador para a nova terra.</p><p>Nesse trecho, o relato enfatiza o seguinte obje-</p><p>tivo:</p><p>A) Valorizar a catequese a ser realizada sobre</p><p>os povos nativos.</p><p>B) Descrever a cultura local para enaltecer a</p><p>prosperidade portuguesa.</p><p>C) Transmitir o conhecimento dos indígenas</p><p>sobre o potencial econômico existente.</p><p>D) Realçar a pobreza dos habitantes nativos</p><p>para demarcar a superioridade europeia.</p><p>E) Criticar o modo de vida dos povos autóctones</p><p>para evidenciar a ausência de trabalho.</p><p>Questão 160 (2013.1)</p><p>O canto triste dos conquistados: os últimos</p><p>dias de Tenochtitlán</p><p>Nos caminhos jazem dardos quebrados; os</p><p>cabelos estão espalhados. Destelhadas estão</p><p>as casas, Vermelhas estão as águas, os rios,</p><p>como se alguém as tivesse tingido, Nos escu-</p><p>dos esteve nosso resguardo, mas os escudos</p><p>não detêm a desolação...</p><p>(PINSKY, J. et al. História da América através de</p><p>textos. São Paulo. Contexto, 2007 - fragmento)</p><p>O texto é um registro asteca, cujo sentido está</p><p>relacionado ao(à):</p><p>A) tragédia causada pela destruição da cultura</p><p>desse povo.</p><p>B) tentativa frustrada de resistência a um poder</p><p>considerado superior.</p><p>C) extermínio das populações indígenas pelo</p><p>Exército espanhol.</p><p>D) dissolução da memória sobre os feitos de</p><p>seus antepassados.</p><p>E) profetização das consequências da coloniza-</p><p>ção da América.</p><p>Questão 161 (2013.1)</p><p>As Brigadas Internacionais foram unidades de</p><p>combatentes formadas por voluntários de 53</p><p>nacionalidades dispostos a lutar em defesa da</p><p>República espanhola. Estima-se que cerca de</p><p>60 mil cidadãos de várias partes do mundo –</p><p>incluindo 40 brasileiros – tenham se incorporado</p><p>a essas unidades. Apesar de coordenadas pe-</p><p>los comunistas, as Brigadas contaram com</p><p>membros socialistas, liberais e de outras corren-</p><p>tes político-ideológicas.</p><p>(SOUZA, I. I. A Guerra Civil Europeia.</p><p>História Viva, n. 70, 2009 - fragmento)</p><p>A Guerra Civil Espanhola expressou as disputas</p><p>em curso na Europa na década de 1930. A</p><p>perspectiva política comum que promoveu a</p><p>mobilização descrita foi o(a):</p><p>A) crítica ao stalinismo.</p><p>B) combate ao fascismo.</p><p>C) rejeição ao federalismo.</p><p>D) apoio ao corporativismo.</p><p>E) adesão ao anarquismo.</p><p>Questão 162 (2013.1)</p><p>Nos estados, entretanto, se instalavam as oli-</p><p>garquias, de cujo perigo já nos advertia Saint-</p><p>Hilaire, e sob o disfarce do que se chamou “a</p><p>política dos governadores”. Em círculos concên-</p><p>tricos esse sistema vem cumular no próprio</p><p>poder central que é o sol do nosso sistema.</p><p>(PRADO, P. Retrato do Brasil.</p><p>Rio de Janeiro: José Olympio, 1972)</p><p>A crítica presente no texto remete ao acordo</p><p>que fundamentou o regime republicano brasilei-</p><p>ro durante as três primeiras décadas do século</p><p>XX e fortaleceu o(a):</p><p>A) poder militar, enquanto fiador da ordem eco-</p><p>nômica.</p><p>B) presidencialismo, como o objetivo de limitar o</p><p>poder dos coronéis.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>50 novocadernoenem@gmail.com</p><p>C) domínio de grupos regionais sobre a ordem</p><p>federativa.</p><p>D) intervenção nos estados, autorizada pelas</p><p>normas constitucionais.</p><p>E) isonomia do governo federal no tratamento</p><p>das disputas locais.</p><p>Questão 163 (2013.1)</p><p>(FORTUNA. Correio da Manhã,</p><p>ano 65. n. 22 264, 2 nov. 1965)</p><p>A imagem foi publicada no jornal Correio da</p><p>Manhã, no dia de Finados de 1965. Sua relação</p><p>com os direitos políticos existentes no período</p><p>revela a:</p><p>A) extinção dos partidos nanicos.</p><p>B) retomada dos partidos estaduais.</p><p>C) adoção do bipartidarismo regulado.</p><p>D) superação do fisiologismo tradicional.</p><p>E) valorização da representação parlamentar.</p><p>Questão 164 (2013.1)</p><p>Ninguém desconhece a necessidade que todos</p><p>os fazendeiros têm de aumentar o número de</p><p>seus trabalhadores. E como até há pouco supri-</p><p>am-se os fazendeiros dos braços necessários?</p><p>As fazendas eram alimentadas pela aquisição</p><p>de escravos, sem o menor auxílio pecuniário do</p><p>governo. Ora, se os fazendeiros se supriam de</p><p>braços à sua custa, e se é possível obtê-los</p><p>ainda, posto que de outra qualidade, por que</p><p>motivo não hão de procurar alcançá-los pela</p><p>mesma maneira, isto é, à sua cursta?</p><p>Resposta de Manuel Felizardo de Sousa, diretor</p><p>geral das Terras Públicas, ao Senado Vergueiro</p><p>O fragmento do discurso dirigido ao parlamentar</p><p>do Império refere-se às mudanças então em</p><p>curso no campo brasileiro, que confrontaram o</p><p>Estado e a elite agrária em torno do objetivo de:</p><p>A) fomentar ações públicas para ocupação das</p><p>terras do interior.</p><p>B) adotar o regime assalariado para proteção da</p><p>mão de obra estrangeira.</p><p>C) definir uma política de subsídio governamen-</p><p>tal para o fomento da imigração.</p><p>D) regulamentar o tráfico interprovincial de cati-</p><p>vos para sobrevivência das fazendas.</p><p>E) financiar a fixação de famílias camponesas</p><p>para estímulo da agricultura de subsistência.</p><p>Questão 165 (2013.1)</p><p>As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro</p><p>II, procuram transmitir determinadas represen-</p><p>tações políticas acerca dos dois monarcas e</p><p>seus contextos de atuação. A ideia que cada</p><p>imagem evoca é, respectivamente:</p><p>A) Habilidade militar — riqueza pessoal.</p><p>B) Liderança popular — estabilidade política.</p><p>C) Instabilidade econômica — herança euro-</p><p>peia.</p><p>D) Isolamento político — centralização do po-</p><p>der.</p><p>E) Nacionalismo exacerbado — inovação admi-</p><p>nistrativa.</p><p>Questão 166 (2013.1)</p><p>Meta de Faminto</p><p>JK — Você agora tem automóvel brasileiro, para</p><p>correr em estradas pavimentadas com asfalto</p><p>brasileiro, com gazolina brasileira. Que mais</p><p>quer?</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>51 novocadernoenem@gmail.com</p><p>JECA — Um prato de feijão brasileiro, seu doutô!</p><p>A charge ironiza a política desenvolvimentista</p><p>do governo Juscelino Kubitschek, ao:</p><p>A) evidenciar que o incremento da malha viária</p><p>diminuiu as desigualdades regionais do país.</p><p>B) destacar que a modernização das indústrias</p><p>dinamizou a produção de alimentos para o mer-</p><p>cado interno.</p><p>C) enfatizar que o crescimento econômico impli-</p><p>cou aumento das contradições socioespaciais.</p><p>D) ressaltar que o investimento no setor de bens</p><p>duráveis incrementou os salários de trabalhado-</p><p>res.</p><p>E) mostrar que a ocupação de regiões interiora-</p><p>nas abriu frentes de trabalho para a população</p><p>local.</p><p>Questão 167 (2013.1)</p><p>A escravidão não há de ser suprimida no Brasil</p><p>por uma guerra servil, muito menos por insurrei-</p><p>ções ou atentados locais. Não deve sê-lo, tam-</p><p>pouco, por uma guerra civil, como o foi nos Es-</p><p>tados Unidos. Ela poderia desaparecer, talvez,</p><p>depois de uma revolução, como aconteceu na</p><p>França, sendo essa revolução obra exclusiva da</p><p>população livre. É no Parlamento e não em fa-</p><p>zendas ou quilombos do interior, nem nas ruas</p><p>e praças das cidades, que se há de ganhar, ou</p><p>perder, a causa da liberdade.</p><p>(NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro:</p><p>Nova Fronteira; São Paulo: Publifolha, 2000)</p><p>No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto</p><p>político sobre como deveria ocorrer o fim da</p><p>escravidão no Brasil, no qual:</p><p>A) copiava o modelo haitiano de emancipação</p><p>negra.</p><p>B) incentivava a conquista de alforrias por meio</p><p>de ações judiciais.</p><p>C) optava pela via legalista de libertação.</p><p>D) priorizava a negociação em torno das indeni-</p><p>zações aos senhores.</p><p>E) antecipava a libertação paternalista dos cati-</p><p>vos.</p><p>Questão 168 (2013.2)</p><p>A Inglaterra deve governar o mundo porque é a</p><p>melhor; o poder deve ser usado; seus concor-</p><p>rentes imperiais não são dignos; suas colônias</p><p>devem crescer, prosperar e continuar ligadas a</p><p>ela. Somos dominantes, porque temos o poder</p><p>(industrial, tecnológico, militar, moral), e elas</p><p>não; elas são inferiores; nós, superiores, e as-</p><p>sim por diante.</p><p>(SAID, E. Cultura e imperialismo. São Paulo:</p><p>Cia das Letras, 1995 - adaptado)</p><p>O texto reproduz argumentos utilizados pelas</p><p>potências europeias para dominação de regiões</p><p>na África e na Ásia, a partir de 1870. Tais argu-</p><p>mentos justificavam suas ações imperialistas,</p><p>concebendo-as como parte de uma:</p><p>A) cruzada religiosa.</p><p>B) catequese cristã.</p><p>C) missão civilizatória.</p><p>D) expansão comercial ultramarina.</p><p>E) política exterior multiculturalista.</p><p>Questão 169 (2013.2)</p><p>Embora o aspecto mais óbvio da Guerra Fria</p><p>fosse o confronto militar e a cada vez mais fre-</p><p>nética corrida armamentista, não foi esse o seu</p><p>grande impacto. As armas nucleares nunca</p><p>foram usadas. Muito mais óbvias foram as con-</p><p>sequências políticas da Guerra Fria.</p><p>(HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século</p><p>XX: 1914-1991. São Paulo: Cia. das Letras, 1999)</p><p>O conflito entre as superpotências teve sua</p><p>expressão emblemática no(a):</p><p>A) formação do mundo bipolar.</p><p>B) aceleração da integração regional.</p><p>C) eliminação dos regimes autoritários.</p><p>D) difusão do fundamentalismo islâmico.</p><p>E) enfraquecimento dos movimentos nacionalis-</p><p>tas.</p><p>Questão 170 (2013.2)</p><p>O papel da Organização do Tratado do Atlântico</p><p>Norte (Otan) alterou-se desde sua origem em</p><p>1949. A Otan é uma aliança militar que se funda</p><p>sobre um tratado de segurança coletiva, o qual,</p><p>por sua vez, indica a criação de uma organiza-</p><p>ção internacional com o objetivo de manter a</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>52 novocadernoenem@gmail.com</p><p>democracia, a paz e a segurança dos seus inte-</p><p>grantes.</p><p>No começo dos anos de 1990, em função dos</p><p>conflitos nos Bálcãs, a Otan declarou que a</p><p>instabilidade na Europa Central afetava direta-</p><p>mente a segurança dos seus membros. Foi</p><p>então iniciada a primeira operação militar fora</p><p>do território dos países-membros. Desde então</p><p>ela expandiu sua área de interesse para África,</p><p>Oriente Médio e Ásia.</p><p>(BERTAZZO, J. Atuação da Otan no Pós-Guerra Fria:</p><p>implicações para a segurança nacional e para ONU.</p><p>Contexto Internacional, Rio de Janeiro, jan.-jun. 2010)</p><p>Os objetivos dessa organização, nos diferentes</p><p>períodos descritos, são, respectivamente:</p><p>A) Financiar a indústria bélica – garantir atuação</p><p>global.</p><p>B) Conter a expansão socialista – realizar ata-</p><p>ques preventivos.</p><p>C) Combater a ameaça soviética – promover</p><p>auxílio humanitário.</p><p>D Minimizar a influência estadunidense – apoiar</p><p>organismos multilaterais.</p><p>E) Reconstruir o continente devastado – asse-</p><p>gurar estabilidade geopolítica.</p><p>Questão 171 (2013.2)</p><p>Depois de dez anos de aparente imobilidade, 77</p><p>950 operários estavam em greve em São Ber-</p><p>nardo, Santo André, São Caetano e Diadema –</p><p>o chamado ABCD, coração industrial do país.</p><p>Em todas as fábricas, os operários cruzaram os</p><p>braços em silêncio. Apanhado de surpresa, o</p><p>governo militar ficou por algum tempo sem</p><p>ação. Os empregadores, por sua vez, sofriam</p><p>sérios prejuízos a cada dia de greve.</p><p>(ALVES, M. H. M. Estado e oposição no Brasil,</p><p>1964-1984. Petrópolis: Vozes, 1984 - adaptado)</p><p>O movimento sindical, em fins dos anos 1970,</p><p>começou a se rearticular e a patrocinar greves</p><p>de significativa repercussão. Essas greves</p><p>aconteceram em um contexto político-</p><p>institucional de:</p><p>A) revogação da negociação coletiva entre pa-</p><p>trões e empregados.</p><p>B afirmação dos direitos individuais por parte de</p><p>minorias.</p><p>C) suspensão da legislação trabalhista forjada</p><p>durante a Era Vargas.</p><p>D) limitação à liberdade das organizações sindi-</p><p>cais e populares.</p><p>E) discordância dos empresários com as políti-</p><p>cas industriais.</p><p>Questão 172 (2013.2)</p><p>É preciso ressaltar que, de todas as capitanias</p><p>brasileiras, Minas era a mais urbanizada. Não</p><p>havia ali hegemonia de um ou dois grandes</p><p>centros. A região era repleta de vilas e arraiais,</p><p>grandes e pequenos, em cujas ruas muita gente</p><p>circulava.</p><p>(PAIVA, E. F. O ouro e as transformações na</p><p>sociedade colonial. São Paulo: Atual, 1998)</p><p>As regiões da América portuguesa tiveram dis-</p><p>tintas lógicas de ocupação. Uma explicação</p><p>para a especificidade da região descrita no texto</p><p>está identificada na:</p><p>A) apropriação cultural diante das influências</p><p>externas.</p><p>B) produção manufatureira diante do exclusivo</p><p>comercial.</p><p>C) insubordinação religiosa diante da hierarquia</p><p>eclesiástica.</p><p>D) fiscalização estatal diante das particularida-</p><p>des econômicas.</p><p>E) autonomia administrativa diante das institui-</p><p>ções metropolitanas.</p><p>Questão 173 (2013.2)</p><p>A cessação do tráfico lançou sobre a escravidão</p><p>uma sentença definitiva. Mais cedo ou mais</p><p>tarde estaria extinta, tanto mais quanto os índi-</p><p>ces de natalidade entre os escravos eram ex-</p><p>tremamente baixos e os de mortalidade, eleva-</p><p>dos. Era necessário melhorar as condições de</p><p>vida da escravaria existente e, ao mesmo tem-</p><p>po, pensar numa outra solução para o problema</p><p>da mão de obra.</p><p>(COSTA, E. V. Da Monarquia à República:</p><p>momentos decisivos. São Paulo: Unesp, 2010)</p><p>Em 1850, a Lei Eusébio de Queirós determinou</p><p>a extinção do tráfico transatlântico de cativos e</p><p>colocou em evidência o problema da falta de</p><p>mão de obra para a lavoura. Para os cafeiculto-</p><p>res paulistas, a medida que representou uma</p><p>solução efetiva desse problema foi o (a):</p><p>A) valorização dos trabalhadores nacionais li-</p><p>vres.</p><p>B) busca por novas fontes fornecedoras de cati-</p><p>vos.</p><p>C) desenvolvimento de uma economia urbano-</p><p>industrial.</p><p>D) incentivo à imigração europeia.</p><p>E) escravização das populações indígenas.</p><p>Questão 174 (2013.2)</p><p>Devem ser bons serviçais e habilidosos, pois</p><p>noto que repetem logo o que a gente diz e creio</p><p>que depressa se fariam cristãos; me pareceu</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>53 novocadernoenem@gmail.com</p><p>que não tinham nenhuma religião. Eu, compra-</p><p>zendo a Nosso Senhor, levarei daqui, por ocasi-</p><p>ão de minha partida, seis deles para Vossas</p><p>Majestades, para que aprendam a falar.</p><p>(COLOMBO, C. Diários da descoberta da América: as</p><p>quatro viagens e o testamento. Porto Alegre, 1984)</p><p>O documento destaca um aspecto cultural rele-</p><p>vante em torno da conquista da América, que se</p><p>encontra expresso em:</p><p>A) Deslumbramento do homem branco diante</p><p>do comportamento exótico das tribos autócto-</p><p>nes.</p><p>B) Violência militarizada do europeu diante da</p><p>necessidade de imposição de regras aos ame-</p><p>ríndios.</p><p>C) Cruzada civilizacional frente à tarefa de edu-</p><p>car os povos nativos pelos parâmetros ociden-</p><p>tais.</p><p>D) Comportamento caridoso dos governos eu-</p><p>ropeus diante da receptividade das comunida-</p><p>des indígenas.</p><p>E) Compromisso dos agentes religiosos diante</p><p>da necessidade de respeitar a diversidade soci-</p><p>al dos índios.</p><p>Questão 175 (2013.2)</p><p>Nos mapas, está representada a região dos Bálcãs, em dois momentos do século XX. Uma causa para a</p><p>mudança geopolítica representada foi a:</p><p>A) adoção do euro como moeda única.</p><p>B) suspensão do apoio econômico soviético.</p><p>C) intervenção internacional liderada pela Otan.</p><p>D) intensificação das tensões étnicas regionais.</p><p>E) formação de um Estado islâmico unificado.</p><p>Questão 176 (2013.2)</p><p>Eu mesmo me apresento: sou Antônio: sou An-</p><p>tônio Vicente Mendes Maciel (provim da batalha</p><p>de Deus versus demônio Com a res publica</p><p>marca de Caim). Moisés, do Êxodo ao Deutero-</p><p>nômio, Sou natural de Quixeramobim, O Antônio</p><p>Conselheiro deste chão Que vai ser mar e o mar</p><p>vai ser sertão.</p><p>(ACCIOLY, M. Antônio Conselheiro. In: FERNAN-</p><p>DES, R. O clarim e a oração: cem anos de Os ser-</p><p>tões. São Paulo: Geração Editorial, 2001)</p><p>O poema, escrito em 2001, contribui para a</p><p>construção de uma determinada memória sobre</p><p>o movimento de Canudos, ao retratar seu líder</p><p>como:</p><p>A) crítico do regime político recém-proclamado.</p><p>B) partidário da abolição da escravidão.</p><p>C) contrário à distribuição da terra para os hu-</p><p>mildes.</p><p>D) defensor da autonomia política dos municí-</p><p>pios.</p><p>E) porta-voz do catolicismo ortodoxo romano.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>54 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 177 (2013.2)</p><p>Sou um partidário da Comuna de Paris, que, por</p><p>ter sido massacrada, sufocada no sangue pelos</p><p>carrascos da reação monárquica e clerical, tor-</p><p>nou-se ainda mais viva, mais poderosa na ima-</p><p>ginação e no coração do proletariado da Euro-</p><p>pa; sou seu partidário sobretudo porque ela foi</p><p>uma negação audaciosa, bem pronunciada, do</p><p>Estado.</p><p>(BAKUNIN, M. apud SAMIS, A. Negras tormentas:</p><p>o federalismo e o internacionalismo na</p><p>Comuna de Paris. São Paulo: Hedra, 2011)</p><p>A Comuna de Paris despertou a reação dos</p><p>setores sociais mencionados no texto, porque:</p><p>A) instituiu a participação política direta do povo.</p><p>B) consagrou o princípio do sufrágio universal.</p><p>C) encerrou o período de estabilidade política</p><p>europeia.</p><p>D) simbolizou a vitória do ideário marxista.</p><p>E) representou a retomada dos valores do libe-</p><p>ralismo.</p><p>Questão 178 (2013.2)</p><p>Queixume das operárias da seda</p><p>Sempre tecemos panos de seda</p><p>E nem por isso vestiremos melhor [...]</p><p>Nunca seremos capazes de ganhar tanto</p><p>Que possamos ter melhor comida [...]</p><p>Pois a obra de nossas mãos</p><p>Nenhuma de nós terá para se manter [...]</p><p>E estamos em grande miséria</p><p>Mas, com os nossos salários, enriquece aquele</p><p>para quem trabalhamos</p><p>Grande parte das noites ficamos acordadas</p><p>E todo o dia para isso ganhar</p><p>Ameaçam-nos de nos moer de pancada</p><p>Os membros quando descansamos</p><p>E assim, não nos atrevemos a repousar.</p><p>(CHRÉTIEN DE TROYES apud LE GOFF. J. Civiliza-</p><p>ção do Ocidente Medieval. Lisboa: Edições 70, 1992)</p><p>Tendo em vista as</p><p>transformações socioeconô-</p><p>micas da Europa Ocidental durante a Baixa</p><p>Idade Média, o texto apresenta a seguinte situa-</p><p>ção:</p><p>A) Uso da coerção no mundo do trabalho arte-</p><p>sanal.</p><p>B) Deslocamento das trabalhadoras do campo</p><p>para as cidades.</p><p>C) Desorganização do trabalho pela introdução</p><p>do assalariamento.</p><p>D) Enfraquecimento dos laços que ligavam pa-</p><p>trões e empregadas.</p><p>E) Ganho das artífices pela introdução da remu-</p><p>neração pelo seu trabalho.</p><p>Questão 179 (2013.2)</p><p>No alvorecer do século XX, o Rio de Janeiro</p><p>sofreu, de fato, uma intervenção que alterou</p><p>profundamente sua fisionomia e estrutura, e que</p><p>repercutiu como um terremoto nas condições de</p><p>vida da população.</p><p>(BENCHIMOL, J. Reforma urbana e Revolta da</p><p>Vacina na cidade do Rio de Janeiro. O Brasil republi-</p><p>cano. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 08)</p><p>O texto refere-se à reforma urbanística ocorrida</p><p>na capital da República, na qual a ação gover-</p><p>namental e seu resultado social encontram-se</p><p>na:</p><p>A) Cobrança de impostos — ocupação da peri-</p><p>feria.</p><p>B) Destruição de cortiços — revolta da popula-</p><p>ção pobre.</p><p>C) Criação do transporte de massa — amplia-</p><p>ção das favelas.</p><p>D) Construção de hospitais públicos — insatis-</p><p>fação da elite urbana.</p><p>E) Edificação de novas moradias — concentra-</p><p>ção de trabalhadores.</p><p>Questão 180 (2013.2)</p><p>O trabalho de recomposição que nos espera</p><p>não admite medidas contemporizadoras. Implica</p><p>o reajustamento social e econômico de todos os</p><p>rumos até aqui seguidos. Comecemos por des-</p><p>montar a máquina do favoritismo parasitário,</p><p>com toda sua descendência espúria.</p><p>Discurso de posse de Getúlio Vargas como</p><p>chefe do governo provisório, pronunciado em 03</p><p>de novembro de 1930.</p><p>(FILHO, I. A. Brasil, 500 anos em documento.</p><p>Rio de Janeiro: Mauad, 1999 - adaptado)</p><p>Em seu discurso de posse, como forma de legi-</p><p>timar o regime político implantado em 1930,</p><p>Getúlio Vargas estabelece uma crítica ao:</p><p>A) funcionamento regular dos partidos políticos.</p><p>B) controle político exercido pelas oligarquias</p><p>estaduais.</p><p>C) centralismo presente na Constituição então</p><p>em vigor.</p><p>D) mecanismo jurídico que impedia as fraudes</p><p>eleitorais.</p><p>E) imobilismo popular nos processos político-</p><p>eleitorais.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>55 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 181 (2013.2)</p><p>A vinda da família real deslocou definitivamente</p><p>o eixo da vida administrativa da Colônia para o</p><p>Rio de Janeiro, mudando também a fisionomia</p><p>da cidade. A presença da Corte implicava uma</p><p>alteração do acanhado cenário urbano da Colô-</p><p>nia, mas a marca do absolutismo acompanharia</p><p>a alteração.</p><p>(FAUSTO, B. História do Brasil.</p><p>São Paulo: Edusp, 1995 - fragmento)</p><p>As transformações ocorridas na cidade do Rio</p><p>de Janeiro em decorrência da presença da Cor-</p><p>te estavam limitadas à superfície das estruturas</p><p>sociais porque:</p><p>A) a pujança do desenvolvimento comercial e</p><p>industrial retirava da agricultura de exportação a</p><p>posição de atividade econômica central na Co-</p><p>lônia.</p><p>B) a expansão das atividades econômicas e o</p><p>desenvolvimento de novos hábitos conviviam</p><p>com a exploração do trabalho escravo.</p><p>C) a emergência das práticas liberais, com a</p><p>abertura dos portos, impedia uma renovação</p><p>política em prol da formação de uma sociedade</p><p>menos desigual.</p><p>D) a integração das elites políticas regionais,</p><p>sob a liderança do Rio de Janeiro, ensejava a</p><p>formação de um projeto político separatista de</p><p>cunho republicano.</p><p>E) a dinamização da economia urbana retarda-</p><p>va o letramento de mulatos e imigrantes, impor-</p><p>tante para as necessidades do trabalho na cida-</p><p>de.</p><p>Questão 182 (2014.1)</p><p>Sou uma pobre e velha mulher,</p><p>Muito ignorante, que nem sabe ler.</p><p>Mostraram-me na igreja da minha terra</p><p>Um Paraíso com harpas pintado</p><p>E o Inferno onde fervem almas danadas,</p><p>Um enche-me de júbilo, o outro me aterra.</p><p>(VILLON, F. In: GOMBRICH, E.</p><p>História da arte. Lisboa: LTC, 1999)</p><p>Os versos do poeta francês François Villon fa-</p><p>zem referência às imagens presentes nos tem-</p><p>plos católicos medievais.</p><p>Nesse contexto, as imagens eram usadas com</p><p>o objetivo de:</p><p>A) refinar o gosto dos cristãos.</p><p>B) incorporar ideais heréticos.</p><p>C) educar os fiéis através do olhar.</p><p>D) o divulgar a genialidade dos artistas católi-</p><p>cos.</p><p>E) valorizar esteticamente os templos religiosos.</p><p>Questão 183 (2014.1)</p><p>Ao deflagrar-se a crise mundial de 1929, a situ-</p><p>ação da economia cafeeira se apresentava co-</p><p>mo se segue. A produção, que se encontrava</p><p>em altos níveis, teria que seguir crescendo, pois</p><p>os produtores haviam continuado a expandir as</p><p>plantações até aquele momento. Com efeito, a</p><p>produção máxima seria alcançada em 1933, ou</p><p>seja, no ponto mais baixo da depressão, como</p><p>reflexo das grandes plantações de 1927-1928.</p><p>Entretanto, era totalmente impossível obter cré-</p><p>dito no exterior para financiar a retenção de</p><p>novos estoques, pois o mercado internacional</p><p>de capitais se encontrava em profunda depres-</p><p>são, e o crédito do governo desaparecera com a</p><p>evaporação das reservas.</p><p>(FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. São</p><p>Paulo: Cia. Editora Nacional, 1997 - adaptado)</p><p>Uma resposta do Estado brasileiro à conjuntura</p><p>econômica mencionada foi o(a):</p><p>A) atração de empresas estrangeiras.</p><p>B) reformulação do sistema fundiário.</p><p>C) incremento da mão de obra imigrante.</p><p>D) desenvolvimento de política industrial.</p><p>E) financiamento de pequenos agricultores.</p><p>Questão 184 (2014.1)</p><p>O índio era o único elemento então disponível</p><p>para ajudar o colonizador como agricultor, pes-</p><p>cador, guia, conhecedor da natureza tropical e,</p><p>para tudo isso, deveria ser tratado como gente,</p><p>ter reconhecidas sua inocência e alma na medi-</p><p>da do possível. A discussão religiosa e jurídica</p><p>em torno dos limites da liberdade dos índios se</p><p>confundiu com uma disputa entre jesuítas e</p><p>colonos. Os padres se apresentavam como</p><p>defensores da liberdade, enfrentando a cobiça</p><p>desenfreada dos colonos.</p><p>(CALDEIRA, J. A nação mercantilista.</p><p>São Paulo: Editora 34, 1999 - adaptado)</p><p>Entre os séculos XVI e XVIII, os jesuítas busca-</p><p>ram a conversão dos indígenas ao catolicismo.</p><p>Essa aproxima ção dos jesuítas em relação ao</p><p>mundo indígena foi mediada pela:</p><p>A) demarcação do território indígena.</p><p>B) manutenção da organização familiar.</p><p>C) valorização dos líderes religiosos indígenas.</p><p>D) preservação do costume das moradias cole-</p><p>tivas.</p><p>E) comunicação pela língua geral baseada no</p><p>tupi.</p><p>Questão 185 (2014.1)</p><p>Todo homem de bom juízo, depois que tiver</p><p>realizado sua viagem, reconhecerá que é um</p><p>milagre manifesto ter podido escapar de todos</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>56 novocadernoenem@gmail.com</p><p>os perigos que se apresentam em sua peregri-</p><p>nação; tanto mais que há tantos outros aciden-</p><p>tes que diariamente podem aí ocorrer que seria</p><p>coisa pavorosa àqueles que aí navegam querer</p><p>pô-los todos diante dos olhos quando querem</p><p>empreender suas viagens.</p><p>(J. P. T. Histoire de plusieurs voyages aventureux.</p><p>1600. In: DELUMEAU, J. História do medo no Oci-</p><p>dente: 1300·1800. São Paulo: Cia. das Letras, 2009)</p><p>Esse relato, associado ao imaginário das via-</p><p>gens marítimas da época moderna, expressa</p><p>um sentimento de:</p><p>A) gosto pela aventura.</p><p>B) fascínio pelo fantástico.</p><p>C) temor do desconhecido.</p><p>D) interesse pela natureza.</p><p>E) purgação dos pecados.</p><p>Questão 186 (2014.1)</p><p>TEXTO I</p><p>Olhamos o homem alheio às atividades públicas</p><p>não como alguém que cuida apenas de seus</p><p>próprios interesses, mas como um inútil; nós,</p><p>cidadãos atenienses, decidimos as questões</p><p>públicas por nós mesmos na crença de que não</p><p>é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato</p><p>de não se estar esclarecido pelo debate antes</p><p>de chegar a hora da ação.</p><p>(TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso.</p><p>Brasília: UnB, 1987 - adaptado)</p><p>TEXTO II</p><p>Um cidadão integral pode ser definido por nada</p><p>mais nada menos que pelo direito de adminis-</p><p>trar justiça e exercer funções públicas; algumas</p><p>destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo</p><p>de exercício, de tal modo</p><p>que não podem de</p><p>forma alguma ser exercidas duas vezes pela</p><p>mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois</p><p>de certos intervalos de tempo prefixados.</p><p>(ARISTÓTELES. Política. Brasílía: UnB, 1985)</p><p>Comparando os textos I e II, tanto para Tucídi-</p><p>des (no século V a.C.) quanto para Aristóteles</p><p>(no século IV a.C.), a cidadania era definida</p><p>pelo(a):</p><p>A) prestígio social.</p><p>B) acúmulo de riqueza.</p><p>C) participação política.</p><p>D) local de nascimento.</p><p>E) grupo de parentesco.</p><p>Questão 187 (2014.1)</p><p>Estatuto da Frente Negra Brasileira (FNB)</p><p>Art. 1.o - Fica fundada nesta cidade de São</p><p>Paulo, para se irradiar por todo o Brasil, a Fren-</p><p>te Negra Brasileira, união política e social da</p><p>Gente Negra Nacional, para a afirmação dos</p><p>direitos históricos da mesma, em virtude da sua</p><p>atividade material e moral no passado e para</p><p>reivindicação de seus direitos sociais e políticos,</p><p>atuais, na Comunhão Brasileira.</p><p>(Diário Oficial do Estado de São Paulo. 4 novo 1931)</p><p>Quando foi fechada pela ditadura do Estado</p><p>Novo, em 1937, a FNB caracterizava-se como</p><p>uma organização:</p><p>A) política, engajada na luta por direitos sociais</p><p>para a população negra no Brasil.</p><p>B) beneficente, dedicada ao auxílio dos negros</p><p>pobres brasileiros depois da abolição.</p><p>C) paramilitar, voltada para o alistamento de</p><p>negros na luta contra as oligarquias regionais.</p><p>D) democrático-liberal, envolvida na Revolução</p><p>Constitucionalista conduzida a partir de São</p><p>Paulo.</p><p>E) internacionalista, ligada à exaltação da iden-</p><p>tidade das populações africanas em situação de</p><p>diáspora.</p><p>Questão 188 (2014.1)</p><p>Três décadas – de 1884 a 1914 - separam o</p><p>século XIX – que terminou com a corrida dos</p><p>países europeus para a África e com o surgi-</p><p>mento dos movimentos de unificação nacional</p><p>na Europa - do século XX, que começou com a</p><p>Primeira Guerra Mundial. É o período do Impe-</p><p>rialismo, da quietude estagnante na Europa e</p><p>dos acontecimentos empolgantes na Ásia e na</p><p>África.</p><p>(ARENDT. H. As origens do totalitarismo.</p><p>São Paulo: Cia. das Letras, 2012)</p><p>O processo histórico citado contribuiu para a</p><p>eclosão da Primeira Grande Guerra na medida</p><p>em que:</p><p>A) difundiu as teorias socialistas.</p><p>B) acirrou as disputas territoriais.</p><p>C) superou as crises econômicas.</p><p>D) multiplicou os conflitos religiosos.</p><p>E) conteve os sentimentos xenófobos.</p><p>Questão 189 (2014.1)</p><p>A Comissão Nacional da Verdade (CNV) reuniu</p><p>representantes de comissões estaduais e de</p><p>várias instituições para apresentar um balanço</p><p>dos trabalhos feitos e assinar termos de coope-</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>57 novocadernoenem@gmail.com</p><p>ração com quatro organizações. O coordenador</p><p>da CNV estima que, até o momento, a comissão</p><p>examinou, "por baixo", cerca de 30 milhões de</p><p>páginas de documentos e fez centenas de en-</p><p>trevistas.</p><p>(Disponível em: www.jb.com.br.</p><p>Acesso em: 2 mar. 2013 - adaptado)</p><p>A notícia descreve uma iniciativa do Estado que</p><p>resultou da ação de diversos movimentos soci-</p><p>ais no Brasil diante de eventos ocorridos entre</p><p>1964 e 1988. O objetivo dessa iniciativa é:</p><p>A) anular a anistia concedida aos chefes milita-</p><p>res.</p><p>B) rever as condenações judiciais aos presos</p><p>políticos.</p><p>C) perdoar os crimes atribuídos aos militantes</p><p>esquerdistas.</p><p>D) comprovar o apoio da sociedade aos golpis-</p><p>tas anticomunistas.</p><p>E) esclarecer as circunstâncias de violações aos</p><p>direitos humanos.</p><p>Questão 190 (2014.1)</p><p>Em 1879, cerca de cinco mil pessoas reuniram-</p><p>se para solicitar a D. Pedro II a revogação de</p><p>uma taxa de 20 réis, um vintém, sobre o trans-</p><p>porte urbano. O vintém era a moeda de menor</p><p>valor da época. A polícia não permitiu que a</p><p>multidão se aproximasse do palácio. Ao grito de</p><p>“Fora o vintém!”, os manifestantes espancaram</p><p>condutores, esfaquearam mulas, viraram bon-</p><p>des e arrancaram trilhos. Um oficial ordenou</p><p>fogo contra a multidão. As estatísticas de mor-</p><p>tos e feridos são imprecisas, Muitos interesses</p><p>se fundiram nessa revolta, de grandes e de</p><p>políticos, de gente miúda e de simples cidadãos.</p><p>Desmoralizado, o ministério caiu. Uma grande</p><p>explosão social, detonada por um pobre vintém.</p><p>(Disponível em: www.revistadehistoria.com.br.</p><p>Acesso em: 4 abro 2014 - adaptado)</p><p>A leitura do trecho indica que a coibição violenta</p><p>das manifestações representou uma tentativa</p><p>de:</p><p>A) capturar os ativistas radicais.</p><p>B) proteger o patrimônio privado.</p><p>C) salvaguardar o espaço público.</p><p>D) conservar o exercício do poder.</p><p>E) sustentar o regime democrático.</p><p>Questão 191 (2014.1)</p><p>O problema central a ser resolvido pelo Novo</p><p>Regime era a organização de outro pacto de</p><p>poder que pudesse substituir o arranjo imperial</p><p>com grau suficiente de estabilidade. O próprio</p><p>presidente Campos Sales resumiu claramente</p><p>seu objetivo: “É de lá, dos estados, que se go-</p><p>verna a República, por cima das multidões que</p><p>tumultuam agitadas nas ruas da capital da Uni-</p><p>ão. A política dos estados é a política nacional”.</p><p>(CARVALHO. J. M. Os Bestializados:</p><p>o Rio de Janeiro e a República que não foi.</p><p>São Paulo: Companhia das Letras, 1987 - adaptado)</p><p>Nessa citação, o presidente do Brasil no período</p><p>expressa uma estratégia política no sentido de:</p><p>A) governar com a adesão popular.</p><p>B) atrair o apoio das oligarquias regionais.</p><p>C) conferir maior autonomia às prefeituras.</p><p>D) democratizar o poder do governo central.</p><p>E) ampliar a influência da capital no cenário</p><p>nacional.</p><p>Questão 192 (2014.1)</p><p>TEXTO I</p><p>O presidente do jornal de maior circulação do</p><p>país destacava também os avanços econômicos</p><p>obtidos naqueles vinte anos, mas, ao justificar</p><p>sua adesão aos militares em 1964, deixava</p><p>clara sua crença de que a intervenção fora im-</p><p>prescindível para a manutenção da democracia.</p><p>(Disponível em: http://oglobo.globo.com.</p><p>Acesso em: 1 set. 2013 - adaptado)</p><p>TEXTO II</p><p>Nada pode ser colocado em compensação à</p><p>perda das liberdades individuais. Não existe</p><p>nada de bom quando se aceita uma solução</p><p>autoritária.</p><p>(FICO, C. A educação e o golpe de 1964. Disponível</p><p>em: www.brasilrecente.com.Acesso em: 4 abro 2014)</p><p>Embora enfatizem a defesa da democracia, as</p><p>visões do movimento político-militar de 1964</p><p>divergem ao focarem, respectivamente:</p><p>A) Razões de Estado – Soberania popular.</p><p>B) Ordenação da Nação – Prerrogativas religio-</p><p>sas.</p><p>C) Imposição das Forças Armadas – Deveres</p><p>sociais.</p><p>D) Normatização do Poder Judiciário – Regras</p><p>morais.</p><p>E) Contestação do sistema de governo – Tradi-</p><p>ções culturais.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>58 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 193 (2014.1)</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>59 novocadernoenem@gmail.com</p><p>A partir da análise da imagem anterior, o aparecimento da Dorsal Mesoatlântica está associada ao(à):</p><p>A) separação da Pangeia a partir do período Permiano.</p><p>B) deslocamento de fraturas no período Triássico.</p><p>C) afastamento da Europa no período Jurássico.</p><p>D) formação do Atlântico Sul no período Cretáceo.</p><p>E) constituição de orogêneses no período Quaternário.</p><p>Questão 194 (2014.1)</p><p>Em 1961, o presidente De Gaulle apelou com</p><p>êxito aos recrutas franceses contra o golpe mili-</p><p>tar dos seus comandados, porque os soldados</p><p>podiam ouvi-lo em rádios portáteis. Na década</p><p>de 1970, os discursos do aiatolá Khomeini, líder</p><p>exilado da futura Revolução Iraniana, eram gra-</p><p>vados em fita magnética e prontamente levados</p><p>para o Irã, copiados e difundidos.</p><p>(HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século</p><p>XX (1914-1991). São Paulo: Cia. das Letras, 1995)</p><p>Os exemplos mencionados no texto evidenciam</p><p>um uso dos meios de comunicação identificado</p><p>na:</p><p>A) manipulação da vontade popular.</p><p>B) promoção da mobilização política.</p><p>C) insubordinação das tropas multares.</p><p>D) implantação de governos autoritários.</p><p>E) valorização dos socialmente desfavorecidos.</p><p>Questão 195 (2014.1)</p><p>A transferência da corte trouxe para a América</p><p>portuguesa a família real e o governo da Metró-</p><p>pole. Trouxe também, e sobretudo, boa parte do</p><p>aparato</p><p>E) direcionou parte do capital gerado pela cafei-</p><p>cultura para a industrialização, aproveitando a</p><p>recessão europeia e norte-americana.</p><p>Questão 11 (2009.1)</p><p>Por volta de 1880, com o progresso de uma</p><p>economia primária e de exportação, consolidou-</p><p>se em quase toda a América Latina um novo</p><p>pacto colonial que substituiu aquele imposto por</p><p>Espanha e Portugal. No mesmo momento em</p><p>que se afirmou, o novo pacto colonial começou</p><p>a se modificar em sentido favorável à metrópole.</p><p>A crescente complexidade das atividades liga-</p><p>das aos transportes e às trocas comerciais mul-</p><p>tiplicou a presença dessas economias metropo-</p><p>litanas em toda a área da América Latina: as</p><p>ferrovias, as instalações frigoríficas, os silos e</p><p>as usinas, em proporções diversas conforme a</p><p>região, tornaram-se ilhas econômicas estrangei-</p><p>ras em zonas periféricas.</p><p>(DONGHI, T.H. História da América Latina. 2.ª ed.</p><p>Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005 - adaptado)</p><p>De acordo com o texto, o pacto colonial imposto</p><p>por Espanha e Portugal a quase toda a América</p><p>Latina foi substituído em função:</p><p>A) das ilhas de desenvolvimento instaladas nas</p><p>periferias das grandes cidades.</p><p>B) da restauração, por volta de 1880, do pacto</p><p>colonial entre a América Latina e as antigas</p><p>metrópoles.</p><p>C) do domínio, em novos termos, do capital</p><p>estrangeiro sobre a economia periférica, a Amé-</p><p>rica Latina.</p><p>D) das ferrovias, frigoríficos, silos e usinas insta-</p><p>ladas em benefício do desenvolvimento integra-</p><p>do e homogêneo da América Latina.</p><p>E) do comércio e da implantação de redes de</p><p>transporte, que são instrumentos de fortaleci-</p><p>mento do capital nacional frente ao estrangeiro.</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>5 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 12 (2009.1)</p><p>Quando tomaram a Bahia, em 1624-5, os ho-</p><p>landeses promoveram também o bloqueio naval</p><p>de Benguela e Luanda, na costa africana. Em</p><p>1637, Nassau enviou uma frota do Recife para</p><p>capturar São Jorge da Mina, entreposto portu-</p><p>guês de comércio do ouro e de escravos no</p><p>litoral africano (atual Gana). Luanda, Benguela e</p><p>São Tomé caíram nas mãos dos holandeses</p><p>entre agosto e novembro de 1641. A captura</p><p>dos dois polos da economia de plantações mos-</p><p>trava-se indispensável para o implemento da</p><p>atividade açucareira.</p><p>(ALENCASTRO, L.F. Com quantos escravos se cons-</p><p>trói um pais? Rio de Janeiro, dez. 08 - adaptado)</p><p>Os polos econômicos aos quais se refere o tex-</p><p>to são:</p><p>A) as zonas comerciais americanas e as zonas</p><p>agrícolas africanas.</p><p>B) as zonas comerciais africanas e as zonas de</p><p>transformação e melhoramento americanas.</p><p>C) as zonas de minifúndios americanas e as</p><p>zonas comerciais africanas.</p><p>D) as zonas manufatureiras americanas e as</p><p>zonas de entreposto africano no caminho para</p><p>Europa.</p><p>E) as zonas produtoras escravistas americanas</p><p>e as zonas africanas reprodutoras de escravos.</p><p>Questão 13 (2009.1)</p><p>João de Deus levanta-se indignado. Vai até a</p><p>janela e fica olhando para fora. Ali na frente está</p><p>a Panificadora Italiana, de Gamba & Filho. On-</p><p>tem era uma casinhola de porta e janela, com</p><p>um letreiro torto e errado: “Padaria Nápole”.</p><p>Hoje é uma fábrica... João de Deus olha e re-</p><p>corda... Quando Vittorio Gamba chegou da Itália</p><p>com uma trouxa de roupa, a mulher e um filho</p><p>pequeno, os Albuquerques eram donos de qua-</p><p>se todas as casas do quarteirão. [...] O tempo</p><p>passou. Os negócios pioraram. A herança não</p><p>era o que se esperava. Com o correr dos anos</p><p>os herdeiros foram hipotecando as casas. Ven-</p><p>ciam-se as hipotecas, não havia dinheiro para</p><p>resgatá-Ias: as propriedades, então, iam pas-</p><p>sando para as mãos dos Gambas, que prospe-</p><p>ravam.</p><p>(VERÍSSIMO, É. Música ao longe.</p><p>Porto Alegre: Globo, 1974 - adaptado)</p><p>O texto foi escrito no início da década de 1930 e</p><p>revela, por meio das recordações do persona-</p><p>gem, características sócio-históricas desse pe-</p><p>ríodo, as quais remetem:</p><p>A) à ascensão de uma burguesia de origem</p><p>italiana.</p><p>B) ao início da imigração italiana e alemã, no</p><p>Brasil, a partir da segunda metade do século.</p><p>C) ao modo como os imigrantes italianos impu-</p><p>seram, no Brasil, seus costumes e hábitos.</p><p>D) à luta dos imigrantes italianos pela posse da</p><p>terra e pela busca de interação com o povo</p><p>brasileiro.</p><p>E) às condições socioeconômicas favoráveis</p><p>encontradas pelos imigrantes italianos no início</p><p>do século.</p><p>Questão 14 (2009.1)</p><p>Desde o início da colonização, a Amazônia bra-</p><p>sileira tem sido alvo de ação sistemática de</p><p>extração de riquezas, que se configurou em</p><p>diferentes modos de produção e de organização</p><p>social e política [...]. Se a Amazônia dos rios foi</p><p>o padrão que marcou mais de quatro séculos de</p><p>ocupação europeia, a coisa começa a mudar de</p><p>figura nas três últimas décadas do século XX.</p><p>(SAYAGO, D.; TOURRAND, J.F.; BURSZTYN, M.</p><p>(Org.). Amazônia: cenas e cenários. DF: UnB, 04)</p><p>Entre as transformações ocorridas na Amazônia</p><p>brasileira, nas três últimas décadas, destaca-se:</p><p>A) a estatização das empresas privadas como</p><p>garantia do monopólio da exploração dos recur-</p><p>sos minerais pelo poder público.</p><p>B) o interesse geopolítico de controle da frontei-</p><p>ra, o que representou maior integração da regi-</p><p>ão com o restante do país, por meio da presen-</p><p>ça militar.</p><p>C) a reorganização do espaço agrário em mini-</p><p>fúndios, valorizando-se o desenvolvimento da</p><p>agricultura familiar e o desenvolvimento das</p><p>cidades.</p><p>D) a modernização tecnológica do modo de</p><p>produção agrícola para o aumento da produção</p><p>da borracha e escoamento da produção pelas</p><p>estradas.</p><p>E) a implantação de zona franca nas fronteiras</p><p>internacionais, a exemplo da Guiana Francesa e</p><p>Venezuela.</p><p>Questão 15 (2009.1)</p><p>Texto 1</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>6 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Texto 2</p><p>A Constituição Federal no título VII da Ordem</p><p>Social, em seu Capítulo VII, Art. 226, § 70, diz:</p><p>“Fundado nos princípios da dignidade da pes-</p><p>soa humana e da paternidade responsável, o</p><p>planejamento familiar é livre decisão do casal,</p><p>competindo ao Estado propiciar recursos edu-</p><p>cacionais e científicos para o exercício deste</p><p>direito, vedada qualquer forma coercitiva por</p><p>parte de instituições oficiais ou privadas”.</p><p>(Disponível em: .</p><p>Acesso em: 21 set. 2008)</p><p>A comparação entre o tratamento dado ao tema</p><p>do planejamento familiar pela charge de Henfil e</p><p>pelo trecho do texto da Constituição Federal</p><p>mostra que:</p><p>A) a charge ilustra o trecho da Constituição Fe-</p><p>deral sobre o planejamento familiar.</p><p>B) a charge e o trecho da Constituição Federal</p><p>mostram a mesma temática sob pontos de vista</p><p>diferentes.</p><p>C) a charge complementa as informações sobre</p><p>planejamento familiar contidas no texto da</p><p>Constituição Federal.</p><p>D) o texto da charge e o texto da Constituição</p><p>Federal tratam de duas realidades sociais distin-</p><p>tas, financiadas por recursos públicos.</p><p>E) os temas de ambos são diferentes, pois o</p><p>desenho da charge representa crianças consci-</p><p>entes e o texto defende o controle da natalida-</p><p>de.</p><p>Questão 16 (2009.1)</p><p>Para uns, a Idade Média foi uma época de tre-</p><p>vas, pestes, fome, guerras sanguinárias, su-</p><p>perstições, crueldade. Para outros, uma época</p><p>de bons cavaleiros, damas corteses, fadas,</p><p>guerras honradas, torneios, grandes ideais. Ou</p><p>seja, uma Idade Média “má” e uma Idade Média</p><p>“boa”.</p><p>Tal disparidade de apreciações com relação a</p><p>esse período da História</p><p>administrativo português. Personalida-</p><p>des diversas e funcionários régios continuaram</p><p>embarcando para o Brasil atrás da corte, dos</p><p>seus empregos e dos seus parentes após o ano</p><p>de 1808.</p><p>(NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L F.</p><p>História da vida privada no Brasil.</p><p>São Paulo: Cia, das Letras, 1997)</p><p>Os fatos apresentados se relacionam ao pro-</p><p>cesso de independência da América portuguesa</p><p>por terem a:</p><p>A) incentivado o clamor popular por liberdade.</p><p>B) enfraquecido o pacto de dominação metropo-</p><p>litana.</p><p>C) motivado as revoltas escravas contra a elite</p><p>colonial.</p><p>D) obtido o apoio do grupo constitucionalista</p><p>português.</p><p>E) provocado os movimentos separatistas das</p><p>províncias.</p><p>Questão 196 (2014.1)</p><p>Respeitar a diversidade de circunstâncias entre</p><p>as pequenas sociedades locais que constituem</p><p>uma mesma nacionalidade, tal deve ser a regra</p><p>suprema das leis internas de cada Estado. As</p><p>leis municipais seriam as cartas de cada povoa-</p><p>ção doadas pela assembleia provincial, alarga-</p><p>das conforme o seu desenvolvimento, alteradas</p><p>segundo os conselhos da experiência. Então,</p><p>administrar-se-ia de perto, governar-se-ia de</p><p>longe, alvo a que jamais se atingirá de outra</p><p>sorte.</p><p>(BASTOS, T. A província (1870). São Paulo:</p><p>Cia, Editora Nacional, 1937 - adaptado)</p><p>O discurso do autor, no período do Segundo</p><p>Reinado no Brasil, tinha como meta a implanta-</p><p>ção do:</p><p>A) regime monárquico representativo.</p><p>B) sistema educacional democrático.</p><p>C) modelo territorial federalista.</p><p>D) padrão político autoritário.</p><p>E) poder oligárquico regional.</p><p>Questão 197 (2014.1)</p><p>De volta do Paraguai</p><p>Cheio de glória, coberto de louros, depois de ter</p><p>derramado seu sangue em defesa da pátria e</p><p>libertado um povo da escravidão, o voluntário</p><p>volta ao seu país natal para ver sua mãe amar-</p><p>rada a um tronco horrível de realidade!...</p><p>(AGOSTINI. A vida ftuminense, ano 3, n. 128, 11 jun.</p><p>1870. Rio de Janeiro: Letras & Expressões, 2001)</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>60 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Na charge, identifica-se uma contradição no</p><p>retorno de parte dos “Voluntários da Pátria” que</p><p>lutaram na Guerra do Paraguai (1864-1870),</p><p>evidenciada na:</p><p>A) negação da cidadania aos familiares cativos.</p><p>B) concessão de alforrias aos militares escra-</p><p>vos.</p><p>C) perseguição dos escravistas aos soldados</p><p>negros.</p><p>D) punição dos feitores aos recrutados compul-</p><p>soriamente.</p><p>E) suspensão das indenizações aos proprietá-</p><p>rios prejudicados.</p><p>Questão 198 (2014.1)</p><p>A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que co-</p><p>meça a ser construída apenas em 1905, foi</p><p>criada, ao contrário das outras grandes ferrovias</p><p>paulistas, para ser uma ferrovia de penetração,</p><p>buscando novas áreas para a agricultura e po-</p><p>voamento. Até 1890, o café era quem ditava o</p><p>traçado das ferrovias, que eram vistas apenas</p><p>como auxiliadoras da produção cafeeira.</p><p>(CARVALHO, F. Café, ferrovias e crescimento.</p><p>Disponível em: www.historica.arquivoestado.sp.br.</p><p>Acesso em: 2 ago. 2012)</p><p>Essa nova orientação dada à expansão ferroviá-</p><p>ria, durante a Primeira República, tinha como</p><p>objetivo a:</p><p>A) a articulação de polos produtores para expor-</p><p>tação.</p><p>B) criação de infraestrutura para atividade in-</p><p>dustrial.</p><p>C) integração de pequenas propriedades poli-</p><p>cultoras.</p><p>D) valorização de regiões de baixa densidade</p><p>demográfica.</p><p>E) promoção de fluxos migratórios do campo</p><p>para a cidade.</p><p>Questão 199 (2014.2)</p><p>As relações do Estado brasileiro com o movi-</p><p>mento operário e sindical, bem como as políti-</p><p>cas públicas voltadas para as questões sociais</p><p>durante o primeiro governo da Era Vargas</p><p>(1930-1945), são temas amplamente estudados</p><p>pela academia brasileira em seus vários aspec-</p><p>tos. São também os temas mais lembrados pela</p><p>sociedade quando se pensa no legado varguis-</p><p>ta.</p><p>(D’ ARAÚJO, M. C. Estado, classe trabalhadora e</p><p>políticas sociais. O tempo do nacional-estatismo.</p><p>Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007)</p><p>Durante o governo de Getúlio Vargas, foram</p><p>desenvolvidas ações de cunho social, dentre as</p><p>quais se destaca a:</p><p>A) disseminação de organizações paramilitares</p><p>inspiradas nos regimes fascistas europeus.</p><p>B) aprovação de normas que buscavam garantir</p><p>a posse das terras aos pequenos agricultores.</p><p>C) criação de um conjunto de leis trabalhistas</p><p>associadas ao controle das representações</p><p>sindicais.</p><p>D) implementação de um sistema de previdên-</p><p>cia e seguridade para atender aos trabalhadores</p><p>rurais.</p><p>E) implantação de associações civis como uma</p><p>estratégia para aproximar as classes médias e o</p><p>governo.</p><p>Questão 200 (2014.2)</p><p>TEXTO I</p><p>Deputado (definição do século XVIII):</p><p>Substant. Aquele a quem se deu alguma comis-</p><p>são de jurisdição, ou conhecimento. Mandado</p><p>da parte de alguma República, ou soberano. O</p><p>que tem comissão do ministro próprio.</p><p>(SILVA, & M. Diccionario da língua portugueza. Lis-</p><p>boa: Officina de Simão Thaddeo Ferreira, 1789)</p><p>TEXTO II</p><p>Deputado (definição do século XXI):</p><p>[...]</p><p>4. Aquele que representa os interesses de ou-</p><p>trem em reuniões e decisões oficiais.</p><p>5. Aquele que é eleito para legislar e represen-</p><p>tar os interesses dos cidadãos.</p><p>6. Aquele que é comissionado para tratar dos</p><p>negócios alheios.</p><p>(AULETE, C. Minidicionário contemporâneo da língua</p><p>portuguesa. São Paulo: Lexikon. 2010 - adaptado)</p><p>A mudança mais significativa no sentido da pa-</p><p>lavra “deputado”, entre o século XVIII e os dias</p><p>de hoje, dá-se pelo(a):</p><p>A) aumento na importância como representação</p><p>política dos cidadãos.</p><p>B) crescente participação dos funcionários no</p><p>poder do Estado.</p><p>C) incentivo à intermediação dos interesses de</p><p>particulares.</p><p>D) criação de diversas pequenas cidades-</p><p>repúblicas.</p><p>E) diminuição do poder das assembleias.</p><p>Questão 201 (2014.2)</p><p>A mitologia comparada surge no século XVIII.</p><p>Essa tendência influenciou o escritor cearense</p><p>José de Alencar, que, inspirado pelo estilo da</p><p>epopeia homérica na Ilíada, propõe em Iracema</p><p>uma espécie de mito fundador do povo brasilei-</p><p>ro. Assim como a Ilíada vincula a constituição</p><p>do povo helênico à Guerra de Troia, deflagrada</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>61 novocadernoenem@gmail.com</p><p>pelo romance proibido de Helena e Páris, Ira-</p><p>cema vincula a formação do povo brasileiro aos</p><p>conflitos entre índios e colonizadores, atraves-</p><p>sados pelo amor proibido entre uma índia —</p><p>Iracema — e o colonizador português Marfim</p><p>Soares Moreno.</p><p>(DETIENNE, M. A invenção da mitologia. Rio de</p><p>Janeiro: José Olympio, 1998 - adaptado)</p><p>A comparação estabelecida entre a Ilíada e</p><p>Iracema demonstra que essas obras:</p><p>A) combinam folclore e cultura erudita em seus</p><p>estilos estéticos.</p><p>B) articulam resistência e opressão em seus</p><p>gêneros literários.</p><p>C) associam história e mito em suas constru-</p><p>ções identitárias.</p><p>D) refletem pacifismo e belicismo em suas esco-</p><p>lhas ideológicas.</p><p>E) traduzem revolta e conformismo em seus</p><p>padrões alegóricos.</p><p>Questão 202 (2014.2)</p><p>TEXTO I</p><p>Abaporu</p><p>TEXTO II</p><p>Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um pre-</p><p>sente de aniversário especial ao seu marido,</p><p>Oswaldo de Andrade. Pintou o Abaporu. Eles</p><p>acharam que parecia uma figura indígena, an-</p><p>tropófaga, e Tarsila lembrou0se do dicionário</p><p>tupi-guarani de seu pai. Batizou-se o quadro</p><p>Abaporu, que significa homem que come carne</p><p>humana, o antropófago. E Oswald escreveu o</p><p>Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento</p><p>Antropofágico.</p><p>O movimento originado da obra Abaporu pre-</p><p>tendia se apropriar:</p><p>A) da cultura europeia, para originar algo brasi-</p><p>leiro.</p><p>B) da arte clássica, para copiar o seu ideal de</p><p>beleza.</p><p>C) do ideário republicano, para celebrar a mo-</p><p>dernidade.</p><p>D) das técnicas artísticas nativas, para consa-</p><p>grar sua tradição.</p><p>E) da herança colonial brasileira, para preservar</p><p>sua identidade.</p><p>Questão 203 (2014.2)</p><p>Áreas em estabelecimento de atividades eco-</p><p>nômicas sempre se colocaram como grande</p><p>chamariz. Foi assim no litoral nordestino, no</p><p>início da colonização, com o pau-brasil, a cana-</p><p>de-açúcar, o fumo, as produções de</p><p>alimentos e</p><p>o comércio. O enriquecimento rápido exacerbou</p><p>o espírito de aventura do homem moderno.</p><p>(FARIAS, S. C. A Colônia em movimento. Rio de</p><p>Janeiro: Nova Fronteira, 1998 - adaptado)</p><p>O processo descrito no texto trouxe como efeito</p><p>o(a):</p><p>A) acumulação de capitais na Colônia, propici-</p><p>ando a criação de um ambiente intelectual efer-</p><p>vescente.</p><p>B) surgimento de grandes cidades coloniais,</p><p>voltadas para o comércio e com grande concen-</p><p>tração monetária.</p><p>C) concentração da população na região litorâ-</p><p>nea, pela facilidade de escoamento da produ-</p><p>ção.</p><p>D) favorecimento dos naturais da Colônia na</p><p>concessão de títulos de nobreza e fidalguia pela</p><p>Monarquia.</p><p>E) construção de relações de trabalho menos</p><p>desiguais que as da Metrópole, inspiradas pelo</p><p>empreendedorismo.</p><p>Questão 204 (2014.2)</p><p>Em dezembro de 1945, começou uma greve de</p><p>dois meses no principal porto da África Ociden-</p><p>tal Francesa, Dacar. As autoridades só conse-</p><p>guiram levar os grevistas de volta ao trabalho</p><p>com grandes aumentos de salário e, o que é</p><p>ainda mais importante, pondo em prática todo o</p><p>aparato de relações industriais usado na França</p><p>– em resumo, agindo como se os grevistas fos-</p><p>sem modernos operários industriais.</p><p>(COOPER, F.; HOLT, T.; SCOTT. R. Além da escra-</p><p>vidão. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005 )</p><p>Durante o neocolonialismo, o trabalho forçado –</p><p>que não se confunde com a escravidão – foi</p><p>uma constante em diversas regiões do continen-</p><p>te africano até o século XX. De acordo com o</p><p>texto, sua superação deriva da:</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>62 novocadernoenem@gmail.com</p><p>A) crítica moral da intelectualidade metropolita-</p><p>na.</p><p>B) pressão articulada dos organismos multilate-</p><p>rais.</p><p>C) resistência organizada dos trabalhadores</p><p>nativos.</p><p>D) concessão pessoal dos empresários imperia-</p><p>listas.</p><p>E) baixa lucratividade dos empreendimentos</p><p>capitalistas.</p><p>Questão 205 (2014.2)</p><p>Os escravos, obviamente, dispunham de pou-</p><p>cos recursos políticos, mas não desconheciam o</p><p>que se passava no mundo dos poderosos.</p><p>Aproveitaram-se das divisões entre estes, sele-</p><p>cionaram temas que lhes interessavam do ideá-</p><p>rio liberal e anticolonial, traduziram e empresta-</p><p>ram significados próprios às reformas operadas</p><p>no escravismo brasileiro ao longo do século</p><p>XIX.</p><p>(REIS, J. J. Nos achamos em campo a tratar da liber-</p><p>dade: a resistência negra no Brasil oitocentista. Via-</p><p>gem incompleta. São Paulo: Senac, 1999)</p><p>Ao longo do século XIX, os negros escravizados</p><p>construíram variadas formas para resistir à es-</p><p>cravidão no Brasil. A estratégia de luta citada no</p><p>texto baseava-se no aproveitamento das:</p><p>A) estruturas urbanas como ambiente para es-</p><p>capar do cativeiro.</p><p>B) dimensões territoriais como elemento para</p><p>facilitar as fugas.</p><p>C) limitações econômicas como pressão para o</p><p>fim do escravismo.</p><p>D) contradições políticas como brecha para a</p><p>conquista da liberdade.</p><p>E) ideologias originárias como artifício para res-</p><p>gatar as raízes africanas.</p><p>Questão 206 (2014.2)</p><p>Passada a festa da abolição, os ex-escravos</p><p>procuraram distanciar-se do passado de escra-</p><p>vidão, negando-se a se comportar como antigos</p><p>cativos. Em diversos engenhos do Nordeste,</p><p>negaram-se a receber a ração diária e a traba-</p><p>lhar sem remuneração. Quando decidiram ficar,</p><p>isso não significou que concordassem em se</p><p>submeter às mesmas condições de trabalho do</p><p>regime anterior.</p><p>(FRAGA, W; ALBUQUERQUE, W. R. Uma história da</p><p>cultura afro-brasileira. São Paulo: Moderna, 2009)</p><p>Segundo o texto, os primeiros anos após a abo-</p><p>lição da escravidão no Brasil tiveram como ca-</p><p>racterística o(a):</p><p>A) caráter organizativo do movimento negro.</p><p>B) equiparação racial no mercado de trabalho.</p><p>C) busca pelo reconhecimento do exercício da</p><p>cidadania.</p><p>D) estabelecimento do salário mínimo por proje-</p><p>to legislativo.</p><p>E) entusiasmo com a extinção das péssimas</p><p>condições de trabalho.</p><p>Questão 207 (2014.2)</p><p>Veneza, emergindo obscuramente ao longo do</p><p>início da Idade Média das águas às quais devia</p><p>sua imunidade a ataques, era nominalmente</p><p>submetida ao Império Bizantino, mas, na práti-</p><p>ca, era uma cidade-estado independente na</p><p>altura do século X. Veneza era única na cristan-</p><p>dade por ser uma comunidade comercial: "Essa</p><p>gente não lavra, semeia ou colhe uvas", como</p><p>um surpreso observador do século XI constatou.</p><p>Comerciantes venezianos puderam negociar</p><p>termos favoráveis para comerciar com Constan-</p><p>tinopla, mas também se relacionaram com mer-</p><p>cadores do islã.</p><p>(FLETCHER, R. A cruz e o crescente.</p><p>Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004)</p><p>A expansão das atividades de trocas na Baixa</p><p>Idade Média, dinamizadas por centros como</p><p>Veneza, reflete o(a):</p><p>A) importância das cidades comerciais.</p><p>B) integração entre a cidade e o campo.</p><p>C) dinamismo econômico da Igreja cristã.</p><p>D) controle da atividade comercial pela nobreza</p><p>feudal.</p><p>E) ação reguladora dos imperadores durante as</p><p>trocas comerciais.</p><p>Questão 208 (2014.2)</p><p>TEXTO I</p><p>O príncipe D. João VI podia ter decidido ficar em</p><p>Portugal. Nesse caso, o Brasil com certeza não</p><p>existiria. A Colônia se fragmentaria, como se</p><p>fragmentou a parte espanhola da América. Terí-</p><p>amos, em vez do Brasil de hoje, cinco ou seis</p><p>países distintos. (José Murilo de Carvalho)</p><p>TEXTO II</p><p>Há no Brasil uma insistência em reforçar o lu-</p><p>gar-comum segundo o qual foi D. João VI o</p><p>responsável pela unidade do país. Isso não é</p><p>verdade. A unidade do Brasil foi construída ao</p><p>longo do tempo e é, antes de tudo, uma fabrica-</p><p>ção da Coroa. A ideia de que era preciso forta-</p><p>lecer um Império com os territórios de Portugal</p><p>e Brasil começou já no século XVIII. (Evaldo</p><p>Cabral de MeIlo)</p><p>(1808 – O primeiro ano do resto de nossas vidas.</p><p>Folha de S. Paulo, 25 nov. 2007 - adaptado)</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>63 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Em 2008, foi comemorado o bicentenário da</p><p>chegada da família real portuguesa ao Brasil.</p><p>Nos textos, dois importantes historiadores brasi-</p><p>leiros se posicionam diante de um dos possíveis</p><p>legados desse episódio para a história do país.</p><p>O legado discutido e um argumento que susten-</p><p>ta a diferença do primeiro ponto de vista para o</p><p>segundo estão associados, respectivamente,</p><p>em:</p><p>A) Integridade territorial – Centralização da ad-</p><p>ministração régia na Corte.</p><p>B) Desigualdade social – Concentração da pro-</p><p>priedade fundiária no campo.</p><p>C) Homogeneidade intelectual – Difusão das</p><p>ideias liberais nas universidades.</p><p>D) Uniformidade cultural – Manutenção da men-</p><p>talidade escravista nas fazendas.</p><p>E) Continuidade espacial – Cooptação dos mo-</p><p>vimentos separatistas nas províncias.</p><p>Questão 209 (2014.2)</p><p>Quando Deus confundiu as línguas na torre de</p><p>Babel, ponderou Filo Hebreu que todos ficaram</p><p>mudos e surdos, porque, ainda que todos falas-</p><p>sem e todos ouvissem, nenhum entendia o ou-</p><p>tro. Na antiga Babel, houve setenta e duas lín-</p><p>guas; na Babel do rio das Amazonas, já se co-</p><p>nhecem mais de cento e cinquenta. E assim,</p><p>quando lá chegamos, todos nós somos mudos e</p><p>todos eles, surdos. Vede agora quanto estudo e</p><p>quanto trabalho serão necessários para que</p><p>esses mudos falem e esses surdos ouçam.</p><p>(VIEIRA, A. Sermões pregados no Brasil. In: RODRI-</p><p>GUES. J. H. História viva. São Paulo: Global, 1985)</p><p>No decorrer da colonização portuguesa na Amé-</p><p>rica, as tentativas de resolução do problema</p><p>apontado pelo padre Antônio Vieira resultaram</p><p>na:</p><p>A) ampliação da violência nas guerras intertri-</p><p>bais.</p><p>B) desistência da evangelização dos povos nati-</p><p>vos.</p><p>C) indiferença dos jesuítas em relação à diver-</p><p>sidade de línguas americanas.</p><p>D) pressão da Metrópole pelo abandono da</p><p>catequese nas regiões de difícil acesso.</p><p>E) sistematização das línguas nativas numa</p><p>estrutura gramatical facilitadora da catequese.</p><p>Questão 210 (2014.2)</p><p>Em busca de matérias-primas e de mercados</p><p>por causa da acelerada industrialização, os</p><p>europeus retalharam entre si a</p><p>África. Mais do</p><p>que alegações econômicas, havia justificativas</p><p>políticas, científicas, ideológicas e até filantrópi-</p><p>cas. O rei belga Leopoldo lI defendia o trabalho</p><p>missionário e a civilização dos nativos do Con-</p><p>go, argumento desmascarado pelas atrocidades</p><p>praticadas contra a população.</p><p>(NASCIMENTO, C. Partilha da África: o assombro do</p><p>continente mutilado. Revista de História da Biblioteca</p><p>Nacional, ano 7, n. 75, dez. 2011 - adaptado)</p><p>A atuação dos países europeus contribuiu para</p><p>que a África – entre 1880 e 1914 – se transfor-</p><p>masse em uma espécie de grande “colcha de</p><p>retalhos”. Esse processo foi motivado pelo(a):</p><p>A) busca de acesso à infraestrutura energética</p><p>dos países africanos.</p><p>B) tentativa de regulação da atividade comercial</p><p>com os países africanos.</p><p>C) resgate humanitário das populações africa-</p><p>nas em situação de extrema pobreza.</p><p>D) domínio sobre os recursos considerados</p><p>estratégicos para o fortalecimento das nações</p><p>europeias.</p><p>E) necessidade de expandir as fronteiras cultu-</p><p>rais da Europa pelo contato com outras civiliza-</p><p>ções.</p><p>Questão 211 (2014.2)</p><p>Os holandeses desembarcaram em Pernambu-</p><p>co no ano de 1630, em nome da Companhia</p><p>das Índias Ocidentais (WIC), e foram aos pou-</p><p>cos ocupando a costa que ia da foz do Rio São</p><p>Francisco ao Maranhão, no atual Nordeste bra-</p><p>sileiro. Eles chegaram ao ponto de destruir</p><p>Olinda, antiga sede da capitania de Duarte Coe-</p><p>lho, para erguer no Recife uma pequena Ams-</p><p>terdã.</p><p>(NASCIMENTO, R. L. X. A toque de caixas.</p><p>História da Biblioteca Nacional, jul. 2011)</p><p>Do ponto de vista econômico, as razões que</p><p>levaram os holandeses a invadirem o nordeste</p><p>da Colônia decorriam do fato de que essa regi-</p><p>ão:</p><p>A) era a mais importante área produtora de açú-</p><p>car na América portuguesa.</p><p>B) possuía as mais ricas matas de pau-brasil no</p><p>litoral das Américas.</p><p>C) contava com o porto mais estratégico para a</p><p>navegação no Atlântico Sul.</p><p>D) representava o principal entreposto de es-</p><p>cravos africanos para as Américas.</p><p>E) constituía um reduto de ricos comerciantes</p><p>de açúcar de origem judaica.</p><p>Questão 212 (2014.2)</p><p>Nos quadrinhos, faz-se referência a um evento</p><p>que correspondia a um dos grandes medos da</p><p>população mundial no período da Guerra Fria.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>64 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Durante esse período, a possibilidade de ocorrência desse evento era grande em função do(a)</p><p>A) acirramento da rivalidade Norte-Sul.</p><p>B) intensificação da corrida armamentista.</p><p>C) ocorrência de crises econômicas globais.</p><p>D) emergência de novas potências mundiais.</p><p>E) aprofundamento de desigualdades sociais.</p><p>Questão 213 (2014.2)</p><p>De modo geral, os logradouros de Fortaleza, até</p><p>meados do século XIX, eram conhecidos por</p><p>designações surgidas da tradição ou de funções</p><p>e edificações que lhes caracterizavam. Assim,</p><p>chamava-se Travessa da Municipalidade (atual</p><p>Guilherme Rocha) por ladear o prédio da Inten-</p><p>dência Municipal; S. Bernardo (hoje Pedro Pe-</p><p>reira) por conta de igreja homônima; Rua do</p><p>Cajueiro (atual Pedro Borges) por abrigar uma</p><p>das mais antigas e populares árvores da capital.</p><p>Já a Praça José de Alencar, na década de</p><p>1850, era popularmente designada por Praça do</p><p>Patrocínio, pois em seu lado norte se encontra-</p><p>va uma igreja homônima.</p><p>(SILVA FILHO, A. L. M. Fortaleza: imagens da cida-</p><p>de. Fortaleza: Museu do Ceará; Secult-CE, 2001)</p><p>Os atos de nomeação dos logradouros, analisa-</p><p>dos de uma perspectiva histórica, constituem:</p><p>A) formas de promover os nomes das autorida-</p><p>des imperiais.</p><p>B) modos oficiais e populares de produção da</p><p>memória nas cidades.</p><p>C) recursos arquitetônicos funcionais à raciona-</p><p>lização do espaço urbano.</p><p>D) maneiras de hierarquizar estratos sociais e</p><p>dividir as populações urbanas.</p><p>E) mecanismos de imposição dos itinerários</p><p>sociais e fluxos econômicos na cidade.</p><p>Questão 214 (2014.2)</p><p>Na primeira década do século XX, reformar a</p><p>cidade do Rio de Janeiro passou a ser o sinal</p><p>mais evidente da modernização que se deseja-</p><p>va promover no Brasil. O ponto culminante do</p><p>esforço de modernização se deu na gestão do</p><p>prefeito Pereira Passos, entre 1902 e 1906. “O</p><p>Rio civilizava-se” era frase célebre à época e</p><p>condensava o esforço para iluminar as vielas</p><p>escuras e esburacadas, controlar as epidemias,</p><p>destruir os cortiços e remover as camadas po-</p><p>pulares do centro da cidade.</p><p>(OLIVEIRA, L. L. Sinais de modernidade</p><p>na Era Vargas: vida literária, cinema e rádio.</p><p>Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007)</p><p>O processo de modernização mencionado no</p><p>texto trazia um paradoxo que se expressava</p><p>no(a):</p><p>A) substituição de vielas por amplas avenidas.</p><p>B) impossibilidade de se combaterem as doen-</p><p>ças tropicais.</p><p>C) ideal de civilização acompanhado de margi-</p><p>nalização.</p><p>D) sobreposição de padrões arquitetônicos in-</p><p>compatíveis.</p><p>E) projeto de cidade incompatível com a rugosi-</p><p>dade do relevo.</p><p>Questão 215 (2014.2)</p><p>Enquanto as rebeliões agitavam o país, as ten-</p><p>dências políticas no centro dirigente iam se de-</p><p>finindo. Apareciam em germe os dois grandes</p><p>partidos imperiais – o Conservador e o Liberal.</p><p>Os conservadores reuniam magistrados, buro-</p><p>cratas, uma parte dos proprietários rurais, espe-</p><p>cialmente do Rio de Janeiro, Bahia e Pernam-</p><p>buco, e os grandes comerciantes, entre os quais</p><p>muitos portugueses. Os liberais agrupavam a</p><p>pequena classe média urbana, alguns padres e</p><p>proprietários rurais de áreas menos tradicionais,</p><p>sobretudo de São Paulo, Minas e Rio Grande do</p><p>Sul.</p><p>(FAUSTO, B. História do Brasil. S Paulo: Edusp, 96)</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>65 novocadernoenem@gmail.com</p><p>No texto, o autor compara a composição das</p><p>forças políticas que atuaram no Segundo Rei-</p><p>nado (1840-1889). Dois aspectos que caracteri-</p><p>zam os partidos Conservador e Liberal estão</p><p>indicados, respectivamente, em:</p><p>A) Abolição da escravidão – Adoção do trabalho</p><p>assalariado.</p><p>B) Difusão da industrialização – Conservação</p><p>do latifúndio monocultor.</p><p>C) Promoção do protecionismo – Remoção das</p><p>barreiras alfandegárias.</p><p>D) Preservação do unitarismo – Ampliação da</p><p>descentralização provincial.</p><p>E) Implementação do republicanismo – Conti-</p><p>nuação da monarquia constitucional.</p><p>Questão 216 (2014.3)</p><p>Na charge, Ziraldo ironiza um lema adotado</p><p>pelo governo Médici (1969-1974), denunciando</p><p>que:</p><p>A) os exilados foram expulsos porque não ti-</p><p>nham amor A path&</p><p>B) o caminho para os movimentos de oposição</p><p>era a fuga do pals.</p><p>C) o amor a pátria era um sentimento despreza-</p><p>do pelo regime militar.</p><p>D) a propaganda governamental ocultava a</p><p>postura autoritária do regime.</p><p>E) a passividade do povo brasileiro era prejudi-</p><p>cial ao desenvolvimento da nação.</p><p>Questão 217 (2014.3)</p><p>Desde a sua criação, em 1949, a Organização</p><p>do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) tem revis-</p><p>to regularmente as suas tarefas e objetivos,</p><p>tendo em vista a evolução do ambiente estraté-</p><p>gico mundial. Nestes 62 anos de hist6ria, tanto</p><p>a Aliança quanto o resto do mundo sofreram</p><p>mudanças que os fundadores da OTAN não</p><p>poderiam ter previsto.</p><p>(Disponível em: www.ri.pucminas.br.</p><p>Acesso em: 26 de jan. 2012)</p><p>Diante das transformações ocorridas no cenário</p><p>geopolítico mundial, a legitimidade dessa orga-</p><p>nização enfraqueceu-se, pois:</p><p>A) passou a se dedicar a luta contra as organi-</p><p>zações terroristas internacionais.</p><p>B) direcionou seus esforços para os conflitos em</p><p>países e regiões do hemisfério sul.</p><p>C) perdeu parte de seus alvos e funções iniciais</p><p>com a derrocada do bloco socialista.</p><p>D) insistiu na manutenção de bases militares em</p><p>áreas pacificadas desde o fim da Guerra Fria.</p><p>E) desviou suas atividades para a resolução de</p><p>conflitos civis no âmbito dos países membros.</p><p>Questão 218 (2014.3)</p><p>A imagem esta relacionada a situação social</p><p>dos negros no Brasil após a abolição da escra-</p><p>vidão, em 13 de maio de 1888, e reflexo de</p><p>A) uma lei que ratificou a libertação dos escra-</p><p>vos, impedindo</p><p>a difusão do preconceito e da</p><p>discriminação aos libertos.</p><p>B) um ato da Princesa Isabel, que resultou no</p><p>fim de mais de três séculos de escravidão e</p><p>possibilitou uma vida digna aos negros.</p><p>C) uma lei que libertou os escravos, mas sem</p><p>viabilizar a inserção destes na sociedade e seu</p><p>acesso a direitos sociais básicos.</p><p>D) um movimento que se desenvolveu no Brasil</p><p>e que garantiu condições de acesso de forma</p><p>igualitária aos negros no mercado de trabalho.</p><p>E) um processo que, apesar de lento e gradual,</p><p>garantiu a cidadania aos ex-escravos, na medi-</p><p>da em que pôs fim a hedionda instituição da</p><p>escravidão.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>66 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 219 (2014.3)</p><p>Os anos JK podem ser considerados de estabi-</p><p>lidade política. Mais do que isso, foram anos de</p><p>otimismo, embalados por altos índices de cres-</p><p>cimento econômico, pelo sonho realizado da</p><p>construção de Brasília. Os "cinquenta anos em</p><p>cinco" da propaganda oficial repercutiram em</p><p>amplas camadas da população.</p><p>(FAUSTO, B. Histeria Concisa do Brasil. São Paulo:</p><p>Editora da Universidade de São Paulo,</p><p>Imprensa Oficial do Estado, 2002)</p><p>O Governo Juscelino Kubitscheck era criticado</p><p>como "entreguista", por alguns de seus oposito-</p><p>res, devido a sua política de desenvolvimento</p><p>ser marcada pelo(a):</p><p>A) diminuto incentivo a agricultura, pois cerca de</p><p>60% da população residia na zona rural.</p><p>B) decisão de construção de Brasília e a conse-</p><p>quente transferência da capital federal.</p><p>C) redução planejada e gradativa da importação</p><p>de veículos e de matérias-primas para as indús-</p><p>trias.</p><p>D) incentivo a entrada do capital estrangeiro no</p><p>país, principalmente para a indústria automotiva.</p><p>E) escassez de investimentos em educação e</p><p>alimentação, áreas para as quais destinou pou-</p><p>cos recursos.</p><p>Questão 220 (2014.3)</p><p>Eu gostaria de entrar nua no rio, mas estou aqui</p><p>entre homens, somos todos soldados. Os portu-</p><p>gueses de uma canhoneira bombardearam Ca-</p><p>choeira, então um bando de Periquitos, e entre</p><p>eles eu e mais cinco ou seis mulheres, entra-</p><p>mos no rio, de culote, bota e perneira, capa</p><p>abotoada e baioneta calada. Pensei outra vez</p><p>no sítio. Ali tudo era cálido, os panos convida-</p><p>vam ao sono. Aqui, luta-se pela vida, pela Pá-</p><p>tria. Minha baioneta rasga o ventre de um por-</p><p>tuguês que não quer reconhecer a Independên-</p><p>cia do Brasil gritada, la no Sul, pelo Imperador</p><p>D. Pedro.</p><p>(MARIA QUITERIA, s/d. Disponível em:</p><p>www.vidaslusofonas.pt. Acesso em: 31 jan. 2012)</p><p>A análise do texto revela um processo de</p><p>emancipação política do Brasil que supera o</p><p>marco do Grito do Ipiranga e da figura de D.</p><p>Pedro I, pois a luta pela independência:</p><p>A) O foi conduzida por um exercito profissional.</p><p>B) ficou limitada a disputas e acordos políticos.</p><p>C) fomentou movimentos separatistas do Sul do</p><p>pals.</p><p>D) contou com a participação de diversos seg-</p><p>mentos sociais.</p><p>E) consolidou uma ideia de pátria que excluía a</p><p>herança portuguesa.</p><p>Questão 221 (2014.3)</p><p>As razões da intensificação da ação grevista exercida pelos trabalhadores, durante a segunda metade</p><p>da década de 1980, deveram-se:</p><p>A) ao avanço das políticas neoliberais no país, que promoveu a liberalização dos mercados e privatiza-</p><p>ções.</p><p>B) ao piano Collor, que congelou os pregos, com vistas a barrar a elevada inflação no país.</p><p>C) a crise no sindicalismo no Brasil, tai como ocorria em diversos países europeus nesta década.</p><p>D) a fragilidade social após 1985, decorrente do longo período da ditadura militar, que conteve a ação</p><p>organizativa dos trabalhadores brasileiros.</p><p>E) as conjunturas econômica e política do Brasil, em especial a ampliação da capacidade organizativa</p><p>dos trabalhadores, a inflação e ao arrocho salarial.</p><p>Questão 222 (2014.3)</p><p>A primeira vista que encontrei as ilhas, dei o</p><p>nome de San Salvador, em homenagem a Sua</p><p>Alta Majestade, que maravilhosamente deu-me</p><p>tudo isso. Os índios chamam esta ilha de Gua-</p><p>naani. A segunda ilha dei o nome de Santa Ma-</p><p>ria de Concepción, a terceira, Fernandina, a</p><p>quarta, Isabela, a quinta, Juana, e assim a cada</p><p>uma delas dei um novo nome.</p><p>(Cristóvão Colombo. Carta a Santangel, 1493. In:</p><p>TODOROV, T. - A Conquista da América: a questão</p><p>do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1996)</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>67 novocadernoenem@gmail.com</p><p>O processo de nomeação e renomeação reali-</p><p>zado pelos europeus no contexto da conquista</p><p>da América expressa:</p><p>A) a valorização da natureza americana, uma</p><p>vez que ela era considerada por europeus o</p><p>premio pela conquista e colonização.</p><p>B) o desejo de estabelecer comunicação com os</p><p>indígenas, uma vez que a busca pelo ouro de-</p><p>pendia do contato com os nativos.</p><p>C) a tomada de posse do Novo Mundo, uma vez</p><p>que renomear era impor aos povos indígenas os</p><p>signos culturais europeus.</p><p>D) o caráter sagrado da América, uma vez que</p><p>fora considerada pelos europeus o paraíso ter-</p><p>restre em virtude da bondade dos nativos.</p><p>E) a necessidade de orientação geográfica, uma</p><p>vez que o ato de nomear permitia criar mapas</p><p>para futuras viagens na América.</p><p>Questão 223 (2014.3)</p><p>No dia 16 de agosto passado fugiu da Compa-</p><p>nhia de Mineração do Cuiabá o escravo de no-</p><p>me Severino, de 19 anos de idade, cabra, claro,</p><p>estatura mais que regular, boa figura, bons den-</p><p>tes, e tem um sinal de cortadora de uma pole-</p><p>gada pouco mais ou menos na testa. Levou</p><p>chapéu de palha trançado, 1 par de calças</p><p>azuis, paletó preto, camisa branca, e outras</p><p>roupas. Está armado de uma pistola pequena</p><p>de algibeira e uma faca de ponta. Gratifica-se</p><p>com a quantia acima de 100$000 a quem o</p><p>apreender e leva-lo a seu senhor, residente em</p><p>Sabará, ou o puser em qualquer cadeia da pro-</p><p>víncia.</p><p>Sabará, 2 de outubro de 1880.</p><p>(Jornal A Província de Minas,</p><p>Ouro Preto, edição 26, 18 dez.1880)</p><p>O anúncio de jornal sobre a fuga do escravo</p><p>Severino mostra um aspecto importante do es-</p><p>cravismo brasileiro. Qual das seguintes afirma-</p><p>ções expressa tal aspecto?</p><p>A) As alforrias no sistema escravista brasileiro</p><p>eram obtidas tanto pelo livre consentimento do</p><p>senhor quanto pela compra.</p><p>B) As fugas de escravos eram duramente repri-</p><p>midas pelo Estado e pelos senhores de escra-</p><p>vos.</p><p>C) O movimento abolicionista teve papel funda-</p><p>mental para o fim da escravidão.</p><p>D) O paternalismo da escravidão brasileira ge-</p><p>rava a preocupação do senhor em conseguir</p><p>encontrar o seu escravo em fuga</p><p>E) Os quilombos eram organizações revolucio-</p><p>nárias voltadas para o combate ao sistema es-</p><p>cravista brasileiro.</p><p>Questão 224 (2014.3)</p><p>O cartaz expõe um dos lemas da Guerra Civil</p><p>Espanhola (1936-1939), conflito em que as for-</p><p>ças republicanas, apoiadas por brigadas volun-</p><p>tárias internacionais, foram derrotadas, porém,</p><p>A) refreou as tendências autoritárias dos gover-</p><p>nantes europeus no período.</p><p>B) consolidou o papel da Liga das Nações como</p><p>mediadora dos conflitos internacionais.</p><p>C) impediu o desenvolvimento de conflitos mili-</p><p>tares internacionais no continente europeu.</p><p>D) isolou politicamente a Espanha das outras</p><p>nações europeias, com a ascensão franqueza.</p><p>E) provocou comoção mundial, fortalecendo a</p><p>necessidade de combate ao fascismo europeu.</p><p>Questão 225 (2014.3)</p><p>TEXTO I</p><p>A anistia pode ser considerada muito mais uma</p><p>concessão do que uma conquista ou, mais pre-</p><p>cisamente, uma manobra política com duas</p><p>finalidades: reduzir a pressão advinda de seto-</p><p>res organizados contra o regime; e produzir</p><p>defesas substantivas as possíveis revisões do</p><p>passado com o termino previsto do autoritaris-</p><p>mo.</p><p>(SOARES, S.A.; PRADO, L. B. B. O processo político</p><p>da anistia e os espaços de autonomia militar. In:</p><p>SANTOS, C. M.; TELES, E.; TELES, J. A. Desarqui-</p><p>vando a ditadura: memória e justiça no Brasil. São</p><p>Paulo: Hucitec, 2009 - adaptado)</p><p>TEXTO II</p><p>A anistia foi uma conquista. Não foi dádiva, foi</p><p>luta. não tem que rever.</p><p>(Entrevista com Therezinha de Godoy Zerbini.</p><p>Disponível em: www1.folha.uol.com.br.</p><p>Acesso em: 1 ago. 2012 - fragmento)</p><p>CADERNO</p><p>HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>68 novocadernoenem@gmail.com</p><p>A Lei de Anistia, aprovada pelo Congresso Na-</p><p>cional em 28 de agosto de 1979, tem sido deba-</p><p>tida pela sociedade brasileira.</p><p>Nos textos, as posições assumidas revelam:</p><p>A) retomada da ditadura militar em nome da</p><p>unidade nacional.</p><p>B) valorização dos movimentos ligados a luta</p><p>armada a partir da abertura dos arquivos.</p><p>C) relativização dos direitos humanos com base</p><p>na experiência ditatorial brasileira.</p><p>D) reescrita da história do terrorismo esquerdis-</p><p>ta para compreender o passado.</p><p>E) reflexão crítica sobre o passado em função</p><p>de mudanças no cenário político.</p><p>Questão 226 (2014.3)</p><p>Feijoada é um prato que consiste num guisado</p><p>de feijão com carne. E um prato com origem no</p><p>Norte de Portugal, e que hoje em dia constitui</p><p>um dos pratos mais típicos da cozinha brasilei-</p><p>ra. Em Portugal, cozinha-se com feijão branco</p><p>no noroeste (Minho e Douro Litoral) ou feijão</p><p>vermelho no nordeste (Tras-os-montes), e ge-</p><p>ralmente inclui também outros vegetais (tomate,</p><p>cenouras ou couve) juntamente com a carne de</p><p>porco ou de vaca, as quais se podem juntar</p><p>chouriço, morcela ou farinheira.</p><p>No Brasil, os negros faziam uma mistura de</p><p>feijões pretos e de vários tipos de carne de por-</p><p>co e de boi. Atualmente, o prato chega a mesa</p><p>acompanhado de farofa, arroz branco, couve</p><p>refogada e laranja fatiada, entre outros ingredi-</p><p>entes.</p><p>(CASCUDO, L. C. Histeria da alimentação no Brasil.</p><p>Rio de Janeiro: Itatiaia, 1983)</p><p>A criação da feijoada na culinária brasileira esta</p><p>relacionada, no texto, a atividade:</p><p>A) mercantil, exercida pelos homens que trans-</p><p>portavam mercadoria e gado.</p><p>B) agropecuária, exercida pelos homens que</p><p>trabalhavam no campo.</p><p>C) mineradora, exercida pelos homens que ex-</p><p>traíam o ouro.</p><p>D) culinária, exercida na senzala com as sobras</p><p>da cozinha dos senhores.</p><p>E) comercial, exercida pelos cavaleiros do Sul</p><p>do Brasil.</p><p>Questão 227 (2015.1)</p><p>A casa de Deus, que acreditam una, está, por-</p><p>tanto, dividida em três: uns oram, outros comba-</p><p>tem, outros, enfim, trabalham. Essas três partes</p><p>que coexistem não suportam ser separadas; os</p><p>serviços prestados por uma são a condição das</p><p>obras das outras duas; cada uma por sua vez</p><p>encarrega-se de aliviar o conjunto... Assim a lei</p><p>pode triunfar e o mundo gozar da paz.</p><p>(ALDALBERON DE LAON. In: SPINOSA, F. Antologia</p><p>de textos históricos medievais. Lisboa: Sá da Costa,</p><p>1981)</p><p>A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon</p><p>foi produzida durante a Idade Média. Um objeti-</p><p>vo de tal ideologia e um processo que a ela se</p><p>opôs estão indicados, respectivamente, em:</p><p>A) Justificar a dominação estamental / revoltas</p><p>camponesas.</p><p>B) Subverter a hierarquia social / centralização</p><p>monárquica.</p><p>C) Impedir a igualdade jurídica / revoluções</p><p>burguesas.</p><p>D) Controlar a exploração econômica / unifica-</p><p>ção monetária.</p><p>E) Questionar a ordem divina / Reforma Católi-</p><p>ca.</p><p>Questão 228 (2015.1)</p><p>A língua de que usam, por toda a costa, carece</p><p>de três letras; convém a saber, não se acha</p><p>nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto,</p><p>porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e</p><p>dessa maneira vivem desordenadamente, sem</p><p>terem além disto conta, nem peso, nem medida.</p><p>(GÂNDAVO, P. M. A primeira história do Brasil: histó-</p><p>ria da província de Santa Cruz a que vulgarmente</p><p>chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004)</p><p>A observação do cronista português Pero de</p><p>Magalhães de Gândavo, em 1576, sobre a au-</p><p>sência das letras F, L e R na língua menciona-</p><p>da, demonstra a:</p><p>A) simplicidade da organização social das tribos</p><p>brasileiras.</p><p>B) dominação portuguesa imposta aos índios no</p><p>início da colonização.</p><p>C) superioridade da sociedade europeia em</p><p>relação à sociedade indígena.</p><p>D) incompreensão dos valores socioculturais</p><p>indígenas pelos portugueses.</p><p>E) dificuldade experimentada pelos portugueses</p><p>no aprendizado da língua nativa.</p><p>Questão 229 (2015.1)</p><p>O principal articulador do atual modelo econô-</p><p>mico chinês argumenta que o mercado é só um</p><p>instrumento econômico, que se emprega de</p><p>forma indistinta tanto no capitalismo como no</p><p>socialismo. Porém os próprios chineses já estão</p><p>sentindo, na sua sociedade, o seu real significa-</p><p>do: o mercado não é algo neutro, ou um instru-</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>69 novocadernoenem@gmail.com</p><p>mental técnico que possibilita à sociedade utili-</p><p>zá-lo para a construção e edificação do socia-</p><p>lismo.</p><p>Ele é, ao contrário do que diz o articulador, um</p><p>instrumento do capitalismo e é inerente à sua</p><p>estrutura como modo de produção. A sua utili-</p><p>zação está levando a uma polarização da soci-</p><p>edade chinesa.</p><p>(OLIVEIRA, A. A Revolução Chinesa.</p><p>Caros Amigos, 31 jan. 2011 - adaptado)</p><p>No texto, as reformas econômicas ocorridas na</p><p>China são colocadas como antagônicas à cons-</p><p>trução de um país socialista. Nesse contexto, a</p><p>característica fundamental do socialismo, à qual</p><p>o modelo econômico chinês atual se contrapõe</p><p>é a:</p><p>A) desestatização da economia.</p><p>B) instauração de um partido único.</p><p>C) manutenção da livre concorrência.</p><p>D) formação de sindicatos trabalhistas.</p><p>E) extinção gradual das classes sociais.</p><p>Questão 230 (2015.1)</p><p>Calendário medieval, século XV.</p><p>Os calendários são fontes históricas importantes, na medida em que expressam a concepção de tempo</p><p>das sociedades. Essas imagens compõem um calendário medieval (1460-1475) e cada uma delas re-</p><p>presenta um mês, de janeiro a dezembro. Com base na análise do calendário, apreende-se uma con-</p><p>cepção de tempo:</p><p>A) cíclica, marcada pelo mito arcaico do eterno retorno.</p><p>B) humanista, identificada pelo controle das horas de atividade por parte do trabalhador.</p><p>C) escatológica, associada a uma visão religiosa sobre o trabalho.</p><p>D) natural, expressa pelo trabalho realizado de acordo com as estações do ano.</p><p>E) romântica, definida por uma visão bucólica da sociedade.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>70 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 231 (2015.1)</p><p>A Justiça Eleitoral foi criada em 1932, como</p><p>parte de uma ampla reforma no processo eleito-</p><p>ral incentivada pela Revolução de 1930. Sua</p><p>criação foi um grande avanço institucional, ga-</p><p>rantindo que as eleições tivessem o aval de um</p><p>órgão teoricamente imune à influência dos</p><p>mandatários.</p><p>(TAYLOR, M. Justiça Eleitoral. In: AVRITZER, L.;</p><p>ANASTASIA, F. Reforma política no Brasil.</p><p>Belo Horizonte: UFMG, 2006 - adaptado)</p><p>Em relação ao regime democrático no país, a</p><p>instituição analisada teve o seguinte papel:</p><p>A) Implementou o voto direto para presidente.</p><p>B) Combateu as fraudes sistemáticas nas apu-</p><p>rações.</p><p>C) Alterou as regras para as candidaturas na</p><p>ditadura.</p><p>D) Impulsionou as denúncias de corrupção ad-</p><p>ministrativa.</p><p>E) Expandiu a participação com o fim do critério</p><p>censitário.</p><p>Questão 232 (2015.1)</p><p>No período de 1964 a 1985, a estratégia do</p><p>Regime Militar abordada na charge foi caracteri-</p><p>zada pela:</p><p>A) priorização da segurança nacional.</p><p>B) captação de financiamentos estrangeiros.</p><p>C) execução de cortes nos gastos públicos.</p><p>D) nacionalização de empresas multinacionais.</p><p>E) promoção de políticas de distribuição de ren-</p><p>da.</p><p>Questão 233 (2015.1)</p><p>Bandeira do Brasil, és hoje a única. Hasteada a</p><p>esta hora em todo o território nacional, única e</p><p>só, não há lugar no coração do Brasil para ou-</p><p>tras flâmulas, outras bandeiras, outros símbolos.</p><p>Os brasileiros se reuniram em torno do Brasil e</p><p>decretaram desta vez com determinação de não</p><p>consentir que a discórdia volte novamente a</p><p>dividi-lo!</p><p>(Discurso do Ministro da Justiça Francisco</p><p>Campos na cerimônia da festa da bandeira, em no-</p><p>vembro de 1937. Petrópolis: Vozes, 1992)</p><p>O discurso proferido em uma celebração em</p><p>que as bandeiras estaduais eram queimadas</p><p>diante da bandeira nacional revela o pacto naci-</p><p>onal proposto pelo Estado Novo, que se associa</p><p>à:</p><p>A) supressão das diferenças socioeconômicas</p><p>entre as regiões do Brasil, priorizando as regi-</p><p>ões estaduais carentes.</p><p>B) orientação do regime</p><p>quanto ao reforço do</p><p>federalismo, espelhando-se na experiência polí-</p><p>tica norte-americana.</p><p>C) adoção de práticas políticas autoritárias,</p><p>considerando a contenção dos interesses regio-</p><p>nais dispersivos.</p><p>D) propagação de uma cultura política avessa</p><p>aos ritos cívicos, cultivados pela cultura regional</p><p>brasileira.</p><p>E) defesa da unidade do território nacional,</p><p>ameaçado por movimentos separatistas contrá-</p><p>rios à política varguista.</p><p>Questão 234 (2015.1)</p><p>TEXTO I</p><p>Canudos não se rendeu. Exemplo único em</p><p>toda a história, resistiu até o esgotamento com-</p><p>pleto. Vencido palmo a palmo, na precisão inte-</p><p>gral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer,</p><p>quando caíram os seus últimos defensores, que</p><p>todos morreram. Eram quatro apenas: um velho,</p><p>dois homens feitos e uma criança, na frente dos</p><p>quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.</p><p>(CUNHA, E. Os sertões. 1987)</p><p>TEXTO II</p><p>Na trincheira, no centro do reduto, permaneciam</p><p>quatro fanáticos sobreviventes do extermínio.</p><p>Era um velho, coxo por ferimento e usando uni-</p><p>forme da Guarda Católica, um rapaz de 16 a 18</p><p>anos, um preto alto e magro, e um caboclo. Ao</p><p>serem intimados para deporem as armas, inves-</p><p>tiram com enorme fúria. Assim estava terminada</p><p>e de maneira tão trágica a sanguinosa guerra,</p><p>que o banditismo e o fanatismo traziam acesa</p><p>por longos meses, naquele recanto do território</p><p>nacional.</p><p>(SOARES, H. M. A Guerra de Canudos, 1902)</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>71 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Os relatos do último ato da Guerra de Canudos</p><p>fazem uso de representações que se perpetua-</p><p>riam na memória construída sobre o conflito.</p><p>Nesse sentido, cada autor caracterizou a atitude</p><p>dos sertanejos, respectivamente, como fruto da:</p><p>A) manipulação e incompetência.</p><p>B) ignorância e solidariedade.</p><p>C) hesitação e obstinação.</p><p>D) esperança e valentia.</p><p>E) bravura e loucura.</p><p>Questão 235 (2015.1)</p><p>TEXTO I</p><p>Em todo o país a lei de 13 de maio de 1888</p><p>libertou poucos negros em relação à população</p><p>de cor. A maioria já havia conquistado a alforria</p><p>antes de 1888, por meio de estratégias possí-</p><p>veis. No entanto, a importância histórica da lei</p><p>de 1888 não pode ser mensurada apenas em</p><p>termos numéricos. O impacto que a extinção da</p><p>escravidão causou numa sociedade constituída</p><p>a partir da legitimidade da propriedade sobre a</p><p>pessoa não cabe em cifras.</p><p>(ALBUQUERQUE, W. O jogo da dissimulação: Aboli-</p><p>ção e cidadania negra no Brasil. São Paulo:</p><p>Cia. das Letras, 2009 - adaptado)</p><p>TEXTO II</p><p>Nos anos imediatamente anteriores à Abolição,</p><p>a população livre do Rio de Janeiro se tornou</p><p>mais numerosa e diversificada.</p><p>Os escravos, bem menos numerosos que antes,</p><p>e com os africanos mais aculturados, certamen-</p><p>te não se distinguiam muito facilmente dos liber-</p><p>tos e dos pretos e pardos livres habitantes da</p><p>cidade.</p><p>Também já não é razoável presumir que uma</p><p>pessoa de cor seja provavelmente cativa, pois</p><p>os negros libertos e livres poderiam ser encon-</p><p>trados em toda parte.</p><p>(CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história</p><p>das últimas décadas da escravidão na Corte. São</p><p>Paulo: Cia. das Letras, 1990 - adaptado)</p><p>Sobre o fim da escravidão no Brasil, o elemento</p><p>destacado no Texto I que complementa os ar-</p><p>gumentos apresentados no Texto II é o(a):</p><p>A) variedade das estratégias de resistência dos</p><p>cativos.</p><p>B) controle jurídico exercido pelos proprietários.</p><p>C) inovação social representada pela lei.</p><p>D) ineficácia prática da libertação.</p><p>E) significado político da Abolição.</p><p>Questão 236 (2015.1)</p><p>A participação da África na Segunda Guerra</p><p>Mundial deve ser apreciada sob a ótica da esco-</p><p>lha entre vários demônios. O seu engajamento</p><p>não foi um processo de colaboração com o im-</p><p>perialismo, mas uma luta contra uma forma de</p><p>hegemonia ainda mais perigosa.</p><p>(MAZRUI, A. "Procurai primeiramente o reino do</p><p>político." In: MAZRUI, A.; WONDJI, C. (Org.) História</p><p>da África: África desde 1925. Brasília: Unesco, 2010)</p><p>Para o autor, a “forma de hegemonia" e uma de</p><p>suas características que explicam o engajamen-</p><p>to dos africanos no processo analisado foram:</p><p>A) Comunismo / rejeição da democracia liberal.</p><p>B) Capitalismo / devastação do ambiente natu-</p><p>ral.</p><p>C) Fascismo / adoção do determinismo biológi-</p><p>co.</p><p>D) Socialismo / planificação da economia nacio-</p><p>nal.</p><p>E) Colonialismo / imposição da missão civilizató-</p><p>ria.</p><p>Questão 237 (2015.1)</p><p>Não nos resta a menor dúvida de que a principal</p><p>contribuição dos diferentes tipos de movimentos</p><p>sociais brasileiros nos últimos vinte anos foi no</p><p>plano da reconstrução do processo de democra-</p><p>tização do país. E não se trata apenas da re-</p><p>construção do regime político, da retomada da</p><p>democracia e do fim do Regime Militar. Trata-se</p><p>da reconstrução ou construção de novos rumos</p><p>para a cultura do país, do preenchimento de</p><p>vazios na condução da luta pela redemocratiza-</p><p>ção, constituindo-se como agentes interlocuto-</p><p>res que dialogam diretamente com a população</p><p>e com o Estado.</p><p>(GOHN, M. G. M. Os sem-terras, ONGs e cidadania.</p><p>São Paulo: Cortez, 2003 - adaptado)</p><p>No processo da redemocratização brasileira, os</p><p>novos movimentos sociais contribuíram para:</p><p>A) diminuir a legitimidade dos novos partidos</p><p>políticos então criados.</p><p>B) tornar a democracia um valor social que ul-</p><p>trapassa os momentos eleitorais.</p><p>C) difundir a democracia representativa como</p><p>objetivo fundamental da luta política.</p><p>D) ampliar as disputas pela hegemonia das</p><p>entidades de trabalhadores com os sindicatos.</p><p>E) fragmentar as lutas políticas dos diversos</p><p>atores sociais frente ao Estado.</p><p>Questão 238 (2015.1)</p><p>As imagens que seguem de D. Pedro II foram</p><p>feitas no início dos anos de 1850, pouco mais</p><p>de uma década após o Golpe da Maioridade.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>72 novocadernoenem@gmail.com</p><p>SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador</p><p>Considerando o contexto histórico em que foram</p><p>produzidas e os elementos simbólicos destaca-</p><p>dos, essas imagens representavam um:</p><p>A) jovem imaturo que agiria de forma irrespon-</p><p>sável.</p><p>B) imperador adulto que governaria segundo as</p><p>leis.</p><p>C) líder guerreiro que comandaria as vitórias</p><p>militares.</p><p>D) soberano religioso que acataria a autoridade</p><p>papal.</p><p>E) monarca absolutista que exerceria seu autori-</p><p>tarismo.</p><p>Questão 239 (2015.2)</p><p>Em 1881, a Câmara dos Deputados aprovou</p><p>uma reforma na lei eleitoral brasileira, a fim de</p><p>introduzir o voto direto. A grande novidade, po-</p><p>rém, ficou por conta da exigência de que os</p><p>eleitores soubessem ler e escrever. As conse-</p><p>quências logo se refletiram nas estatísticas. Em</p><p>1872, havia mais de 1 milhão de votantes, já em</p><p>1886, pouco mais de 100 mil cidadãos participa-</p><p>ram das eleições parlamentares. Houve um</p><p>corte de quase 90 por cento do eleitorado.</p><p>(CARVALHO, J.M. Cidadania no Brasil: o longo cami-</p><p>nho, Rio de Janeiro: civilização Brasileira, 2006)</p><p>Nas últimas décadas do século XIX, o império</p><p>do Brasil passou por transformações como as</p><p>descritas, que representaram a:</p><p>A) ascensão dos "homens bons".</p><p>B) restrição dos direitos políticos.</p><p>C) superação dos currais eleitorais.</p><p>D) afirmação do eleitorado monarquista.</p><p>E) ampliação da representação popular.</p><p>Questão 240 (2015.2)</p><p>Em 1943, Getúlio Vargas criou um Departamen-</p><p>to de Propaganda e Difusão Cultural junto ao</p><p>Ministério da Justiça, esvaziando o Ministério da</p><p>Educação não só da propaganda, mas também</p><p>do rádio e do cinema. A decisão tinha como</p><p>objetivo colocar os médios de comunicação de</p><p>massa a serviço direto do Poder Executivo,</p><p>iniciativa que tinha inspiração direta no recém-</p><p>criado Ministério da Propaganda alemão.</p><p>(CAPELATO, M.H. Propaganda politica e controle</p><p>dos meios de comunicação, Rio de Janeiro: FGV, 99)</p><p>No contexto citado, a transferência de funções</p><p>entre os ministérios teve como finalidade o(a):</p><p>A) desativação de um sistema tradicional de</p><p>comunicação voltado para a educação.</p><p>B) controle do conteúdo da informação por meio</p><p>de uma orientação politica e ideológica.</p><p>C) subordinação</p><p>do Ministério da Educação ao</p><p>Ministério da Justiça e ao Poder Executivo.</p><p>D) ampliação do raio de atuação das emissoras</p><p>de rádio como forma de difusão da cultura popu-</p><p>lar.</p><p>E) demonstração de força política do Executivo</p><p>diante de ministérios herdados do governo ante-</p><p>rior.</p><p>Questão 241 (2015.2)</p><p>Na imagem, encontram-se referências a um</p><p>momento de intensa agitação estudantil no país.</p><p>Tal mobilização se explica pela:</p><p>A) divulgação de denúncias de corrupção envol-</p><p>vendo o presidente da República.</p><p>B) criminalização dos movimentos sociais reali-</p><p>zada pelo Governo Federal.</p><p>C) adoção do arrocho salarial implementada</p><p>pelo Ministério da Fazenda.</p><p>D) compra de apoio político promovida pelo</p><p>Poder Executivo.</p><p>E) violência de repressão estatal atribuída às</p><p>Forças Armadas.</p><p>Questão 242 (2015.2)</p><p>Decreto-lei 3.509, de 12 de setembro de 1865</p><p>Art. 1º – O cidadão guarda-nacional que por si</p><p>apresentar outra pessoa para o serviço do</p><p>Exército por tempo de nove anos, com a idonei-</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>73 novocadernoenem@gmail.com</p><p>dade regulada pelas leis militares, ficará isento</p><p>não só do recrutamento, senão também do ser-</p><p>viço da Guarda Nacional. O substituído é res-</p><p>ponsável por o que substituiu, no caso de de-</p><p>serção.</p><p>(Arquivo Histórico do Exército. Ordem do</p><p>dia Exército, n. 455, 1865 - adaptado)</p><p>No artigo, tem-se um dos mecanismos de for-</p><p>mação dos "Voluntários da Pátria", encaminha-</p><p>dos para lutar na Guerra do Paraguai. Tal prati-</p><p>ca passou a ocorrer com muita frequência no</p><p>Brasil nesse período e indica o(a):</p><p>A) forma como o Exército brasileiro se tornou o</p><p>mais bem equipado da América do Sul.</p><p>B) incentivo dos grandes proprietários à partici-</p><p>pação dos seus filhos no conflito.</p><p>C) solução adotada pelo país para aumentar o</p><p>contingente de escravos no conflito.</p><p>D) envio de escravos para os conflitos armados,</p><p>visando sua qualificação para o trabalho.</p><p>E) fato de que muitos escravos passaram a</p><p>substituir seus proprietários em troca de liber-</p><p>dade.</p><p>Questão 243 (2015.2)</p><p>Estimativa do número de escravos africanos</p><p>desembarcados no Brasil entre os anos de</p><p>1846 a 1852</p><p>A mudança apresentada na tabela é reflexo da</p><p>Lei Eusébio de Queiróz que, em 1850,</p><p>A) aboliu a escravidão no território brasileiro.</p><p>B) definiu o tráfico de escravos como pirataria.</p><p>C) elevou as taxas para importação de escra-</p><p>vos.</p><p>D) libertou os escravos com mais de 60 anos.</p><p>E) garantiu o direito de alforria aos escravos.</p><p>Questão 244 (2015.2)</p><p>O diálogo entre os personagens da charge evidencia, no Brasil, a(s):</p><p>A) reinserção do país na economia globalizada.</p><p>B) transformações políticas na vigência do Estado Novo.</p><p>C) alterações em áreas estratégicas para o desenvolvimento do país.</p><p>D) suspensão das eleições legislativas durante o período da Ditadura Militar.</p><p>E) volta da democracia apos um período sem eleições diretas para o Executivo Federal.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>74 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 245 (2015.2)</p><p>Os nossos ancestrais dedicavam-se à caça, à</p><p>pesca e à coleta de frutas e vegetais, garantindo</p><p>sua subsistência, porque ainda não conheciam</p><p>as práticas de agricultura e pecuária. Uma vez</p><p>esgotados os alimentos, viam-se obrigados a</p><p>transferir o acampamento para outro lugar.</p><p>(HALL, P. P. Gestão ambiental. São Paulo:</p><p>Pearson, 2011 adaptado)</p><p>O texto refere-se ao movimento migratório de-</p><p>nominado:</p><p>A) sedentarismo.</p><p>B) transumância.</p><p>C) êxodo rural.</p><p>D) nomadismo.</p><p>E) pendularismo.</p><p>Questão 246 (2015.2)</p><p>Colonizar, afirmava, em 1912, um eminente</p><p>jurista, “é relacionar-se com os países novos</p><p>para tirar benefícios dos recursos de qualquer</p><p>natureza desses países, aproveitá-los no inte-</p><p>resse nacional, e ao mesmo tempo levar às</p><p>populações primitivas as vantagens da cultura</p><p>intelectual, social, científica-comercial e indus-</p><p>trial, apanágio das raças superiores. A coloniza-</p><p>ção é, pois, um estabelecimento fundado em</p><p>país novo por uma raça de civilização avança-</p><p>da, para realizar o duplo fim que acabamos de</p><p>indicar.”</p><p>(Précis de législation et d´économie coloniales. Apud</p><p>LINHARES, M. Y. A luta contra a Metrópole (Ásia e</p><p>África). São Paulo: Brasiliense, 1981)</p><p>A definição de colonização apresentada no texto</p><p>tinha a função ideológica de:</p><p>A) dissimular a prática da exploração mediante</p><p>a ideia de civilização.</p><p>B) compensar o saque das riquezas mediante a</p><p>educação formal dos colonos.</p><p>C) formar uma identidade colonial mediante a</p><p>recuperação de sua ancestralidade.</p><p>D) reparar o atraso da Colônia mediante a in-</p><p>corporação dos hábitos da Metrópole.</p><p>E) promover a elevação cultural da Colônia me-</p><p>diante a incorporação de tradições metropolita-</p><p>nas.</p><p>Questão 247 (2015.2)</p><p>A conquista pelos ingleses de grandes áreas da</p><p>Índia deu o impulso inicial à produção e venda</p><p>organizada de ópio. A Companhia das Índias</p><p>Orientais obteve o monopólio da compra do ópio</p><p>indiano e depois vendeu licenças para mercado-</p><p>res selecionados, conhecidos como “mercado-</p><p>res nativos”. Depois de vender ópio na China,</p><p>esses mercadores depositavam a prata que</p><p>recebiam por ele com agentes da companhia</p><p>em Cantão, em troca de cartas de crédito; a</p><p>companhia, por sua vez, usava a prata para</p><p>comprar chá, porcelana e outros artigos que</p><p>seriam vendidos na Inglaterra.</p><p>(SPENCE, J. Em busca da China moderna. São Pau-</p><p>lo: Cia. das Letras, 1996 - adaptado)</p><p>A análise das trocas comerciais citadas permite</p><p>interpretar as relações de poder que foram es-</p><p>tabelecidas. A partir desse pressuposto, o pro-</p><p>cesso sócio-histórico identificado no texto é:</p><p>A) a expansão político-econômica de países do</p><p>Oriente, iniciada nas últimas décadas do século</p><p>XX.</p><p>B) a consolidação do cenário político entre guer-</p><p>ras, na primeira metade do século XX.</p><p>C) o colonialismo europeu, que marcou a ex-</p><p>pansão europeia no século XV.</p><p>D) o imperialismo, cujo ápice ocorreu na segun-</p><p>da metade do século XIX.</p><p>E) as libertações nacionais, ocorridas na segun-</p><p>da metade do século XX.</p><p>Questão 248 (2015.2)</p><p>É simplesmente espantoso que esses núcleos</p><p>tão desiguais e tão diferentes se tenham manti-</p><p>do aglutinados numa só nação. Durante o perí-</p><p>odo colonial, cada um deles teve relação direta</p><p>com a metrópole. Ocorreu o extraordinário, fi-</p><p>zemos um povo-nação, englobando todas aque-</p><p>las províncias ecológicas numa só entidade</p><p>cívica e política todas aquelas províncias ecoló-</p><p>gicas numa só entidade cívica e política.</p><p>(RIBEIRO, D. O povo brasileiro: formação e sentido</p><p>do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1988)</p><p>Após a conquista da autonomia, a questão pri-</p><p>mordial do Brasil residia em como garantir sua</p><p>unidade político-territorial diante das caracterís-</p><p>ticas e práticas herdadas da colonização.</p><p>Relacionando o projeto de independência à</p><p>construção do Estado nacional brasileiro, a sua</p><p>particularidade decorreu da:</p><p>A) ordenação de um pacto que reconheceu os</p><p>direitos políticos aos homens, independente-</p><p>mente de cor, sexo ou religião.</p><p>B) estruturação de uma sociedade que adotou</p><p>os privilégios de nascimento como critério de</p><p>hierarquização social.</p><p>C) realização de acordos entre as elites regio-</p><p>nais, que evitou confrontos armados contrários</p><p>ao projeto luso-brasileiro.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>75 novocadernoenem@gmail.com</p><p>D) concessão da autonomia política regional,</p><p>que atendeu aos interesses socioeconômicos</p><p>dos grandes proprietários.</p><p>E) que garantiu a ordem associada à perma-</p><p>nência da escravidão.</p><p>Questão 249 (2015.2)</p><p>Confidência do itabirano</p><p>De Itabira trouxe prendas diversas que ora te</p><p>ofereço:</p><p>esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil;</p><p>este São Benedito do velho santeiro Alfredo</p><p>Durval;</p><p>este couro de anta, estendido no sofá de visitas;</p><p>este orgulho, esta cabeça baixa.</p><p>Tive ouro, tive gado, tive fazendas.</p><p>Hoje sou funcionário público.</p><p>Itabira é apenas uma fotografia na parede.</p><p>Mas como dói.</p><p>(ANDRADE, C. D. Sentimento do mundo.</p><p>São Paulo: Cia. das</p><p>Letras, 2012 - fragmento)</p><p>O poeta pensa a região como lugar, pleno de</p><p>afetos. A longa história da ocupação de Minas</p><p>Gerais, iniciada com a mineração, deixou mar-</p><p>cas que se atualizam em Itabira, pequena cida-</p><p>de onde nasceu o poeta. Nesse sentido, a evo-</p><p>cação poética indica o(a):</p><p>A) pujança da natureza resistindo à ação huma-</p><p>na.</p><p>B) sentido de continuidade do progresso.</p><p>C) cidade como imagem positiva da identidade</p><p>mineira.</p><p>D) percepção da cidade como paisagem da</p><p>memória.</p><p>E) valorização do processo de ocupação da</p><p>região.</p><p>Questão 250 (2016.1)</p><p>Batizado por Tancredo Neves de “Nova Repú-</p><p>blica”, o período que marca o reencontro do</p><p>Brasil com os governos civis e a democracia</p><p>ainda não completou seu quinto ano e já viveu</p><p>dias de grande comoção. Começou com a tra-</p><p>gédia de Tancredo, seguiu pela euforia do Plano</p><p>Cruzado, conheceu as depressões da inflação e</p><p>das ameaças da hiperinflação e desembocou na</p><p>movimentação que antecede as primeiras elei-</p><p>ções diretas para presidente em 29 anos.</p><p>(O álbum dos presidentes: a história vista pelo JB.</p><p>Jornal do Brasil. 15 nov. 1989)</p><p>O período descrito apresenta continuidades e</p><p>rupturas em relação à conjuntura histórica ante-</p><p>rior. Uma dessas continuidades consistiu na:</p><p>A) representação do legislativo com a fórmula</p><p>do bipartidarismo.</p><p>B) detenção de lideranças populares por crimes</p><p>de subversão.</p><p>C) presença de políticos com trajetórias no re-</p><p>gime autoritário.</p><p>D) prorrogação das restrições advindas dos atos</p><p>institucionais.</p><p>E) estabilidade da economia com o congela-</p><p>mento anual de preços.</p><p>Questão 251 (2016.1)</p><p>A Operação Condor está diretamente vinculada</p><p>às experiências históricas das ditaduras civil-</p><p>militares que se disseminaram pelo Cone Sul</p><p>entre as décadas de 1960 e 1980. Depois do</p><p>Brasil (e do Paraguai de Stroessner), foi a vez</p><p>da Argentina (1966), Bolívia (1966 e 1971),</p><p>Uruguai e Chile (1973) e Argentina (novamente,</p><p>em 1976). Em todos os casos se instalaram</p><p>ditaduras civil militares (em menor ou maior</p><p>medida) com base na Doutrina de Segurança</p><p>Nacional e tendo como principais características</p><p>um anticomunismo militante, a identificação do</p><p>inimigo interno, a imposição do papel político</p><p>das Forças Armadas e a definição de fronteiras</p><p>ideológicas.</p><p>(PADRÓS, E. S. et al. Ditadura de Segurança Nacio-</p><p>nal no Rio Grande do Sul (1964-1985): história e</p><p>memória. Porto Alegre: Corag, 2009 - adaptado)</p><p>Levando-se em conta o contexto em que foi</p><p>criada, a referida operação tinha como objetivo</p><p>coordenar a:</p><p>A) modificação de limites territoriais.</p><p>B) sobrevivência de oficiais exilados.</p><p>C) interferência de potências mundiais.</p><p>D) repressão de ativistas oposicionistas.</p><p>E) implantação de governos nacionalistas.</p><p>Questão 252 (2016.1)</p><p>A regulação das relações de trabalho compõe</p><p>uma estrutura complexa, em que cada elemento</p><p>se ajusta aos demais. A Justiça do Trabalho é</p><p>apenas uma das peças dessa vasta engrena-</p><p>gem. A presença de representantes classistas</p><p>na composição dos órgãos da Justiça do Traba-</p><p>lho é também resultante da montagem dessa</p><p>regulação.</p><p>O poder normativo também reflete essa caracte-</p><p>rística. Instituída pela Constituição de 1934, a</p><p>Justiça do Trabalho só vicejou no ambiente</p><p>político do Estado Novo instaurado em 1937.</p><p>(ROMITA, A. S. Justiça do Trabalho: produto do Es-</p><p>tado Novo. In: PANDOLFI, D. (Org.). Repensando o</p><p>Estado Novo. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1999)</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>76 novocadernoenem@gmail.com</p><p>A criação da referida instituição estatal na con-</p><p>juntura histórica abordada teve por objetivo:</p><p>A) legitimar os protestos fabris.</p><p>B) ordenar os conflitos laborais.</p><p>C) oficializar os sindicatos plurais.</p><p>D) assegurar os princípios liberais.</p><p>E) unificar os salários profissionais.</p><p>Questão 253 (2016.1)</p><p>(O Cruzeiro, década de 1960.</p><p>Disponível em: www.memoriaviva.com.br.</p><p>Acesso em: 28 fev. 2012 - adaptado)</p><p>No anúncio, há referências a algumas das trans-</p><p>formações ocorridas no Brasil nos anos 1950 e</p><p>1960. No entanto, tais referências omitem trans-</p><p>formações que impactaram segmentos da popu-</p><p>lação, como a:</p><p>A) exaltação da tradição colonial.</p><p>B) redução da influência estrangeira.</p><p>C) ampliação da imigração internacional.</p><p>D) intensificação da desigualdade regional.</p><p>E) desconcentração da produção industrial.</p><p>Questão 254 (2016.1)</p><p>A África Ocidental é conhecida pela dinâmica</p><p>das suas mulheres comerciantes, caracteriza-</p><p>das pela perícia, autonomia e mobilidade. A sua</p><p>presença, que fora atestada por viajantes e por</p><p>missionários portugueses que visitaram a costa</p><p>a partir do século XV, consta também na ampla</p><p>documentação sobre a região. A literatura é rica</p><p>em referências às grandes mulheres como as</p><p>vendedoras ambulantes, cujo jeito para o negó-</p><p>cio, bem como a autonomia e mobilidade, é tão</p><p>típico da região.</p><p>(HAVIK, P. Dinâmicas e assimetrias afro-atlânticas: a</p><p>agência feminina e representações na Guiné (séculos</p><p>XIX e XX). Brasília: LGE; Luanda: Nzila, 2006)</p><p>A abordagem realizada pelo autor sobre a vida</p><p>social da África Ocidental pode ser relacionada</p><p>a uma característica marcante das cidades no</p><p>Brasil escravista nos séculos XVIII e XIX, que se</p><p>observa pela:</p><p>A) restrição à realização do comércio ambulante</p><p>por africanos escravizados e seus descenden-</p><p>tes.</p><p>B) convivência entre homens e mulheres livres,</p><p>de diversas origens, no pequeno comércio.</p><p>C) presença de mulheres negras no comércio</p><p>de rua de diversos produtos e alimentos.</p><p>D) dissolução dos hábitos culturais trazidos do</p><p>continente de origem dos escravizados.</p><p>E) entrada de imigrantes portugueses nas ativi-</p><p>dades ligadas ao pequeno comércio urbano.</p><p>Questão 255 (2016.1)</p><p>O que ocorreu na Bahia de 1798, ao contrário</p><p>das outras situações de contestação política na</p><p>América Portuguesa, e que o projeto que lhe era</p><p>subjacente não tocou somente na condição, ou</p><p>no instrumento, da integração subordinada das</p><p>colônias no império luso. Dessa feita, ao contrá-</p><p>rio do que se deu nas Minas Gerais (1789), a</p><p>sedição avançou sobre a sua decorrência.</p><p>(JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico.</p><p>Viagem Incompleta: a experiência brasileira</p><p>(1500-2000). São Paulo: Senac, 2000)</p><p>A diferença entre as sedições abordadas no</p><p>texto encontrava-se na pretensão de:</p><p>A) eliminar a hierarquia militar.</p><p>B) abolir a escravidão africana.</p><p>C) anular o domínio metropolitano.</p><p>D) suprimir a propriedade fundiária.</p><p>E) extinguir o absolutismo monárquico.</p><p>Questão 256 (2016.1)</p><p>TEXTO I</p><p>Documentos do século XVI algumas vezes se</p><p>referem aos habitantes indígenas como “os</p><p>brasis”, ou “gente brasília” e, ocasionalmente no</p><p>século XVII, o termo “brasileiro” era a eles apli-</p><p>cado, mas as referências ao status econômico e</p><p>jurídico desses eram muito mais populares.</p><p>Assim, os termos “negro da terra” e “índios”</p><p>eram utilizados com mais frequência do que</p><p>qualquer outro.</p><p>(SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da</p><p>nação. São Paulo: Senac, 2000 - adaptado)</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>77 novocadernoenem@gmail.com</p><p>TEXTO II</p><p>Índio é um conceito construído no processo de</p><p>conquista da América pelos europeus. Desinte-</p><p>ressados pela diversidade cultural, imbuídos de</p><p>forte preconceito para com o outro, o indivíduo</p><p>de outras culturas, espanhóis, portugueses,</p><p>franceses e anglo-saxões terminaram por de-</p><p>nominar da mesma forma povos tão díspares</p><p>quanto os tupinambás e os astecas.</p><p>(SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos</p><p>históricos. São Paulo: Contexto, 2005)</p><p>Ao comparar os textos, as formas de designa-</p><p>ção dos grupos nativos pelos europeus, durante</p><p>o período analisado, são reveladoras da:</p><p>A) concepção idealizada do território, entendido</p><p>como geograficamente indiferenciado.</p><p>B) percepção corrente de uma ancestralidade</p><p>comum às populações ameríndias.</p><p>C) compreensão etnocêntrica acerca das popu-</p><p>lações dos territórios conquistados.</p><p>D) transposição direta das categorias originadas</p><p>no imaginário medieval.</p><p>E) visão utópica configurada a partir de fantasi-</p><p>as de riqueza.</p><p>Questão 257 (2016.1)</p><p>Uma scena franco-brazileira: “franco” – pelo</p><p>local e os personagens, o local que é Paris e os</p><p>personagens que são pessoas do povo da</p><p>grande capital; “brazileira” pelo que ahi se está</p><p>bebendo: café do Brazil. O Lettreiro diz a verda-</p><p>de apregoando que esse é o melhor de todos os</p><p>cafés. (Essa página foi desenhada especialmen-</p><p>te para A Ilustração Brazileira pelo Sr. Tofani,</p><p>desenhista do Je Sais Tout.)</p><p>(A Ilustração Brazileira, n. 2, 15 jun. 1909 - adaptado)</p><p>A página do periódico do início do século XX</p><p>documenta um importante elemento da cultura</p><p>francesa, que é revelador do papel do Brasil na</p><p>economia mundial, indicado no seguinte aspec-</p><p>to:</p><p>A) Prestador de serviços gerais.</p><p>B) Exportador de bens industriais.</p><p>C) Importador de padrões estéticos.</p><p>D) Fornecedor de produtos agrícolas.</p><p>E) Formador de padrões de consumo.</p><p>Questão 258 (2016.1)</p><p>O regime do Apartheid adotado de 1948 a 1994</p><p>na África do Sul fundamentava-se em ações</p><p>estatais de segregacionismo racial. Na imagem,</p><p>fuzileiros navais fazem valer a “lei do passe”</p><p>que regulamentava o(a):</p><p>A) concentração fundiária, impedindo os negros</p><p>de tomar posse legítima do uso da terra.</p><p>B) boicote econômico, proibindo os negros de</p><p>consumir produtos ingleses sem resistência</p><p>armada.</p><p>C) sincretismo religioso, vetando os ritos sagra-</p><p>dos dos negros nas cerimônias oficiais do Esta-</p><p>do.</p><p>D) controle sobre a movimentação, desautori-</p><p>zando os negros a transitar em determinadas</p><p>áreas das cidades.</p><p>E) exclusão do mercado de trabalho, negando à</p><p>população negra o acesso aos bens de consu-</p><p>mo.</p><p>Questão 259 (2016.1)</p><p>O coronelismo era fruto de alteração na relação</p><p>de forças entre os proprietários rurais e o go-</p><p>verno, e significava o fortalecimento do poder do</p><p>Estado antes que o predomínio do coronel.</p><p>Nessa concepção, o coronelismo é, então, um</p><p>sistema político nacional, com base em barga-</p><p>nhas entre o governo e os coronéis. O coronel</p><p>tem o controle dos cargos públicos, desde o</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>78 novocadernoenem@gmail.com</p><p>delegado de polícia ate a professora primária. O</p><p>coronel hipoteca seu apoio ao governo, sobre-</p><p>tudo na forma de voto.</p><p>(CARVALHO, J. M. Pontos e bordados.</p><p>Belo Horizonte: Editora UFMG. 1998 - adaptado)</p><p>No contexto da Primeira República no Brasil, as</p><p>relações políticas descritas baseavam-se na:</p><p>A) coação das milícias locais.</p><p>B) estagnação da dinâmica urbana.</p><p>C) valorização do proselitismo partidário.</p><p>D) disseminação de práticas clientelistas.</p><p>E) centralização de decisões administrativas.</p><p>Questão 260 (2016.1)</p><p>Em 1935, o governo brasileiro começou a negar</p><p>vistos a judeus. Posteriormente, durante o Esta-</p><p>do Novo, uma circular secreta proibiu a conces-</p><p>são de vistos a “pessoas de origem semita”,</p><p>inclusive turistas e negociantes, o que causou</p><p>uma queda de 75% da imigração judaica ao</p><p>longo daquele ano. Entretanto, mesmo com as</p><p>imposições da lei, muitos judeus continuaram</p><p>entrando ilegalmente no país durante a guerra e</p><p>as ameaças de deportação em massa nunca</p><p>foram concretizadas, apesar da extradição de</p><p>alguns indivíduos por sua militância política.</p><p>(GRIMBERG, K. Nova língua interior: 500 anos de</p><p>história dos judeus no Brasil. In: IBGE. Brasil: 500</p><p>anos de povoamento. Rio de Janeiro: IBGE. 2000)</p><p>Uma razão para a adoção da política de imigra-</p><p>ção mencionada no texto foi o(a):</p><p>A) receio do controle sionista sobre a economia</p><p>nacional.</p><p>B) reserva de postos de trabalho para a mão de</p><p>obra local.</p><p>C) oposição do clero católico à expansão de</p><p>novas religiões.</p><p>D) apoio da diplomacia varguista às opiniões</p><p>dos líderes árabes.</p><p>E) simpatia de membros da burocracia pelo</p><p>projeto totalitário alemão.</p><p>Questão 261 (2016.1)</p><p>TEXTO I</p><p>Os santos tornaram-se grandes aliados da Igre-</p><p>ja para atrair novos devotos, pois eram obedien-</p><p>tes a Deus e ao poder clerical. Contando e es-</p><p>timulando o conhecimento sobre a vida dos</p><p>santos, a Igreja transmitia aos fiéis os ensina-</p><p>mentos que julgava corretos e que deviam ser</p><p>imitados por escravos que, em geral, traziam</p><p>outras crenças de suas terras de origem, muito</p><p>diferentes das que preconizava a fé católica.</p><p>(OLIVEIRA; A. J. Negra devoção. Revista de História</p><p>da Biblioteca Nacional, n. 20, maio 2007 - adaptado)</p><p>TEXTO II</p><p>Imagem do São Benedito.</p><p>Posteriormente ressignificados no interior de</p><p>certas irmandades e no contato com outra ma-</p><p>triz religiosa, o ícone e a prática mencionada no</p><p>texto estiveram desde o século XVII relaciona-</p><p>dos a um esforço da Igreja Católica para:</p><p>A) reduzir o poder das confrarias.</p><p>B) cristianizar a população afro-brasileira.</p><p>C) espoliar recursos materiais dos cativos.</p><p>D) recrutar libertos para seu corpo eclesiástico.</p><p>E) atender a demanda popular por padroeiros</p><p>locais.</p><p>Questão 262 (2016.1)</p><p>Pois quem seria tão inútil ou indolente a ponto</p><p>de não desejar saber como e sob que espécie</p><p>de constituição os romanos conseguiram em</p><p>menos de cinquenta e três anos submeter qua-</p><p>se todo o mundo habitado ao seu governo ex-</p><p>clusivo – fato nunca antes ocorrido? Ou, em</p><p>outras palavras, quem seria tão apaixonada-</p><p>mente devotado a outros espetáculos ou estu-</p><p>dos a ponto de considerar qualquer outro objeti-</p><p>vo mais importante que a aquisição desse co-</p><p>nhecimento?</p><p>(POLÍBIO. História. Brasília: Edilora UnB, 1985)</p><p>A experiência a que se refere o historiador Polí-</p><p>bio, nesse texto escrito no século II a.C., é a:</p><p>A) ampliação do contingente de camponeses</p><p>livres.</p><p>B) consolidação do poder das falanges hoplitas.</p><p>C) concretização do desígnio imperialista.</p><p>D) adoção do monoteísmo cristão.</p><p>E) libertação do domínio etrusco.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>79 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 263 (2016.2)</p><p>Nos Estados Unidos, durante o século XIX, tal como representada no mapa, a relação entre território e</p><p>nação foi reconfigurada por uma política que:</p><p>A) transferiu as populações indígenas para territórios de fronteira anexados, protegendo a cultura protes-</p><p>tante dos migrantes fundadores da nação norte-americana.</p><p>B) respondeu às ameaças europeias pelo fim da escravidão, integrando a população de escravos ao</p><p>projeto de expansão por meio da doação de terras.</p><p>C) assinou acordos com países latino-americanos, ajudando na reestruturação da economia desses</p><p>países após suas independências.</p><p>D) projetou o avanço de populações excedentes para além da faixa atlântica, reformulando fronteiras</p><p>para o estabelecimento de um país continental.</p><p>E) instalou manufaturas nas áreas compradas e anexadas, visando utilizar a mão de obra barata das</p><p>populações em trânsito.</p><p>Questão 264 (2016.2)</p><p>Para além de objetivos específicos, muitos mo-</p><p>vimentos sociais interferem no contexto socio-</p><p>político e ultrapassam dimensões imediatas,</p><p>como foi o caso das mobilizações operárias,</p><p>ocorridas em 1979 na cidade de São Paulo.</p><p>Nesse sentido, ao mesmo tempo em que luta-</p><p>vam por seus direitos, essas mobilizações con-</p><p>tribuíram com o(a):</p><p>A) elaboração de novas políticas que garantiram</p><p>a estabilidade econômica do país.</p><p>B) instalação de empresas multinacionais no</p><p>Brasil.</p><p>C) legalização dos sindicatos no Brasil.</p><p>D) surgimento das políticas governamentais</p><p>assistencialistas.</p><p>E) processo de redemocratização do Brasil.</p><p>Questão 265 (2016.2)</p><p>Com seu manto real em verde e amarelo, as</p><p>cores da casa dos Habsburgo e Bragança, mas</p><p>que lembravam também os tons da natureza do</p><p>“Novo Mundo”, cravejado de estrelas represen-</p><p>tando o Cruzeiro do Sul e, finalmente, com o</p><p>cabeção de penas de papo de tucano em volta</p><p>do pescoço, D. Pedro II foi coroado imperador</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>80 novocadernoenem@gmail.com</p><p>do Brasil. O monarca jamais foi tão tropical.</p><p>Entre muitos ramos de café e tabaco, coroado</p><p>como um César em meio a coqueiros e painei-</p><p>ras, D. Pedro transformava-se em sinônimo da</p><p>nacionalidade.</p><p>(SCHWARCZ,</p><p>L. M. As barbas do imperador:</p><p>D. Pedro II, um monarca nos trópicos.</p><p>São Paulo: Cia. das Letras, 1998 - adaptado)</p><p>Xilogravura, 1869. O indígena, representando o Impé-</p><p>rio, coroa com louros o monarca.</p><p>No Segundo Reinado, a Monarquia brasileira</p><p>recorreu ao simbolismo de determinadas figuras</p><p>e alegorias. A análise da imagem e do texto</p><p>revela que o objetivo de tal estratégia era:</p><p>A) exaltar o modelo absolutista e despótico.</p><p>B) valorizar a mestiçagem africana e nativa.</p><p>C) reduzir a participação democrática e popular.</p><p>D) mobilizar o sentimento patriótico e antilusita-</p><p>no.</p><p>E) obscurecer a origem portuguesa e coloniza-</p><p>dora.</p><p>Questão 266 (2016.2)</p><p>O número de votantes potenciais em 1872 era</p><p>de 1097698, o que correspondia a 10,8% da</p><p>população total. Esse número poderia chegar a</p><p>13%, quando separamos os escravos dos de-</p><p>mais indivíduos. Em 1886, cinco anos depois de</p><p>a Lei Saraiva ter sido aprovada, o número de</p><p>cidadãos que poderiam se qualificar eleitores</p><p>era de 117022, isto é, 0,8% da população.</p><p>(CASTELLUCCI, A. A. S. Trabalhadores, máquina</p><p>política e eleições na Primeira República. Disponível</p><p>em: www.ifch.unicamp.br. Acesso em: 28 jul 2012)</p><p>A explicação para a alteração envolvendo o</p><p>número de eleitores no período é a:</p><p>A) criação da Justiça Eleitoral.</p><p>B) exigência da alfabetização.</p><p>C) redução da renda nacional.</p><p>D) exclusão do voto feminino.</p><p>E) coibição do voto de cabresto.</p><p>Questão 267 (2016.2)</p><p>Aquarela do Brasil</p><p>Brasil!</p><p>Meu Brasil brasileiro</p><p>Meu mulato inzoneiro</p><p>Vou cantar-te nos meus versos</p><p>O Brasil, samba que dá</p><p>Bamboleio que faz gingar</p><p>O Brasil do meu amor</p><p>Terra de Nosso Senhor</p><p>Brasil! Pra mim! Pra mim, pra mim!</p><p>Ah! Abre a cortina do passado</p><p>Tira a mãe preta do Cerrado</p><p>Bota o rei congo no congado</p><p>Brasil! Pra mim!</p><p>Deixa cantar de novo o trovador</p><p>A merencória luz da lua</p><p>Toda canção do meu amor</p><p>Quero ver a sá dona caminhando</p><p>Pelos salões arrastando</p><p>O seu vestido rendado</p><p>Brasil! Pra mim, pra mim, pra mim!</p><p>(ARY BARROSO. Aquarela do Brasil, 1939)</p><p>Muito usual no Estado Novo de Vargas, a com-</p><p>posição de Ary Barroso é um exemplo típico de:</p><p>A) música de sátira.</p><p>B) samba exaltação.</p><p>C) hino revolucionário.</p><p>D) propaganda eleitoral.</p><p>E) marchinha de protesto.</p><p>Questão 268 (2016.2)</p><p>A imagem da relação patrão-empregado geral-</p><p>mente veiculada pelas classes dominantes bra-</p><p>sileiras na República Velha era de que esta</p><p>relação se assemelhava em muitos aspectos à</p><p>relação entre pais e filhos. O patrão era uma</p><p>espécie de “juiz doméstico” que procurava guiar</p><p>e aconselhar o trabalhador, que, em troca, devia</p><p>realizar suas tarefas com dedicação e respeitar</p><p>o seu patrão.</p><p>(CHALHOUB, S. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano</p><p>dos trabalhadores do Rio de Janeiro da Belle Épo-</p><p>que. Campinas: Unicamp. 2001)</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>81 novocadernoenem@gmail.com</p><p>No contexto da transição do trabalho escravo</p><p>para o trabalho livre, a construção da imagem</p><p>descrita no texto tinha por objetivo:</p><p>A) esvaziar o conflito de uma relação baseada</p><p>na desigualdade entre os indivíduos que dela</p><p>participavam.</p><p>B) driblar a lentidão da nascente Justiça do Tra-</p><p>balho, que não conseguia conter os conflitos</p><p>cotidianos.</p><p>C) separar os âmbitos público e privado na or-</p><p>ganização do trabalho para aumentar a eficiên-</p><p>cia dos funcionários.</p><p>D) burlar a aplicação das leis trabalhistas con-</p><p>quistadas pelos operários nos primeiros gover-</p><p>nos civis do período republicano.</p><p>E) compensar os prejuízos econômicos sofridos</p><p>pelas elites em função da ausência de indeniza-</p><p>ção pela libertação dos escravos.</p><p>Questão 269 (2016.2)</p><p>A Lei das Doze Tábuas, de meados do século V</p><p>a.C., fixou por escrito um velho direito costumei-</p><p>ro. No relativo às dívidas não pagas, o código</p><p>permitia, em última análise, matar o devedor; ou</p><p>vendê-lo como escravo “do outro lado do Tibre”</p><p>– isto é, fora do território de Roma.</p><p>(CARDOSO, C. F. S. O trabalho compulsório na</p><p>Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 1984)</p><p>A referida lei foi um marco na luta por direitos na</p><p>Roma Antiga, pois possibilitou que os plebeus:</p><p>A) modificassem a estrutura agrária assentada</p><p>no latifúndio.</p><p>B) exercessem a prática da escravidão sobre</p><p>seus devedores.</p><p>C) conquistassem a possibilidade de casamento</p><p>com os patrícios.</p><p>D) ampliassem a participação política nos car-</p><p>gos políticos públicos.</p><p>E) reivindicassem as mudanças sociais com</p><p>base no conhecimento das leis.</p><p>Questão 270 (2016.2)</p><p>A charge faz alusão à intensa rivalidade entre</p><p>as duas maiores potências do século XX. O</p><p>momento mais tenso dessa disputa foi provoca-</p><p>do pela:</p><p>A) ampliação da Guerra do Vietnã.</p><p>B) construção do muro de Berlim.</p><p>C) instalação de mísseis em Cuba.</p><p>D) eclosão da Guerra dos Sete Dias.</p><p>E) invasão do território do Afeganistão.</p><p>Questão 271 (2016.2)</p><p>As convicções religiosas dos escravos eram</p><p>entretanto colocadas a duras provas quando de</p><p>sua chegada ao Novo Mundo, onde eram bati-</p><p>zados obrigatoriamente “para a salvação de sua</p><p>alma” e deviam curvar-se às doutrinas religiosas</p><p>de seus mestres. Iemanjá, mãe de numerosos</p><p>outros orixás, foi sincretizada com Nossa Se-</p><p>nhora da Conceição, e Nossa Buruku, a mais</p><p>idosa das divindades das águas, foi comparada</p><p>a Sant’Ana, mãe da Virgem Maria.</p><p>(VERGER. P. Orixás deuses iorubás na África e no</p><p>Novo Mundo. São Paulo: Corrupio,1981)</p><p>O sincretismo religioso no Brasil colônia foi uma</p><p>estratégia utilizada pelos negros escravizados</p><p>para:</p><p>A) compreender o papel do sagrado para a cul-</p><p>tura europeia.</p><p>B) garantir a aceitação pelas comunidades dos</p><p>convertidos.</p><p>C) preservar as crenças e a sua relação com o</p><p>sagrado.</p><p>D) integrar as distintas culturas no Novo Mundo.</p><p>E) possibilitar a adoração de santos católicos.</p><p>Questão 272 (2016.2)</p><p>Quando a Corte chegou ao Rio de Janeiro, a</p><p>Colônia tinha acabado de passar por uma ex-</p><p>plosão populacional. Em pouco mais de cem</p><p>anos, o número de habitantes aumentara dez</p><p>vezes.</p><p>(GOMES, L. 1808: como uma rainha louca, um prín-</p><p>cipe medroso e uma Corte corrupta enganaram Na-</p><p>poleão. São Paulo: Planeta do Brasil, 2008)</p><p>A alteração demográfica destacada no período</p><p>teve como causa a atividade:</p><p>A) cafeeira, com a atração da imigração euro-</p><p>peia.</p><p>B) industrial, com a intensificação do êxodo</p><p>rural.</p><p>C) mineradora, com a ampliação do tráfico afri-</p><p>cano.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>82 novocadernoenem@gmail.com</p><p>D) canavieira, com o aumento do apresamento</p><p>indígena.</p><p>E) manufatureira, com a incorporação do traba-</p><p>lho assalariado.</p><p>Questão 273 (2016.2)</p><p>“Precauções que aconselhamos à Sua Alteza, o</p><p>Sr. Conde D’Eu, quando tiver de visitar escolas.</p><p>Se Sua Alteza imitasse o seu augusto sogro,</p><p>Dom Pedro II, não teria nunca ocasião de con-</p><p>testar fatos históricos”.</p><p>(AGOSTINI. A. Revista Ilustrada. n. 309. 29 jul. 1882)</p><p>Segundo a charge, os últimos anos da Monar-</p><p>quia foram marcados por:</p><p>A) debates promovidos em espaços públicos,</p><p>contando com a presença da família real.</p><p>B) atividades intensas realizadas pelo Conde</p><p>D’Eu, numa tentativa de salvar o regime monár-</p><p>quico.</p><p>C) revoltas populares em escolas, com o intuito</p><p>de destituir o monarca do poder e coroar o seu</p><p>genro.</p><p>D) críticas oriundas principalmente da imprensa,</p><p>colocando em dúvida a continuidade do regime</p><p>político.</p><p>E) dúvidas em torno da validade das medidas</p><p>tomadas pelo imperador, fazendo com que o</p><p>Conde D’Eu assumisse o governo.</p><p>Questão 274 (2016.2)</p><p>Quando surgiram as primeiras notícias sobre a</p><p>presença de seres estranhos, chegados em</p><p>barcos grandes como montanhas, que monta-</p><p>vam numa espécie de veados enormes, tinham</p><p>cães grandes e ferozes e possuíam instrumen-</p><p>tos lançadores de fogo, Montezuma e seus con-</p><p>selheiros ficaram pensando: de um lado, talvez</p><p>Quetzalcóatl houvesse regressado, mas, de</p><p>outro, não tinham essa confirmação.</p><p>(PINSKY, J. et al. História da América através de</p><p>textos. São Paulo: Contexto, 2007 - adaptado)</p><p>A dúvida</p><p>se deve:</p><p>A) ao Renascimento, que começou a valorizar a</p><p>comprovação documental do passado, forman-</p><p>do acervos documentais que mostram tanto a</p><p>realidade “boa” quanto a “má”.</p><p>B) à tradição iluminista, que usou a Idade Média</p><p>como contraponto a seus valores racionalistas,</p><p>e ao Romantismo, que pretendia ressaltar as</p><p>“boas” origens das nações.</p><p>C) à indústria de videojogos e cinema, que en-</p><p>controu uma fonte de inspiração nessa mistura</p><p>de fantasia e realidade, construindo uma visão</p><p>falseada do real.</p><p>D) ao Positivismo, que realçou os aspectos po-</p><p>sitivos da Idade Média, e ao marxismo, que</p><p>denunciou o lado negativo do modo de produ-</p><p>ção feudal.</p><p>E) à religião, que com sua visão dualista e ma-</p><p>niqueísta do mundo alimentou tais interpreta-</p><p>ções sobre a Idade Média.</p><p>Questão 17 (2009.1)</p><p>Formou-se na América tropical uma sociedade</p><p>agrária na estrutura, escravocrata na técnica de</p><p>exploração econômica, híbrida de índio – e mais</p><p>tarde de negro – na composição. Sociedade que</p><p>se desenvolveria defendida menos pela consci-</p><p>ência de raça, do que pelo exclusivismo religio-</p><p>so desdobrado em sistema de profilaxia social e</p><p>política. Menos pela ação oficial do que pelo</p><p>braço e pela espada do particular. Mas tudo isso</p><p>subordinado ao espírito político e de realismo</p><p>econômico e jurídico que aqui, como em Portu-</p><p>gal, foi desde o primeiro século elemento decisi-</p><p>vo de formação nacional; sendo que entre nós</p><p>através das grandes famílias proprietárias e</p><p>autônomas; senhores de engenho com altar e</p><p>capelão dentro de casa e índios de arco e flecha</p><p>ou negros armados de arcabuzes às suas or-</p><p>dens.</p><p>(FREYRE. G. Casa-Grande e Senzala.</p><p>Rio de Janeiro: José Olympio. 1984)</p><p>De acordo com a abordagem de Gilberto Freyre</p><p>sobre a formação da sociedade brasileira, é</p><p>correto afirmar que:</p><p>A) a colonização na América tropical era obra,</p><p>sobretudo, da iniciativa particular.</p><p>B) o caráter da colonização portuguesa no Bra-</p><p>sil era exclusivamente mercantil.</p><p>C) a constituição da população brasileira esteve</p><p>isenta de mestiçagem racial e cultural.</p><p>D) a Metrópole ditava as regras e governava as</p><p>terras brasileiras com punhos de ferro.</p><p>E) os engenhos constituíam um sistema eco-</p><p>nômico e político, mas sem implicações sociais.</p><p>Questão 18 (2009.1)</p><p>A lei dos lombardos (Edictus Rothari), povo que</p><p>se inStalou na Itália no século VII e era conside-</p><p>rado bárbaro pelos romanos, estabelecia uma</p><p>série de reparações pecuniárias (composições)</p><p>para punir aqueles que matassem, ferissem ou</p><p>aleijassem os homens livres. A lei dizia: “para</p><p>todas estas chagas e feridas estabelecemos</p><p>uma composição maior do que a de nossos</p><p>antepassados, para que a vingança que é inimi-</p><p>zade seja relegada depois de aceita a dita com-</p><p>posição e não seja mais exigida nem permane-</p><p>ça o desgosto, mas dê-se a causa por termina-</p><p>da e mantenha-se a amizade.”</p><p>(ESPINOSA. F. Antologia de textos históricos</p><p>medievais. Lisboa: Sá da Costa, 1976 - adaptado)</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>7 novocadernoenem@gmail.com</p><p>A justificativa da lei evidencia que:</p><p>A) se procurava acabar com o flagelo das guer-</p><p>ras e dos mutilados.</p><p>B) se pretendia reparar as injustiças causadas</p><p>por seus antepassados.</p><p>C) se pretendia transformar velhas práticas que</p><p>perturbavam a coesão social.</p><p>D) havia um desejo dos lombardos de se civili-</p><p>zarem, igualando-se aos romanos.</p><p>C) se instituía uma organização social baseada</p><p>na classificação de justos e injustos.</p><p>Questão 19 (2009.1)</p><p>O objetivo de tomar Paris marchando em dire-</p><p>ção ao Oeste era, para Hitler, uma forma de</p><p>consolidar sua liderança no continente. Com</p><p>esse intuito, entre abril e junho de 1940, ele</p><p>invadiu a Dinamarca, a Noruega, a Bélgica e a</p><p>Holanda. As tropas francesas se posicionaram</p><p>na linha Maginot, uma linha de defesa com trin-</p><p>cheiras, na tentativa de conter a invasão alemã.</p><p>Para a Alemanha, o resultado dessa invasão foi:</p><p>A) a ocupação de todo o território francês,</p><p>usando-o como base para a conquista da Suíça</p><p>e da Espanha durante a segunda fase da guer-</p><p>ra.</p><p>B) a tomada do território francês, que foi então</p><p>usado como base para a ocupação nazista da</p><p>África do Norte, durante a guerra de trincheiras.</p><p>C) a posse de apenas parte do território, devido</p><p>à resistência armada do exército francês na</p><p>Linha Maginot.</p><p>D) a vitória parcial, já que, após o avanço inicial,</p><p>teve de recuar, devido à resistência dos blinda-</p><p>dos do general De Gaulle, em 1940.</p><p>E) a vitória militar, com ocupação de parte da</p><p>França, enquanto outra parte ficou sob controle</p><p>do governo colaboracionista francês.</p><p>Questão 20 (2009.1)</p><p>O ataque japonês a Pearl Harbor e a conse-</p><p>quente guerra entre americanos e japoneses no</p><p>Pacífico foi resultado de um processo de des-</p><p>gaste das relações entre ambos. Depois de</p><p>1934, os japoneses passaram a falar mais desi-</p><p>nibidamente da “Esfera de coprosperidade da</p><p>Grande Ásia Oriental”, considerada como a</p><p>“Doutrina Monroe Japonesa”.</p><p>A expansão japonesa havia começado em</p><p>1895, quando venceu a China, impôs-lhe o Tra-</p><p>tado de Shimonoseki passando a exercer tutela</p><p>sobre a Coréia. Definida sua área de projeção, o</p><p>Japão passou a ter atritos constantes com a</p><p>China e a Rússia. A área de atrito passou a</p><p>incluir os Estados Unidos quando os japoneses</p><p>ocuparam a Manchúria, em 1931, e a seguir, a</p><p>China, em 1937.</p><p>(REIS FILHO. D.A. (Org) o século XX, o tempo das</p><p>crises. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008)</p><p>Sobre a expansão japonesa, infere-se que:</p><p>A) o Japão tinha uma política expansionista, na</p><p>Ásia, de natureza bélica, diferente da doutrina</p><p>Monroe.</p><p>B) o Japão buscou promover a prosperidade da</p><p>Coréia, tutelando-a à semelhança do que os</p><p>EUA faziam.</p><p>C) o povo japonês propôs cooperação aos Es-</p><p>tados Unidos ao copiarem a Doutrina Monroe e</p><p>proporem o desenvolvimento da Ásia.</p><p>D) a China aliou-se à Rússia contra o Japão,</p><p>sendo que a doutrina Monroe previa a parceria</p><p>entre os dois.</p><p>E) a Manchúria era território norte-americano e</p><p>foi ocupado pelo Japão, originando a guerra</p><p>entre os dois países.</p><p>Questão 21 (2009.1)</p><p>O Massacre da Floresta de Katyn foi noticiado</p><p>pela primeira vez pelos alemães em abril de</p><p>1943. Numa colina na Rússia, soldados nazistas</p><p>encontraram aproximadamente doze mil cadá-</p><p>veres. Empilhado em valas estava um terço da</p><p>oficialidade do exército polonês, entre os quais,</p><p>vários engenheiros, técnicos e cientistas.</p><p>Os nazistas aproveitaram-se ao máximo do</p><p>episódio em sua propaganda antissoviética. Em</p><p>menos de dois anos, porém, a Alemanha foi</p><p>derrotada e a Polônia caiu na órbita da União</p><p>Soviética – a qual reescreveu a história, atribu-</p><p>indo o massacre de Katyn aos nazistas.</p><p>A Polônia inteira sabia tratar-se de uma mentira;</p><p>mas quem o dissesse enfrentaria tortura, exílio</p><p>ou morte.</p><p>(Disponível em: http://veja.abril.com.br.</p><p>Acesso em: 19 maio 2009 - adaptado)</p><p>Como o Massacre de Katyn e a farsa montada</p><p>em torno desse episódio se relacionam com a</p><p>construção da chamada Cortina de Ferro?</p><p>A) A aniquilação foi planejada pelas elites diri-</p><p>gentes polonesas como parte do processo de</p><p>integração de seu país ao bloco soviético.</p><p>B) A construção de uma outra memória sobre o</p><p>Massacre de Katyn teve o sentido de tornar</p><p>menos odiosa e ilegítima, aos poloneses, a su-</p><p>bordinação de seu país ao regime stalinista.</p><p>C) O exército polonês havia aderido ao regime</p><p>nazista, o que levou Stalin a encará-lo como um</p><p>possível foco de restauração do Reich após a</p><p>derrota alemã.</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>apresentada inseria-se no contexto da</p><p>chegada dos primeiros europeus à América, e</p><p>sua origem estava relacionada ao:</p><p>A) domínio da religião e do mito.</p><p>B) exercício do poder e da política.</p><p>C) controle da guerra e da conquista.</p><p>D) nascimento da filosofia e da razão.</p><p>E) desenvolvimento da ciência e da técnica.</p><p>Questão 275 (2016.2)</p><p>(BROCOS, R. A redenção de Cam. 1895. Disponível</p><p>em: http://mnba.gov.br, Acesso em: 13 jan. 2013)</p><p>Na imagem, o autor procura representar as dife-</p><p>rentes gerações de uma família associada a</p><p>uma noção consagrada pelas elites intelectuais</p><p>da época, que:</p><p>A) defesa da democracia racial.</p><p>B) idealização do universo rural.</p><p>C) crise dos valores republicanos.</p><p>D) constatação do atraso sertanejo.</p><p>E) embranquecimento da população.</p><p>Questão 276 (2016.3)</p><p>Os escravos tornam-se propriedade nossa seja</p><p>em virtude da lei civil, seja da lei comum dos</p><p>povos; em virtude da lei civil, se qualquer pes-</p><p>soa de mais de vinte anos permitir a venda de si</p><p>própria com a finalidade de lucrar conservando</p><p>uma parte do preço da compra; e em virtude da</p><p>lei comum dos povos, são nossos escravos</p><p>aqueles que foram capturados na guerra e</p><p>aqueles que são filhos de nossas escarvas.</p><p>(CARDOSO, C. F. Trabalho compulsório na</p><p>Antiguidade. São Paulo: Graal, 2003)</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>83 novocadernoenem@gmail.com</p><p>A obra Institutas, do jurista Aelius Marcianus</p><p>(século III d.C.), instrui sobre a escravidão na</p><p>Roma antiga. No direito e na sociedade romana</p><p>desse período, os escravos compunham uma:</p><p>A) mão de obra especializada protegida pela lei.</p><p>B) força de trabalho sem a presença de ex-</p><p>cidadãos.</p><p>C) categoria de trabalhadores oriundos dos</p><p>mesmos povos.</p><p>D) condição legal independente da origem étni-</p><p>ca do indivíduo.</p><p>E) comunidade criada a partir do estabelecimen-</p><p>to das leis escritas.</p><p>Questão 277 (2016.3)</p><p>A experiência do movimento organizado de</p><p>mulheres no Brasil oferece excelente exemplo</p><p>de como se pode utilizar a lei em favor da me-</p><p>lhoria do status jurídico, da condição social, do</p><p>avanço no sentido de uma presença mais efeti-</p><p>va no processo de decisão política. Ao longo de</p><p>quase todo o século XX, com mais intensidade</p><p>em algumas décadas do que em outras, as mu-</p><p>lheres brasileiras conseguiram obter vitórias</p><p>expressivas. Algumas vezes, abolindo dispositi-</p><p>vos legais discriminatórios, outras, conseguindo</p><p>aprovar novas leis.</p><p>(TABAK, F. A lei como instrumento de mudança soci-</p><p>al. In: TABAK, F.; VERUCCI, F. A difícil igualdade: os</p><p>direitos da mulher como direitos humanos. Rio de</p><p>Janeiro: Relume Dumará, 1994)</p><p>A atuação do movimento social abordado no</p><p>texto resultou, na década de 1930, em:</p><p>A) direito de voto.</p><p>B) garantia de cotas.</p><p>C) acesso ao trabalho.</p><p>D) organização partidária.</p><p>E) igualdade de oportunidades.</p><p>Questão 278 (2016.3)</p><p>No aniversário do primeiro decênio da Marcha</p><p>sobre Roma, em outubro de 1932, Mussolini irá</p><p>inaugurar sua Via dell Impero; a nova Via Sacra</p><p>do Fascismo, ornada com estátuas de César,</p><p>Augusto, Trajano servirá ao culto do antigo e à</p><p>glória do Império Romano e de espaço come-</p><p>morativo do ufanismo italiano.</p><p>Às sombras do passado recriado ergue-se a</p><p>nova Roma, que pode vangloriar-se e celebrar</p><p>seus imperadores e homens fortes; seus gran-</p><p>des poetas e apólogos como Horácio e Virgílio.</p><p>(SILVA, G. História antiga e usos do passado: um</p><p>estudo de apropriações da Antiguidade sob o regime</p><p>de Vichy. São Paulo: Annablume, 2007 - adaptado)</p><p>A retomada da Antiguidade clássica pela pers-</p><p>pectiva do patrimônio cultural foi realizada com</p><p>o objetivo de:</p><p>A) afirmar o ideário cristão para reconquistar a</p><p>grandeza perdida.</p><p>B) utilizar os vestígios restaurados para justificar</p><p>o regime político.</p><p>C) difundir os saberes ancestrais para moralizar</p><p>os costumes sociais.</p><p>D) refazer o urbanismo clássico para favorecer</p><p>a participação política.</p><p>E) recompor a organização republicana para</p><p>fortalecer a administração estatal.</p><p>Questão 279 (2016.3)</p><p>A Guerra Fria foi, acima de tudo, um produto da</p><p>heterogeneidade no sistema internacional - para</p><p>repetir, da heterogeneidade da organização</p><p>interna e da prática internacional - e somente</p><p>poderia ser encerrada pela obtenção de uma</p><p>nova homogeneidade. O resultado disto foi que,</p><p>enquanto os dois sistemas distintos existiram, o</p><p>conflito da Guerra Fria estava destinado a conti-</p><p>nuar: a Guerra Fria não poderia terminar com o</p><p>compromisso ou a convergência, mas somente</p><p>com a prevalência de um destes sistemas sobre</p><p>a outro.</p><p>(HALLIDAY, F. Repensando as relações internacio-</p><p>nais. Porto Alegre: EdUFRGS, 1999)</p><p>A caracterização da Guerra Fria apresentada</p><p>pelo texto implica interpretá-lo como um(a):</p><p>A) esforço de homogeneização do sistema in-</p><p>ternacional negociado entre Estados Unidos e</p><p>União Soviética.</p><p>B) guerra, visando o estabelecimento de um</p><p>renovado sistema social, híbrido de socialismo e</p><p>capitalismo.</p><p>C) conflito intersistêmico em que países capita-</p><p>listas e socialistas competiriam até o fim pelo</p><p>poder de influência em escala mundial.</p><p>D) compromisso capitalista de transformar as</p><p>sociedades homogêneas dos países socialistas</p><p>em democracias liberadas.</p><p>E) enfrentamento bélico entre capitalismo e</p><p>socialismo pela homogeneização social de suas</p><p>respectivas áreas de influência política.</p><p>Questão 280 (2016.3)</p><p>A teoria da democracia participativa é construí-</p><p>da em torno da afirmação central de que os</p><p>indivíduos e suas instituições não podem ser</p><p>considerados isoladamente. A existência de</p><p>instituições representativas em nível nacional</p><p>não basta para a democracia; pois o máximo de</p><p>participação de todas as pessoas, a socializa-</p><p>ção ou "treinamento social" precisa ocorrer em</p><p>outras esferas, de modo que as atitudes e as</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>84 novocadernoenem@gmail.com</p><p>qualidades psicológicas necessárias possam se</p><p>desenvolver. Esse desenvolvimento ocorre por</p><p>meio do próprio processo de participação. A</p><p>principal função da participação na teoria demo-</p><p>crática participativa é, portanto, educativa.</p><p>(PATEMAN, C. Participação e teoria democrática. Rio</p><p>de Janeiro: Paz e Terra, 1992)</p><p>Nessa teoria, a associação entre participação e</p><p>educação tem como fundamento a:</p><p>A) ascensão das camadas populares.</p><p>B) organização do sistema partidário.</p><p>C) eficiência da gestão pública.</p><p>D) ampliação da cidadania ativa.</p><p>E) legitimidade do processo legislativo.</p><p>Questão 281 (2016.3)</p><p>TEXTO I</p><p>Entre os anos 1931 e 1935, o crescimento da</p><p>imigração judaica para a Palestina foi exponen-</p><p>cial, passando de 4000 imigrantes/ano em 1931</p><p>para mais de 60000 em 1935. Em vinte anos, a</p><p>população judaica havia passado de menos de</p><p>10% para mais de 30% da população local.</p><p>(GATTAZ, A. A Guerra da Palestina.</p><p>São Paulo: Usina do Livro, 2002)</p><p>TEXTO II</p><p>Um estado semi-independente sob controle</p><p>britânico foi a fórmula que a Grã-Bretanha usou</p><p>para a administração das áreas que tomara do</p><p>império turco. A exceção foi a Palestina, que</p><p>eles administraram diretamente, tentando em</p><p>vão conciliar promessas feitas aos judeus sio-</p><p>nistas, em troca de apoio contra a Alemanha, e</p><p>aos árabes, em troca de apoio os turcos.</p><p>(HOBSBAWN, E. Era dos extremos.</p><p>São Paulo: Cia. das Letras, 2002)</p><p>Nos trechos, são tematizados o destino de um</p><p>território no período entre as duas Grandes</p><p>Guerras Mundiais. A orientação da política bri-</p><p>tânica relativa a essa região está indicada na:</p><p>A) criação de um Estado aliado.</p><p>B) ocupação de áreas sagradas.</p><p>C) reação ao movimento socialista.</p><p>D) promoção do comércio regional.</p><p>E) exploração de jazidas petrolíferas.</p><p>Questão 282 (2016.3)</p><p>Enfermo a 14 de novembro, na segunda-feira o</p><p>velho Lima voltou ao trabalho, ignorando que no</p><p>entretempo caíra o regime. Sentou-se e viu que</p><p>tinham tirado da parede a velha litografia repre-</p><p>sentando D. Pedro de Alcântara. Como na oca-</p><p>sião passasse um contínuo, perguntou-lhe:</p><p>- Por que tiraram da parede o retrato</p><p>de Sua</p><p>Majestade?</p><p>O contínuo respondeu, num tom lentamente</p><p>desdenhoso:</p><p>- Ora, cidadão, que fazia ali a figura do Pedro</p><p>Banana?</p><p>- Pedro Banana! - repetiu raivoso o velho Lima.</p><p>E, sentando-se, pensou com tristeza:</p><p>- Não dou três anos para que isso seja uma</p><p>República!</p><p>(AZEVEDO, A. Vidas alheias.</p><p>Porto Alegre: s. e., 1901 - adaptado)</p><p>A crônica de Artur Azevedo, retratando os dias</p><p>imediatos à instauração da República no Brasil</p><p>refere-se ao(à):</p><p>A) ausência de participação popular no proces-</p><p>so de queda da Monarquia.</p><p>B) tensão social envolvida no processo de ins-</p><p>tauração do novo regime.</p><p>C) mobilização de setores sociais na restaura-</p><p>ção do antigo regime.</p><p>D) temor dos setores burocráticos com o novo</p><p>regime.</p><p>E) demora na consolidação do novo regime.</p><p>Questão 283 (2016.3)</p><p>As camadas dirigentes paulistas na segunda</p><p>metade do século XIX recorriam à história e à</p><p>figura dos bandeirantes. Para os paulistas, des-</p><p>de o início da colonização, os habitantes de</p><p>Piratininga (antigo nome de São Paulo) tinham</p><p>sido responsáveis pela ampliação do território</p><p>nacional, enriquecendo a metrópole portuguesa</p><p>com o ouro e expandindo suas possessões.</p><p>Graças à integração territorial que promoveram,</p><p>os bandeirantes eram tidos ainda como funda-</p><p>dores da unidade nacional. Representavam a</p><p>lealdade à província de São Paulo e ao Brasil.</p><p>(ABUD, K. M. Paulistas, uni-vos! Revista de História</p><p>da Biblioteca Nacional, n. 34, 1 jul. 2008 - adaptado)</p><p>No período da história nacional analisado, a</p><p>estratégia descrita tinha como objetivo:</p><p>A) promover o pioneirismo industrial pela substi-</p><p>tuição de importações.</p><p>B) questionar o governo regencial após a des-</p><p>centralização administrativa.</p><p>C) recuperar a hegemonia perdida com o fim da</p><p>política do café com leite.</p><p>D) aumentar a participação política em função</p><p>da expansão cafeeira.</p><p>E) legitimar o movimento abolicionista durante a</p><p>crise do escravismo.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>85 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 284 (2016.3)</p><p>Ô ô, com tanto pau no mato</p><p>Embaúba* pe coroné</p><p>Com tanto pau no mato, ê ê</p><p>Com tanto pau no mato</p><p>Embaúba é coroné</p><p>*Embaúba: árvore comum e inútil por ser podre</p><p>por dentro, segundo o historiador Stanley Stein.</p><p>(STEIN, S. J. Vassouras: um município brasileiro do</p><p>café, 1850-1900. Rio de Janeiro:1990)</p><p>Os versos fazem parte de um jongo, gênero</p><p>poético-musical cantado por escravos e seus</p><p>descendentes no Brasil no século XIX, e procu-</p><p>ram expressar a:</p><p>A) exploração rural.</p><p>B) bravura senhorial.</p><p>C) resistência cultural.</p><p>D) violência escravista.</p><p>E) ideologia paternalista.</p><p>Questão 285 (2016.3)</p><p>(HENFIL. Diretas Já!, 1984. In: LEMOS, R. (Org.).</p><p>Uma história do Brasil através da caricatura (1840-</p><p>2001). Rio de Janeiro: Letras & Expressões, 2001)</p><p>A imagem faz referência a uma intensa mobili-</p><p>zação popular e pode ser traduzida como:</p><p>A) a campanha popular que confrontava a legi-</p><p>timidade das eleições indiretas no país.</p><p>B) a manifestação de milhares de pessoas em</p><p>prol da realização de eleições para o Senado.</p><p>C) as passeatas realizadas em prol do fim da</p><p>Ditadura Militar no Brasil e na Argentina.</p><p>D) os comícios e manifestações populares pela</p><p>abertura política de forma lenta e segura.</p><p>E) o movimento que exigia o direito à igualdade</p><p>de voto para homens e mulheres.</p><p>Questão 286 (2016.3)</p><p>O aparecimento da pólis, situado entre os sécu-</p><p>los VIII e VII a.C., constitui, na história do pen-</p><p>samento grego, um acontecimento decisivo.</p><p>Certamente, no plano intelectual como no domí-</p><p>nio das instituições, a vida social e as relações</p><p>entre os homens tomam uma forma nova, cuja</p><p>originalidade foi plenamente sentida pelos gre-</p><p>gos, manifestando-se no surgimento da filosofia.</p><p>(VERNANT. Pensamento grego. RJ: Difel, 2004)</p><p>Segundo Vernant, a filosofia na antiga Grécia foi</p><p>resultado do(a):</p><p>A) constituição do regime democrático.</p><p>B) contato dos gregos com outros povos.</p><p>C) desenvolvimento no campo das navegações.</p><p>D) aparecimento de novas instituições religio-</p><p>sas.</p><p>E) surgimento da cidade como organização</p><p>social.</p><p>Questão 287 (2016.3)</p><p>É hoje a nossa festa nacional. O Brasil inteiro,</p><p>da capital do Império a mais remota e insignifi-</p><p>cante de suas aldeolas, congrega-se unânime</p><p>para comemorar o dia que o tirou dentre as</p><p>nações dependentes para colocá-lo entre as</p><p>nações soberanas, e entregou-lhe os seus des-</p><p>tinos, que até então haviam ficado a cargo de</p><p>um povo estranho.</p><p>(Gazeta de Notícias, 7 de set. 1883)</p><p>As festividades em torno da Independência do</p><p>Brasil marcam o nosso calendário desde os</p><p>anos imediatamente posteriores ao 7 de setem-</p><p>bro de 1822. Essa comemoração está direta-</p><p>mente relacionada com:</p><p>A) a construção e manutenção de símbolos para</p><p>a formação de uma identidade nacional.</p><p>B) o domínio da elite brasileira sobre os princi-</p><p>pais cargos políticos, que se efetivou logo após</p><p>1822.</p><p>C) os interesses de senhores de terras que,</p><p>após a Independência, exigiram a abolição da</p><p>escravidão.</p><p>D) o apoio popular às medidas tomadas pelo</p><p>governo imperial para a expulsão de estrangei-</p><p>ros do país.</p><p>E) a consciência da população sobre os seus</p><p>direitos adquiridos posteriormente à transferên-</p><p>cia da Corte para o Rio de Janeiro.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>86 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 288 (2017.1)</p><p>O New Deal visa restabelecer o equilíbrio entre</p><p>o custo de produção e o preço, entre a cidade e</p><p>o campo, entre os preços agrícolas e os preços</p><p>industriais, reativar o mercado interno – o único</p><p>que é importante —- pelo controle de preços e</p><p>da produção, pela revalorização dos salários e</p><p>do poder aquisitivo das massas isto é, dos la-</p><p>vradores e operários, e pela regulamentação</p><p>das condições de emprego.</p><p>(CROUZET. M. Os Estados perante a crise. In: Histó-</p><p>ria geral das civilizações São Paulo. Difel, 1977)</p><p>Tendo como referência os condicionantes histó-</p><p>ricos do entreguerras, as medidas governamen-</p><p>tais descritas objetivavam:</p><p>A) flexibilizar as regras do mercado financeiro.</p><p>B) fortalecer o sistema de tributação regressiva.</p><p>C) introduzir os dispositivos de contenção Credi-</p><p>tícia</p><p>D) racionalizar os custos da automação indus-</p><p>trial mediante negociação sindical.</p><p>E) recompor os mecanismos de acumulação</p><p>econômica por meio da intervenção estatal.</p><p>Questão 289 (2017.1)</p><p>No império africano do Mali, no século XIV,</p><p>Tombuctu foi centro de um Comércio internaci-</p><p>onal onde tudo era negociado – Sal, escravos,</p><p>marfim, etc. Havia também um grande comércio</p><p>de livros de história, medicina, astronomia e</p><p>matemática, além de grande concentração de</p><p>estudantes. A importância cultural de Tombuctu</p><p>pode ser percebida por meio de um velho pro-</p><p>vérbio: “O sal vem do norte, o ouro vem do Sul,</p><p>mas as palavras de Deus e os tesouros da sa-</p><p>bedoria Vêm de Ombuctu”.</p><p>(Assumpção, J E. África: Uma história para ser</p><p>escrita. Desvendando a história da África.</p><p>Porto Alegre, UFRGS, 2008 - adaptado)</p><p>Uma explicação para o dinamismo dessa cidade</p><p>e sua importância histórica no período mencio-</p><p>nado era o(a):</p><p>A) isolamento geográfico do Saara Ocidental.</p><p>B) exploração intensiva de recursos naturais.</p><p>C) posição relativa nas redes de circulação.</p><p>D) tráfico transatlântico de mão de obra Servil.</p><p>E) competição econômica dos reinos da região.</p><p>Questão 290 (2017.1)</p><p>Após a Declaração Universal dos Direitos Hu-</p><p>manos pela ONU, em 1948, a Unesco publicou</p><p>estudos de cientistas de todo o mundo que des-</p><p>qualificaram as doutrinas racistas e demonstra-</p><p>ram a unidade do gênero humano. Desde então,</p><p>a maioria dos próprios cientistas europeus pas-</p><p>sou a reconhecer o caráter discriminatório da</p><p>pretensa superioridade racial do homem branco</p><p>e a condenar as aberrações cometidas em seu</p><p>nome.</p><p>(Silveira. Os selvagens e a massa: papel do racismo</p><p>científico na montagem da hegemonia ocidental.</p><p>Afro-Ásia, n. 23, 1999 - adaptado)</p><p>A posição assumida pela Unesco, a partir de</p><p>1948, foi motivada por acontecimentos</p><p>então</p><p>recentes, dentre os quais se destacava o(a):</p><p>A) ataque feito pelos japoneses à base militar</p><p>americana de Pearl Harbor.</p><p>B) desencadeamento da Guerra Fria e de novas</p><p>rivalidades entre nações.</p><p>C) morte de milhões de soldados nos Combates</p><p>a Segunda Guerra Mundial.</p><p>D) execução de judeus e eslavos presos em</p><p>guetos e campos de concentração nazistas</p><p>E) lançamento de bombas atômicas em Hiros-</p><p>hima e Nagasaki pelas forças norte-americanas.</p><p>Questão 291 (2017.1)</p><p>Fotografia de Augusto Gomes Leal e da ama de</p><p>leite Mônica, cartão de visita de 1860.</p><p>(KOUTSOUKOS, S. S. M. Amas mercenárias: o dis-</p><p>curso dos doutores em medicina e os retratos de</p><p>amas – Brasil, segunda metade do século XIX. Histó-</p><p>ria, Ciência, Saúde-Manguinhos, 2009. Disponível</p><p>em: http://dx.doi.org. Acesso em: 8 maio 2013)</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>87 novocadernoenem@gmail.com</p><p>A fotografia, datada de 1860, é um indício da</p><p>cultura escravista no Brasil, ao expressar a:</p><p>A) ambiguidade do trabalho doméstico exercido</p><p>pela ama de leite, desenvolvendo uma relação</p><p>de proximidade e subordinação em relação aos</p><p>senhores.</p><p>B) integração dos escravos aos Valores das</p><p>classes médias cultivando a família como pilar</p><p>da sociedade imperial.</p><p>C) melhoria das condições de vida dos escravos</p><p>observada pela roupa luxuosa, associando o</p><p>trabalho doméstico a privilégios para os cativos.</p><p>D) esfera da vida privada, centralizando a figura</p><p>feminina para afirmar o trabalho da mulher na</p><p>educação letrada dos infantes.</p><p>E) distinção étnica entre senhores e escravos</p><p>demarcando a convivência entre estratos soci-</p><p>ais no meio para superar a mestiçagem.</p><p>Questão 292 (2017.1)</p><p>Durante o Estado novo, os encarregados da</p><p>propaganda procuraram aperfeiçoar-se na arte</p><p>da empolgação e envolvimento das “multidões”</p><p>através das mensagens políticas. Nesse tipo de</p><p>discurso, o significado das palavras importa</p><p>pouco, pois, como declarou Goebbels “não fa-</p><p>lamos para dizer alguma coisa, mas para obter</p><p>determinado efeito”.</p><p>(CAPELATO, M. H. Propaganda politica e controle</p><p>dos meios de Comunicação. In: PAMDOLFI, D. (Org.)</p><p>Repensando o Estado Novo. Rio de J.: FGV, 1999)</p><p>O Controle sobre os meios de comunicação foi</p><p>uma marca do Estado Novo, sendo fundamental</p><p>à propaganda política, na medida em que visa-</p><p>va:</p><p>A) conquistar o apoio popular na legitimação do</p><p>novo governo.</p><p>B) ampliar o envolvimento das multidões nas</p><p>decisões políticas.</p><p>C) aumentar a oferta de informações públicas</p><p>para a sociedade civil</p><p>D) estender a participação democrática dos</p><p>meios de comunicação no Brasil</p><p>E) alargar o entendimento da população sobre</p><p>as intenções do novo governo.</p><p>Questão 293 (2017.1)</p><p>Estão aí, como se sabe, dois candidatos à pre-</p><p>sidência, os senhores Eduardo Gomes e Eurico</p><p>Dutra, e um terceiro, o senhor Getúlio Vargas,</p><p>que deve ser candidato de algum grupo político</p><p>oculto, mas é também o candidato popular. Por-</p><p>que há dois “queremos”: o “queremos” dos que</p><p>querem ver se continuam nas posições e o</p><p>“queremos” popular… Afinal, o que é que o se-</p><p>nhor Getúlio Vargas é? É fascista? É comunis-</p><p>ta? É ateu? É Cristão? Quer sair? Quer ficar? O</p><p>povo, entretanto, parece que gosta dele por isso</p><p>mesmo, porque ele é “à moda da casa”.</p><p>(A Democracia. 16 set, 1945, apud GOMES, A. C.</p><p>D’ARAÚJO, M. C. Getulismo e trabalhismo.</p><p>São Paulo: Ática, 1989)</p><p>O movimento político mencionado no texto ca-</p><p>racterizou-se por:</p><p>A) reclamar a participação das agremiações</p><p>partidárias.</p><p>B) apoiar a permanência da ditadura estadono-</p><p>vista.</p><p>C) demandar a confirmação dos direitos traba-</p><p>lhistas.</p><p>D) reivindicar a transição constitucional sob</p><p>influência do governante.</p><p>E) resgatar a representatividade dos sindicatos</p><p>sob controle social.</p><p>Questão 294 (2017.1)</p><p>Mas era sobretudo a lã que os compradores,</p><p>vindos da Flandres ou da Itália, procuravam por</p><p>toda a parte. Para satisfazê-los, as raças foram</p><p>melhoradas através do aumento progressivo</p><p>das suas dimensões. Esse crescimento prosse-</p><p>guiu durante todo o século XIII, e as abadias da</p><p>Ordem de Cister, onde eram utilizados os méto-</p><p>dos mais racionais de criação de gado, desem-</p><p>penharam certamente um papel determinante</p><p>nesse aperfeiçoamento.</p><p>(DUBYG. Economia rural e vida no campo no Ociden-</p><p>te medieval Lisboa: Estampa, 1987 - adaptado)</p><p>O texto aponta para a relação entre aperfeiçoa-</p><p>mento da atividade pastoril e avanço técnico na</p><p>Europa Ocidental feudal, que resultou do(a):</p><p>A) crescimento do trabalho escravo.</p><p>B) desenvolvimento da vida urbana.</p><p>C) padronização dos impostos locais.</p><p>D) uniformização do processo produtivo.</p><p>E) desconcentração da estrutura fundiária.</p><p>Questão 295 (2017.1)</p><p>No período anterior ao golpe militar de 1964, os</p><p>documentos episcopais indicavam para os bis-</p><p>pos que o desenvolvimento econômico, e cla-</p><p>ramente o desenvolvimento capitalista, orien-</p><p>tando-se no sentido da justa distribuição da</p><p>riqueza, resolveria o problema da miséria rural</p><p>e, consequentemente, suprimiria a possibilidade</p><p>do proselitismo e da expansão comunista entre</p><p>os camponeses. Foi nesse sentido que o golpe</p><p>de Estado, de 31 de março de 1964, foi acolhido</p><p>pela Igreja.</p><p>(MARTINS, J. S. A política do Brasil: lúmpen e místi-</p><p>co. São Paulo: Contexto, 2011 - adaptado)</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>88 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Em que pesem as divergências no interior do</p><p>clero após a instalação da ditadura civil-militar, o</p><p>posicionamento mencionado no texto funda-</p><p>mentou-se no entendimento da hierarquia cató-</p><p>lica de que o(a):</p><p>A) luta de classes é estimulada pelo livre mer-</p><p>cado.</p><p>B) poder oligárquico é limitado pela ação do</p><p>Exército.</p><p>C) doutrina Cristã é beneficiada pelo atraso do</p><p>interior</p><p>D) espaço político é dominado pelo interesse</p><p>empresarial.</p><p>E) manipulação ideológica é favorecida pela</p><p>privação.</p><p>Questão 296 (2017.1)</p><p>O instituto popular, de acordo com o exame da</p><p>razão, fez da figura do alferes Xavier o principal</p><p>dos inconfidentes, e colocou os seus parceiros a</p><p>meia ração de glória. Merecem, decerto, a nos-</p><p>sa estima aqueles outros; eram patriotas. Mas o</p><p>que se ofereceu a carregar com os pecadores</p><p>de Israel, o que chorou de alegria quando viu</p><p>comutada a pena de morte dos seus compa-</p><p>nheiros, pena que só ia ser executada nele, o</p><p>enforcado, o esquartejado, o decapitado, esse</p><p>tem de receber o prêmio na proporção do martí-</p><p>rio, e ganhar por todos, visto que pagou por</p><p>todos.</p><p>(ASSIS, M. Gazeta de Notícias, n. 114, 24 ab. 1892)</p><p>No processo de transição para a República, a</p><p>narrativa machadiana sobre a Inconfidência</p><p>Mineira associa:</p><p>A) redenção cristã e cultura cívica.</p><p>B) veneração aos santos e radicalismo militar</p><p>C) apologia aos protestantes e culto Ufanista.</p><p>D) tradição messiânica e tendência regionalista.</p><p>E) representação eclesiástica e dogmatismo</p><p>ideológico.</p><p>Questão 297 (2017.2)</p><p>Nos primeiros anos do governo Vargas, as or-</p><p>ganizações operárias sob controle das correntes</p><p>de esquerda tentaram se opor ao seu enqua-</p><p>dramento pelo Estado. Mas a tentativa fracas-</p><p>sou. Além do governo, a própria base dessas</p><p>organizações pressionou pela legalização. Vá-</p><p>rios benefícios, como as férias e a possibilidade</p><p>de postular direitos perante as Juntas de Conci-</p><p>liação e Julgamento, dependiam da condição de</p><p>ser membro de sindicato reconhecido pelo go-</p><p>verno.</p><p>(FAUSTO, B. História concisa do Brasil. São Paulo:</p><p>Edusp; Imprensa Oficial do Estado, 2002 - adaptado)</p><p>No contexto histórico retratado pelo texto, a</p><p>relação entre governo e movimento sindical foi</p><p>caracterizada:</p><p>A) pelas benesses sociais do getulismo.</p><p>B) por um diálogo democraticamente constituí-</p><p>do.</p><p>C) por uma legislação construída consensual-</p><p>mente.</p><p>D) pelo reconhecimento de diferentes ideologias</p><p>políticas.</p><p>E) pela vinculação de direitos trabalhistas à</p><p>tutela do Estado.</p><p>Questão 298 (2017.2)</p><p>Mas a Primeira Guerra Mundial foi seguida por</p><p>um tipo de colapso verdadeiramente mundial,</p><p>sentido pelo menos em todos os lugares em que</p><p>homens e mulheres se envolviam ou faziam uso</p><p>de transações impessoais de mercado. Na ver-</p><p>dade, mesmo os orgulhosos EUA, longe de</p><p>serem um porto seguro das convulsões de con-</p><p>tinentes menos afortunados, se tornaram o epi-</p><p>centro deste que foi o maior terremoto global</p><p>medido na escala Richter dos historiadores</p><p>econômicos — a Grande Depressão do entre-</p><p>guerras.</p><p>(HOBSBAWM, E. J. Era dos extremos: o breve século</p><p>XX (1914-1991). São Paulo: Cia. das Letras, 1995)</p><p>A Grande Depressão econômica que se abateu</p><p>nos EUA e se alastrou pelo mundo capitalista</p><p>deveu-se ao(à):</p><p>A) produção industrial norte-americana, ocasio-</p><p>nada por uma falsa perspectiva de crescimento</p><p>econômico pós-Primeira Guerra Mundial.</p><p>B) vitória alemã na Primeira Grande Guerra e,</p><p>consequentemente, sua capacidade de compe-</p><p>tição econômica com os empresários norte-</p><p>americanos.</p><p>C) desencadeamento da Revolução Russa de</p><p>1917 e a formação de um novo bloco econômi-</p><p>co, capaz de competir com a economia capita-</p><p>lista.</p><p>D) Guerra Fria, que caracterizou o período de</p><p>entreguerras, provocando insegurança e crises</p><p>econômicas no mundo.</p><p>E) tomada de medidas econômicas pelo presi-</p><p>dente norte-americano Roosevelt, conhecidas</p><p>como New Deal, que levaram à crise econômica</p><p>no mundo.</p><p>Questão 299 (2017.2)</p><p>O movimento abolicionista, que levou à liberta-</p><p>ção dos escravos pela Lei Áurea em 13 de maio</p><p>de 1888, foi a primeira campanha de dimensões</p><p>nacionais com participação popular. Nunca an-</p><p>tes tantos brasileiros se haviam mobilizado de</p><p>forma tão intensa por uma causa comum, nem</p><p>mesmo durante a Guerra do Paraguai. Envol-</p><p>vendo todas as regiões e classes sociais, carre-</p><p>gou multidões a comícios e manifestações pú-</p><p>blicas e mudou de forma dramática as relações</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>89 novocadernoenem@gmail.com</p><p>políticas e sociais que até então vigoravam no</p><p>país.</p><p>(GOMES, L. 1889. São Paulo: Globo, 2013 )</p><p>O movimento social citado teve como seu prin-</p><p>cipal veículo de propagação o(a):</p><p>A) imprensa escrita.</p><p>B) oficialato militar.</p><p>C) corte palaciana.</p><p>D) clero católico.</p><p>E) câmara de representantes.</p><p>Questão 300 (2017.2)</p><p>O garfo muito grande, com dois dentes, que era</p><p>usado para servir as carnes aos convidados, é</p><p>antigo, mas não o garfo individual. Este data</p><p>mais ou menos do século XVI e difundiu-se a</p><p>partir de Veneza e da Itália em geral, mas com</p><p>lentidão. O uso só se generalizaria por volta de</p><p>1750.</p><p>(BRAUDEL, F. Civilização material, economia e capi-</p><p>talismo: séculos XV-XVIII; as estruturas do cotidiano.</p><p>São Paulo: Martins Fontes, 1977 - adaptado)</p><p>No processo de transição para a modernidade,</p><p>o uso do objeto descrito relaciona-se à:</p><p>A) construção de hábitos sociais.</p><p>B) introdução de medidas sanitárias.</p><p>C) ampliação das refeições familiares.</p><p>D) valorização da cultura renascentista.</p><p>E) incorporação do comportamento laico.</p><p>Questão 301 (2017.2)</p><p>A tecelagem é numa sala com quatro janelas e</p><p>150 operários. O salário é por obra. No começo</p><p>da fábrica, os tecelões ganhavam em média</p><p>170$000 réis mensais. Mais tarde não conse-</p><p>guiam ganhar mais do que 90$000; e pelo últi-</p><p>mo rebaixamento, a média era de 75$000! E se</p><p>a vida fosse barata! Mas as casas que a fábrica</p><p>aluga, com dois quartos e cozinha, são a</p><p>20$000 réis por mês; as outras são de 25$ a</p><p>30$000 réis. Quanto aos gêneros de primeira</p><p>necessidade, em regra custam mais do que em</p><p>São Paulo.</p><p>(CARONE, E. Movimento operário no Brasil.</p><p>São Paulo: Difel, 1979)</p><p>Essas condições de trabalho, próprias de uma</p><p>sociedade em processo de industrialização co-</p><p>mo a brasileira do início do século XX, indicam</p><p>a:</p><p>A) exploração burguesa.</p><p>B) organização dos sindicatos.</p><p>C) ausência de especialização.</p><p>D) industrialização acelerada.</p><p>E) alta de preços.</p><p>Questão 302 (2017.2)</p><p>Em 1914, o preço da borracha despencou no</p><p>mercado internacional; dois anos depois, 200</p><p>firmas foram à falência em Manaus. E assim</p><p>acabou o sonho de quem acendia charutos com</p><p>notas de 1 000 réis. A cidade entrou em colap-</p><p>so.</p><p>(National Geographic, n. 143, fev. 2012 - adaptado)</p><p>O súbito declínio da atividade econômica men-</p><p>cionada foi provocado pelo(a):</p><p>A) carência de meios de transporte que permi-</p><p>tissem uma rápida integração entre as áreas</p><p>produtoras e consumidoras.</p><p>B) produção nas plantações de seringueiras do</p><p>sudeste asiático, que ocasionou um excesso da</p><p>produção mundial.</p><p>C) chamado encilhamento, que resultou na des-</p><p>valorização da moeda brasileira após forte es-</p><p>peculação na Bolsa de Valores.</p><p>D) fim da migração de nordestinos para a Ama-</p><p>zônia, que gerou uma enorme carência de mão</p><p>de obra na região.</p><p>E) início da Primeira Guerra Mundial, que para-</p><p>lisou o comércio internacional e provocou o</p><p>declínio da economia brasileira.</p><p>Questão 303 (2017.2)</p><p>O dicionário da Real Academia Espanhola não</p><p>usa a terminologia de Estado, nação e língua no</p><p>sentido moderno. Antes de sua edição de 1884,</p><p>a palavra nación significa simplesmente "o</p><p>agregado de habitantes de uma província, de</p><p>um país ou de um reino” e também “um estran-</p><p>geiro”. Mas agora era dada como “um Estado ou</p><p>corpo político que reconhece um centro supre-</p><p>mo de governo comum”.</p><p>(HOBSBAWM, E. J. Nações e nacionalismo (desde</p><p>1870). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990 - adaptado)</p><p>A ideia de nação como lugar de pertencimento,</p><p>ao qual os indivíduos têm ligação por nascimen-</p><p>to, constitui-se na Europa do final do século XIX.</p><p>Sua difusão resultou:</p><p>A) na rápida ascensão de governos com maior</p><p>participação popular, dado que a unidade naci-</p><p>onal anulava as diferenças sociais.</p><p>B) na construção de uma cultura que incorpora-</p><p>va todas as parcialidades equilibradamente</p><p>dentro de uma identidade comum.</p><p>C) na imposição de uma única língua, cultura e</p><p>tradição às diferentes comunidades agregadas</p><p>ao Estado nacional.</p><p>D) na anulação pacífica das diferenças étnicas</p><p>existentes entre as comunidades que passaram</p><p>a compor a nacionalidade.</p><p>E) em um intenso processo cultural marcado</p><p>pelo protagonismo das populações autóctones.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>90 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 304 (2018.1)</p><p>A existência em Jerusalém de um hospital vol-</p><p>tado para o alojamento e o cuidado dos peregri-</p><p>nos, assim como daqueles entre eles que esta-</p><p>vam cansados ou doentes, fortaleceu o elo en-</p><p>tre a obra de assistência e de caridade e a Terra</p><p>Santa. Ao fazer, em 1113, do Hospital de Jeru-</p><p>salém um estabelecimento central da ordem,</p><p>Pascoal II estimulava a filiação dos hospitalários</p><p>do Ocidente a ele, sobretudo daqueles que es-</p><p>tavam ligados à peregrinação na Terra Santa ou</p><p>em outro lugar. A militarização do Hospital de</p><p>Jerusalém não diminuiu a vocação caritativa</p><p>primitiva, mas a fortaleceu.</p><p>(DEMURGER, A. Os Cavaleiros de Cristo.</p><p>Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002 - adaptado)</p><p>o acontecimento descrito vincula-se ao fenôme-</p><p>no ocidental do(a)</p><p>A) surgimento do monasticismo guerreiro, oca-</p><p>sionado pelas cruzadas.</p><p>B) descentralização do poder eclesiástico, pro-</p><p>duzida pelo feudalismo.</p><p>C) alastramento da peste bubônica, provocado</p><p>pela expansão comercial.</p><p>D) afirmação da fraternidade mendicante, esti-</p><p>mulada pela reforma espiritual.</p><p>E) criação das faculdades de medicina, promo-</p><p>vida pelo renascimento urbano.</p><p>Questão 305 (2018.1)</p><p>A tribo não possui um rei, mas um chefe que</p><p>não é chefe de Estado. O que significa isso?</p><p>Simplesmente que o chefe não dispõe de ne-</p><p>nhuma autoridade, de nenhum poder de coer-</p><p>ção, de nenhum meio de dar uma ordem. O</p><p>chefe não é um comandante, as pessoas da</p><p>tribo não têm nenhum dever de obediência. O</p><p>espaço da chefia não é o lugar do poder. Es-</p><p>sencialmente encarregado de eliminar conflitos</p><p>que podem surgir entre indivíduos, famílias e</p><p>linhagens, o chefe só dispõe, para restabelecer</p><p>a ordem e a concórdia, do prestígio que lhe</p><p>reconhece a sociedade. Mas evidentemente</p><p>prestígio não significa poder, e os meios que o</p><p>chefe detém para realizar sua tarefa de pacifi-</p><p>cador limitam-se ao uso exclusivo da palavra.</p><p>(CLASTRES, P. A sociedade contra o Estado. Rio de</p><p>Janeiro: Francisco Alves, 1982 - adaptado)</p><p>O modelo político das sociedades discutidas no</p><p>texto contrasta com o do Estado liberal burguês</p><p>porque se baseia em:</p><p>A) Imposição ideológica e normas hierárquicas.</p><p>B) Determinação divina e soberania monárqui-</p><p>ca.</p><p>C) Intervenção consensual e autonomia comuni-</p><p>tária.</p><p>D) Mediação jurídica e regras contratualistas.</p><p>E) Gestão coletiva e obrigações tributárias.</p><p>Questão 306 (2018.1)</p><p>Figura 1</p><p>(Disponível em: www.thehenryford.org.</p><p>Acesso em: 3 maio 2018)</p><p>Figura 2</p><p>(Disponível em: www.abc.net.au.</p><p>Acesso em: 3 maio 2018)</p><p>Esse ônibus relaciona-se ao ato praticado, em</p><p>1955, por Rosa Parks, apresentada em fotogra-</p><p>fia ao lado de Martin Luther King. O veículo</p><p>alcançou o estatuto de obra museológica por</p><p>simbolizar o(a):</p><p>A) impacto do medo da corrida armamentista.</p><p>B) democratização do acesso à escola pública.</p><p>C) preconceito de gênero no transporte coletivo.</p><p>D) deflagração do movimento por igualdade</p><p>civil.</p><p>E) eclosão da rebeldia no comportamento juve-</p><p>nil.</p><p>Questão 307 (2018.1)</p><p>TEXTO I</p><p>E pois que em outra cousa nesta parte me não</p><p>posso vingar do demônio, admoesto da parte da</p><p>cruz de Cristo Jesus a todos que este lugar</p><p>lerem, que deem a esta terra o nome que com</p><p>tanta solenidade lhe foi posto, sob pena de a</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>91 novocadernoenem@gmail.com</p><p>mesma cruz que nos há de ser mostrada no dia</p><p>final, os acusar de mais devotos do pau-brasil</p><p>que dela.</p><p>(BARROS, J. In: SOUZA, L. M. Inferno atlântico:</p><p>demonologia e colonização: séculos XVI-XVIII. São</p><p>Paulo: Cia. das Letras, 1993)</p><p>TEXTO II</p><p>E deste modo se hão os povoadores, os quais,</p><p>por mais arraigados que na terra estejam e mais</p><p>ricos que sejam, tudo pretendem levar a Portu-</p><p>gal, e, se as fazendas e bens que possuem</p><p>souberam falar, também lhes houveram de en-</p><p>sinar a dizer como os papagaios, aos quais a</p><p>primeira coisa que ensinam é: papagaio real</p><p>para Portugal, porque tudo querem para lá.</p><p>(SALVADOR, F. V. In: SOUZA, L. M. (Org.). História</p><p>da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na</p><p>América portuguesa. São Paulo: Cia. das Letras, 97)</p><p>As críticas desses cronistas ao processo de</p><p>colonização portuguesa na América estavam</p><p>relacionadas à:</p><p>A) utilização do trabalho escravo.</p><p>B) implantação de polos urbanos.</p><p>C) devastação de áreas naturais.</p><p>D) ocupação de terras indígenas.</p><p>E) expropriação de riquezas locais.</p><p>Questão 308 (2018.1)</p><p>Os soviéticos tinham chegado a Cuba muito</p><p>cedo na década de 1960, esgueirando-se pela</p><p>fresta aberta pela imediata hostilidade norte-</p><p>americana em relação ao processo social revo-</p><p>lucionário. Durante três décadas os soviéticos</p><p>mantiveram sua presença em Cuba com bases</p><p>e ajuda militar, mas, sobretudo, com todo o</p><p>apoio econômico que, como saberíamos anos</p><p>mais tarde, mantinha o país à tona, embora nos</p><p>deixasse em dívida com os irmãos soviéticos –</p><p>e depois com seus herdeiros russos – por cifras</p><p>que chegavam a US$ 32 bilhões. Ou seja, o que</p><p>era oferecido em nome da solidariedade socia-</p><p>lista tinha um preço definido.</p><p>(PADURA, L. Cuba e os russos.</p><p>Folha de São Paulo, 19 jul. 2014 - adaptado)</p><p>O texto indica que durante a Guerra Fria as</p><p>relações internas em um mesmo bloco foram</p><p>marcadas pelo(a):</p><p>A) busca da neutralidade política.</p><p>B) estímulo à competição comercial.</p><p>C) subordinação à potência hegemônica.</p><p>D) elasticidade das fronteiras geográficas.</p><p>E) compartilhamento de pesquisas científicas.</p><p>Questão 309 (2018.1)</p><p>A poetisa Emília Freitas subiu a um palanque,</p><p>nervosa, pedindo desculpas por não possuir</p><p>títulos nem conhecimentos, mas orgulhosa ofe-</p><p>receu a sua pena que “sem ser hábil, é, em</p><p>compensação, guiada pelo poder da vontade”.</p><p>Maria Tomásia pronunciava orações que levan-</p><p>tavam os ouvintes.</p><p>A escritora Francisca Clotilde arrebatava, de-</p><p>clamando seus poemas. Aquelas “angélicas</p><p>senhoras”, “heroínas da caridade”, levantavam</p><p>dinheiro para comprar liberdades e usavam de</p><p>seu entusiasmo a fim de convencer os donos de</p><p>escravos a fazerem alforrias gratuitamente.</p><p>(MIRANDA, A. Disponível em:</p><p>www.opovoonline.com.br. Acesso em: 10 jun. 2015)</p><p>As práticas culturais narradas remetem, histori-</p><p>camente, ao movimento:</p><p>A) feminista.</p><p>B) sufragista.</p><p>C) socialista.</p><p>D) republicano.</p><p>E) abolicionista</p><p>Questão 310 (2018.1)</p><p>A democracia que eles pretendem é a democra-</p><p>cia dos privilégios, a democracia da intolerância</p><p>e do ódio. A democracia que eles querem é</p><p>para liquidar com a Petrobras, é a democracia</p><p>dos monopólios, nacionais e internacionais, a</p><p>democracia que pudesse lutar contra o povo.</p><p>Ainda ontem eu afirmava que a democracia</p><p>jamais poderia ser ameaçada pelo povo, quan-</p><p>do o povo livremente vem para as praças – as</p><p>praças que são do povo. Para as ruas – que são</p><p>do povo.</p><p>(Disponível em:</p><p>www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/</p><p>discurso-de-joao-goulart-nocomicio-da-central.</p><p>Acesso em: 29 out. 2015)</p><p>Em um momento de radicalização política, a</p><p>retórica no discurso do presidente João Goulart,</p><p>proferido no comício da Central do Brasil, bus-</p><p>cava justificar a necessidade de:</p><p>A) conter a abertura econômica para conseguir</p><p>a adesão das elites.</p><p>B) impedir a ingerência externa para garantir a</p><p>conservação de direitos.</p><p>C) regulamentar os meios de comunicação para</p><p>coibir os partidos de oposição.</p><p>D) aprovar os projetos reformistas para atender</p><p>a mobilização de setores trabalhistas.</p><p>E) incrementar o processo de desestatização</p><p>para diminuir a pressão da opinião pública.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>92 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 311 (2018.1)</p><p>A rebelião luso-brasileira em Pernambuco co-</p><p>meçou a ser urdida em 1644 e explodiu em 13</p><p>de junho de 1645, dia de Santo Antônio. Uma</p><p>das primeiras medidas de João Fernandes foi</p><p>decretar nulas as dívidas que os rebeldes ti-</p><p>nham com os holandeses. Houve grande ade-</p><p>são da “nobreza da terra”, entusiasmada com</p><p>esta proclamação heroica.</p><p>(VAINFAS, R. Guerra declarada e paz fingida na</p><p>restauração portuguesa. Tempo, n. 27, 2009)</p><p>O desencadeamento dessa revolta na América</p><p>portuguesa seiscentista foi o resultado do(a):</p><p>A) fraqueza bélica dos protestantes batavos.</p><p>B) comércio transatlântico da África ocidental.</p><p>C) auxílio financeiro dos negociantes flamengos.</p><p>D) diplomacia internacional dos Estados ibéri-</p><p>cos.</p><p>E) interesse econômico dos senhores de enge-</p><p>nho.</p><p>Questão 312 (2018.1)</p><p>TEXTO I</p><p>Programa do Partido Social</p><p>Democrático (PSD)</p><p>Capitais estrangeiros</p><p>É indispensável manter clima propício à entrada</p><p>de capitais estrangeiros. A manutenção desse</p><p>clima recomenda a adoção de normas discipli-</p><p>nadoras dos investimentos e suas rendas, vi-</p><p>sando reter no país a maior parcela possível</p><p>dos lucros auferidos.</p><p>TEXTO II</p><p>Programa da União</p><p>Democrática Nacional (UDN)</p><p>O capital</p><p>Apelar para o capital estrangeiro, necessário</p><p>para os empreendimentos da reconstrução na-</p><p>cional e, sobretudo, para o aproveitamento das</p><p>nossas reservas inexploradas, dando-lhe um</p><p>tratamento equitativo e liberdade para a saída</p><p>dos juros.</p><p>(CHACON, V. História dos partidos brasileiros:</p><p>discurso e práxis dos seus programas.</p><p>Brasília: UnB, 1981 - adaptado)</p><p>Considerando as décadas de 1950 e 1960 no</p><p>Brasil, os trechos dos programas do PSD e</p><p>UDN convergiam na defesa da:</p><p>A) autonomia de atuação das multinacionais.</p><p>B) descentralização da cobrança tributária.</p><p>C) flexibilização das reservas cambiais.</p><p>D) liberdade de remessa de ganhos.</p><p>E) captação de recursos do exterior.</p><p>Questão 313 (2018.1)</p><p>Outra importante manifestação das crenças e</p><p>tradições africanas na Colônia eram os objetos</p><p>conhecidos como “bolsas de mandinga”. A inse-</p><p>gurança tanto física como espiritual gerava uma</p><p>necessidade generalizada de proteção: das</p><p>catástrofes da natureza, das doenças, da má</p><p>sorte, da violência dos núcleos urbanos, dos</p><p>roubos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros</p><p>etc. Também para trazer sorte, dinheiro e até</p><p>atrair mulheres, o costume era corrente nas</p><p>primeiras décadas do século XVIII, envolvendo</p><p>não apenas escravos, mas também homens</p><p>brancos.</p><p>(CALAINHO, D. B. Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEI-</p><p>REDO, L. História do Brasil para ocupados. Rio de</p><p>Janeiro: Casa da Palavra, 2013 - adaptado)</p><p>A prática histórico-cultural de matriz africana</p><p>descrita no texto representava um(a):</p><p>A) expressão do valor das festividades da popu-</p><p>lação pobre.</p><p>B) ferramenta para submeter os cativos ao tra-</p><p>balho forçado.</p><p>C) estratégia de subversão do poder da monar-</p><p>quia portuguesa.</p><p>D) elemento de conversão dos escravos ao</p><p>catolicismo romano.</p><p>E) instrumento para minimizar o sentimento de</p><p>desamparo social.</p><p>Questão 314 (2018.1)</p><p>O encontro entre o Velho e o Novo Mundo, que</p><p>a descoberta de Colombo tornou possível, é de</p><p>um tipo muito particular: é uma guerra – ou a</p><p>Conquista -, como se dizia então. E um mistério</p><p>continua: o resultado do combate. Por que a</p><p>vitória fulgurante, se os habitantes da América</p><p>eram tão superiores em número aos adversários</p><p>e lutaram no próprio solo? Se nos limitarmos à</p><p>conquista do México – a mais espetacular, já</p><p>que a civilização mexicana é a mais brilhante do</p><p>mundo pré-colombiano – como explicar que</p><p>Cortez, liderando centenas de homens, tenha</p><p>conseguido tomar o reino de Montezuma, que</p><p>dispunha de centenas de milhares de guerrei-</p><p>ros?</p><p>(TODOROV, T. A conquista da América. São Paulo:</p><p>Martins Fontes, 1991 - adaptado)</p><p>No contexto da conquista, conforme análise</p><p>apresentada no texto, uma estratégia para su-</p><p>perar as disparidades levantadas foi:</p><p>A) implantar as missões cristãs entre as comu-</p><p>nidades submetidas.</p><p>B) utilizar a superioridade física dos mercená-</p><p>rios africanos.</p><p>C) explorar as rivalidades existentes entre os</p><p>povos nativos.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>93 novocadernoenem@gmail.com</p><p>D) introduzir vetores para a disseminação de</p><p>doenças epidêmicas.</p><p>E) comprar terras para o enfraquecimento das</p><p>teocracias autóctones.</p><p>Questão 315 (2018.1)</p><p>São Paulo, 10 de janeiro de 1979.</p><p>Exmo. Sr. Presidente Ernesto Geisel.</p><p>Considerando as instruções dadas por V. S. de</p><p>que sejam negados os passaportes aos senho-</p><p>res Francisco Julião, Miguel Arraes, Leonel Bri-</p><p>zola, Luis Prestes, Paulo Schilling, Gregório</p><p>Bezerra, Márcio Moreira Alves e Paulo Freire.</p><p>Considerando que, desde que nasci, me identi-</p><p>fico plenamente com a pele, a cor dos cabelos,</p><p>a cultura, o sorriso, as aspirações, a história e o</p><p>sangue destes oito senhores.</p><p>Considerando tudo isto, por imperativo de minha</p><p>consciência, venho por meio desta devolver o</p><p>passaporte que, negado a eles, me foi concedi-</p><p>do pelos órgãos competentes de seu governo.</p><p>(Carta do cartunista Henrique de Souza Fiiho, conhe-</p><p>cido como Henfíi. In: HENFIL. Cartas da mãe.</p><p>Rio de Janeiro: Codecri, 1981 - adaptado)</p><p>No referido contexto histórico, a manifestação</p><p>do cartunista Henfil expressava uma crítica</p><p>ao(à):</p><p>A) censura moral das produções culturais.</p><p>B) limite do processo de distensão política.</p><p>C) interferência militar de países estrangeiros.</p><p>D) representação social das agremiações parti-</p><p>dárias.</p><p>E) representação social das agremiações parti-</p><p>dárias.</p><p>Questão 316 (2018.1)</p><p>Os seus líderes terminaram presos e assassi-</p><p>nados. A “marujada” rebelde foi inteiramente</p><p>expulsa da esquadra. Num sentido histórico,</p><p>porém, eles foram vitoriosos.</p><p>A “chibata” e outros castigos físicos infamantes</p><p>nunca mais foram oficialmente utilizados; a par-</p><p>tir de então, os marinheiros – agora respeitados</p><p>– teriam suas condições de vida melhoradas</p><p>significativamente. Sem dúvida fizeram avançar</p><p>a História.</p><p>(MAESTRI, M. 1910: a revolta dos marinheiros-um a</p><p>saga negra. São Paulo: Global, 1982)</p><p>A eclosão desse conflito foi resultado da tensão</p><p>acumulada na Marinha do Brasil pelo(a):</p><p>A) engajamento de civis analfabetos após a</p><p>emergência de guerras externas.</p><p>B) insatisfação de militares positivistas após a</p><p>consolidação da política dos governadores.</p><p>C) rebaixamento de comandantes veteranos</p><p>após a repressão a insurreições milenaristas.</p><p>D) sublevação das classes populares do campo</p><p>após a instituição do alistamento obrigatório.</p><p>E) manutenção da mentalidade escravocrata da</p><p>oficialidade após a queda do regime imperial.</p><p>Questão 317 (2018.1)</p><p>(Disponível em: http://cpdoc.fgv.br.</p><p>Acesso em: 6 dez. 2017)</p><p>Essa imagem foi impressa em cartilha escolar</p><p>durante a vigência do Estado Novo com o intuito</p><p>de:</p><p>A) destacar a sabedoria inata do líder governa-</p><p>mental.</p><p>B) atender a necessidade familiar de obediência</p><p>infantil.</p><p>C) promover o desenvolvimento consistente das</p><p>atitudes solidárias.</p><p>D) conquistar a aprovação política por meio do</p><p>apelo carismático.</p><p>E) estimular o interesse acadêmico por meio de</p><p>exercícios intelectuais.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>94 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 318 (2018.1)</p><p>Código Penal dos Estados Unidos</p><p>do Brasil, 1890</p><p>Dos crimes contra a saúde pública</p><p>Art. 156. Exercer a medicina em qualquer dos</p><p>seus ramos, a arte dentária ou a farmácia; prati-</p><p>car a homeopatia, a dosimetria, o hipnotismo ou</p><p>magnetismo animal, sem estar habilitado se-</p><p>gundo as leis e regulamentos.</p><p>Art. 158. Ministrar, ou simplesmente prescrever,</p><p>como meio curativo para uso interno ou externo,</p><p>e sob qualquer forma preparada, substância de</p><p>qualquer dos reinos da natureza, fazendo, ou</p><p>exercendo assim, o ofício denominado curandei-</p><p>ro.</p><p>(Disponível em: http://legis.senado.gov.br.</p><p>Acesso em: 21 dez. 2014 - adaptado)</p><p>No início da Primeira República, a legislação</p><p>penal vigente evidenciava o(a):</p><p>A) negligência das religiões cristãs sobre as</p><p>moléstias.</p><p>B) desconhecimento das origens das crenças</p><p>tradicionais.</p><p>C) preferência da população pelos tratamentos</p><p>alopáticos.</p><p>D) abandono pela comunidade das práticas</p><p>terapêuticas de magia.</p><p>E) condenação pela ciência dos conhecimentos</p><p>populares de cura.</p><p>Questão 319 (2018.1)</p><p>O marco inicial das discussões parlamentares</p><p>em torno do direito do voto feminino são os de-</p><p>bates que antecederam a Constituição de 1824,</p><p>que não trazia qualquer impedimento ao exercí-</p><p>cio dos direitos políticos por mulheres, mas, por</p><p>outro lado, também não era explícita quanto à</p><p>possibilidade desse exercício. Foi somente em</p><p>1932, dois anos antes de estabelecido o voto</p><p>aos 18 anos, que as mulheres obtiveram o direi-</p><p>to de votar, o que veio a se concretizar no ano</p><p>seguinte. Isso ocorreu a partir da aprovação do</p><p>Código Eleitoral de 1932.</p><p>(Disponível em: http://tse.jusbrasil.com.br.</p><p>Acesso em: 14 maio 2018)</p><p>Um dos fatores que contribuíram para a efetiva-</p><p>ção da medida mencionada no texto foi a:</p><p>A) superação da cultura patriarcal.</p><p>B) influência de igrejas protestantes.</p><p>C) pressão do governo revolucionário.</p><p>D) fragilidade das oligarquias regionais.</p><p>E) campanha de extensão da cidadania.</p><p>Questão 320 (2018.1)</p><p>(Tônico para a saúde da mulher. Disponível em:</p><p>www.propagandashistoricas.com.br.</p><p>Acesso em: 28 nov. 2017)</p><p>O anúncio publicitário da década de 1940 refor-</p><p>ça os seguintes estereótipos atribuídos histori-</p><p>camente a uma suposta natureza feminina:</p><p>A) Pudor inato e instinto maternal.</p><p>B) Fragilidade física e necessidade de aceita-</p><p>ção.</p><p>C) Isolamento social e procura de autoconheci-</p><p>mento.</p><p>D) Dependência econômica e desejo de osten-</p><p>tação.</p><p>E) Mentalidade fútil e conduta hedonista.</p><p>Questão 321 (2018.1)</p><p>Rodrigo havia sido indicado pela oposição para</p><p>fiscal duma das mesas eleitorais. Pôs o revólver</p><p>na cintura, uma caixa de balas no bolso e en-</p><p>caminhou-se para seu posto. A chamada dos</p><p>eleitores começou às sete da manhã. Plantados</p><p>junto da porta, os capangas do Trindade ofere-</p><p>ciam cédulas com o nome dos candidatos ofici-</p><p>ais a todos os eleitores que entravam. Estes,</p><p>em sua quase totalidade, tomavam docilmente</p><p>dos papeluchos e depositavam-nos na urna,</p><p>depois de assinar a autêntica. Os que</p><p>se recu-</p><p>savam a isso tinham seus nomes acintosamente</p><p>anotados.</p><p>(VERISSIMO, E. O tempo e o vento.</p><p>São Paulo: Globo, 2003 - adaptado)</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>95 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Erico Veríssimo tematiza em obra ficcional o</p><p>seguinte aspecto característico da vida política</p><p>durante a Primeira República:</p><p>A) Identificação forçada de homens analfabetos.</p><p>B) Monitoramento legal dos pleitos legislativos.</p><p>C) Repressão explícita ao exercício de direito.</p><p>D) Propaganda direcionada à população do</p><p>campo.</p><p>E) Cerceamento policial dos operários sindicali-</p><p>zados.</p><p>Questão 322 (2018.1)</p><p>Então disse: “Este é o local onde construirei.</p><p>Tudo pode chegar aqui pelo Eufrates, o Tigre e</p><p>uma rede de canais. Só um lugar como este</p><p>sustentará o exército e a população geral”. As-</p><p>sim ele traçou e destinou as verbas para a sua</p><p>construção, e deitou o primeiro tijolo com sua</p><p>própria mão, dizendo: “Em nome de Deus, e em</p><p>louvor a Ele. Construí, e que Deus vos aben-</p><p>çoe”.</p><p>(AL-TABARI, M. Uma história dos povos árabes. São</p><p>Paulo: Cia. das Letras, 1995 - adaptado)</p><p>A decisão do califa Al-Mansur (754-775) de</p><p>construir Bagdá nesse local orientou-se pela:</p><p>A) disponibilidade de rotas e terras férteis como</p><p>base da dominação política.</p><p>B) proximidade de áreas populosas como afir-</p><p>mação da superioridade bélica.</p><p>C) submissão à hierarquia e à lei islâmica como</p><p>controle do poder real.</p><p>D) fuga da península arábica como afastamento</p><p>dos conflitos sucessórios.</p><p>E) ocupação de região fronteiriça como conten-</p><p>ção do avanço mongol.</p><p>Questão 323 (2018.2)</p><p>O ponto de partida para o nascimento de uma</p><p>cozinha brasileira foi o livro de receitas Cozi-</p><p>nheiro Imperial, de 1840. Estimulava a nobreza</p><p>e os ricos a acrescentarem ingredientes e pra-</p><p>tos locais em suas festas. A princesa Isabel</p><p>comemorou as bodas de prata com um banque-</p><p>te no qual foram servidos bolo de mandioca e</p><p>canja à brasileira.</p><p>(RIBEIRO, M. Fome imperial: Dom Pedro II não era</p><p>um gourmet, mas ajudou a dar forma à gastronomia-</p><p>brasileira. Aventuras na História, mar. 2014)</p><p>O uso da culinária popular brasileira, no contex-</p><p>to apresentado, colaborou para:</p><p>A) enfraquecer as elites agrárias.</p><p>B) romper os laços coloniais.</p><p>C) reforçar a religião católica.</p><p>D) construir a identidade nacional.</p><p>E) humanizar o regime escravocrata.</p><p>Questão 324 (2018.2)</p><p>Na África, os europeus morriam como moscas;</p><p>aqui eram os índios que morriam: agentes pato-</p><p>gênicos da varíola, do sarampo, da coqueluche,</p><p>da catapora, do tifo, da difteria, da gripe, da</p><p>peste bubônica, e possivelmente da malária,</p><p>provocaram no Novo Mundo o que Dobyns</p><p>chamou de “um dos maiores cataclismos bioló-</p><p>gicos do mundo”. No entanto, é importante enfa-</p><p>tizar que a falta de imunidade, devido ao seu</p><p>isolamento, não basta para explicar a mortan-</p><p>dade, mesmo quando ela foi de origem patogê-</p><p>nica.</p><p>(CUNHA, M. C. Índios no Brasil: história, direitos e</p><p>cidadania. São Paulo: Claro Enigma, 2012)</p><p>Uma ação empreendida pelos colonizadores</p><p>que contribuiu para o desastre mencionado foi</p><p>o(a):</p><p>A) desqualificação do trabalho das populações</p><p>nativas.</p><p>B) abertura do mercado da colônia às outras</p><p>nações.</p><p>C) interdição de Portugal aos saberes autócto-</p><p>nes.</p><p>D) incentivo da metrópole à emigração feminina.</p><p>E) estímulo dos europeus às guerras intertribais.</p><p>Questão 325 (2018.2)</p><p>A expedição que alcançava a foz do Rio Mucuri</p><p>era liderada por Teófilo Benedito Ottoni (1807-</p><p>1869), empresário e político mineiro, que lá</p><p>pretendia abrir um porto para ligar Minas ao</p><p>mar. A localidade de Filadélfia era a materializa-</p><p>ção desse sonho. O nome escolhido era, ao</p><p>mesmo tempo, uma homenagem à cidade sím-</p><p>bolo da independência dos Estados Unidos e</p><p>um manifesto de adesão a ideais igualitários.</p><p>Essa filosofia também transparecia na relação</p><p>com os índios, com os quais o político mineiro</p><p>procurou negociar a ocupação do território em</p><p>troca do respeito ao que hoje chamaríamos de</p><p>reserva.</p><p>(ARAÚJO, V. L. Uma utopia republicana. Revista de</p><p>História da Biblioteca Nacional, n. 67, abr. 2011)</p><p>Um elemento que caracterizou, no âmbito da</p><p>sociedade monárquica, o projeto inovador abor-</p><p>dado no texto foi:</p><p>A) introduzir o protestantismo como mecanismo</p><p>de integração social.</p><p>B) ampliar a cidadania para integrar os grupos</p><p>autóctones da região.</p><p>C) aceitar os aborígenes como mão de obra do</p><p>empreendimento.</p><p>D) reconhecer os nativos para discutir a forma</p><p>de ocupação do terreno.</p><p>E) incorporar a doutrina liberal como fundamen-</p><p>to das relações citadinas.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>96 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 326 (2018.2)</p><p>Quanto aos campos de batalha, os nomes de</p><p>ilhas melanésias e assentamentos nos desertos</p><p>norte africanos, na Birmânia e nas Filipinas tor-</p><p>naram-se tão conhecidos dos leitores de jornais</p><p>e radiouvintes quanto os nomes de batalhas no</p><p>Ártico e no Cáucaso, na Normandia, em Stalin-</p><p>grado e em Kursk. A Segunda Guerra Mundial</p><p>foi uma aula de geografia.</p><p>(HOBSBAWM, E. Era dos extremos – o breve século</p><p>XX: 1914-1991. São Paulo: Cia. das Letras, 1997)</p><p>Um dos principais acontecimentos do século</p><p>XX, a Segunda Grande Guerra (1939-1945) foi</p><p>interpretada no texto como uma aula de geogra-</p><p>fia porque:</p><p>A) teve-se ciência de lugares outrora ignorados.</p><p>B) foram modificadas fronteiras e relações inte-</p><p>restatais.</p><p>C) utilizaram mapas estratégicos os exércitos</p><p>nela envolvidos.</p><p>D) tratou-se de um acontecimento que afetou a</p><p>economia global.</p><p>E) tornou o continente europeu o centro das</p><p>relações internacionais.</p><p>Questão 327 (2018.2)</p><p>Torna-se importante, portanto, salientar que as</p><p>pautas econômicas dominantes não se incom-</p><p>patibilizavam com demandas políticas ou por</p><p>garantia de direitos contra as decisões da pró-</p><p>pria Justiça do Trabalho. Pelo contrário, muitas</p><p>greves incluíam várias demandas de natureza</p><p>distinta, e mesmo em demandas primariamente</p><p>econômicas, colocava-se muitas vezes a di-</p><p>mensão do enfrentamento político. Em todos</p><p>esses casos, confirma-se a hipótese de que</p><p>direitos instituídos ou garantias das convenções</p><p>coletivas, respaldadas pela Justiça do Trabalho,</p><p>não significavam conquistas materiais às quais</p><p>os trabalhadores tivessem acesso líquido e cer-</p><p>to. Era preciso muitas vezes recorrer às greves</p><p>para garantir direitos conquistados.</p><p>(MATTOS, M. B. Greves, sindicatos e repressão</p><p>policial no Rio de Janeiro (1954-1964). Revista Brasi-</p><p>leira de História, n. 47, 2004 - adaptado)</p><p>De acordo com o texto, um dos problemas com</p><p>os quais as organizações sindicais de trabalha-</p><p>dores se defrontavam, de 1954 a 1964, era o</p><p>descompasso entre:</p><p>A) legislação e realidade social.</p><p>B) profissão e formação técnica.</p><p>C) meio rural e cidades industriais.</p><p>D) população e representação parlamentar.</p><p>E) empresariado nacional e capitais estrangei-</p><p>ros.</p><p>Questão 328 (2018.2)</p><p>Os próprios senhores de engenho eram uns</p><p>gulosos de doce e de comidas adocicadas.</p><p>Houve engenho que ficou com o nome de “Gu-</p><p>loso”. E Manuel Tomé de Jesus, no seu Enge-</p><p>nho de Noruega, antigo dos Bois, vivia a enco-</p><p>mendar doces às doceiras de Santo Antão; vivia</p><p>a receber presentes de doces de seus compa-</p><p>dres. Os bolos feitos em casa pelas negras não</p><p>chegavam para o gasto.</p><p>O velho capitão-mor era mesmo que menino por</p><p>alfenim e cocada. E como estava sempre hos-</p><p>pedando frades e padres no seu casarão de</p><p>Noruega, tinha o cuidado de conservar em casa</p><p>uma opulência de doces finos.</p><p>(FREYRE, G. Nordeste: aspectos da influência da</p><p>cana sobre a vida e a paisagem do Nordeste do Bra-</p><p>sil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985 - adaptado)</p><p>O texto relaciona-se a uma prática do Nordeste</p><p>oitocentista que está evidenciada em:</p><p>A) Produção familiar de bens para festejar as</p><p>datas religiosas.</p><p>B) Fabricação escrava de alimentos para man-</p><p>ter o domínio das elites.</p><p>C) Circulação regional de produtos para garantir</p><p>as trocas metropolitanas.</p><p>D) Criação artesanal de iguarias para assegurar</p><p>as redes de sociabilidade.</p><p>E)</p><p>Comercialização ambulante de quitutes para</p><p>reproduzir a tradição portuguesa.</p><p>Questão 329 (2018.2)</p><p>Embora a compra de cargos e títulos fosse bem</p><p>difundida na América, muitos nobres, aí mora-</p><p>dores, receberam títulos da monarquia devido a</p><p>suas qualidades e serviços.</p><p>Desde o século XVI, os títulos de marquês e</p><p>conde (títulos de Castela) eram concedidos,</p><p>sobretudo, aos vice-reis e capitães-gerais nas-</p><p>cidos na Espanha. Com menor incidência, esta</p><p>mercê régia também podia ser remuneração de</p><p>serviços militares, de feitos na conquista, colo-</p><p>nização e fundação de cidades.</p><p>(RAMINELLI, R. Nobreza e riqueza no Antigo</p><p>Regime. Revista de História, n. 169, jul.-dez. 2013)</p><p>Segundo o texto, as concessões da Coroa es-</p><p>panhola visavam o fortalecimento do seu poder</p><p>na América ao:</p><p>A) restringir os privilégios dos comerciantes.</p><p>B) reestruturar a organização das tropas.</p><p>C) reconhecer os opositores do regime.</p><p>D) facilitar a atuação dos magistrados.</p><p>E) fortalecer a lealdade dos súditos.</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>97 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 330 (2018.2)</p><p>A partir da segunda metade do século XVIII,</p><p>com a primeira Revolução Industrial e o nasci-</p><p>mento do proletariado, cresceram as pressões</p><p>por uma maior participação política, e a urbani-</p><p>zação intensificou-se, recriando uma paisagem</p><p>social muito distinta da que antes existia.</p><p>(QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA,</p><p>M. G. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e We-</p><p>ber. Belo Horizonte: UFMG, 2002)</p><p>As mudanças citadas foram conduzidas princi-</p><p>palmente pelos seguintes atores sociais:</p><p>A) Burguesia e trabalhadores assalariados.</p><p>B) Igreja e corporações de ofício.</p><p>C) Realeza e comerciantes.</p><p>D) Campesinato e artesãos.</p><p>E) Nobreza e artífices.</p><p>GABARITO</p><p>1 E</p><p>2 D</p><p>3 A</p><p>4 D</p><p>5 D</p><p>6 A</p><p>7 E</p><p>8 B</p><p>9 E</p><p>10 E</p><p>11 C</p><p>12 E</p><p>13 A</p><p>14 B</p><p>15 B</p><p>16 B</p><p>17 A</p><p>18 C</p><p>19 E</p><p>20 A</p><p>21 B</p><p>22 B</p><p>23 A</p><p>24 A</p><p>25 A</p><p>26 C</p><p>27 A</p><p>28 A</p><p>29 A</p><p>30 A</p><p>31 E</p><p>32 A</p><p>33 D</p><p>34 B</p><p>35 E</p><p>36 E</p><p>37 D</p><p>38 E</p><p>39 A</p><p>40 B</p><p>41 C</p><p>42 C</p><p>43 B</p><p>44 E</p><p>45 D</p><p>46 B</p><p>47 A</p><p>48 C</p><p>49 B</p><p>50 A</p><p>51 D</p><p>52 B</p><p>53 A</p><p>54 B</p><p>55 D</p><p>56 C</p><p>57 C</p><p>58 D</p><p>59 C</p><p>60 E</p><p>61 D</p><p>62 D</p><p>63 D</p><p>64 C</p><p>65 C</p><p>66 E</p><p>67 E</p><p>68 C</p><p>69 C</p><p>70 E</p><p>71 B</p><p>72 C</p><p>73 B</p><p>74 B</p><p>75 C</p><p>76 C</p><p>77 E</p><p>78 E</p><p>79 D</p><p>80 B</p><p>81 E</p><p>82 B</p><p>83 A</p><p>84 C</p><p>85 E</p><p>86 D</p><p>87 B</p><p>88 C</p><p>89 D</p><p>90 B</p><p>91 A</p><p>92 B</p><p>93 E</p><p>94 E</p><p>95 A</p><p>96 A</p><p>97 B</p><p>98 E</p><p>99 C</p><p>100 E</p><p>101 D</p><p>102 E</p><p>103 E</p><p>104 D</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>98 novocadernoenem@gmail.com</p><p>105 C</p><p>106 D</p><p>107 E</p><p>108 B</p><p>109 C</p><p>110 A</p><p>111 D</p><p>112 D</p><p>113 B</p><p>114 D</p><p>115 E</p><p>116 A</p><p>117 A</p><p>118 E</p><p>119 E</p><p>120 A</p><p>121 B</p><p>122 B</p><p>123 B</p><p>124 C</p><p>125 D</p><p>126 E</p><p>127 C</p><p>128 C</p><p>129 D</p><p>130 E</p><p>131 D</p><p>132 E</p><p>133 B</p><p>134 A</p><p>135 D</p><p>136 E</p><p>137 B</p><p>138 D</p><p>139 D</p><p>140 E</p><p>141 E</p><p>142 E</p><p>143 C</p><p>144 E</p><p>145 E</p><p>146 C</p><p>147 D</p><p>148 D</p><p>149 C</p><p>150 B</p><p>151 E</p><p>152 B</p><p>153 C</p><p>154 E</p><p>155 A</p><p>156 C</p><p>157 C</p><p>158 D</p><p>159 A</p><p>160 B</p><p>161 B</p><p>162 C</p><p>163 C</p><p>164 C</p><p>165 B</p><p>166 C</p><p>167 C</p><p>168 C</p><p>169 A</p><p>170 B</p><p>171 D</p><p>172 D</p><p>173 D</p><p>174 C</p><p>175 D</p><p>176 A</p><p>177 A</p><p>178 A</p><p>179 B</p><p>180 B</p><p>181 B</p><p>182 C</p><p>183 D</p><p>184 E</p><p>185 C</p><p>186 C</p><p>187 A</p><p>188 B</p><p>189 E</p><p>190 D</p><p>191 D</p><p>192 B</p><p>193 B</p><p>194 A</p><p>195 B</p><p>196 C</p><p>197 A</p><p>198 D</p><p>199 C</p><p>200 A</p><p>201 C</p><p>202 A</p><p>203 C</p><p>204 C</p><p>205 D</p><p>206 C</p><p>207 A</p><p>208 A</p><p>209 E</p><p>210 D</p><p>211 A</p><p>212 B</p><p>213 B</p><p>214 C</p><p>215 D</p><p>216 D</p><p>217 C</p><p>218 C</p><p>219 D</p><p>220 D</p><p>221 E</p><p>222 C</p><p>223 B</p><p>224 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A</p><p>301 A</p><p>302 B</p><p>303 C</p><p>304 A</p><p>305 C</p><p>306 D</p><p>307 E</p><p>308 C</p><p>309 E</p><p>310 D</p><p>311 E</p><p>312 E</p><p>313 E</p><p>314 C</p><p>315 B</p><p>316 E</p><p>317 D</p><p>318 E</p><p>319 E</p><p>320 B</p><p>321 C</p><p>322 A</p><p>323 D</p><p>324 E</p><p>325 D</p><p>326 A</p><p>327 A</p><p>328 D</p><p>329 E</p><p>330 A</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>8 novocadernoenem@gmail.com</p><p>D) A Polônia era a última fronteira capitalista do</p><p>Leste europeu e a dominação desse país garan-</p><p>tiria acesso ao mar Adriático.</p><p>E) A aniquilação do exército polonês e a expro-</p><p>priação da burguesia daquele país eram parte</p><p>da estratégia de revolução permanente e mun-</p><p>dial defendida por Stalin.</p><p>Questão 22 (2009.1)</p><p>O fenômeno da escravidão, ou seja, da imposi-</p><p>ção do trabalho compulsório a um indivíduo ou a</p><p>uma coletividade, por parte de outro indivíduo</p><p>ou coletividade, é algo muito antigo e, nesses</p><p>termos, acompanhou a história da Antiguidade</p><p>até o séc. XIX. Todavia, percebe-se que tanto o</p><p>status quanto o tratamento dos escravos variou</p><p>muito da Antiguidade greco-romana até o século</p><p>XIX em questões ligadas à divisão do trabalho.</p><p>As variações mencionadas dizem respeito:</p><p>A) ao caráter étnico da escravidão antiga, pois</p><p>certas etnias eram escravizadas em virtude de</p><p>preconceitos sociais.</p><p>B) à especialização do trabalho escravo na An-</p><p>tiguidade, pois certos ofícios de prestígio eram</p><p>frequentemente realizados por escravos.</p><p>C) ao uso dos escravos para a atividade agro-</p><p>exportadora, tanto na Antiguidade quanto no</p><p>mundo moderno, pois o caráter étnico determi-</p><p>nou a diversidade de tratamento.</p><p>D) à absoluta desqualificação dos escravos para</p><p>trabalhos mais sofisticados e à violência em seu</p><p>tratamento, independentemente das questões</p><p>étnicas.</p><p>E) ao aspecto étnico presente em todas as for-</p><p>mas de escravidão, pois o escravo era, na Anti-</p><p>guidade greco-romana, como no mundo moder-</p><p>no, considerado uma raça inferior.</p><p>Questão 23 (2009.1)</p><p>A depressão econômica gerada pela Crise de</p><p>1929 teve no presidente americano Franklin</p><p>Roosevelt (1933-1945) um de seus vencedores.</p><p>New Deal foi o nome dado à série de projetos</p><p>federais implantados nos Estados Unidos para</p><p>recuperar o país, a partir da intensificação da</p><p>prática da intervenção e do planejamento estatal</p><p>da economia. Juntamente com outros progra-</p><p>mas de ajuda social, o New Deal ajudou a mi-</p><p>nimizar os efeitos da depressão a partir de</p><p>1933. Esses projetos federais geraram milhões</p><p>de empregos para os necessitados, embora</p><p>parte da força de trabalho norte-americana con-</p><p>tinuasse desempregada em 1940.</p><p>A entrada do país na Segunda Guerra Mundial,</p><p>no entanto, provocou a queda das taxas de</p><p>desemprego, e fez crescer radicalmente a pro-</p><p>dução industrial.</p><p>No final da guerra, o desemprego tinha sido</p><p>drasticamente reduzido,</p><p>(EDSFORD, R. America’s response to the Great</p><p>Depression. Blackwell Publishers, 2000 - tradução)</p><p>A partir do texto, conclui-se que:</p><p>A) o fundamento da política de recuperação do</p><p>país foi a ingerência do Estado, em ampla esca-</p><p>la, na economia.</p><p>B) a crise de 1929 foi solucionada por Roose-</p><p>velt, que criou medidas econômicas para dimi-</p><p>nuir a produção e o consumo.</p><p>C) os programas de ajuda social implantados na</p><p>administração de Roosevelt foram ineficazes no</p><p>combate à crise econômica.</p><p>D) o desenvolvimento da indústria bélica incen-</p><p>tivou o intervencionismo de Roosevelt e gerou</p><p>uma corrida armamentista.</p><p>E) a intervenção de Roosevelt coincidiu com o</p><p>início da Segunda Guerra Mundial e foi bem-</p><p>sucedida, apoiando-se em suas necessidades.</p><p>Questão 24 (2009.2)</p><p>O Egito é visitado anualmente por milhões de</p><p>turistas de todos os quadrantes do planeta, de-</p><p>sejosos de ver com os próprios olhos a grandio-</p><p>sidade do poder esculpida em pedra há milê-</p><p>nios: as pirâmides de Gizeh, as tumbas do Vale</p><p>dos Reis e os numerosos templos construídos</p><p>ao longo do Nilo.</p><p>O que hoje se transformou em atração turística</p><p>era, no passado, interpretado de forma muito</p><p>diferente, pois:</p><p>A) significava, entre outros aspectos, o poder</p><p>que os faraós tinham para escravizar grandes</p><p>contingentes populacionais que trabalhavam</p><p>nesses monumentos.</p><p>B) representava para as populações do alto</p><p>Egito a possibilidade de migrar para o sul e en-</p><p>contrar trabalho nos canteiros faraônicos.</p><p>C) significava a solução para os problemas</p><p>econômicos, uma vez que os faraós sacrifica-</p><p>vam aos deuses suas riquezas, construindo</p><p>templos.</p><p>D) representava a possibilidade de o faraó or-</p><p>denar a sociedade, obrigando os desocupados</p><p>a trabalharem em obras públicas, que engran-</p><p>deceram o próprio Egito.</p><p>E) significava um peso para a população egíp-</p><p>cia, que condenava o luxo faraônico e a religião</p><p>baseada em crenças e superstições.</p><p>Questão 25 (2009.2)</p><p>O que se entende por Corte do antigo regime é,</p><p>em primeiro lugar, a casa de habitação dos reis</p><p>de França, de suas famílias, de todas as pesso-</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>9 novocadernoenem@gmail.com</p><p>as que, de perto ou de longe, dela fazem parte.</p><p>As despesas da Corte, da imensa casa dos reis,</p><p>são consignadas no registro das despesas do</p><p>reino da França sob a rubrica significativa de</p><p>Casas Reais.</p><p>(ELIAS, N. A sociedade de corte.</p><p>Lisboa: Estampa, 1987)</p><p>Algumas casas de habitação dos reis tiveram</p><p>grande efetividade política e terminaram por se</p><p>transformar em patrimônio artístico e cultural,</p><p>cujo exemplo é:</p><p>A) o palácio de Versalhes.</p><p>B) o Museu Britânico.</p><p>C) a catedral de Colônia.</p><p>D) a Casa Branca.</p><p>E) a pirâmide do faraó Quéops.</p><p>Questão 26 (2009.2)</p><p>Hoje em dia, nas grandes cidades, enterrar os</p><p>mortos é uma prática quase íntima, que diz res-</p><p>peito apenas à família. A menos, é claro, que se</p><p>trate de uma personalidade conhecida. Entre-</p><p>tanto, isso nem sempre foi assim. Para um his-</p><p>toriador, os sepultamentos são uma fonte de</p><p>informações importantes para que se compre-</p><p>enda, por exemplo, a vida política das socieda-</p><p>des.</p><p>No que se refere às práticas sociais ligadas aos</p><p>sepultamentos,</p><p>A) na Grécia Antiga, as cerimônias fúnebres</p><p>eram desvalorizadas, porque o mais importante</p><p>era a democracia experimentada pelos vivos.</p><p>B) na Idade Média, a Igreja tinha pouca influên-</p><p>cia sobre os rituais fúnebres, preocupando-se</p><p>mais com a salvação da alma.</p><p>C) no Brasil colônia, o sepultamento dos mortos</p><p>nas igrejas era regido pela observância da hie-</p><p>rarquia social.</p><p>D) na época da Reforma, o catolicismo conde-</p><p>nou os excessos de gastos que a burguesia</p><p>fazia para sepultar seus mortos.</p><p>E) no período posterior à Revolução Francesa,</p><p>devido as grandes perturbações sociais, aban-</p><p>dona-se a prática do luto.</p><p>Questão 27 (2009.2)</p><p>A Idade Média é um extenso período da História</p><p>do Ocidente cuja memória é construída e re-</p><p>construída segundo as circunstâncias das épo-</p><p>cas posteriores. Assim, desde o Renascimento,</p><p>esse período vem sendo alvo de diversas inter-</p><p>pretações que dizem mais sobre o contexto</p><p>histórico em que são produzidas do que propri-</p><p>amente sobre o Medievo.</p><p>Um exemplo acerca do que está exposto no</p><p>texto acima é:</p><p>A) a associação que Hitler estabeleceu entre o</p><p>III Reich e o Sacro Império Romano Germânico.</p><p>B) o retorno dos valores cristãos medievais,</p><p>presentes nos documentos do Concílio Vaticano</p><p>II.</p><p>C) a luta dos negros sul-africanos contra o</p><p>apartheid inspirada por valores dos primeiros</p><p>cristãos.</p><p>D) o fortalecimento político de Napoleão Bona-</p><p>parte, que se justificava na amplitude de pode-</p><p>res que tivera Carlos Magno.</p><p>E) a tradição heroica da cavalaria medieval, que</p><p>foi afetada negativamente pelas produções ci-</p><p>nematográficas de Hollywood.</p><p>Questão 28 (2009.2)</p><p>A primeira metade do século XX foi marcada por</p><p>conflitos e processos que a inscreveram como</p><p>um dos mais violentos períodos da história hu-</p><p>mana.</p><p>Entre os principais fatores que estiveram na</p><p>origem dos conflitos ocorridos durante a primei-</p><p>ra metade do século XX estão:</p><p>A) a crise do colonialismo, a ascensão do naci-</p><p>onalismo e do totalitarismo.</p><p>B) o enfraquecimento do império britânico, a</p><p>Grande Depressão e a corrida nuclear.</p><p>C) o declínio britânico, o fracasso da Liga das</p><p>Nações e a Revolução Cubana.</p><p>D) a corrida armamentista, o terceiro-mundismo</p><p>e o expansionismo soviético.</p><p>E) a Revolução Bolchevique, o imperialismo e a</p><p>unificação da Alemanha.</p><p>Questão 29 (2009.2)</p><p>Os regimes totalitários da primeira metade do</p><p>século XX apoiaram-se fortemente na mobiliza-</p><p>ção da juventude em torno da defesa de ideias</p><p>grandiosas para o futuro da nação. Nesses pro-</p><p>jetos, os jovens deveriam entender que só havia</p><p>uma pessoa digna de ser amada e obedecida,</p><p>que era o líder. Tais movimentos sociais juvenis</p><p>contribuíram para a implantação e a sustenta-</p><p>ção do nazismo, na Alemanha, e do fascismo,</p><p>na Itália, Espanha e Portugal.</p><p>A atuação desses movimentos juvenis caracte-</p><p>rizava-se:</p><p>A) pelo sectarismo e pela forma violenta e radi-</p><p>cal com que enfrentavam os opositores ao re-</p><p>gime.</p><p>B) pelas propostas de conscientização da popu-</p><p>lação acerca dos seus direitos como cidadãos.</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>10 novocadernoenem@gmail.com</p><p>C) pela promoção de um modo de vida saudá-</p><p>vel, que mostrava os jovens como exemplos a</p><p>seguir.</p><p>D) pelo diálogo, ao organizar debates que opu-</p><p>nham jovens idealistas e velhas lideranças con-</p><p>servadoras.</p><p>E) pelos métodos políticos populistas e pela</p><p>organização de comícios multitudinários.</p><p>Questão 30 (2009.2)</p><p>Do ponto de vista geopolítico, a Guerra Fria</p><p>dividiu a Europa em dois blocos. Essa divisão</p><p>propiciou a formação de alianças antagônicas</p><p>de caráter militar, como a OTAN, que aglutinava</p><p>os países do bloco ocidental, e o Pacto de Var-</p><p>sóvia, que concentrava os do bloco oriental. É</p><p>importante destacar que, na formação da</p><p>OTAN, estão presentes, além dos países do</p><p>oeste europeu, os EUA e o Canadá. Essa divi-</p><p>são histórica atingiu igualmente os âmbitos polí-</p><p>tico e econômico que se refletia pela opção</p><p>entre os modelos capitalista e socialista.</p><p>Essa divisão europeia ficou conhecida como:</p><p>A) Cortina de Ferro.</p><p>B) Muro de Berlim.</p><p>C) União Europeia.</p><p>D) Convenção de Ramsar.</p><p>E) Conferência de Estocolmo.</p><p>Questão 31 (2009.2)</p><p>O ano de 1968 ficou conhecido pela eferves-</p><p>cência social, tal como se pode comprovar pelo</p><p>seguinte trecho, retirado de texto sobre propos-</p><p>tas preliminares para uma revolução cultural: “É</p><p>preciso discutir em todos os lugares e com to-</p><p>dos. O dever de ser responsável e pensar politi-</p><p>camente diz respeito a todos, não é privilégio de</p><p>uma minoria de iniciados. Não devemos nos</p><p>surpreender com o caos das ideias, pois essa é</p><p>a condição para a emergência de novas ideias.</p><p>Os pais do regime devem compreender que</p><p>autonomia não é uma palavra vã; ela supõe a</p><p>partilha do poder, ou seja, a mudança de sua</p><p>natureza. Que ninguém tente rotular o movimen-</p><p>to atual; ele não tem etiquetas e não precisa</p><p>delas”.</p><p>(Journal de la comune étudiante. Textes et</p><p>documents. Paris: Seuil, 1969 - adaptado)</p><p>Os movimentos sociais, que marcaram o ano de</p><p>1968,</p><p>A) foram manifestações desprovidas de conota-</p><p>ção política, que tinham o objetivo de questionar</p><p>a rigidez dos padrões de comportamento social</p><p>fundados em valores tradicionais da moral reli-</p><p>giosa.</p><p>B) restringiram-se às sociedades de países</p><p>desenvolvidos, onde a industrialização avança-</p><p>da, a penetração dos meios de comunicação de</p><p>massa e a alienação cultural que deles resulta-</p><p>va eram mais evidentes.</p><p>C) resultaram no fortalecimento do conservado-</p><p>rismo político, social e religioso que prevaleceu</p><p>nos países ocidentais durante as décadas de 70</p><p>e 80.</p><p>D) tiveram baixa repercussão no plano político,</p><p>apesar de seus fortes desdobramentos nos</p><p>planos social e cultural, expressos na mudança</p><p>de costumes e na contracultura.</p><p>E) inspiraram futuras mobilizações, como o pa-</p><p>cifismo, o ambientalismo, a promoção da equi-</p><p>dade de gêneros e a defesa dos direitos das</p><p>minorias.</p><p>Questão 32 (2009.2)</p><p>O fim da Guerra Fria e da bipolaridade, entre as</p><p>décadas de 1980 e 1990, gerou expectativas de</p><p>que seria instaurada uma ordem internacional</p><p>marcada pela redução de conflitos e pela multi-</p><p>polaridade.</p><p>O panorama estratégico do mundo pós-Guerra</p><p>Fria apresenta:</p><p>A) o aumento de conflitos internos associados</p><p>ao nacionalismo, às disputas étnicas, ao extre-</p><p>mismo religioso e ao fortalecimento de ameaças</p><p>como o terrorismo, o tráfico de drogas e o crime</p><p>organizado.</p><p>B) o fim da corrida armamentista e a redução</p><p>dos gastos militares das grandes potências, o</p><p>que se traduziu em maior estabilidade nos con-</p><p>tinentes europeu e asiático, que tinham sido</p><p>palco da Guerra Fria.</p><p>C) o desengajamento das grandes potências,</p><p>pois as intervenções militares em regiões asso-</p><p>ladas por conflitos passaram a ser realizadas</p><p>pela Organização das Nações Unidas (ONU),</p><p>com maior envolvimento de países emergentes.</p><p>D) a plena vigência do Tratado de Não Prolife-</p><p>ração, que afastou a possibilidade de um confli-</p><p>to nuclear como ameaça global, devido à cres-</p><p>cente consciência política internacional acerca</p><p>desse perigo.</p><p>E) a condição dos EUA como única superpotên-</p><p>cia, mas que se submetem às decisões da ONU</p><p>no que concerne às ações militares.</p><p>Questão 33 (2009.2)</p><p>Na década de 30 do século XIX, Tocqueville</p><p>escreveu as seguintes linhas a respeito da mo-</p><p>ralidade nos EUA: “A opinião pública norte-</p><p>americana é particularmente dura com a falta de</p><p>moral, pois esta desvia a atenção frente à busca</p><p>do bem-estar e prejudica a harmonia doméstica,</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>11 novocadernoenem@gmail.com</p><p>que é tão essencial ao sucesso dos negócios.</p><p>Nesse sentido, pode-se dizer que ser casto é</p><p>uma questão de honra”.</p><p>(TOCQUEVILLE, A. Democracy in America. Chicago:</p><p>Encyclopædia Britannica, Inc., Great Books 44, 1990)</p><p>Do trecho, infere-se que, para Tocqueville, os</p><p>norte-americanos do seu tempo:</p><p>A) buscavam o êxito, descurando as virtudes</p><p>cívicas.</p><p>B) tinham na vida moral uma garantia de enri-</p><p>quecimento rápido.</p><p>C) valorizavam um conceito de honra dissociado</p><p>do comportamento ético.</p><p>D) relacionavam a conduta moral dos indivíduos</p><p>com o progresso econômico.</p><p>E) acreditavam que o comportamento casto</p><p>perturbava a harmonia doméstica.</p><p>Questão 34 (2009.2)</p><p>Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor</p><p>conjunto de normas e naquela dotada de ho-</p><p>mens absolutamente justos, os cidadãos não</p><p>devem viver uma vida de trabalho trivial ou de</p><p>negócios — esses tipos de vida são desprezí-</p><p>veis e incompatíveis com as qualidades morais</p><p>—, tampouco devem ser agricultores os aspiran-</p><p>tes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao</p><p>desenvolvimento das qualidades morais e à</p><p>prática das atividades políticas”.</p><p>(VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na</p><p>cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994)</p><p>O trecho, retirado da obra Política, de Aristóte-</p><p>les, permite compreender que a cidadania:</p><p>A) possui uma dimensão histórica que deve ser</p><p>criticada, pois é condenável que os políticos de</p><p>qualquer época fiquem entregues à ociosidade,</p><p>enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar.</p><p>B) era entendida como uma dignidade própria</p><p>dos grupos sociais superiores, fruto</p><p>de uma</p><p>concepção política profundamente hierarquiza-</p><p>da da sociedade.</p><p>C) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma</p><p>percepção política democrática, que levava</p><p>todos os habitantes da pólis a participarem da</p><p>vida cívica.</p><p>D) tinha profundas conexões com a justiça, ra-</p><p>zão pela qual o tempo livre dos cidadãos deve-</p><p>ria ser dedicado às atividades vinculadas aos</p><p>tribunais.</p><p>E) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita</p><p>àqueles que se dedicavam à política e que ti-</p><p>nham tempo para resolver os problemas da</p><p>cidade.</p><p>Questão 35 (2009.2)</p><p>A definição de eleitor foi tema de artigos nas</p><p>Constituições brasileiras de 1891 e de 1934.</p><p>Diz a Constituição da República dos Estados</p><p>Unidos do Brasil de 1891:</p><p>Art. 70. São eleitores os cidadãos maiores de</p><p>21 anos que se alistarem na forma da lei.</p><p>A Constituição da República dos Estados Uni-</p><p>dos do Brasil de 1934, por sua vez, estabelece</p><p>que:</p><p>Art. 180. São eleitores os brasileiros de um e</p><p>de outro sexo, maiores de 18 anos, que se</p><p>alistarem na forma da lei.</p><p>Ao se comparar os dois artigos, no que diz res-</p><p>peito ao gênero dos eleitores, depreende-se</p><p>que:</p><p>A) a Constituição de 1934 avançou ao reduzir a</p><p>idade mínima para votar.</p><p>B) a Constituição de 1891, ao se referir a cida-</p><p>dãos, referia-se também às mulheres.</p><p>C) os textos de ambas as Cartas permitiam que</p><p>qualquer cidadão fosse eleitor.</p><p>D) o texto da carta de 1891 já permitia o voto</p><p>feminino.</p><p>E) a Constituição de 1891 considerava eleitores</p><p>apenas indivíduos do sexo masculino.</p><p>Questão 36 (2009.2)</p><p>O autor da constituição de 1937, Francisco</p><p>Campos, afirma no seu livro, O Estado Nacio-</p><p>nal, que o eleitor seria apático; a democracia de</p><p>partidos conduziria à desordem; a independên-</p><p>cia do Poder Judiciário acabaria em injustiça e</p><p>ineficiência; e que apenas o Poder Executivo,</p><p>centralizado em Getúlio Vargas, seria capaz de</p><p>dar racionalidade imparcial ao Estado, pois Var-</p><p>gas teria providencial intuição do bem e da ver-</p><p>dade, além de ser um gênio político.</p><p>(CAMPOS, F. O Estado nacional. Rio de Janeiro:</p><p>José Olympio, 1940 - adaptado)</p><p>Segundo as ideias de Francisco Campos,</p><p>A) os eleitores, políticos e juízes seriam mal-</p><p>intencionados.</p><p>B) o governo Vargas seria um mal necessário,</p><p>mas transitório.</p><p>C) Vargas seria o homem adequado para im-</p><p>plantar a democracia de partidos.</p><p>D) a Constituição de 1937 seria a preparação</p><p>para uma futura democracia liberal.</p><p>E) Vargas seria o homem capaz de exercer o</p><p>poder de modo inteligente e correto.</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>analu</p><p>Ink</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>12 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Questão 37 (2009.2)</p><p>A partir de 1942 e estendendo-se até o final do</p><p>Estado Novo, o Ministro do Trabalho, Indústria e</p><p>Comércio de Getúlio Vargas falou aos ouvintes</p><p>da Rádio Nacional semanalmente, por dez mi-</p><p>nutos, no programa “Hora do Brasil”.</p><p>O objetivo declarado do governo era esclarecer</p><p>os trabalhadores acerca das inovações na legis-</p><p>lação de proteção ao trabalho.</p><p>(GOMES, A. C. A invenção do trabalhismo.</p><p>Rio de Janeiro: IUPERJ / Vértice. São Paulo:</p><p>Revista dos Tribunais, 1988 - adaptado)</p><p>Os programas “Hora do Brasil” contribuíram</p><p>para:</p><p>A) conscientizar os trabalhadores de que os</p><p>direitos sociais foram conquistados por seu es-</p><p>forço, após anos de lutas sindicais.</p><p>B) promover a autonomia dos grupos sociais,</p><p>por meio de uma linguagem simples e de fácil</p><p>entendimento.</p><p>C) estimular os movimentos grevistas, que rei-</p><p>vindicavam um aprofundamento dos direitos</p><p>trabalhistas.</p><p>D) consolidar a imagem de Vargas como um</p><p>governante protetor das massas.</p><p>E) aumentar os grupos de discussão política</p><p>dos trabalhadores, estimulados pelas palavras</p><p>do ministro.</p><p>Questão 38 (2009.2)</p><p>No final do século XVI, na Bahia, Guiomar de</p><p>Oliveira denunciou Antônia Nóbrega à Inquisi-</p><p>ção.</p><p>Segundo o depoimento, esta lhe dava “uns pós</p><p>não sabe de quê, e outros pós de osso de fina-</p><p>do, os quais pós ela confessante deu a beber</p><p>em vinho ao dito seu marido para ser seu amigo</p><p>e serem bem-casados, e que todas estas coisas</p><p>fez tendo-lhe dito a dita Antônia e ensinado que</p><p>eram coisas diabólicas e que os diabos lha en-</p><p>sinaram”.</p><p>(ARAÚJO, E. O teatro dos vícios. Transgressão e</p><p>transigência na sociedade urbana colonial.</p><p>Brasília: UnB/José Olympio, 1997)</p><p>Do ponto de vista da Inquisição,</p><p>A) o problema dos métodos citados no trecho</p><p>residia na dissimulação, que acabava por enga-</p><p>nar o enfeitiçado.</p><p>B) o diabo era um concorrente poderoso da</p><p>autoridade da Igreja e somente a justiça do fogo</p><p>poderia eliminá-lo.</p><p>C) os ingredientes em decomposição das po-</p><p>ções mágicas eram condenados porque afeta-</p><p>vam a saúde da população.</p><p>D) as feiticeiras representavam séria ameaça à</p><p>sociedade, pois eram perceptíveis suas tendên-</p><p>cias feministas.</p><p>E) os cristãos deviam preservar a instituição do</p><p>casamento recorrendo exclusivamente aos en-</p><p>sinamentos da Igreja.</p><p>Questão 39 (2009.2)</p><p>No tempo da independência do Brasil, circula-</p><p>vam nas classes populares do Recife trovas que</p><p>faziam alusão à revolta escrava do Haiti:</p><p>Marinheiros e caiados</p><p>Todos devem se acabar,</p><p>Porque só pardos e pretos</p><p>O país hão de habitar.</p><p>(AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos</p><p>pernambucanos. Recife: Cultura Acadêmica, 1907)</p><p>O período da independência do Brasil registra</p><p>conflitos raciais, como se depreende:</p><p>A) dos rumores acerca da revolta escrava do</p><p>Haiti, que circulavam entre a população escrava</p><p>e entre os mestiços pobres, alimentando seu</p><p>desejo por mudanças.</p><p>B) da rejeição aos portugueses, brancos, que</p><p>significava a rejeição à opressão da Metrópole,</p><p>como ocorreu na Noite das Garrafadas.</p><p>C) do apoio que escravos e negros forros deram</p><p>à monarquia, com a perspectiva de receber sua</p><p>proteção contra as injustiças do sistema escra-</p><p>vista.</p><p>D) do repúdio que os escravos trabalhadores</p><p>dos portos demonstravam contra os marinhei-</p><p>ros, porque estes representavam a elite branca</p><p>opressora.</p><p>E) da expulsão de vários líderes negros inde-</p><p>pendentistas, que defendiam a implantação de</p><p>uma república negra, a exemplo do Haiti.</p><p>Questão 40 (2009.2)</p><p>O suíço Thomas Davatz chegou a São Paulo</p><p>em 1855 para trabalhar como colono na fazenda</p><p>de café Ibicaba, em Campinas. A perspectiva de</p><p>prosperidade que o atraiu para o Brasil deu</p><p>lugar a insatisfação e revolta, que ele registrou</p><p>em livro. Sobre o percurso entre o porto de San-</p><p>tos e o planalto paulista, escreveu Davatz: “As</p><p>estradas do Brasil, salvo em alguns trechos, são</p><p>péssimas. Em quase toda parte, falta qualquer</p><p>espécie de calçamento ou mesmo de saibro.</p><p>Constam apenas de terra simples, sem nenhum</p><p>benefício. É fácil prever que nessas estradas</p><p>não se encontram estalagens e hospedarias</p><p>como as da Europa. Nas cidades maiores, o</p><p>viajante pode naturalmente encontrar aposento</p><p>sofrível; nunca, porém, qualquer coisa de com-</p><p>parável à comodidade que proporciona na Eu-</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>13 novocadernoenem@gmail.com</p><p>ropa qualquer estalagem rural. Tais cidades</p><p>são, porém, muito poucas na distância que vai</p><p>de Santos a Ibicaba e que se percorre em cin-</p><p>quenta horas no mínimo”. Em 1867 foi inaugu-</p><p>rada a ferrovia ligando Santos a Jundiaí, o que</p><p>abreviou o tempo de viagem entre o litoral e o</p><p>planalto para menos de um dia. Nos anos se-</p><p>guintes, foram construídos outros ramais ferro-</p><p>viários que articularam o interior cafeeiro ao</p><p>porto de exportação, Santos.</p><p>(DAVATZ, T. Memórias de um colono no Brasil.</p><p>São Paulo: Livraria Martins, 1941 - adaptado)</p><p>O impacto das ferrovias na promoção de proje-</p><p>tos de colonização com base em imigrantes</p><p>europeus foi importante, porque:</p><p>A) o percurso dos imigrantes até o interior, an-</p><p>tes das ferrovias, era feito a pé ou em muares;</p><p>no entanto, o tempo de viagem era aceitável,</p><p>uma vez que o café era plantado nas proximi-</p><p>dades da capital, São Paulo.</p><p>B) a expansão da malha ferroviária pelo interior</p><p>de São Paulo permitiu que mão-de-obra estran-</p><p>geira fosse contratada para trabalhar em cafe-</p><p>zais de regiões cada vez mais distantes do por-</p><p>to de Santos.</p><p>C) o escoamento da produção de café se viu</p><p>beneficiado pelos aportes de capital, principal-</p><p>mente de colonos italianos, que desejavam me-</p><p>lhorar sua situação econômica.</p><p>D) os fazendeiros puderam prescindir da mão-</p><p>de-obra europeia e contrataram trabalhadores</p><p>brasileiros provenientes de outras regiões para</p><p>trabalhar em suas plantações.</p><p>E) as notícias de terras acessíveis atraíram para</p><p>São Paulo grande quantidade de imigrantes,</p><p>que adquiriram vastas propriedades produtivas.</p><p>Questão 41 (2009.2)</p><p>No período 750-338 a. C., a Grécia antiga era</p><p>composta por cidades-Estado, como por exem-</p><p>plo Atenas, Esparta, Tebas, que eram indepen-</p><p>dentes umas das outras, mas partilhavam algu-</p><p>mas características culturais, como a língua</p><p>grega. No centro da Grécia, Delfos era um lugar</p><p>de culto religioso frequentado por habitantes de</p><p>todas as cidades-Estado.</p><p>No período 1200-1600 d. C., na parte da Ama-</p><p>zônia brasileira onde hoje está o Parque Nacio-</p><p>nal do Xingu, há vestígios de quinze cidades</p><p>que eram cercadas por muros de madeira e que</p><p>tinham até dois mil e quinhentos habitantes</p><p>cada uma. Essas cidades eram ligadas por es-</p><p>tradas a centros cerimoniais com grandes pra-</p><p>ças. Em torno delas havia roças, pomares e</p><p>tanques para a criação de tartarugas. Aparen-</p><p>temente, epidemias dizimaram grande parte da</p><p>população que lá vivia.</p><p>(Folha de S. Paulo, ago. 2008 - adaptado)</p><p>Apesar das diferenças históricas e geográficas</p><p>existentes entre as duas civilizações elas são</p><p>semelhantes, pois:</p><p>A) as ruínas das cidades mencionadas atestam</p><p>que grandes epidemias dizimaram suas popula-</p><p>ções.</p><p>B) as cidades do Xingu desenvolveram a demo-</p><p>cracia, tal como foi concebida em Tebas.</p><p>C) as duas civilizações tinham cidades autôno-</p><p>mas e independentes entre si.</p><p>D) os povos do Xingu falavam uma mesma lín-</p><p>gua, tal como nas cidades-Estado da Grécia.</p><p>E) as cidades do Xingu dedicavam-se à arte e à</p><p>filosofia tal como na Grécia.</p><p>Questão 42 (2009.2)</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>14 novocadernoenem@gmail.com</p><p>As terras brasileiras foram divididas por meio de tratados entre Portugal e Espanha. De acordo com es-</p><p>ses tratados, identificados no mapa, conclui-se que:</p><p>A) Portugal, pelo Tratado de Tordesilhas, detinha o controle da foz do rio Amazonas.</p><p>B) o Tratado de Tordesilhas utilizava os rios como limite físico da América portuguesa.</p><p>C) o Tratado de Madri reconheceu a expansão portuguesa além da linha de Tordesilhas.</p><p>D) Portugal, pelo Tratado de San Ildefonso, perdia territórios na América em relação ao de Tordesilhas.</p><p>E) o Tratado de Madri criou a divisão administrativa da América Portuguesa em Vice-Reinos Oriental e</p><p>Ocidental.</p><p>Questão 43 (2009.3)</p><p>Lei Áurea assinada em 13.05.1888</p><p>Marcha em Araguaína-TO em combate à</p><p>escravidão em 14.05.2008</p><p>O fim da escravidão legal no Brasil não foi</p><p>acompanhado de políticas públicas e mudanças</p><p>estruturais para a inclusão dos trabalhadores.</p><p>Por isso, os escravos modernos são herdeiros</p><p>dos que foram libertados em 13 de maio de</p><p>1888.</p><p>A análise das imagens e do texto acima reforça</p><p>a ideia de que:</p><p>A) até hoje, embora a abolição da escravidão</p><p>tenha ocorrido em 1888, a população luta para</p><p>garantir amparo legal para por fim neste regime</p><p>no país.</p><p>B) é possível, apesar da abolição da escravidão,</p><p>constatar-se nos dias de hoje, a exploração de</p><p>trabalhadores submetidos a condições seme-</p><p>lhantes às do trabalho escravo.</p><p>C) o fim da escravidão é apenas uma questão</p><p>de tempo no Brasil, já que a população brasilei-</p><p>ra luta há mais de 120 anos por isso.</p><p>D) o movimento social e político pelo fim da</p><p>escravidão no Brasil, herdado do período impe-</p><p>rial, garantiu implementação de políticas públi-</p><p>cas aos trabalhadores.</p><p>E) a abolição da escravatura promoveu políticas</p><p>públicas de ascensão social e cidadania dos ex-</p><p>escravos negros privilegiando este grupo frente</p><p>aos demais trabalhadores.</p><p>Questão 44 (2009.3)</p><p>As imagens nas figuras a seguir ilustram organi-</p><p>zações produtivas de duas sociedades do pas-</p><p>sado:</p><p>Figura 1</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>15 novocadernoenem@gmail.com</p><p>Figura 2</p><p>O trabalho no campo foi, durante muito tempo,</p><p>uma das atividades fundamentais para a estru-</p><p>turação e o desenvolvimento das sociedades,</p><p>como mostram as figuras 1 e 2. Nessas figuras,</p><p>as características arquitetônicas, tecnológicas e</p><p>sociais retratam, respectivamente,</p><p>A) o agrarismo romano e o escravismo grego.</p><p>B) a pecuária romana e a agricultura escravista</p><p>grega.</p><p>C) a maquinofatura medieval e a pecuária na</p><p>Antiguidade.</p><p>D) a agricultura escravista romana e o feudalis-</p><p>mo medieval.</p><p>E) o feudalismo medieval e a agricultura familiar</p><p>no Antigo Egito.</p><p>Questão 45 (2009.3)</p><p>Na Bíblia, a criação do mundo é descrita a partir</p><p>das ordens de um único ser, que é Deus: “Disse</p><p>Deus: Haja luz; e houve luz” (Gen., 1:3). Porém,</p><p>em certos mitos ameríndios, inclusive brasilei-</p><p>ros, a criação do mundo é poeticamente apre-</p><p>sentada como resultado de um diálogo entre</p><p>múltiplos espíritos. As linhas a seguir servem</p><p>como exemplo. Elas narram o surgimento de um</p><p>desses espíritos criadores (demiurgos): “Tendo</p><p>florido (em forma humana) / Da sabedoria conti-</p><p>da em seu ser de céu / Em virtude de seu saber</p><p>que se abre em flor, / Soube para si em si mes-</p><p>mo / a essência da essência da essência das</p><p>belas palavras primeiras”.</p><p>(CESARINO, Pedro de N. Os Poetas. Folha de S.</p><p>Paulo. 18 jan. 2009: p. 6-7 - adaptado)</p><p>A Bíblia trata da criação em linguagem poética.</p><p>Analogamente, são poéticas as linhas amerín-</p><p>dias acima citadas. Em geral, a poesia abriga</p><p>diferenças de forma e de conteúdo por:</p><p>A) captar recursos disponíveis, para que diver-</p><p>sos poetas possam ser financeiramente pagos.</p><p>B) ser fruto do desenvolvimento intelectual de</p><p>sociedades ricas.</p><p>C) depender do lazer disponível, de forma que</p><p>pessoas ociosas possam dedicar-se a ela.</p><p>D) estar relacionada com a linguagem e o modo</p><p>de vida de uma sociedade.</p><p>E) fazer parte do desenvolvimento intelectual de</p><p>sociedades letradas.</p><p>Questão 46 (2009.3)</p><p>No início do século XVIII, a Coroa portuguesa</p><p>introduziu uma série de medidas administrativas</p><p>para deter a anarquia, que caracterizava a zona</p><p>de mineração, e instaurar certa estabilidade. O</p><p>instrumento fundamental dessa política era a</p><p>vila.</p><p>(RUSSELL- WOOD, A. J. R. O Brasil colonial; o ciclo</p><p>do ouro (1690-1750) In: História da América. São</p><p>Paulo: Edusp, 1999, v. II, p. 484)</p><p>A zona de mineração a que o autor se refere</p><p>localizava-se:</p><p>A) em Pernambuco, onde havia o ouro amarelo</p><p>e o branco (o açúcar).</p><p>B) em Minas Gerais, região centro-sul da Colô-</p><p>nia.</p><p>C) nos Andes, no antigo Império Inca.</p><p>D) no chamado Alto Mato Grosso, na atual Bolí-</p><p>via.</p><p>E) na região das Missões jesuíticas, no Rio</p><p>Grande do Sul.</p><p>Questão 47 (2009.3)</p><p>Texto 1</p><p>Assim, duplamente bloqueados, entre milhares</p><p>de soldados e milhares de mulheres — entre</p><p>lamentações e bramidos, entre lágrimas e balas</p><p>—, os rebeldes se renderiam de um momento</p><p>para outro. Era fatal. [...] Ainda que em fragmen-</p><p>to, traçava-se curva fechada do assédio real,</p><p>efetivo. A insurreição estava morta.</p><p>(CUNHA, Euclides. Os sertões. 9 ed.</p><p>Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 524 e 535)</p><p>Texto 2</p><p>Literatura distingue-se de História, pois, enquan-</p><p>to a primeira não tem nenhum compromisso em</p><p>retratar ou reconstruir uma realidade para que</p><p>seja válida aos olhos de seus leitores, a segun-</p><p>da é, via de regra, realizada para explicitar a</p><p>confirmação da existência, tanto do homem em</p><p>si quanto de um fato histórico, de uma nação,</p><p>de um povo ou de um povoado. Todavia, há</p><p>vários episódios históricos que serviram de base</p><p>a narrativas literárias.</p><p>(Disponível em: .</p><p>Acesso em: 16 abr. 2009)</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>16 novocadernoenem@gmail.com</p><p>A relação estabelecida entre os</p><p>dois textos</p><p>permite inferir-se que o texto 1 descreve:</p><p>A) o fato histórico da Revolta de Canudos lide-</p><p>rada por Antônio Conselheiro.</p><p>B) a luta pela abolição da escravatura.</p><p>C) o empenho dos soldados na Guerra do Pa-</p><p>raguai.</p><p>D) o alarde causado pela Semana de 22.</p><p>E) o cenário desbravador do movimento de en-</p><p>tradas e bandeiras.</p><p>Questão 48 (2009.3)</p><p>O período entre o final do século XIX e o início</p><p>do século XX foi de intenso fluxo migratório em</p><p>todo o mundo; no entanto, muitos países passa-</p><p>ram a restringir a entrada de imigrantes japone-</p><p>ses, justificando que estes concorriam com a</p><p>mão de obra local e prejudicariam o mercado de</p><p>trabalho. Na verdade, havia um grande precon-</p><p>ceito racial contra os orientais nessa época. Na</p><p>imprensa, nos meios políticos e nos locais onde</p><p>se debatia a opinião pública, houve um intenso</p><p>debate acerca da imigração oriental. Influencia-</p><p>dos pela campanha antinipônica e pelas ideias</p><p>racistas que circulavam no mundo, muitos cafei-</p><p>cultores, políticos e intelectuais brasileiros en-</p><p>xergavam os orientais como “racialmente inferi-</p><p>ores” e preferiam trazer trabalhadores brancos e</p><p>europeus, a fim de “branquear” a população</p><p>mestiça brasileira. Esse retrospecto contraria o</p><p>mito do Brasil republicano como um “paraíso</p><p>inter-racial”.</p><p>(Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São</p><p>Paulo. Disponível em:</p><p>Acesso em: 5 nov. 2008 - com adaptações)</p><p>Entre os principais líderes brasileiros, a introdu-</p><p>ção do imigrante japonês estava longe de ser</p><p>uma unanimidade. Segundo o texto, essa con-</p><p>trovérsia tem origem:</p><p>A) no medo de que a miscigenação com os</p><p>japoneses comprometesse o mercado de traba-</p><p>lho brasileiro.</p><p>B) no intenso fluxo migratório de europeus para</p><p>a América do Norte.</p><p>C) no preconceito racial contra os orientais e na</p><p>preferência por imigrantes brancos e europeus,</p><p>que possibilitariam o branqueamento da popula-</p><p>ção mestiça.</p><p>D) na ideia de que o Brasil, por ser um país</p><p>republicano, valorizava a miscigenação entre</p><p>mestiços e japoneses.</p><p>E) na ausência de motivos que justificassem a</p><p>restrição à imigração japonesa.</p><p>Questão 49 (2009.3)</p><p>No primeiro reinado, D. Pedro I nomeou e co-</p><p>mandou um Conselho de Estado que concluiu a</p><p>primeira Constituição Brasileira, que, outorgada</p><p>em 1824, estabeleceu quatro poderes assim</p><p>configurados.</p><p>Nesses quatro poderes,</p><p>A) o poder legislativo, por ter maior representa-</p><p>tividade numérica (deputados, senadores), go-</p><p>zava de maior influência nas decisões do Impé-</p><p>rio.</p><p>B) o poder moderador concedia ao imperador a</p><p>primazia no governo e a autoridade sobre os</p><p>demais poderes.</p><p>C) o poder executivo era o centro das decisões,</p><p>que resultavam do entendimento entre impera-</p><p>dor e ministros.</p><p>D) o papel de moderador, exercido pelo impera-</p><p>dor, significava que o monarca era apenas um</p><p>conciliador entre os poderes.</p><p>E) o papel de cada um era bem definido e inde-</p><p>pendente, de modo que um não interferia nos</p><p>assuntos dos outros.</p><p>Questão 50 (2009.3)</p><p>Antes de se tornar presidente dos Estados Uni-</p><p>dos, Abraham Lincoln opunha-se à escravidão,</p><p>mas desaprovava o direito a voto para o negro e</p><p>os casamentos birraciais. Em 1861, ele assumiu</p><p>a presidência. Vários estados escravistas do Sul</p><p>deixaram a União e formaram a sua Confedera-</p><p>ção independente. Nos anos 1861-5, teve lugar</p><p>uma Guerra Civil entre a União e a Confedera-</p><p>ção. Em 1863, por decreto e emenda constituci-</p><p>onal, Lincoln aboliu a escravidão. Cerca de</p><p>200.000 soldados negros lutaram ao lado da</p><p>União e tornaram-se eleitores. Lincoln planejava</p><p>assegurar escolaridade aos ex-escravos, e tam-</p><p>bém alguns direitos civis, mas foi assassinado</p><p>por um racista na Sexta-Feira Santa de 1865.</p><p>Ele tornou-se uma figura controversa. Para al-</p><p>guns, foi um mártir, sacrificado pela sua causa.</p><p>Para outros, um racista, que aboliu a escravidão</p><p>apenas para ganhar soldados.</p><p>Segundo o texto, Lincoln tinha a intenção de</p><p>apresentar uma proposta para o problema do</p><p>relacionamento de ex-escravos com o resto da</p><p>sociedade. Caso essa proposta tivesse entrado</p><p>em vigor, sua implantação teria sido útil a outras</p><p>sociedades, pois:</p><p>CADERNO HISTÓRIA</p><p>ENEM 2009 a 2018</p><p>17 novocadernoenem@gmail.com</p><p>A) garantiria os direitos civis dos ex-escravos, o</p><p>que serviria de exemplo de aliança política a ser</p><p>copiado por nações escravistas.</p><p>B) permitiria que os escravos pudessem votar, o</p><p>que tornaria viável, naquele contexto, a eleição</p><p>de um presidente negro.</p><p>C) garantiria aos soldados negros acesso à</p><p>educação e, assim, modernizaria o exército</p><p>norte-americano.</p><p>D) neutralizaria quem fosse racista, e os conde-</p><p>nados por crimes raciais seriam deportados.</p><p>E) incentivaria casamentos birraciais, o que</p><p>transformaria os EUA na primeira grande nação</p><p>mestiça.</p><p>Questão 51 (2009.3)</p><p>Os faraós das primeiras dinastias construíam</p><p>grandes pirâmides para proteger as suas câma-</p><p>ras mortuárias. Conforme a crença egípcia anti-</p><p>ga, a alma vagaria sem destino se o corpo, sua</p><p>habitação, fosse destruído. No Egito contempo-</p><p>râneo, os muçulmanos são sepultados envoltos</p><p>apenas em mortalhas, poucas horas após a</p><p>morte, em túmulos simples e sem identificação</p><p>individual.</p><p>A diferença entre as grandes pirâmides de ou-</p><p>trora e os ritos e túmulos simples de hoje deve-</p><p>se ao fato de a religião muçulmana:</p><p>A) ter surgido, precisamente, como reação con-</p><p>tra a religião dos faraós.</p><p>B) entender como errado construir pirâmides só</p><p>para os ricos, e não, para todos.</p><p>C) querer evitar os assaltos aos monumentos</p><p>funerários, que eram comuns no Egito antigo.</p><p>D) ignorar o corpo como morada da alma e con-</p><p>siderar os homens como iguais frente à morte.</p><p>E) ser descrente quanto à existência de vida</p><p>após a morte.</p><p>Questão 52 (2009.3)</p><p>Foi em meados da década de 70 que a União</p><p>Soviética começou a perder o "bonde da histó-</p><p>ria". Ficava evidente, mesmo para os próprios</p><p>soviéticos, que o império vermelho era uma</p><p>superpotência apenas pelo poderio militar, pelo</p><p>arsenal nuclear e pela capacidade de destruição</p><p>em massa.</p><p>Devido ao seu baixo dinamismo econômico, a</p><p>produtividade industrial não acompanhava, nem</p><p>de longe, os avanços dos países capitalistas</p><p>desenvolvidos mais competitivos. Seu parque</p><p>industrial, sucateado, era incapaz de produzir</p><p>bens de consumo em quantidade e qualidade</p><p>suficientes para abastecer a própria população.</p><p>As filas intermináveis eram parte do cotidiano</p><p>dos soviéticos e o descontentamento se genera-</p><p>lizava.</p><p>Em outras palavras, na União Soviética,</p><p>A) o descontentamento popular foi agravado</p><p>pela política de incentivo à importação de produ-</p><p>tos ocidentais.</p><p>B) o parque industrial era obsoleto, não aten-</p><p>dendo à demanda da população.</p><p>C) o descontentamento popular expressava-se</p><p>em imensas filas de protesto contra a carência</p><p>de certos bens.</p><p>D) a incapacidade de produzir bens de consumo</p><p>era compensada pela indústria pesada, em qua-</p><p>lidade e em quantidade.</p><p>E) a falta de dinamismo econômico e de pro-</p><p>gresso social era devida à economia liberal.</p><p>Questão 53 (2009.3)</p><p>Em outubro de 1973, uma nova guerra entre</p><p>árabes e israelenses acabou deflagrando um</p><p>embargo dos fornecedores de petróleo ao Oci-</p><p>dente, seguido de brusca elevação de preços,</p><p>que atingiu duramente o Brasil. A moeda do</p><p>país era fraca e, na época, produzia-se interna-</p><p>mente só um terço do petróleo necessário. A</p><p>crise revelou a postura ambígua do país sobre a</p><p>questão ferroviária. Por um lado, era desejável</p><p>que os meios de transporte não dependessem</p><p>demasiadamente do petróleo, um combustível</p><p>cuja disponibilidade passou a ser inconstante,</p><p>ao sabor da dinâmica política do Oriente Médio.</p><p>O preço aumentou e as cotações disparavam ao</p><p>menor sintoma de crise internacional, o que</p><p>criava problemas sérios no balanço de paga-</p><p>mentos do país e aumentava a dívida externa.</p><p>Por outro lado, os governos não conseguiam</p><p>redefinir o papel das ferrovias na rede de trans-</p><p>portes nacional, como forma de suplantar o</p><p>problema do petróleo.</p><p>(Disponível em: .</p>
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- 1- ESCOLHA uma das patologias Estrongiloidíase, Larva migrans cutânea
- - Sinais e sintomas relacionados
- As espécies parasitárias encontradas podem ocasionar
- - O que a população deve fazer caso apresentar os sintomas dessa patologia
- - O nome do parasito da patologia escolhida
- - Medidas de prevenção
- - As principais formas de transmissão e o ciclo biológico;
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